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quarta-feira, 31 de julho de 2019

LIVROS QUE EU LI - "MORAL E ÉTICA - DIMENSÕES INTELECTUAIS E AFETIVAS", YVES DE LA TAILLE


Tive a oportunidade de ler esse livro, por ocasião de quando fazia o curso de Administração, como um complemento à disciplina de Ética. Inclusive, o texto desse artigo é em atendimento ao pedido da professora Líllian Barreto, que lecionava a disciplina citada.

Sobre a obra


O binômio "moral e ética" é alvo de especulações sobre seus sentidos. Cotidianamente, ambas são tratadas como sinônimos. À luz das ciências, são tidas como conceitos distintos. Na obra "Moral e Ética - Dimensões Intelectuais e Afetivas" (192 págs., Ed. Artmed), Yves de La Taille, pesquisador e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), amplamente reconhecido por seus estudos sobre a chamada Psicologia Moral – ciência preocupada em desvendar por quais processos mentais uma pessoa chega a intimamente legitimar, ou não, regras, princípios e valores morais - aborda os dois conceitos em profundidade, focando o que representam essas duas palavras na Filosofia. 

La Taille trata com precisão de diversas questões para as quais a Psicologia Moral moderna tem procurado respostas. Mas por que se remeter à Filosofia e buscar autores do passado, como René Descartes (✩1596/✟1650), Immanuel Kant (1724-1804), Émile Durkheim (1858-1917) e Aristóteles (384-322 a.C)? Porque esta obra não é fruto de ideias infundadas, mas sim uma produção que reúne o que há de mais relevante sobre os fatores que levam as pessoas a agir com base em valores. 

O objetivo do livro, finalista na lista de indicados ao Prêmio Jabuti de 2007, é proceder a uma reflexão sobre os processos mentais por meio dos quais a pessoa legitima e segue valores, regras e princípios morais. Sem dúvida, uma obra importante não só para psicólogos e educadores, mas ainda para aqueles que, como eu, desejam fazer uma reflexão sobre esta dimensão da conduta humana sob o enfoque da Psicologia.

A síntese do livro


Nos três capítulos, o autor distingue o significado de moral e ética para esclarecer o que está implícito nos dois conceitos. Da moral, ele resgata a ideia de um dever para garantir a regulação da convivência humana. Comparar possibilidades de ação, perceber a necessidade do outro e pensar no que está em jogo faz parte da dimensão intelectual envolvida no ato de agir bem. Mas, como o "saber" fazer pode não ser suficiente, é preciso um "querer" fazer. Essa é a dimensão afetiva do agir, que é traduzida pela palavra ética. 

Nesse ponto, La Taille vai de Jean Piaget (1896-1980) aos contemporâneos para traçar uma linha do desenvolvimento afetivo, que começa no despertar do senso moral e termina com a formação da personalidade ética. Nesse passeio, distingue a presença de sentimentos como culpa, indignação e simpatia. Inspirado por sua paixão pela Psicologia Moral, é aqui que o autor apresenta uma das mais belas conclusões sobre como educar - ainda que não se remeta à Educação diretamente: 
  • somente tendo por si autorrespeito, é possível respeitar os outros.
Simples, elegantes, profundos, autor e obra são únicos - quem não os conhece perde a chance de compreender a natureza humana e suas mais belas lições. 

O artigo sobre ética e moral o autor faz uma introdução sobre as questões éticas e morais no período antes da era cristã na Grécia onde as concepções sobre o ajuizamento ético têm evoluído ao longo da historia da humanidade.

Na Grécia antiga os filósofos entendiam que ética e moral era o equilíbrio entre a natureza e o homem. Nos dias de hoje o autor mostra a necessidade de novos parâmetros mais objetivos acerca do que é eticamente plausível ou do que é posto como politicamente correto.

Apenas o ser humano é constituído como ser ético por causa do uso da razão, capacidade, liberdade e consciência dos seus próprios atos, envolvendo a si mesmo, o outro e a sociedade. Porem o agir ético é também pautado pela autonomia da vontade, o respeito à integralidade, à pluralidade, e a alteridade.  Neste contexto a ética envolve o individual extensivo ao coletivo, onde é afetado pelos aspectos políticos, econômicos e cultural. 

A ética e a moral é individual cada pessoa tem a sua, a qual se baseia em princípios, valores e sentimentos que cada um trás dentro de si mesmo de acordo com seus ensinamentos, através dos costumes familiares, cultural, políticos e social.
Ou seja, o meio em que vive, sendo assim cada individuo faz sua própria escolha é possível se aproximar ou distanciar dos valores éticos de outra pessoa.

Sobre a concepção do que é moral o autor retrata que é uma prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecido, onde uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes e valores consagrados, por conveniências, convicções, mais não necessariamente por ética. 

Conclusão


Na conclusão da obra, o autor explica o porquê da separação, à qual muitos psicólogos se opõem, das dimensões afetiva e cognitiva contidas na sua proposta de moralidade. A seu ver, são dimensões irredutíveis uma à outra, não havendo vantagem em fundi-las, o que não significa não relacioná-las. 

