As mídias (ou, como prefere a maioria, redes) sociais chegaram para ficar. O Facebook, ainda a mais popular de todas conta com mais de milhares de usuários ao redor do mundo, enquanto o Twitter atrai milhões de pessoas. E o que dizer dos aplicativos de mensagens? Alguém duvida que WhatsApp (ou, simplesmente "zap", para os "mais íntimos") já esteja mais comum e popular que o clássico telefone (por essa nem mesmo Martin Cooper, o inventor do telefone celular em 1967, esperava). Não podemos esquecer também das outras redes, como Youtube, Instagran, Snapshap, My Space e, o finado Orkut, considerado o "pai" das redes sociais e até mesmo os blogs.
Fato é que as redes (eu prefiro mídias) sociais estão presentes em nosso dia a dia. Mas, afinal, até onde elas podem influenciar a sociedade? É possível ter noção da sua força? São elas apenas simples aplicativos que permitem a troca de ideias e fotos, bate papo, onde se procura por amigos e colegas de escola e se promove encontros, incentivando relacionamentos? Elas permitem uma nova maneira de participação da sociedade, com interessantes aplicativos que dão suporte e facilitam os relacionamentos, com intensa e diversificada participação de todos, de olhos nas mudanças no mundo, mas em um mínimo espaço de tempo, tudo muito rápido, em um clique apenas.
Elas vieram pra ficar
Quantas vezes por dia ouvimos falar das mídias sociais, não é mesmo? Falam sobre as últimas novidades e os aplicativos a serem lançados, sobre as formas de uso, sua interação com telefones celulares (os smartphones) e até mesmo com a TV de casa e por aí vai. Atualmente as plataformas tecnológicas são as mais variadas possível. O fato é que já é do conhecimento de todos a força dessas mídias, que elas vieram pra ficar e que influenciam (e muito!) a sociedade.
A nova geração que está aí já começa a vida teclando e vivenciando um mundo rápido, instantâneo, com troca de informações a cada instante, convivendo com um enorme volume de informações - às vezes até um excesso delas. Eles sabem o quanto as mídias sociais são importantes no seu dia-a-dia. Têm de tudo, da troca de informações e opiniões aos encontros de ex-alunos, disponibilização de fotos, dicas de todo o tipo e até mesmo propostas de namoro e de emprego.
E nesse universo on line, há muito do que se aproveitar, mas, na mesma proporção e facilidade, há também muito lixo, muito veneno destilado em contexto religioso, ideológico, político e psicológico. Da mesma forma que alguém pode utilizar as mídias sociais como um benefício, outra pessoa pode utilizá-la como um malefício.
Muitos dizem ser mais um modismo da internet, e geralmente quem é mais velho fala que é "coisa da garotada". Mas está cada vez mais claro que não é nada disso.
Muitos dizem ser mais um modismo da internet, e geralmente quem é mais velho fala que é "coisa da garotada". Mas está cada vez mais claro que não é nada disso.
Fatos
Alguns importantes acontecimentos mundiais tiveram uma intensa participação das mídias sociais e parte da solução dos problemas foi derivada das atuações nelas.
Um exemplo? Vamos ao caso da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro em 2011. Aos poucos, foram surgindo comunidades e grupos no Orkut, no Facebook e perfis no Twitter. A sociedade mostrou-se madura, solidária e participativa, conseguindo junto aos órgãos públicos grandes conquistas para as comunidades sofridas, agilizou os processos de doações de remédios a coletas de sangue, divulgou a situação de várias áreas através de fotos e dicas de acesso, dados de meteorologia e mapas.
Muito do sucesso dessas ações deve-se, sem dúvida, à participação de inúmeras pessoas nas mídias sociais, tudo sem estrelismos ou competições, apenas pelo puro sentimento solidário e comum de ajuda ao próximo, um verdadeiro trabalho altruísta.
Um desastre como esse desencadeou uma gigantesca mobilização, que ultrapassou as fronteiras do país, e as redes sociais mostraram que têm um valor inestimável, marcaram um importante ponto, principalmente quando somado à força humana envolvida em ações dessa natureza.
Neste caso, as mídias mostraram a sua importância, deixando de lado tempo e espaço, influenciando o destino de dezenas de pessoas, através da rápida disponibilização de informações relevantes, de forma que muitos puderam usufruir deste ambiente e agir junto aos necessitados.
As mídias sociais e sua influência na educação
Não há dúvidas quanto ao envolvimento dos alunos com todas essas ferramentas online, porém, quais os efeitos disso? Abaixo separei um breve comparativo entre os pontos que considero positivos e os negativos dessa relação dos jovens com as mídias sociais.
Essa é uma boa visão para que pais e educadores saibam como conter e evitar os possíveis efeitos negativos e reflitam sobre maneiras de explorar os impactos positivos. Confira!
- Possíveis Pontos Negativos
1. Muitos estudantes não sabem lidar com a grande oferta de informações disponível na internet. Alguns tomam tudo o que leem na web como verdade absoluta e isso interfere no processo de aprendizagem e no desenvolvimento de olhar crítico perante o que lhes é apresentado.
2. O jovem de hoje é multifuncional, faz tudo ao mesmo tempo, porém, isso pode ter consequências negativas se não for bem administrado. O acesso às mídias sociais durante os momentos de estudo, por exemplo, pode causar distração e interferir no desempenho acadêmico.
3. O excesso pode ser arriscado. Ao gastarem horas e horas nas mídias sociais, os jovens deixam de interagir face-a-face (não "feice"-a-"face") e isso pode prejudicá-los no convívio em sociedade. Com menos interações "reais", eles podem ter a capacidade de comunicação comprometida (a internet não exige entonações, linguagem corporal, etc). O mundo "offline" jamais pode ser substituído pelo online.
