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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A SÃ DOUTRINA - A UNÇÃO COM ÓLEO, 2ª PARTE

Unção com Óleo - Uma Reflexão Bíblica e Histórica - parte 2

Análise Histórica 


É interessante que venhamos a analisar a prática da Igreja, desde os seus primórdios até os dias atuais, para que possamos formar também nosso pensamento através do testemunho daqueles que no decorrer do tempo estudaram e buscaram o conhecimento bíblico, bem como daqueles que deturpando o verdadeiro significado dos ensinos bíblicos torcem seu entendimento de acordo com suas conveniências momentâneas. 

Os Pais Apostólicos 


Não há praticamente nenhuma referência à unção com óleo de enfermos, entre os escritos de Tiago (± 46-49 d.C.), e de Hipólito de Roma (± 200 d.C.). Isto provavelmente se deve ao fato de estarem os Cristãos deste período lutando com tantas e tão variadas formas de heresias, como o gnosticismo, o arianismo, o sebastianismo, o monarquismo, os judaizantes, entre outros tantos, que não deve ter havido tempo para dedicarem-se a este assunto em seus escritos. 

Justino de Roma (± 140 d.C.) 


Há contudo a exceção de Justino de Roma, que por volta de 140 d.C. defendia a posição de que todo e qualquer tipo de unção praticada ou ministrada no Velho Testamento aponta para Cristo. E que assim em Cristo todas as unções cessaram, conforme podemos ver pelo trecho de seu trabalho a seguir: 
"Tendo Jacó derramado óleo no mesmo lugar, o próprio Deus que lhe aparecera dá testemunho de Ter sido para ele que ungiu ali a pedra. Também já demonstramos, com várias passagens das Escrituras, que Cristo é chamado simbolicamente 'pedra' e que também a ele se refere toda unção, seja de azeite, seja de mirra ou qualquer outro composto de bálsamo, pois assim diz a palavra: 
'Por isso, o teu Deus te ungiu, o teu Deus, com óleo de alegria, de preferência aos teus companheiros'. É assim que dele participaram os reis e ungidos, todos os que são chamados reis e ungidos, da mesma maneira como ele próprio recebeu de seu Pai o fato de ser Rei, Cristo, Sacerdote" (Hipólito de Roma). 
A mais importante obra teológica de Hipólito de Roma é intitulada a "Tradição Apostólica" (Ed. Vozes, 1971, 100 pgs.). É um dos mais antigos documentos com instrução litúrgica que podemos encontrar, tendo sido usado como base, pela igreja católica romana, para consubstanciar sua herética doutrina sacramental da "extrema-unção" e é também a base utilizada pelos neopentecostais para confirmar que a Igreja Cristã pós-apostólica era praticante da "unção de enfermos". Vamos ao texto de Hipólito: 
"Se alguém oferecer azeite, consagre-o como se consagrou o pão e o vinho, não com as mesmas palavras, mas com o mesmo Espírito. Dê graças, dizendo: 'Assim como por este óleo santificado ungiste reis, sacerdotes e profetas, concede também, ó Deus, a santidade àqueles que com ele são ungidos e aos que o recebem, proporcionando consolo aos que o experimentam e saúde aos que dele necessitam.'" 
Por estas palavras podemos claramente entender que este ensinamento está muito distante da verdade bíblica. Não há nenhuma instrução na Palavra de Deus no sentido de se consagrar pão e vinho. A Bíblia inclusive não trata o líquido da Ceia do Senhor como sendo vinho. Há uma única referência, feita pelo Senhor Jesus registrada em Mateus, referindo-se ao conteúdo do cálice como "fruto da vide", ou seja "uva", ou seu suco: 
"E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai" (Mateus 26:29 - ACF). 
E em nenhum momento há qualquer ritual de consagração. Há sim oração em ação de graças a ser proferida durante o cerimonial da Ceia do Senhor, conforme instruções encontradas em Mateus 26:26-30 e em 1 Coríntios 11:23-30. Se não se consagra o pão e o vinho, também não se consagra azeite. Se não se consagra azeite toda a teologia e toda a instrução litúrgica derivada desta linha de raciocínio é biblicamente inválida e deve ser considerada espúria e anátema. 

Aprofundando-nos no estudo dos ensinos de Hipólito de Roma podemos encontrar vários tipos de óleos, como o óleo consagrado, o óleo de exorcismo, o óleo de ações de graças, o óleo santo ou santificado, entre outros, como o queijo da caridade e a azeitona consagrada. Assim, quaisquer ensinos provenientes desta fonte, ou de qualquer outra que nela se baseie devem ser considerados espúrios e anátemas. 

Orígenes (± 210 d.C.) 


Orígenes, apesar de todas as suas tendências alegoristas e metafóricas, de suas heresias e descalabros, ao tratar da questão da unção com óleo, afirma, corretamente, que alguns cristãos (neste caso Celso) teriam querido curar suas feridas através da ação divina, mas manter sua alma inflamada em seus vícios e pecados, rejeitando os remédios espirituais dessa mesma palavra, a confissão de pecados e o perdão. 

Querendo usar o azeite, o vinho e outros emolientes, e demais ajudas médicas que aliviam a enfermidade, como alívio para sua alma corrompida, ou ainda usar de supostos poderes mágico-espirituais conferidos aos medicamentos na cura das feridas, sem se apresentarem diante de Deus, para a cura da alma. 

Hoje em dia a medicina nos apresenta vários novos recursos curativos, além do azeite e do vinho, aos quais podemos recorrer, contudo não podemos em momento algum, nos esquecer da dependência de Deus, através de uma vida de oração. 

Este é o ensinamento de Orígenes: 
"Que muitos querem ser curados, querem ser aliviados, mas não querem deixar seus pecados." 
Portanto, na teologia de Orígenes não existe espaço para uma unção de enfermos com fins curativos mágicos. O azeite e outros emolientes são importantes do ponto de vista medicamentoso, mas sempre associados à dependência de Deus pela oração, e se for para a Sua glória, Deus restabelecerá o enfermo. 