Identificando-se com Piaget, considera que a afetividade é a energética da ação e que a inteligência corresponde às estruturas de pensamento que as guiam. Outro aspecto que justifica a relação razão-afetividade é o fato do desenvolvimento de uma depender do da outra. Se o intelecto avança é porque o indivíduo tem interesse e necessidade de pensar nos conteúdos sobre os quais avança. 

Por outro lado, o desenvolvimento da simpatia pelo sofrimento do outro depende de que se considere legítimo o motivo deste sofrimento, caracterizando, assim, a influência da esfera cognitiva sobre a afetiva. Um último aspecto abordado diz respeito à ocorrência do desenvolvimento intelectual e afetivo, que a seu ver, é uma potencialidade, que não se desenvolverá em condições adversas. Tal constatação leva o autor a apontar a importância da Educação para a formação moral e ética das crianças e, também, de adultos.

Finalmente, vale ressaltar que o autor apresenta uma extensa pesquisa sobre os valores de jovens estudantes de Ensino Médio, realizada recentemente com uma amostra representativa da população estudantil de São Paulo. Esta pesquisa permitiu não só traçar um perfil deste jovem, em termos de como vê as instituições sociais e outras instâncias da vida, mas ainda apreender um certo mal estar em suas opiniões, pois, de modo geral percebe a sociedade contemporânea em estado de anomia, o que pode comprometer a consecução de seu projeto ético.

Em tempos onde o entendimento e aplicação do que seja moral e ética têm sido cada vez mais relativados, apesar de absolutos em sua essência, a leitura desse livro torna-se fundamental.
A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.


terça-feira, 30 de julho de 2019

O VALOR DA RENÚNCIA


"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me" (Mateus 16:24).
A frase acima foi proferida pelo Filho de Altíssimo, quando revelou a Pedro que estava próximo o momento em que morreria na cruz e Pedro disse-lhe que não deveria aceitar a morte, pois ele ainda não entendia os planos de Deus em favor da humanidade, mas apenas os planos dos homens – que viam o Senhor Jesus como um líder revolucionário que libertaria Israel do imperialismo romano. Cristo veio ao mundo para salvar toda a humanidade, oferecendo-se como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Entendendo o significado de "renúncia"


Em um mundo de grande ilusão, competição, estrelato, primeiros lugares, sexo, poder, riqueza e principalmente pelo fato de este mundo "jazer no maligno" (1 João 5:19), surgem os demasiados apegos. Sendo eles por usos, costumes, tradições, falsos sentimentos, modismo, dentre outros.

Porém neste ambiente temos o cristão que como peregrino, busca diante de todas as aflições e provações andar, comportar, viver como a luz do mundo e o sal da terra (Mt 5:13,14), sendo exemplo para que no grande dia seja recebido no Céu de glória eterna, mas para que isso seja possível, é preciso "renunciar" este mundo que já está morto, dominado pelo maligno.

Significado de "renúncia"


A princípio, é recomendado trazer o significado desta palavra essencial para os cristãos:
  • O Novo Dicionário da Língua Portuguesa (traduzido do Latim)
  1. Renuntiare - Abdicar do uso de um direito ou da posse legítima de qualquer coisa. Não querer. Desistir do desejo, renegar. Afastar-se voluntariamente, abster-se; por de parte uma vantagem, sacrificar-se.
  • O Novo Testamento (traduzido do Grego)
  1. Anarnesástho – Imperativo do aoristo médio de Aparnéomai - Negar-se a si mesmo como um ato totalmente altruísta, abrir mão de sua personalidade (Mt 16:24);
  2. Apotássomai - Despedir-se, renunciar, abandonar (Lucas 14:33);
  3. Arnesástho - Dizer não, negar (9:23), conforme Chave Linguística do Novo Testamento Grego, Editora Vida Nova.

Tipos de renúncias


Observando o amplo significado, de acordo com o vernáculo, concluímos que a palavra "renúncia", vai muito mais além que um simples vocábulo. Entende-se que a "renúncia" na vida de um cristão deve ser "progressiva"; isto é, todos os dias devemos praticá-la com ascendência. Jamais poderá ser apenas uma bandeira, ou uma nomenclatura. Deve fazer parte da vida cotidiana em todos os sentidos.

Conforme já exposto, seu sentido é despedir-se com a conotação de abandonar. Uma autonegação, abrindo mão até de sua personalidade. Jesus explica o paradoxo do discipulado como: "Perder a vida é encontrá-la; morrer é viver". 

Renunciar a si mesmo é não assumir certo ascetismo falso, externo, mas colocar os interesses do Reino em primeiro lugar na vida de uma pessoa. "Tomar a cruz" não significa apenas suportar algum fardo irritante, mas renunciar as ambições centradas em si mesmo. Tal sacrifício resulta na vida eterna e na experiência mais repleta de vida no reino e agora (Marcos 10:29,30).