4. A popularidade das mídias sociais e a velocidade que é característica ao mundo online criaram novas maneiras de escrever e falar, enfim, transformaram a língua portuguesa, dando a ela, novos aspectos e sentidos. Isso pode interferir na qualidade de redação desses jovens (aliás, esse fenômeno ficou evidente no resultado negativo das redações nas últimas edições do Enem - Exame Nacional Ensino Médio, grande parte dos jovens de hoje em dia não sabem escrever corretamente).
A linguagem da internet ainda não foi naturalizada como padrão em nossa sociedade, ela ainda se limita ao meio online. Trabalhos escolares, por exemplo, ainda exigem a linguagem formal. Contudo, o uso de abreviações como "vc", "eh", "baum", "ogd", "mt"... acabam aparecendo em trabalhos acadêmicos e os jovens, por muitas vezes desconhecerem a escrita formal, acabam dependendo de corretores automáticos (que são cheios de "armadilhas", iga-se de passagem).
A linguagem da internet ainda não foi naturalizada como padrão em nossa sociedade, ela ainda se limita ao meio online. Trabalhos escolares, por exemplo, ainda exigem a linguagem formal. Contudo, o uso de abreviações como "vc", "eh", "baum", "ogd", "mt"... acabam aparecendo em trabalhos acadêmicos e os jovens, por muitas vezes desconhecerem a escrita formal, acabam dependendo de corretores automáticos (que são cheios de "armadilhas", iga-se de passagem).
5. Muitos não pensam antes de postar algum conteúdo na internet. É preciso lembrar, porém, que tudo o que escrevemos na web pode ser visto e logicamente, julgado. Posts com conteúdos comprometedores podem trazer complicações ao longo de sua caminhada acadêmica e profissional. Algumas escolas, por exemplo, procuram informações prévias sobre futuros alunos e dependendo do que encontram, o estudante pode ser prejudicado. E esta prática tem sido adotada por muitas empresas também, quando no processo de seleção de seus candidatos. A internet é um livro aberto - e se engana quem pense que ela é uma "terra de ninguém" -, por isso, orientar o jovem nesse aspecto é essencial.
- Possíveis Pontos Positivos
1. As mídias sociais aumentaram a interatividade e a possibilidade dos alunos se expressarem e colaborarem com a produção de informação. A dinâmica rápida (quase instantânea) do mundo online, deu ao jovem a capacidade de desenvolver pensamento rápido, qualidade que é extremamente apreciada na realidade em que vivemos.
2. As mídias sociais ensinam os jovens importantes situações do mundo real. Por exemplo, a noção de "rede de contatos" é exercitada por meio de comunidades como Facebook e Youtube e isso pode ajudar o jovem ao longo de sua vida. Ser capaz de criar redes de contato sólidas é extremamente importante para o desenvolvimento tanto pessoal, como profissional e acadêmico.
3. Pelo enorme contato que possui com as novas tecnologias, o jovem de hoje as domina completamente. Esse domínio é muito útil, já que hoje o andamento do mundo depende dessas novas tecnologias. Ter essa habilidade é estar pronto para as exigências que virão pela frente.
4. Desenhar um perfil online hoje em dia é fácil. Construir e desconstruir tornou-se parte da vida desses jovens. Eles fazem perfis, definem quem são, apagam perfis, somem e aparecem quando bem entendem. Essa dinâmica proporciona a flexibilidade.
Com esse movimento constante, eles controlam o que querem ser e quando querem ser. Isso pode ser relevante para situações do dia-a-dia e ao longo da vida, em que, muitas vezes, devemos assumir determinados comportamentos, dar nossa opinião, nos calarmos, enfim, sermos flexíveis e nos adaptarmos aos diferentes cenários e contextos que nos são impostos.
5. A internet abre um mundo favorável à criatividade. Ter seu próprio blog ou seu site, por exemplo, dá abertura para que o jovem se expresse e mostre seu talento. Ao compartilhar com os outros, ele tem um feedback instantâneo sobre a sua produção, o que pode motivá-lo e até mesmo ajudá-lo a construir e seguir sonhos e objetivos.
Conclusão
A certeza que temos é de que cada vez vivemos num mundo menor e interligado. E que isso é bom! Vimos que as mídias sociais servem como um lugar de relacionamento entre pessoas e aí, aproveitar-se disso a favor do próximo, é ou não é uma boa ideia?
Agora, elas não foram feitas para nos dominar e sim para que esteja sob nosso domínio. O problema é que há pessoas que quando assustam já estão dominadas pelas mídias sociais. Restringem sua vida à elas. Isso, com certeza não é bom. Aliás, todo o excesso é nocivo.
Agora, elas não foram feitas para nos dominar e sim para que esteja sob nosso domínio. O problema é que há pessoas que quando assustam já estão dominadas pelas mídias sociais. Restringem sua vida à elas. Isso, com certeza não é bom. Aliás, todo o excesso é nocivo.
Se é para transbordar, que seja do Espírito Santo. E, para ser cheio do Espírito Santo, se tem uma coisa que eu não dependo é de estar online. Muitos estão tão conectados nas mídias sociais que não percebem o quão desconectados estão do Reino de Deus e da sua justiça. As mídias sociais estão aí, cabe a nós dominá-las e usá-las como uma ferramenta, uma oportunidade de expressar o propósito máximo para o qual fomos criados: manifestar a glória de Deus. #Ficadica!
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