Idade Média 


Durante a Idade Média houve grande luta entre o poder secular e o poder da Igreja, trazendo como consequência direta uma deturpação ainda mais exacerbada da já caquética e corrompida teologia da igreja de Roma. As interpretações das Escrituras visavam apenas dar respaldo a um misticismo mágico-religioso que dominava as ações da igreja de Roma, e lhe conferia poder sobre as massas ignorantes e crédulas, além de controle sobre seus governantes, rendendo à igreja de Roma grandes frutos financeiros e políticos. Neste período há muito pouca discussão sobre a unção com óleo, pois esta já se havia instituído em sacramento, o sacramento da extrema-unção, para limpar de pecado aquele que estava à beira da morte. 

Cesário de Arles (± 503~504) 


Ele faz várias referências à unção de enfermos nos seus sermões. No sermão 13 ele escreve: 
"Toda vez que sobrevier uma doença, o que a sofre receba o corpo e o sangue de Cristo; peça humildemente e com fé ao sacerdote a unção com o óleo bento a fim de que se cumpra nele o que está escrito". 
No Sermão 184, suplica às mães que não levem seus filhos aos "medicamentos diabólicos", argumentando: 
"Quanto mais justo e razoável seria recorrer à igreja, receber o corpo e o sangue de Cristo, ungir com fé, seja o próprio corpo ou o dos seus, com o 'óleo bento.'" 
Aqui vemos já uma completa deturpação do significado da Ceia do Senhor, pois é esta um memorial, não conferindo qualquer tipo de bênção, graça ou cura. Pois, não há qualquer suporte nas Sagradas Escrituras para que assim pensemos. 

E assim da mesma forma também não há um "'óleo bento' pelos sacerdotes". Pois, primeiramente, não há na Nova Aliança a figura do sacerdote, não há mais a necessidade de intermediação entre o povo e seu Deus. Cada um que tenha em si o selo da salvação, tem acesso direto ao Pai através de Jesus Cristo, nosso Mediador e Advogado para com o Deus (1 Timóteo 2:5). 

Não há também, como já vimos, sob a Nova Aliança, nenhum objeto ou material consagrado ou santificado, tornando, deste modo, a existência de um "óleo bento" simplesmente impossível. 

E se não há bênção nem na ceia, nem no óleo, não há razão para uma unção de enfermos, exceto quando ocorrer com caráter puramente medicamentoso, sem qualquer conotação mística ou espiritual. 

Quanto à afirmação no sermão 184, não há qualquer fundamento ou razão para afirmar que medicamentos sejam "diabólicos", ou de qualquer outra forma "impuros" ou "malévolos". Há contudo, clara proibição bíblica, quanto a se buscar o auxílio de curandeiros e feiticeiros, mas, em nenhum ponto encontramos recomendação contra a busca por médicos ou por medicamentos em caso de doenças. 

Ao contrário, quando a mulher que sofria com fluxo de sangue procurou por Jesus, é-nos informado que ela já havia procurado por médicos, pratica esta que não foi recriminada por Jesus, apesar de no caso desta mulher não ter sido de eficácia (Marcos 5:25-34). 

Beda (± 720 d.C.) 


Segundo o disposto através da teologia de Beda, podemos ver o andamento da deturpação do significado da unção de enfermos, conforme segue: 
  • Naquela época se pensava que a virtude da Unção estava no óleo consagrado pelo bispo, o óleo bento;
  • A Unção de Enfermos pertencia à categoria dos sacramentos permanentes, assim como a ceia do Senhor e o batismo;
  • A igreja de Roma cria que assim como na ceia do Senhor é o próprio ministro, o sacerdote, quem consagra o pão, e como também é o sacerdote quem batiza, é este mesmo quem também consagra o óleo para a unção de enfermos, e estes elementos depois de consagrados pelo ministro são repassados aos presbíteros para ministrá-los. Assim, toda a força da bênção do óleo está no pastor, isto é, no sacerdote;
  • Assim como o pão consagrado para a ceia do Senhor já tem em si a força do sacramento, também o óleo bento consagrado pelo bispo tem a mesma força e o mesmo poder.

Bonifácio (± 900 d.C.) 


A partir da reforma carolíngia, a administração do óleo consagrado, ou bento, ficou reservada exclusivamente aos sacerdotes (bispos e presbíteros). Segundo os Statuta Bonifacii, do começo do século IX, os sacerdotes devem, em suas viagens, levar sempre consigo a eucaristia e o "santo óleo"; e lhes é proibido sob pena de deposição confiar aos leigos o "santo óleo". 

Neste ponto muda a igreja de Roma sua concepção do sacramento: 
  • De unção de enfermos passou a ser unção de moribundos (extrema-unção); 
  • Da consagração do óleo passou a ser a administração da unção; 
  • De sacramento com efeitos corporais passou a ser sacramento com efeitos espirituais; 
  • De sacramento autônomo passou a estar unido à penitência; 
  • A teologia escolástica do século XIII já herdara uma situação de fato: o ministro da unção é o sacerdote, o mesmo da penitência. 
  • Deste panorama, tem-se o que hoje é entendido por unção dos enfermos. Uma ação de transferência de poder do sacerdote para o óleo e deste para o enfermo, "trazendo a cura".
Nada mais que uma ação de misticismo e feitiçaria, completamente destacada do contexto e do entendimento bíblicos, ação esta criada por séries de heresias e deturpações históricas, tanto no que se refere ao papel da igreja, quando no que se refere ao papel do ministro da igreja, o seu pastor. 

Os Reformadores Protestantes 


No decorrer da Idade Média, a igreja católica separou esse rito da unção de enfermos e o elevou à categoria de sacramento da extrema-unção, mediante o qual, segundo ensinavam seus teólogos, deveria ser ministrado aos fiéis da igreja que estavam moribundos, ou seja, à espera da morte. 

Houve consenso entre os reformadores protestantes que assim apresentada, a unção com óleo, era uma falsa interpretação de Tiago 5:14 e de Marcos 6:13. Segundo Lutero, em sua exposição do texto de Tiago 5:14, o uso da unção com óleo, já cessou: 
"Por isso sou de opinião que essa unção é a mesma da qual se escreve, em Mc 6:13, a respeito dos apóstolos: 
'E ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.' 
Trata-se, pois, de um certo rito da Igreja primitiva, pelo qual faziam milagres entre os enfermos. Já desapareceu há muito." 
Calvino de igual modo não aceita a contemporaneidade da prática da unção de enfermos, assegurando que esta prática já cessou na igreja, como também, todas as virtudes e os demais milagres que foram operados pelas mãos dos apóstolos, a razão é que este dom (unção de enfermos) era temporal. 