Jesus Cristo disse a Pedro - o líder da equipe de discípulos e o que tinha a personalidade mais forte - que se quisesse segui-lO primeiro deveria renunciar a si mesmo e tomar a cruz que lhe pertencia.

Que tipo de renúncia? - Para renunciar, o cristão deve saber o que deve desprezar e o que precisa apegar-se. A renúncia de todo discípulo deve ser ao pecado, que a sua natureza pecaminosa tende a força-lo a praticar. Paulo catalogou-os em Gálatas 5:16-23.

• Que tipo de cruz? - Após negar aos desejos da carne, o cristão deve assumir sua chamada, ela é a sua cruz, é a sua missão.

Mas para isso é preciso entender qual tipo de chamada recebeu da parte de Deus, pois nem todos foram chamados para apóstolo como Pedro. E nem todos foram chamados para ser pastor, mestre, profeta ou evangelista (Efésios 4:11).

Conclusão


Relembremos Dorcas (Atos 9:36-42). A chamada dessa mulher se consistia em servir a Deus em sua cidade, ela era costureira, e trabalhando com panos, linha e agulha amou ao Pai Celestial e aos irmãos de sua localidade praticando caridade. Foi assim, com uma vida simples e pacata, que Dorcas renunciou a si mesma e tomou a sua cruz, e fazendo isso seu nome ficou registrado como uma serva de Deus que seguiu a Jesus no primeiro século da era cristã.

A Deus toda glória. 
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segunda-feira, 29 de julho de 2019

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES - "CEM OVELHAS", OZÉIAS DE PAULA


Muitas canções se tornaram grandes clássicos na música gospel nacional e internacional. Infelizmente, hoje em dia - salvo raras exceções -, algumas composições ditas cristãs - ou gospel - têm deixado muito a desejar na sua teologia.  Algumas coisas que são cantadas em nossas igrejas são bastante questionáveis em sua concordância bíblica e um tanto quanto rasas em sua criatividade. 

Mas, o certo é que as fórmulas padronizadas são o que vende e o que faz sucesso. Infelizmente temos uma memória fraca e há hinos que, embora tenham sido marcantes, caíram no esquecimento e muitos dos dessa geração, não conhecem e até desdenham. É o caso dessa belíssima canção, de letra fácil, porém, bíblica e melodia marcante.

O autor


Quantos conhecem o pastor acima? Quantos conhecem ou já cantaram o hino 'Cem Ovelhas'? Um dos maiores clássicos da música evangélica, nos últimos cem anos.

O mexicano Juan Romero, teólogo, professor de matemática e pastor da Assembléia de Deus nos EUA é o irmão da foto aí acima, é ele o autor e compositor do hino 'Cem Ovelhas'. 

Durante anos ele apresentou um programa semanal em rádio no estado da Califórnia (EUA). Juan nasceu na cidade de Monterey, México, no dia 11 de Janeiro de 1929, e sua conversão aconteceu quando tinha 7 anos de idade e era pregador desde os 19. O reverendo morreu no dia 21/07/2017 e sua história é praticamente conhecida pelo grande público, apesar do grande legado que ele deixou na arte cristã.

O nome verdadeiro e original da canção 'Cem Ovelhas' é 'Vision Pastoral'. Juan também escreveu vários livros, incluindo um hinário, e compôs mais de 430 músicas. Além de 'Cem Ovelhas', Romero teve outras duas canções traduzidas para o português: "Novo Amanhecer", versão de 'Alborada Eterna', gravada por Ozeias de Paula; e 'Que Bonito É', registrada pela dupla Otoniel & Oziel (✟1976).

A letra



'Cem Ovelhas'
Versão: Ozéias de Paula


Eram cem ovelhas, juntas no aprisco
Eram cem ovelhas, que amado cuidou
Porém numa tarde, ao contá-las todas
Lhe faltava uma, lhe faltava uma e triste chorou

As noventa e nove, deixou no aprisco
E pelas montanhas, a buscá-la foi
A encontrou gemendo, tremendo de frio
Curou suas feridas, pôs logo em seus ombros e ao redil voltou

Essa mesma história, volta a repetir-se
Pois muitas ovelhas, perdidas estão
Mas ainda hoje, o pastor amado
Chora tuas feridas, chora tuas feridas
E quer te salvar

As noventa e nove, deixou no aprisco
E pelas montanhas, a buscá-la foi
A encontrou gemendo, tremendo de frio
Curou suas feridas, pôs logo em seus ombros e ao redil voltou
Curou suas feridas, pôs logo em seus ombros e ao redil Voltou
Curou suas feridas, pôs logo em seus ombros e ao redil voltou
Curou suas feridas, pôs logo em seus ombros e ao redil voltou
Curou suas feridas, pôs logo em seus ombros e ao redil voltou

A história da canção


A inspiração para a canção veio em uma cidade do Texas, que se chama Lock, o próprio pastor Romero, contou essa história:
"Tínhamos um irmão que nunca faltava aos cultos e aos trabalhos da igreja, um belo domingo ele faltou aos cultos da manhã e da noite. Resolvi visitá-lo. Ele morava fora da cidade, em uma chácara, para chegar até sua casa tinha que caminhar em um chão de terra, não havia pavimentação, para complicar ainda mais, chovia torrencialmente, fomos eu e minha esposa. 
Num dado momento em que estávamos na estrada, percebi que não podíamos mais voltar, tamanha era a enchente naquela localidade, porém avistei a casa de Ricardo, e decidi ir até lá a pé. Atolado até as canelas consegui chegar a porta de sua casa, bati e de repente, alguém abriu a porta bruscamente como se estivesse esperando-me, quando vi que era aquele jovem disse: 
'Boa noite, Ricardo, a Paz do Senhor'.
Ele balançou a cabeça somente, foi para o centro da sala e começou a chorar, não disse o que estava acontecendo, toquei em seu ombro e disse:  
'Chore! É bom chorar!'. 
Mais tarde, ele me contou que um amigo de infância começou a ofendê-lo, e ele o agrediu com um pedaço de pau, e ele ficou triste porque não conseguira equilíbrio para lidar com aquela situação, e por isso não serviria mais a Deus.  
Eu estava diante dele, todo molhado dos pés a cabeça, sujo de lama, dizendo que se ele pedisse perdão ao Senhor, Ele certamente o perdoaria. Em seguida, fizemos uma oração e ele foi restaurado. Senti que havia resgatado aquela ovelha que já estava distanciando-se do aprisco do Senhor. 
Anos mais tarde, um dia estava em meu lar, já passavam das três horas da manhã, tive uma visão celestial, naquele exato instante, olhei e vi o jovem Ricardo e cantava esta canção:  
'Eram cem ovelhas, juntas no aprisco, eram cem ovelhas...'. 
O tempo passou! Certo dia, estava apresentando um programa na rádio, o telefone tocou, era Ricardo, fiquei muito feliz! Perguntei onde estava, ele disse que estava acompanhando a programação e resolveu me ligar para dizer ter valido a pena ter ido aquele dia em seu lar, pois agora ele se tornara pastor, e estava resgatando outras ovelhas perdidas. 
Me disse isso aos prantos. Aí veio a confirmação da vocação, da música, do ministério! A música é do ano de 1969."

Aqui no Brasil, a música ficou conhecida também na voz de Ozéias de Paula e pode passar o tempo que passar que sua mensagem será eterna, uma vez que sua essência é integralmente bíblica. 

Em 2000, a banda Código C fez uma divertida versão em ritmo de rock para a música, como faixa do CD "Por Todos Os Lados", fazendo-a, então, voltar às paradas de sucesso. Só que muitos dos que ouviram e cantaram a versão da banda Código C, não faziam ideia da história comovente do hino e nem mesmo que se tratava de um clássico da década de 1970.



Conclusão


Apesar de desconhecido pelo grande público, o pastor Romero tem registradas e gravadas mais de duzentas músicas, na oficina dos compositores, em Washington, muitos cantores ao redor do mundo executam suas canções, porém, somente Michael W. Smith é quem paga pelos direitos autorais. 

Na ocasião de sua morte, em 21/07/2017, uma postagem no blog da CVC La Voz, a rede de emissoras de rádio onde Romero atou, publicou a seguinte nota lamentando o falecimento do evangelista, ao mesmo tempo em que enaltece seu trabalho:
"Juan Romero foi parte da nossa equipe, nossa família. Com seu exemplo, ele nos guiou e ajudou. Com sua humildade, nos ensinou que toda a glória sempre deve ser dada a Deus. 
Através dele pudemos ver que nosso Senhor é sempre justo e misericordioso para com aqueles que o amam e são fiéis. 
Graças à sua vida fomos abençoados em vários aspectos. Por essas e outras razões é que nos comove a partida de sua presença física."
Por toda essa comovente história - tanto da canção, como de seu compositor - já valeria o meu carimbo de
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REFORMA PENTECOSTAL, URGENTE!

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  • Em primeiro lugar eu quero deixar bem claro, que o texto desse artigo é para despertar uma REFLEXÃO e não fazer uma crítica.
Poucas coisas na vida são melhores que "malhar o Judas", contudo nada é mais difícil do que aceitar nossas falhas e reconhecer que elas podem ser piores que as que observamos nos outros.

Malhar as igrejas da vertente tradicional há tempos é hábito comum para os pentecostais. Os motivos são desajuizados, como por exemplo, a presunção de se acharem mais avivados e de pertencer a um movimento que cresceu vertiginosamente.

Mas com o passar desses cem anos de movimento pentecostal no país, percebeu-se que este movimento também é falho, e por sinal mais falho ainda, dada as ocorrências de megas escândalos em tão pouco tempo de existência.

E o que é raro nas igrejas tradicionais virou corriqueiro nas igrejas oriundas do movimento pentecostal, como os escândalos e os absurdos erros doutrinários. São coisas absurdas, que beiram à heresia e que dão margem para divisões, polêmicas e muita confusão.