Calvino e Lutero são unânimes em afirmar que o azeite era um unguento utilizado na Igreja Primitiva com fins medicamentosos que associados à oração dos presbíteros, teria muito efeito. 

Porque os reformadores não faziam unção de enfermos? 
  • Por que o princípio gerador da cura em Tg 5:14 é a fé do doente e as orações dos líderes da igreja. 
  • Por que longe de sustentar a extrema-unção ou o crisma (confirmação), a passagem de Tiago 5:14 trata de presbíteros (e não de sacerdotes) orando pela cura do enfermo; O azeite é então um óleo medicinal, e não um preparado mágico para a morte. 
  • Por que a unção Veterotestamentária apontava para o Messias, o Ungido de Deus, cumprindo em Cristo a unção final de sacerdote, profeta e rei. 
  • Por que no processo evolutivo da revelação de Deus, o óleo da unção aponta para o ministério do Espírito Santo, Aquele que unge, isto é, separa, capacita, credencia o cristão a fazer a obra de Deus. Os que são ungidos com o Espírito Santo não necessitam de nenhum outro tipo de unção.
Analisando o pensamento de Calvino sobre a unção dos enfermos, especialmente em sua exposição do verso em Tiago 5:14, podemos entender o seguinte: 
  • Para Calvino esta prática já cessou na Igreja; 
  • A unção aponta para a obra e os dons do Espírito Santo; e se nós vivemos hoje no desenvolvimento ministerial do Espírito Santo, com certeza, não há qualquer sentido na prática da unção de Enfermos ou qualquer outro tipo de unção; 
  • A unção não tem o efeito das virtudes espirituais apostólicas; 
  • A unção não é canal de bênçãos para o crente; canal de bênção é a doutrina Bíblica, as orações (intercessão dos Santos) e a comunhão; 
  • A unção não é privativa do pastor da igreja; 
  • A unção não tem qualquer efeito de sacramento; 
  • A unção não perdoa pecados; 
  • A unção não é sinal de cura; 
  • A unção não tem poderes mágico-religiosos.

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A SÃ DOUTRINA - A UNÇÃO COM ÓLEO, 1ª PARTE

Este é um assunto controverso e difícil. E, cabe aqui uma análise teológica sobre as práticas da Igreja quanto a este assunto, levando em conta primeiro e especialmente o que nos informam as Escrituras Sagradas, depois olhando para a história da Igreja, de modo a que possamos ver de que forma este assunto foi tratado no decorrer do tempo, para que assim possamos avaliar com maior propriedade o que hoje é praticado, e com conhecimento de causa, possamos estabelecer o que deve ser feito quanto à esta importante questão. Dada a sua complexidade, vou dividi-lo em três partes. Vamos à primeira.

Introdução - A unção nas Escrituras Sagradas 


Em vários locais das Escrituras Sagradas encontramos o ato de ungir. Não há como ignorá-lo. Mas, é importante notarmos que invariavelmente o ato de ungir, quando se referindo à área espiritual, sempre teve o objetivo de separar e consagrar. Há também outros usos para a unção, os quais iremos analisar mais à frente em nosso estudo. 

Um importante detalhe que pode ser observado nas Escrituras Sagradas é que em momento algum, nenhuma mulher foi ungida para uma tarefa na área espiritual. Não há nenhuma referência a mulheres sendo ungidas seja para o serviço sacerdotal ou para reinar. 

Unção de Objetos 


Muitos objetos foram separados para serem utilizados no tabernáculo, e como o próprio tabernáculo, eram também ungidos de modo a consagrá-los ao Senhor. A ritualística da unção era usada para se separar e consagrar estes objetos ao uso no culto a Deus. 
"Também cada dia prepararás um novilho por sacrifício pelo pecado para as expiações, e purificarás o altar, fazendo expiação sobre ele; e o ungirás para santificá-lo. Sete dias farás expiação pelo altar, e o santificarás; e o altar será santíssimo; tudo o que tocar o altar será santo." 
"E disto farás o azeite da santa unção, o perfume composto segundo a obra do perfumista: este será o azeite da santa unção. E com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do testemunho, e a mesa com todos os seus utensílios, e o candelabro com os seus utensílios, e o altar do incenso. E o altar do holocausto com todos os seus utensílios, e a pia com a sua base. Assim santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo" (Êxodo 29:36,37; 30:25-29 - ACF). 
O claro entendimento dos textos acima é que os objetos ungidos se tornavam santos, ou santificados, e também santificadores, pois, tudo o que neles tocasse se tornaria também santo. 

Hoje temos vários objetos separados para uso específico, durante os cultos a Deus em nossas Igrejas, como púlpitos, mesas, cadeiras, genuflexórios (aquela peça de madeira fixa ou móvel usado nas igrejas, geralmente na parte de trás do banco, para que os fiéis possam ajoelhar-se e orar, mais comum em templos católicos), cálices para a Ceia, etc., contudo, não os ungimos para torná-los santos, ou santificadores. Isto se deve à teologia do Novo Testamento, que afirma categoricamente que desde a vinda do Senhor Jesus Cristo, santos são aqueles que são salvos através da redenção pelo Seu sangue derramado na cruz, e pela Sua ressurreição dos mortos:
"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo" (1 Coríntios 3:16-17 - ACF). 
"Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (20) Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (1 Coríntios 3:16, 17; 6:19,20 - ACF). 

O templo de Deus 


O Templo de adoração passou a ser o coração do salvo, não mais um local de tijolos e pedras. O véu do antigo Templo se rasgou no momento em que Jesus Cristo cumpriu sua missão na cruz: 
"E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras" (Mateus 27:51 - ACF). 
Neste momento se estabeleceu uma Nova Aliança: Através de Jesus Cristo passamos a ter acesso direto ao Pai, sem a necessidade de qualquer outra intermediação, sem a necessidade de qualquer sacrifício físico, sem a necessidade de quaisquer obras humanas: 
"Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito" (Efésios 2:18-22 ACF). 
Nenhuma carne é justificada pelas obras da lei. Não cabe, portanto, qualquer ação humana, como a unção de objetos de modo a nos tornarmos santos ou santificados: 
"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada" (Gálatas 2:16 - ACF). 
Partindo deste princípio, claramente estabelecido pelas Escrituras Sagradas, qualquer objeto que tenha sido feito "santo" através de um processo de unção, ou através de qualquer outro meio ou ação humana, passa a ser objeto de idolatria, e abominação ao Senhor, pois, vilipendia o sacrifício de Jesus Cristo. Sacrifício este feito, de uma vez por todas, na cruz. Ato completo e perfeito na Sua ressurreição, não restando qualquer outra obra a ser feita, não necessitando de qualquer ação adicional. 