Os escândalos (em maior escala) são acontecimentos mais recentes de uns 50 anos pra cá. Mas os erros doutrinários já vêm de tempos atrás, com uma fraca interpretação bíblica e - com rara exceção - o predomínio do legalismo.

Reconhece-se que a introdução do movimento pentecostal no Brasil foi muito positiva por proporcionar uma revolucionária expansão do evangelho no Brasil. Mas isso foi bom até meados do século passado quando o objetivo comum do movimento ainda era a salvação, cura, libertação e o derramar do Espírito sobre os seus seguidores. 

Porque logo os interesses escusos dos líderes sucessores ficaram acima da visão missionária de seus "progenitores" gerando grandes divisões e engajamentos internos na comunidade pentecostal.

Hoje o movimento pentecostal produz uma nota desafinada e uma canção desarmônica por conta das volumosas divisões - que, consequentemente, originam um número incontável de denominações -, em detrimento dos divergentes interesses dos líderes atuais. Interesses esses que estão bem mais acima do que os interesses de Cristo Jesus, que deveria ser o objetivo comum da igreja.

Examine-se, pois, a si mesmo


É muito bom "malhar o Judas", mas é necessário a gente ("...do aleluia e glória, glória!") se colocar na frente do espelho e passar a enxergar que o movimento pentecostal no Brasil não é mais o mesmo há muito tempo, e que não produz mais o que produzia no início. 

Pois, embora a questão da interpretação bíblica tenha melhorado nos últimos anos (e ainda há muito que se fazer), por outro lado, se inseriu dentro do movimento muitos modismos que "espiritualizaram o inanimado, tornando a fé quase que um verdadeiro cenário de desenho animado", que levaram as pessoas ao verdadeiro delírio espiritual afirmando enxergar um suposto "fogo" em galhos e gravetos, a "entregar" um turbilhão de "profecias" e "visões" numa única reunião, e também ensinando - e/ou sugestionando - as pessoas a caírem no chão com a tal "unção do cai-cai" (e, fique claro, aqui não me refiro ao genuíno cair pelo poder de Deus), e coisas semelhantes a estas que em nada acrescentaram a fé cristã, pelo contrário, antes deformaram a fé de muitos.

Conclusão


Hoje as reuniões promovem grandes barulhos - como uma desarmônica e desafinada sinfonia de latas vazias -, remexem o corpo das pessoas, e as fazem lacrimejar lágrimas de vidros, mas não são capazes de movimentar a vida moral e espiritual de ninguém. São movimentos superficiais, nuvens que relampejam e trovejam, mas que não respingam uma gota da graça de Deus, verdadeiras "fontes e nuvens sem água" como disseram os apóstolo Judas e Pedro:
"Esses homens são como fontes sem água, névoas levadas por tempestade..." (2 Pd 2:17a, ênfase acrescentada). 
"Essas pessoas participam de vossas reuniões e celebrações fraternais, banqueteando-se convosco, sem o menor pudor. Agem como pastores que a si mesmos se apascentam; vagam como nuvens sem água, impelidas pelos ventos. São como árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz" (Jd 12, grifo meu).
Falam muito de poder, mas não sabem o que é o respeito, o amor ao próximo. Pois se conhecessem o amor de Deus, saberiam no mínimo para o que serve a sua Graça e o seu Poder.

São arrogantes e na sua jactância, se portam como se fossem melhores que os outros, lançando às favas o princípio ensinado pelo Mestre:
"E Ele [Jesus] lhes disse: 'Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve" (Lucas 22:25-27, grifo meu).
E que foi ratificado pelos apóstolos:
"Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo" (Filipenses 2:3, grifo meu).
Quando penso no Movimento Pentecostal no Brasil de alguns anos atrás tenho boas recordações. Mas para onde foi esse movimento? Pois não é este o que estamos vendo na atualidade.

Muitos cristãos ("tradicionais") podem não fazer tanto barulho dentro da igreja como fazem os (pseudos) pentecostais. Mas lá fora (no mundo), por onde passam, ouve-se o barulho de uma vida transformada, santificada e apaixonada por Cristo Jesus.

O Movimento só pode ser legitimado como Pentecostal quando for capaz de acender verdadeiramente uma profunda paixão pelo Evangelho de Jesus Cristo, e o comprometimento com sua expansão.
  • Por Deus, vamos rever e, se preciso for, fazer uma reforma pentecostal.

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domingo, 28 de julho de 2019

FILMES QUE EU VI - 50: "FORREST GUMP: O CONTADOR DE HISTÓRIAS"

Há um tempo atrás, em 2014, comemoramos o 20º aniversário de um dos filmes mais amados e divertidos de todo o mundo: "Forrest Gump". Este filme é fabuloso e igualmente engraçado, inspirador, além de ter o poder de partir nosso coração, em alguns momentos. Mas, por trás dessa bela história existem algumas lições de vida que podem ser aprendidas a partir deste fabuloso filme e não apenas sobre chocolates e corrida.

O interessante sobre esse filme é que apesar de todos os acontecimentos históricos dos quais Forrest participa, para assisti-lo, em nada interfere não conhecê-los. Eu o quando estava com 27 anos - primeiro no cinema e depois aluguei a fita VHS e voltei a vê-lo em casa, no vídeo cassete -, mas com conhecimento um tanto modesto sobre muito do contexto histórico, o que não me impediu de gostar e de me emocionar com a narrativa. Talvez seja por isso que "Forrest Gump" tenha sido sucesso de bilheteria, pois mesmo com todos seus detalhes, é um filme com uma mensagem simples, capaz de ser absorvida por pessoas de qualquer lugar ou classe social. 

Um filme, uma história


O filme começa com Forrest Gump sentado em um banco, no ponto de ônibus, contando suas grandes histórias para todos que sentavam ao seu lado. Alguns desacreditam daqueles fatos e conforme pessoas diferentes vão surgindo, também aparecem aqueles que se encantam com aquilo que o rapaz vivenciou.

Mensagem de superação 


É mais uma história de superação, onde um garoto que tinha problemas em suas pernas, tendo dificuldades para se locomover e para armazenar informações, é discriminado até mesmo pela escola, onde o diretor diz não poder aceitar alguém com o QI abaixo de 75 (considerando-o um débil mental). 

Mas a mãe de Forrest sempre pediu que seu filho acreditasse que era igual a todos e lutou muito para que ele tivesse os mesmos direitos de qualquer cidadão e seu espaço dentro da sociedade. Ela sempre dizia a ele que 
"Life was like a box of chocolates, you never know what you're gonna get (A vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o que vai encontrar)"
Isso lhe trouxe grande inspiração.

Um dia, o amor


Com o tempo, ele conhece Jenny, a única que o aceita mesmo com suas diferenças, torna-se sua melhor amiga e ao mesmo tempo, desperta em seu coração, muito amor. Jenny era abusada por seu pai e foge de casa quando fica mais velha, afastando-se de Forrest e escolhendo apenas caminhos errados, onde as drogas, a violência, a rebeldia, fazem parte de seu ser. 

Muito magoado, Forrest vai atrás de seus objetivos, nenhum pensado, na verdade ele nem imaginava tudo que seria capaz de alcançar, como por exemplo entrar para uma faculdade e fazer parte da melhor equipe de futebol, por ter uma rapidez notada pelo Técnico do time, após fugir dos arruaceiros que o incomodava.

Encontros e desencontros


Ele segue o filme brilhantemente, encontrando famosos devido - como o beatle John Lennon (✩1940/✟1980), em uma das antológicas sequências do filme - o grande sucesso que adquiri principalmente após servir a Guerra do Vietnã, onde salva alguns de seus companheiros, após um bombardeamento dos inimigos e após o encerramento da guerra torna-se um grande jogador de ping-pong e dono de um barco que vende camarões. 

O dinheiro que agora fazia parte de sua conta bancária, não o satisfazia, já que o grande amor de sua vida o negava toda vez que se encontravam. Totalmente "perdido" e arrasado correu pelos EUA por três anos e meio, tendo seguidores em todo o mundo. Depois de tantas histórias contatas naquele banco, ele "corre" literalmente atrás de sua amada Jenny que conseguiu localiza-lo e pediu que ele a visitasse.
Quando ele chega na casa daquela que o deixou, descobre ter um filho com a mesma e que ela precisa de sua ajuda, pois esta com um vírus incurável. Então Forrest a pede em casamento e os dois vivem juntos por um período curto, porém intenso e com certeza o mais esperado da vida dele. O filho fica sobre seus cuidados e torna-se o Troféu de sua grande Vitória. 

Das páginas do livro para as telonas



Sobre a adaptação para o cinema, de 1994, do livro homônimo, da autoria de Winston Groom dá chance aos cinéfilos e leitores vorazes de conhecer o espectro literário de um dos personagens mais carismáticos da cultura pop. 

Com o livro, Groom não só deu vida a uma das figuras mais icônicas da literatura norte-americana como subverteu o conceito comum de inteligência ao brincar com o arquétipo literário do idiota. Forrest Gump personifica então, na obra de Groom, a ideia definitiva de bondade, onde expõe notáveis preconceitos da cultura ocidental. É importante dizer que o roteiro criado por Eric Roth para o filme de Robert Zemeckis é extremamente competente. 

Nele, Roth cria novas histórias e atualiza alguns assuntos para a época do lançamento e seu público. Estrelada por Tom Hanks (Náufrago, Filadélfia) e com Robin Wright (House of Cards) e Sally Field (Uma Babá Quase Perfeita), a produção ganhou diversos prêmios, incluindo estatuetas para Zemeckis, Roth e Hanks. 