Deste modo, atribuir-se poder a qualquer objeto inanimado, a qualquer produto ou alimento, é ato de misticismo, sendo deliberado desrespeito para com a divindade do Senhor Jesus, ao qual foi dado todo o poder no céu e na terra: 
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt 28:18 - ACF). 
Tudo o que desejamos ou precisamos, devemos levar diretamente a Deus, em oração: 
"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças" (Filipenses 4:6 - ACF). 
Pedindo sempre em nome de Jesus Cristo, e nunca utilizando fetichismos ou superstições, nada de águas, ou óleos "santos" ou mágicos, ou pedras, ou madeiras, ou qualquer outra coisa criada. Nada deve ser colocado como meio de obtenção de graça, pois o nosso único meio de graça é o Senhor Jesus Cristo: 
"Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vô-lo conceda" (João 15:16 - ACF). 

Unção de Pessoas 


A unção de pessoas era feita, quando com propósitos espirituais, com o objetivo de separar-se esta pessoa para uma tarefa específica, seja enquanto rei, sacerdote ou profeta. É importante também notar que todas estas tarefas eram realizadas em conjunto com o objetivo de guiar o povo de Deus tanto espiritualmente quanto secularmente. Também é importante ver que estas tarefas foram todas assumidas por Jesus Cristo, o ungido de Deus. Assim, Cristo é Sacerdote, Profeta e Rei. 

Já no Novo Testamento esta ação, a unção de pessoas, foi substituída pela imposição de mãos, a qual outorga autoridade para ministrar, educar e servir, como até hoje é feito na ordenação de pastores e diáconos. Há que se entender, entretanto, que este processo não tem exatamente a mesma significação da unção com óleo de outrora, não há qualquer santificação sendo conferida através deste ato, pois, a santificação ocorre no momento da conversão quando o salvo é selado pelo Espírito de Deus, e não há também qualquer transferência de poder, pois, todo o poder está nas mãos de Jesus Cristo (Mateus 28:18), mas, este ato indica com firmeza que aquele que está sendo ordenado, é reconhecido pela Igreja como tendo sido separado por Deus para esta obra. 

Unção de Reis 


Os reis eram ungidos como libertadores para o povo de Israel e para governar sobre o povo como seu pastor: 
"Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo; porque o seu clamor chegou a mim" (1 Samuel 9:16 - ACF). 

Unção de Sacerdotes 


Deus instruiu Moisés a ungir sacerdotes, de modo a consagrá-los e reconhecê-los como pessoas separadas para servir a Deus através do sacerdócio. Os sacerdotes julgavam sobre as diferenças entre as pessoas do povo, faziam expiação, santificavam o povo perante Deus, ouviam confissões de pecados, faziam sacrifícios de ação de graças e supervisionava os trabalhos no tabernáculo, entre outras tarefas. 
"E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. Também farás chegar a seus filhos, e lhes vestirás as túnicas, e os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações" (Êxodo 40:13-15 - ACF). 

Unção de profetas 


O ofício profético era estabelecido pelo ato da unção: 
"O espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado" (Isaías 61:1-3 - ACF). 
Não há uma descrição clara nas Sagradas Escrituras sobre como, ou qual, seria o ritual para a unção de profetas, mas, este fato está razoavelmente estabelecido através do texto de Isaías acima citado. 

Produtos utilizados 

  • Azeite - O azeite de oliva simboliza uma vida útil e vibrante, sendo símbolo de regozijo, saúde e de qualificações de uma pessoa para o serviço do Senhor:
"Porém tu exaltarás o meu poder, como o do boi selvagem. Serei ungido com óleo fresco" (Salmo 92:10 - ACF). 
  • Unguento - Gordura misturada com perfumes especiais que lhe davam características muito desejáveis. Era utilizado para ungir os pés dos hóspedes, simbolizando a alegria pela chegada daquele hóspede, e desejando-lhe boas vindas:
"E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo" (João 11:2 - ACF). 
Também como era utilizado no cuidado pessoal com o corpo, pois, é um excelente hidratante: 
"Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas" (Daniel 10:2-3 - ACF). 
"Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber" (Rute 3:3 - ACF). 
  • Óleos curativos - O óleo tem poderes curativos, permitindo amolecer feridas e purificá-las. O óleo quando misturado a certas ervas, pode proporcionar medicamentos poderosos para vários males. Não é de surpreender que os médicos em Israel tivessem desde tempos antigos conhecimento destas ervas e da forma de utilizá-las no processo curativo de doentes.
"Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo" (Isaías 1:6 - ACF). 
"E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele" (Lucas 10:34 - ACF). 
  • Unguento fúnebre - Este unguento era utilizado na preparação do corpo para o sepultamento, como parte de um processo de embalsamamento:
"Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento" (Mateus 26:12 - ACF). 
"E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galileia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento" (Lucas 23:55,56 - ACF). 

Modos de aplicação 

  • Na cabeça - O derramamento de óleo sobre a cabeça de um homem indicava que este homem havia sido separado para uma determinada tarefa a serviço do Senhor.
"Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o Senhor por capitão sobre a sua herança?" (1 Samuel 10:1 - ACF) 
"Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda" (Salmo 23:5 - ACF). 
"Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça" (Eclesiastes 9:8 - ACF). 
Também era usado sobre a cabeça com efeitos cosméticos: 
"Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça" (Eclesiastes 9:8 - ACF). 
  • No rosto - A unção do óleo no rosto tinha como objetivo a hidratação, e a proteção contra as forças da natureza:
"E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem" (Salmo 104:15 - ACF). 
  • Nos pés - Como já foi dito, este ato estava normalmente relacionado com uma recepção digna e alegre de um hóspede bem-vindo: 
"E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento" (Lucas 7:38 - ACF). 
  • Sobre as feridas - Neste caso o óleo é utilizado como medicamento, sendo que através de suas propriedades curativas próprias, ou em combinação com ervas ou outros produtos era deitado sobre as feridas. Há muitos relatos deste tipo de procedimento na literatura talmúdica, e alguns na própria Bíblia Sagrada, os quais já foram anteriormente citados. 
"Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: 'Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Senhor. E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo.' Disse mais Isaías: 'Tomai uma pasta de figos'. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou" (2 Reis 20:5-7 - ACF). 