Porém, o roteirista escolheu remover bons trechos e até personagens chave da trama do livro. Para compensar a decisão, Roth adicionou eventos cativantes e personagens tão carismáticos quanto os do livro, deixando a história "redonda", perfeita para a Academia. 
Alguns dos momentos e artifícios mais marcantes da película foram criados por Roth: o grito de 
"Corra, Forrest, corra!" 

dado por Jenny a plenos pulmões e o tênis Nike que seria usado por Forrest na corrida pelos EUA, talvez a inserção comercial mais épica da história do cinema. Foram alterados também os arcos de personagens importantes da trama, como Jenny Curran e o Tenente Dan. Com tantas alterações, feitas no roteiro do longa, realmente entendemos a expressão "baseado na obra de" - afinal, a adaptação é livre, apenas mantendo-se o contexto da história original -, que aparece nos créditos iniciais. 

Conclusão


Tom Hanks simplesmente brilhou no papel de Forrest, o que lhe valeu por honra ao mérito o Oscar de melhor ator. Em síntese, o filme trata da história de Forrest Gump, um garoto com baixo nível de entendimento que curiosamente participa de perto de diversos eventos da história dos EUA - são 40 anos da história das terras do Tio San -, e às vezes até influenciando de forma decisiva nos acontecimentos. 

Ao longo do filme, vemos Forrest realizando diversas façanhas, como por exemplo: Influenciando ícones da música (Elvis - ✩1935/✟1977 - e John Lennon), se tornando herói de guerra, virando celebridade por diversas vezes e diversos motivos e até provocando renúncia de presidente. 

Todas suas façanhas ao mesmo tempo em que são marcantes, são imperceptíveis para Forrest, que com seu baixo entendimento nunca consegue entender os fatos que o cercam. As lições inocentes de Forrest nos mostram uma maneira autêntica e feliz de viver. Permita que elas entrem em sua vida e aprenda a ser você mesmo. Certamente isso vai fazer bem a você e a todos em sua volta. Julgue-se menos, arrisque mais e, coloque amor em tudo que fizer.

Amanhã pode ser tarde demais para começar, por isso: "Corra!".

Ficha técnica


  • Título original: "Forrest Gump"
  • Ano de Produção: 1994
  • Direção: Robert Zemeckis
  • Estreia: 23 de junho de 1994 (mundial)
  • Estreia: 23 de junho de 1994 (mundial)
  • Classificação: 14 - Não recomendado para menores de 14 anos
  • Gênero: Drama, romance
  • País de origem: EUA

[Fonte: Omelete; Obvious] 

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso. 

sexta-feira, 26 de julho de 2019

ESPECIAL UTILIDADE PÚBLICA - A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

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O ditado popular "melhor prevenir do que remediar" se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença. Vacinas salvam vidas.

Onda de Fake News interferem negativamente no esquema de vacinação no Brasil


"A vacina é mortal." 
"Essas doses já mataram milhares."  
"Não vacine seus filhos. É um risco." 
Frases como essas são amplamente compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagem como o WhatsApp. Ataques à vacina têm se tornado problema de saúde pública e preocupado especialistas. Nas redes sociais, pesquisas  localizaram grupos que somam quase 15 mil pessoas nos quais grassam as fake news, as notícias falsas. Comumente, são informações infundadas, mentirosas e apelativas. Para combater os baixos níveis de cobertura, o Ministério da Saúde estuda ampliar o Programa Saúde na Escola, fortalecendo a vacinação nas escolas.

Atualmente, o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde contempla 19 vacinas, que são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a toda a população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é categórica: 
  • a vacinação é a segunda maior conquista da saúde pública.
Fica atrás somente do consumo de água potável. 

No entanto, o sucesso das ações de imunização — que teve como resultado a eliminação da poliomielite, do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita — têm causado em parte da população e — até mesmo em alguns profissionais de saúde — a falsa sensação de que não há mais necessidade de se vacinar. Um erro. 

Por causa da disseminação das fake news sobre os supostos perigos causados pela vacinação  esses boatos chegaram a dizer que vacinas provocam leucemias em crianças, uma mentira criminosa e sem precedentes  doenças como a caxumba, que estava erradicada do Brasil há 19 anos, voltaram a fazer vítimas, com números preocupantes, na grande São Paulo.

Dia Nacional de Vacinação


O Dia Nacional da Vacinação é comemorado em 17 de outubro. Nesta data, fixada pelo Ministério da Saúde, é importante ressaltar que a vacina é a forma mais fácil de se proteger de uma doença, e melhor do que se submeter a um tratamento para se curar.

A história da vacina


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A primeira vacina foi criada em 1796, pelo inglês Edward Jenner (1749/1823), que injetou em um garoto de oito anos de idade um soro de varíola bovina, conseguindo imunizá-lo. A raiva de animais era facilmente transmitida para os humanos, mas em 1885,
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Louis Pasteur (✩1822/✟1895) criou a vacina contra essa doença. A partir daí, surgiram vários outros tipos de vacina, mas uma das mais importantes invenções surgiu em 1960, pelas mãos de
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Albert Sabin (1906/1993), contra a paralisia, mais conhecida como gotinha.

A história da vacinação no Brasil


A vacinação no Brasil surgiu no início do século XX. Naquela época, não existia saneamento básico nas capitais, o que comprometia a saúde das pessoas com epidemias de febre amarela, varíola e outras doenças. O médico sanitarista
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Oswaldo Cruz (1872/1917) foi nomeado para chefiar o Departamento Nacional de Saúde Pública, a fim de promover uma revolução sanitária em razão das necessidades do país.

A medida não foi bem aceita pela população da época, que desconhecia os benefícios da vacina, levando a chamada Revolta da Vacina, com diversas manifestações populares.

O que são as vacinas?

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Vacina Tríplice Viral
Vacinas são preparações que, ao serem introduzidas no organismo, desencadeiam uma reação do sistema imunológico (semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por determinado agente patogênico), estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune a esse agente e às doenças por ele provocadas.

O uso de vacinas tem maior custo-benefício no controle de doenças imunopreveníveis que o de medicamentos para sua cura. Resultado de muitos anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, as vacinas são seguras e consideradas essenciais para a saúde pública.

As vacinas são mais úteis e mais efetivas no controle de doenças infectocontagiosas do que o uso de medicamentos para sua cura, além de ser um método mais barato para controle da saúde pública. No Brasil, a vacinação foi responsável pela erradicação da varíola e da poliomielite (paralisia infantil).

Ajudando na saúde pública


O Ministério da Saúde oferece, gratuitamente, vários tipos de vacinas e promove campanhas para manter a saúde pública do país. As mesmas podem ser encontradas nos postos de saúde. As ações são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e têm o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis.

Toda criança recebe um cartão de vacinação quando nasce, específico para se controlar as vacinas que a mesma já tomou. Esse cartão contém dados de peso e tamanho, que deve ser preenchido somente por médicos, durante as visitas de rotina. Por volta dos dez anos de idade, a criança termina de receber todas as doses de vacinação, mas deve continuar a tomar as indicadas pelas campanhas de saúde, como a de febre amarela, tétano, dentre outras, garantindo sua saúde por toda a vida.

Mas como a vacina ajuda o nosso sistema imunológico?


Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha ao organismo), como o vírus do sarampo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. Mas essa produção não é feita na velocidade suficiente para prevenir a doença, uma vez que o sistema imunológico não conhece aquele invasor. Por isso, a pessoa fica doente, podendo levar à morte. Mas se, anos depois, aquele organismo invadir o corpo novamente, o sistema imunológico vai produzir anticorpos em uma velocidade suficiente para evitar que a pessoa fique doente uma segunda vez. Essa proteção é chamada de imunidade.

O que a vacina faz é gerar essa imunidade. Com os mesmos antígenos que causam a doença, mas enfraquecidos ou mortos, a vacina ensina e estimula o sistema imunológico a produzir os anticorpos que levam à imunidade. Portanto, a vacina faz as pessoas desenvolverem imunidade sem ficar doente.

Introdução de novos produtos


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A ampliação do acesso a imunobiológicos pela população também passa pela introdução de produtos no portfólio e na rede pública de saúde, por meio de desenvolvimento interno, parcerias ou acordos de incorporação de novas tecnologias com empresas e institutos nacionais e internacionais. Dessa forma, a partir do segundo semestre de 2012, o Instituto deu início ao fornecimento da vacina tetravalente viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), assim como da vacina poliomielite inativada.

A carteira de projetos voltados a produtos, de 2012, abrange 36 iniciativas, que envolvem desenvolvimento e melhoria de produtos, transferência de tecnologia, estudos clínicos e pós-comercialização.

Resultados da não vacinação

Doenças controladas podem voltar


Muitas doenças infecciosas estão ficando raras. Pessoas nascidas a partir de 1990 podem nunca ter tido contato com pessoas com sarampo ou rubéola e, definitivamente, de poliomielite. Isso porque as constantes ações de vacinação foram capazes de controlar e eliminar essas doenças do Brasil.
  • Então, não preciso vacinar meu filho contra essas doenças?
Precisa sim. Essas doenças ainda fazem vítimas em outros lugares do mundo. Com a globalização, as pessoas passam por vários continentes em uma única semana. Se não estiver vacinada, ela pode trazer a doença para o Brasil e transmitir para alguém que não esteja imunizada. Pessoas não vacinadas, portanto, podem ser a porta de entradas de doenças eliminadas no Brasil. As únicas pessoas que não podem se vacinar, são pacientes portadores de doenças imunodepressoras — como as que estão em tratamento contra o câncer, por exemplo — ou em casos específicos como gestantes e lactantes.

Conclusão

Como eu posso saber se as vacinas são seguras?


Com as vacinas conseguimos erradicar a varíola e controlar diversas doenças, como a poliomielite (paralisia infantil), o sarampo, a coqueluche e a difteria, entre outras. Com isso, as vacinas protegem com segurança. Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.

É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes. 

No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde (MS). E não é só isso. A vigilância de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, permitindo a continuidade de monitoramento da segurança do produto. Por isso, cuidado com as fake news. Corra já e vai dar uma conferida no seu cartão de vacinas e dos seus filhos, se você os tiver.


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