Uso atual 


Como vimos, fica, em nossos dias, descartado o uso da unção com óleo para objetos, de modo a torná-los sagrados ou santificados, já que nada mais pode ser considerado objeto sagrado, uma vez que o templo de Deus na Nova Aliança é o corpo daquele que teve seu coração transformado pelo sangue do Cordeiro de Deus.

Também não há mais qualquer necessidade de unção para sacerdotes, reis ou profetas. Ocorrendo no caso daqueles que se dispõem a servir como oficiais da Igreja, o ato da imposição de mãos, figura substituta da unção, mas, com significação distinta. 

Resta então apenas um tipo de unção a ser analisado em termos de uso nos dias atuais: a unção de enfermos com fins medicamentosos. Não restou nenhum tipo de unção, com finalidades espirituais, a ser utilizada pelos crentes em Jesus Cristo após o estabelecimento da Nova Aliança.
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

SE EU FOSSE VOCÊ

Altruísmo é o substantivo masculino com origem na palavra em francês altruisme que indica uma atitude de amor ao próximo ou ausência de egoísmo. Também pode ser usada como sinônimo de filantropia.

É também considerada uma doutrina ética que indica o interesse pelo próximo como um princípio "supremo" de moralidade.

Vários pensadores defenderam o conceito de altruísmo, sendo que alguns defenderam a atitude representativa do altruísmo sem usar essa palavra. Este foi o caso do filósofo alemão Ludwig Feuerbach (1804-1872). A palavra "altruísmo" propriamente dita foi criada pelo filósofo francês Auguste Comte (1798-1857) para descrever um comportamento oposto ao egoísmo.

Uma pessoa altruísta é aquela que pensa nos outros antes de pensar em si própria. O altruísmo é uma das bases de várias doutrinas religiosas, como o Cristianismo, por exemplo. No caso do Cristianismo, o altruísmo é revelado através do amor ao próximo, um dos mandamentos deixados por Jesus (João 13:34). Apesar disso, o altruísmo não é uma atitude exclusiva de uma pessoa que segue uma religião e pode ser demonstrado por qualquer pessoa, sendo uma questão de moral.

Um indivíduo altruísta não é interesseiro, ou seja, não ajuda os outros com o objetivo de obter algum benefício em troca. No entanto, existe também o conceito de altruísmo recíproco, em que uma pessoa ajuda outra sabendo que no futuro essa pessoa poderá estar em condições para retribuir o favor.

A empatia e a ética consistem em dois dos fundamentos do altruísmo, porque é importante que uma pessoa se coloque no lugar da outra, entendendo o que ela está passando e atuando de acordo com isso.

"Freud explica"


Uma das operações psíquicas mais sofisticadas que aprendemos, lá pelos 7 anos, é esta, de tentarmos sair de nós mesmos para imaginar como se sentem as outras pessoas. De repente podemos olhar para a rua num dia de chuva e imaginar – o que, de certa forma, significa sentir – o frio que um outro menino pode passar por estar mal agasalhado.

Nossa capacidade de imaginar o que se passa é como uma faca de dois gumes. O engano mais comum – e de graves consequências para as relações interpessoais – não é imaginarmos as sensações de uma outra pessoa, e sim tentarmos prever que tipo de reação ela terá diante de uma certa situação. Costumamos pensar assim: 
"Eu, no lugar dela, faria desta maneira." 
Julgamos correta a atitude da pessoa quando ela age da forma que agiríamos. Achamos inadequada sua conduta sempre que ela for diversa daquela que teríamos. Ou melhor, daquela que pensamos que teríamos, uma vez que muitas vezes fazemos juízos a respeito de situações que jamais vivemos.

Quando nos colocamos no lugar de alguém, levamos conosco nosso código de valores. Entramos no corpo do outro com nossa alma. Partimos do princípio que essa operação é possível, uma vez que acreditamos piamente que as almas são idênticas; ou, pelo menos, bastante parecidas. Cada vez que o outro não age de acordo com aquilo que pensávamos fazer no lugar dele, experimentamos uma enorme decepção. Entristecemo-nos mesmo quando tal atitude não tem nada a ver conosco. Vivenciamos exatamente a dor que tentamos a todo o custo evitar, que é a de nos sentirmos solitários neste mundo.

Sem nos darmos conta, tendemos a nos tornar autoritários, desejando sempre que o outro se comporte de acordo com nossas convicções. E assim procedemos sempre com o mesmo argumento: 
"Eu, no lugar dele, agiria assim."
A decepção será maior ainda se o outro agiu de modo inesperado em relação à nossa pessoa. Se nos tratou de uma forma rude, que não seria a nossa reação diante daquela situação, nos sentimos duplamente traídos: pela agressão recebida e pela reação diferente daquela que esperávamos. É sempre o eterno problema de não sabermos conviver com a verdade de que somos diferentes uns dos outros; e, por isso mesmo, solitários.

Altruísmo ou inveja?


Você já passou por alguma das experiências abaixo?

  • Nossa, amei sua sandália (substitua aqui por qualquer outro objeto que queira)! Onde você a comprou? E, na semana seguinte, a pessoa está com a mesma sandália.
  • Que vestido lindo! Qual é a sua loja preferida? No próximo encontro, você percebe que ela já comprou tudo igual ao seu.
  • Você usa determinadas expressões, fala de um jeito peculiar. E, de repente, lá está uma sósia falando igual a você.
  • Que corte moderno! Ela vai ao salão e pede um corte igual ao seu.

Vamos falar aqui, só entre nós, isso não é legal, ninguém merece uma situação assim!

Claro que o senso de observação do ser humano é natural. Há os que observam porque querem aprender, outros porque querem copiar e ainda os que querem falar mal. Mas, enfim, todos, principalmente as mulheres, observam muito.

Fomos criados de forma única e, por isso, somos todos muito diferentes em habilidades, gostos e aparência. A inveja nasce quando se olha para o outro e sente-se incapaz, inseguro e inferior.

Em todos os lugares em que convivemos pode haver pessoas assim. Algumas você até consegue identificar facilmente, mas outras talvez você nunca tome conhecimento.

Você já deve ter ouvido confissões de adultérios, roubos, mentiras e até de assassinatos, mas como é difícil ouvir alguém admitir que é invejoso. Não porque seja algo raro. Muito pelo contrário, ela existe nas famílias, entre irmãos, amigos, colegas, vizinhos e nem dentro da igreja você estará livre.

Engana-se quem pensa que isso é um simples sentimento sem grandes consequências. Veja os exemplos a seguir:
  • Você conhece a história dos irmãos Abel e Caim, a primeira família da Bíblia. Caim, quando foi reprovado por Deus ao apresentar seu sacrifício, poderia muito bem ter pedido perdão e buscado uma nova oportunidade para acertar. Mas seu coração estava tão dominado pela inveja que o próximo sentimento ruim foi o ódio e o assassinato do seu irmão, Abel.
  • Isaque prosperou, ficou riquíssimo, conseguiu, por meio de seu trabalho, uma multidão de ovelhas e bois e também outra multidão de filisteus invejosos, que todas as noites entulhavam seus poços com terra.
  • O maior sofrimento de José não veio pelas mãos inimigas, mas ele foi vítima dos próprios irmãos, que ficaram enciumados ao ver o carinho que ele recebia do pai, resultado de sua espiritualidade e de suas escolhas certas.
  • E o mais invejado de todos foi o Nosso Senhor Jesus, que foi perseguido e sofreu desde o seu nascimento. Reis e religiosos seguiam seus passos não porque criam nEle. Eles ouviam seus ensinamentos não porque queriam praticá-los, mas porque tinham suas almas dominadas pela inveja dEle.
Que a alegria do outro seja também motivo da nossa alegria. Não há como esconder um sentimento ruim, por mais que nos esforcemos. Por meio de uma palavra ou de uma atitude, ele acaba aparecendo.

A inveja é como o iceberg: só uma pontinha dele aparece, mas por baixo existe algo enorme comprometendo a salvação. Cuidado para não ter isso escondido no seu interior.

E, mesmo que não haja inveja, guarde essa dica: se você tem um(a) amigo(a) que gosta de alguma coisa e você gosta também, que tal abrir mão e dar exclusividade a ele(a)? Olha que prova linda de amizade: deixar seu (sua) amigo(a) brilhar (Filipenses 2:1-3). Quando temos atitudes positivas nos sentimos bem conosco e com os demais.

Na ficção, o filme nacional "Se Eu Fosse Você - 1, 2 e 3" (2006, 2009 e 2016, respectivamente), de Daniel Filho, protagonizados por Glória Pires e Tony Ramos, sucesso de público e crítica, enfocou de maneira criativa e muito bem humorada o assunto. 

No lugar do outro


Recentemente, ao ser homenageada por sua relevância no cinema durante o Golden Globe, a atriz norte-americana Meryl Streep citou que 
"a única tarefa de um ator é entrar na vida de pessoas que são diferentes de nós e fazer você sentir como é isso". 
De fato, em qualquer curso de interpretação aprende-se a “
"sumir no personagem", o que fazem ótimos atores como Meryl e tantos outros. Mas, também recentemente, parece que um homem no Irã foi bem além de uma representação. Entrou na vida de um de seus alunos sem deixar de ser ele mesmo, segundo postagens em redes sociais.

Foi postada no fórum Reddit uma foto de um homem que seria um professor e estaria passando pessoalmente a um aluno internado num hospital as lições que o menino perdeu por não poder ir à escola por causa do tratamento. A imagem recebeu milhões de visualizações em poucos dias, mas até agora ninguém identificou nem o adulto nem a criança. O que se espalhou web afora é que o garoto tem câncer e que esse professor o visita todos os dias.

Na foto, o homem fala por meio de um telefone com o garoto, isolado em uma sala com parede de vidro, geralmente usada para evitar o contágio de doenças perigosas ou que algo prejudicial à saúde do paciente entre no recinto.

Embora praticamente ninguém tenha questionado na internet a veracidade do episódio – além do fato de o Irã não ser o país mais aberto do mundo no quesito informação para que isso seja comprovado e as pessoas identificadas –, o que vale é que muitos dos que visualizaram a foto no Reddit e nas redes sociais tomaram a imagem como um ótimo exemplo de alguém que se doa ao próximo sem esperar nada em troca. 

Pensando nisso, quanta gente faz o mesmo? Num mundo em que cada vez mais as pessoas buscam benefícios para si mesmas – ou quando fazem algo para alguém é para obter vantagens – uma atitude realmente altruísta é muitíssimo rara. 

Mas ocorre, felizmente. Há quem ache que recebe demais e deve compartilhar; os que nem acham que têm tanto e mesmo assim compartilham; e outros ainda são profissionais que levam seu trabalho a sério e, além disso, se importam com as pessoas que são objeto de sua atuação – como o suposto professor iraniano que não teria aceitado que seu aluno deixasse de aprender, apesar de não poder ir à escola.

A mensagem que fica é de não estamos sozinhos no mundo. Precisamos nos colocar no lugar de quem está debilitado, desanimado e cansado de viver. Dar atenção e carinho, sem pensar em retorno, é a verdadeira prática de amar e respeitar o próximo.

Conclusão


Aqueles que entendem que as diferenças entre as pessoas são maiores do que as que nos ensinaram a ver, desenvolvem uma atitude de real tolerância diante de pontos de vista variados a respeito de quase tudo. Deixam de se sentir pessoalmente ofendidos pelas diferenças de opinião. 

Podem, finalmente, enxergar o outro com objetividade, como um ser à parte, independente de nós. Ao se colocar no lugar do outro, tentarão penetrar na alma do outro, e não apenas transferir sua alma para o corpo do outro. É o início da verdadeira comunicação entre as pessoas.

Para finalizar, com a Palavra a Bíblia:
"Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai" (Filipenses 2:5-15).

sábado, 28 de janeiro de 2017

ACONTECIMENTOS - O CASO CLÁUDIA



A morte de Cláudia Lessin Rodrigues deixou o país inteiro estarrecido. Em julho de 1977, o corpo da moça foi encontrado próximo à praia do Leblon, no Rio de Janeiro. Ela havia sido atirada dos penhascos da Avenida Niemeyer, dentro de um saco plástico cheio de pedras. Apontado como suspeito, o milionário Michel Frank negava ter ligação com o crime. 

A questionável revista Veja revelou que, na noite em que morreu, Claudia participara de uma orgia animada com cocaína na casa de Frank. O rapaz confessara a um médico – entrevistado por Veja – que vira a moça morrer de overdose e, descontrolado, tentara sumir com o corpo, jogando-o ao mar. Frank acabaria fugindo para a Suíça, onde foi morto em 1989.

O caso


Chapéu dos Pescadores, Av. Niemeyer,
local onde o corpo de Cláudia foi encontrado
A história da avenida Niemeyer começou em 1891, quando a Cia. Viação Férrea Sapucaí esboçou na encosta do Morro Dois Irmãos, 35 metros acima do nível do mar, o traçado da futura avenida. 

Por volta de 1930 ela se tornou o primeiro circuito automobilístico do Rio, conhecido também como Circuito do Diabo.

E desde o início – até os dias de hoje – a avenida nunca teve um crime mais hediondo do que o envolvendo a jovem Cláudia Lessin Rodrigues, jogada por dois suspeitos homens que frequentavam o high-society carioca: Michel Frank, filho do empresário milionário Egon Frank – leia-se relógios Mondaine, entre outros negócios – e o cabeleireiro Georges Kour, que tinha salão no hotel Le Méridien, onde escovava muitas madeixas de socialites cariocas.

Cartaz do filme "O Caso Cláudia", 1979
O crime chocou o Brasil por mais de uma década, pelo horror e crueldade, sem limites. Acabou virando enredo de livro e filme.

O corpo de Cláudia foi encontrado nu na manhã do dia 26 de julho de 1977, no rochedo do Chapéu dos Pescadores, na Niemeyer. O rosto completamente desfigurado e o corpo amarrado por arame, preso a uma mala cheia de pedras. Cláudia tinha apenas 21 anos. Não houve mistério mais discutido pela imprensa e pelo Brasil do que a morte de Cláudia Lessin Rodrigues, que, numa noite de sábado, se despediu dos pais e foi a uma festa.


Quem era a vítima?


Filha de um casal classe média alta, o comandante Hilton e a dona de casa Maria, Cláudia sempre teve tudo: bons princípios e educação esmerada, mas não andava nas melhores fases da vida. Enfrentava uma depressão – não conseguia esquecer um namorado que teve nos Estados Unidos – mas estava sob controle: fazia terapia e tudo mais. 

Já tinha usado drogas, sim, como a maioria da sua geração, mas não era viciada e, se tinha algum vício, era cultura: adorava música clássica, ler e as sessões de filmes de arte do antigo Cine Veneza. Ela morava com a família, desde criança, na rua Fernando Mendes, esquina com a avenida Atlântica, com uma bela vista para o mar. Criados com amor e em bons colégios.

A ida de Cláudia ao apartamento de Michel Frank até hoje é um mistério, porém, o mais provável é que ela teria sido convidada para uma festa, na qual encontraria Rovai. Ele não foi, e quando Cláudia chegou, a festa era de "função" ou, melhor dizendo, de "cheiração".

O enredo macabro


Segundo o livro de Valério Meinel (foto), Cláudia teria passado o fim de semana com os dois homens, que jogavam cartas, cheiravam cocaína, vendida por Michel aos amigos que chegavam, sem parar. Muito entra-e-sai entre uma cartada e outra. Cláudia teria ficado lá "de bobeira", como dizem os cariocas quando não estão fazendo nada. Em compensação, Michel "comia como farinha", como dizem no meio os que cheiram muito. Cheirava desde os 16 anos.

Foi o detetive Jamil Warwar que, 48 horas depois do crime, já havia descoberto tudo, e, em uma declaração publicada em 1986, afirma: 
"Houve um embalo de tóxico na casa de Frank. No dia seguinte, Frank e Kour, cheios de cocaína, caminhavam em cima da mureta da avenida Niemeyer e resolveram então estuprá-la ali mesmo. Ela resistiu, ameaçou denunciar o que vira no apartamento no dia anterior (Michel vendendo bastante pó)". 
O ex-gordinho, que na adolescência não pegava nem gripe por causa da aparência, agora se firmara como um "grande" homem aspirando pó.

Segundo o que foi presumido pelo detetive Warwar, os dois, após violentá-la na própria Niemeyer, a mataram. Quando tentaram dar sumiço ao corpo, amarrado com uma mala cheia de pedras, foram vistos por um operário chamado Índio, que esclareceu o caso, como consta na revista Manchete, em reportagem publicada em 20 de dezembro de 1986.

Os laudos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, de acordo com a mesma revista, são taxativos: afirmam que Cláudia foi morta no local, pois havia sangue sobre as pedras. Declaram também que ela morreu por asfixia mecânica – viam-se claramente as marcas dos dedos, a olho nu, em seu pescoço. O exame toxicológico mostrava que não havia usado cocaína nem qualquer outra droga.

Os criminosos


O poder e as relações do pai de Frank falaram mais alto a ponto de Warwar ser afastado das investigações por meio de uma decisão publicada no boletim de Segurança Pública. O detetive ligou para o pai de Cláudia, dizendo: 
"O negócio envolve gente da alta, com muito dinheiro. O delegado Hélber Murtinho já deu a entender que vou ser substituído, mas não tem problema não. Já sei de tudo, quem matou sua filha e onde ela foi morta". 
"Quero viver além dos 90 anos para ver os assassinos da minha filha condenados",
 declarou o pai.

Frank, que tinha nacionalidade suíço-brasileira, foi para Zurique e lá viveu por 12 anos. Porém, levou junto o vício. Cheirava sem parar, chegando ao extremo de alguns familiares cortarem relações com ele.

"Foi justamente a falta de relações do meu pai com o poder – ele era apenas um piloto da aviação civil – que impediu que a Justiça fosse feita. Fosse meu pai um militar naquela época de ditadura, teríamos visto certamente a condenação dos assassinos. O que vimos, ao contrário, foi o poder do dinheiro e o regime de exceção facilitando a fuga anunciada de Michel Frank e a posterior absolvição dele num julgamento fraudulento, de fachada", 
afirma Márcia Rodrigues.

A imprensa não sossegou com o fato e os pais de Cláudia Lessin sempre abriram as portas a ela, pois Cláudia caiu numa grande roubada, que acabou servindo de exemplo para muitos pais desavisados.

Na Suíça, Frank acabou inocentado do assassinato de Cláudia por falta de provas consistentes da Justiça brasileira. Em 1989, ele foi encontrado morto, com seis tiros na cabeça, na garagem de seu prédio em Zurique. Seu corpo estava entre uma máquina de lavar e outra de secar. Estava envolvido com drogas até o último fio de cabelo. E por falar em cabelo, a última notícia que se teve de Georges Kour é que ele abriu um salão em Niterói.

Ele, que em 1977 era cheio de estilo, envelheceu mais de 30 anos em três atrás das grades. Foi considerado culpado pela tentativa de ocultação de cadáver. Até os descolados da bucólica Niterói desconhecem o seu salão.

Conclusão


Atualmente, os pais de Cláudia moram próximos à filha Márcia, que abandonou a carreira e hoje é uma das mais respeitadas designers de interiores do Rio. Ambos estão com mais de 90 anos. Já o detetive Jamil Warwar, um dos melhores do Rio, se desiludiu com a profissão e a largou.

O Caso Cláudia serviu como tema que alertava os jovens daquela época sobre os caminhos mortais do envolvimento com as drogas. Ao que parece, não de nada adiantou, pois todos os dias morrem mais "Cláudias" em circunstâncias semelhantes por todo o Brasil.

CAIU NA REDE...

Uma recente estimativa da Nielsen IBOPE [Nielsen Company e IBOPE Media são parceiras desde 1998 na joint venture Nielsen IBOPE e atuam juntas no investimento em tecnologias que permitem analisar de forma estratégica o promissor cenário da Internet e suas principais tendências para os próximos anos] aponta a existência de 120,3 milhões de pessoas com acesso à internet no país. 

O número é 18% maior que a estimativa divulgada um ano antes, que era de 102,3 milhões, no primeiro trimestre de 2013 e 14% maior que a última divulgação, que tinha sido de 105,1 milhões, referente ao segundo trimestre de 2013. Ao dividir em faixas etárias os brasileiros com acesso, o maior grupo é o de 25 a 34 anos de idade, que representa 22% do total.

Segundo o analista José Calazans, da Nielsen IBOPE, o crescimento do acesso à internet no Brasil ocorre principalmente nos domicílios. 
"O aumento recente do acesso à banda larga em residências trouxe mais brasileiros para a internet em 2014", 
informou o analista.

O Brasil já tem 87,9 milhões de pessoas que moram em domicílios com acesso à internet, com um crescimento anual de 19%. Desse total com acesso domiciliar, 55 milhões foram usuários ativos em junho de 2014. Um quarto dos usuários ativos em residências no Brasil já utilizam banda larga com capacidade superior a 8Mb.

Quando se considera o conjunto das pessoas que têm acesso no trabalho ou em domicílios, 90,8 milhões de pessoas já têm acesso e 64,4 milhões foram usuárias ativas em junho, o que representou um aumento de 9,4% sobre os 58,9 milhões do mês anterior e de 18% sobre os 54,4 milhões de junho de 2013.

Os primeiros dias da Copa do Mundo de 2014 apresentaram um forte impacto sobre a audiência nos sites de esportes apurada no mês de junho. O número de usuários únicos no Brasil da categoria Esportes aumentou 30% entre maio e junho do mesmo ano e chegou a 24,6 milhões, em casa ou no local de trabalho. As páginas que mais se destacaram entre os internautas em junho foram as que traziam as tabelas de jogos e de classificação das seleções e as que publicavam informações e vídeos sobre as jogadas polêmicas do mundial. Outros conteúdos que também fizeram sucesso foram os relacionados à compra de ingressos e aos memes de piadas que foram distribuídos nos sites sociais sobre os jogadores e as seleções.

Armadilhas virtuais


Você sabe se as páginas que navega na internet são realmente verdadeiras? Se não sabe, é hora de ficar atento. Atualmente muitas pessoas estão caindo no golpe dos sites falsos, que simulam ser oficiais para enganar os usuários. A maioria deles está relacionada à venda de produtos inexistentes e sua finalidade é capturar os dados das pessoas que se cadastram.

De acordo com o site de notícias BBC, essas páginas funcionam como armadilhas. Na maioria das vezes até os endereços e os banners de anúncios são idênticos aos das originais. Há ainda o caso do redirecionamento, quando o internauta entra na página correta, mas ao navegar, vai parar na falsa.

Mike Andrews, da National Trading Standards, organização criada pelo governo do Reino Unido para proteger consumidores disse à BBC que as páginas falsas fazem entre 4 mil e 5 mil vítimas por ano, somente no Reino Unido.
"Elas são um problema, principalmente quando a pessoa faz uma busca rápida pelo Google e seleciona os primeiros resultados",
observou.

Sites Fraudulentos


A internet permite facilidade de comprar e de fazer cadastros sem que seja preciso sair de casa. Porém, ela também possibilita inúmeras fraudes. Por isso, a Fundação Procon de São Paulo fez um levantamento das páginas que foram alvo de reclamações de consumidores entre os anos de 2011 e 2016 e devem ser evitadas.

A lista contém 547 sites falsos que já foram notificados pelo órgão, mas não responderam ou não foram encontrados. Apesar de ter sido eita pelo órgão de São Paulo, vale para todo o Brasil. Muitas delas já foram retiradas do ar. Contudo, inúmeras ainda continuam on-line. Para saber quais são, acesse https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite.

Conclusão

Atrás do prejuízo


Caso você perceba somente depois da transação que forneceu dados a um site falso, insista primeiramente com os responsáveis da página para que os danos sejam reembolsados. Se não funcionar, denuncie-a nos órgãos de proteção ao consumidor ou na polícia, na do Reclame Aqui e também no Google, por meio do formulário: https://www.google.com.br/intl/pt-BR/safetycenter/everyone/start/reporting-counterfeit.html.

Como se previnir 

  • Veja se o endereço da página inicia com "https" e se no canto esquerdo há um pequeno cadeado.
  • Revise a ortografia. Muitas vezes, os sites falsos "escorregam" na escrita.
  • Procure dados como razão social, CNPJ, telefone e outras formas de contato.
  • Desconfie quando o preço está bem abaixo do mercado.
  • Leia atentamente os termos de acordo e de privacidade.
  • Fuja do site se ele aceita apenas boleto bancário e/ou depósito em conta-corrente.
  • Não faça compras em computadores públicos/coletivos ou lan houses.
[Fonte: Fundação Procon São Paulo]