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sábado, 29 de fevereiro de 2020

ACABA-SE O CARNAVAL, FICAM-SE MAIS QUE 50 TONS DE CINZA


Christian Grey (Jamie Dornan), personagem do filme "50 Tons de Cinza" (EUA, 2015)

O Carnaval é considerado pela maioria como um dos eventos populares mais democráticos dentre os existentes. É uma festa que não tem raça, não tem classe social, não tem gênero e, cada vez mais, não tem mesmo nem credo. Pessoas de todas as idades – de bebês a vovôs –, famílias inteiras formam um bloco unânime em seu propósito e diverso em seu contexto inclusivo. 

É sempre a mesma coisa. Inicia-se o ano e muitos são os que já começam a viver sob o clima do carnaval. E na formação desse arcabouço alegórico, as fantasias – e em casos mais, digamos, "específicos", até mesmo a quase total falta delas – dão formas às criatividades e conseguem o feito hercúleo de ocultarem feridas e cicatrizes causadas pela inexorável realidade. 

E foi-se o tempo em que Pierrots e Colombinas ocupavam a corte momesca. Hoje em dia, cada vez mais os foliões dão asas à imaginação e voam alto, nem sempre respeitando os limites da decência, do bom senso e ultrapassando velozmente as fronteiras do ridículo. Tudo sob a égide da "alegria". É o bloco do vale tudo no compasso rítmico da insensatez. 

O carnaval na atualidade também se beneficia e muito do avanço tecnológico, quer seja em seu aspecto técnico, como também em sua forma de espetáculo. E, para fazer parte desse "novo Carnaval", anônimos e celebridades não medem esforços no sentido de dar ao evento o glamour que alimenta a mídia. Neste sentindo, não se vai só atrás dos trios elétricos, mas atrás dos holofotes midiáticos também. 

E este é o carnaval que a televisão e a internet mostram, promovem. O que acontece nos "bastidores", as orgias, as imoralidades, o alto consumo de substâncias entorpecentes, as violências... enfim, a realidade bizarra dos cortejos fantasiados, são ocultados pelo brilho, pelas maquiagens, afinal, o que vale é a alegria, não é mesmo? Nesse ínterim, os gritos de socorro são ensurdecidos pelos ziriguiduns. E as depressões anestesiadas pelo placebo da euforia. 

Qual a origem do Carnaval?


O Carnaval é uma tradicional festa popular realizada em diferentes locais do mundo, sendo a mais celebrada no Brasil. Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval não é uma invenção brasileira, pois sua origem remonta à Antiguidade. 

Apesar do fato de muitos estudiosos entenderem o Carnaval como uma "festa cristã" (Isso mesmo!), por causa de ser uma festa que antecede ao período do jejum quaresmal, em que os católicos tiram para fazer sua "consagração", suas características pagãs são que delineiam sua essência profana. 

No Carnaval, dadas as devidas distinções regionais, o que se vê em seu escopo é seu caráter de subversão de papeis sociais. A transformação temporária de um prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao seu deus. Essa subversão de valores sociais vem à tona, por exemplo, no hábito de homens vestirem-se de mulheres e outras práticas semelhantes. 

A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne. 

Conclusão 

Os dias seguintes após o Carnaval 


Pois é. Mas, para o desespero dos foliões entorpecidos pela "magia do Carnaval", eis que ele chega ao fim. Apagam-se as luzes, desmontam-se as passarelas do samba e dos demais ritmos, retiram-se as fantasias e recolhem-se os confetes e as serpentinas. É hora de encarar a realidade com seu tom pastel. Estão de volta as crises, as dívidas, os desafios, as responsabilidades. É hora de encarar as dores e rever as cicatrizes – em muitos casos, agora bem maiores que antes. A dureza da realidade em pouquíssimo tempo esmaga o furor da euforia, reduzindo-o a pó, ou melhor, em cinzas nos seus bem mais que 50 tons. 

Uma pergunta deve ser feita para reflexão, mesmo que a resposta a ela não corresponda à verdade dos fatos: valeu mesmo a pena? E não se pode precipitar a responder em palavras sem que antes se faça uma minuciosa análise lá onde ficam armazenados os reais registros da vida: na consciência, essa inseparável companheira, invencível inimiga do sono e que costuma fazer pesar a cabeça como toneladas de chumbo sobre o travesseiro. 

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

CELULAR "NO DIVÃ"

Nunca se olhou tanto para baixo. Na fila, no parque, na escola, no trabalho, no museu, no ônibus e, perigosamente, no carro, as pessoas parecem só ter um interesse: a tela do smartphone. A ponto de, nos Estados Unidos, um estudo do Pew Research Center ter apontado que 46% da população diz não conseguir viver sem seu celular com acesso à internet.

[R]Evolução(?)


Com o advento da Terceira Revolução Industrial ocorrida na década de 70, a tecnologia avançou de forma colossal em diversos âmbitos a ponto deste período receber também a nomenclatura de Revolução tecno-científica-informacional.

Desde então a tecnologia passou a progressivamente se inserir no cotidiano da população, que não estava habituada com o contato de aparelhos tecnológicos tão inovadores, uma vez que no convívio com tais aparatos, estes transformaram completamente o modo de vida de todos, ao proporcionar mais praticidade na realização de diversas funções essenciais, como a comunicação por exemplo, que consequentemente ampliou as conexões de maneira extraordinária. 
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                  Resultado de imagem para Imagem de orelhão de discoResultado de imagem para Imagem de orelhão de cartão telefônico
Você ainda se lembra deles?
Onde antes era necessário deslocar-se até o telefone público – o orelhão  mais próximo para comunicar-se com uma agência para então sua ligação ser transferida ao seu destinatário, atualmente é quase instantânea a interação, com a capacidade inclusive de poder olhar para o interlocutor mesmo que ambos não estejam no mesmo lugar, sendo que tal ato pode ser realizado com habitantes de outros continentes, algo jamais imaginado pelos nossos antepassados. 

Salvo que o exemplo do telefone público é pertinente para quem pertence a classe baixa da sociedade, pois somente aqueles com poder aquisitivo alto teriam o privilégio de possuir um telefone, e posteriormente os primeiros modelos de celular, na sua residência, um padrão rompido recentemente pois muitos com condições financeiras baixas possuem smartphones, tablets entre outros dispositivos, até com uma sofisticação considerável, semelhante com a dos que são da elite da sociedade. 

E as tecnologias estão impenetradas nas várias classes sociais de modo que são consideradas fundamentais para quem se utiliza delas, cujo uso é na maioria das vezes diário e de muitas horas de duração. 

"Amor, I Love You"


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E graças ao uso constante destes aparelhos, alguns criam vínculos emocionais fortíssimos, no caso dos smartphones que estão sendo abordados neste artigo, parcela considerável dos que usufruem possuem laços estreitos com seus celulares – que há tempos quase já não são mais usados para o fim ao que se propunham: fazer e receber ligações – , já que nestes estão armazenadas fotos, trabalhos, conversas, músicas que de certa forma "definem' o usuário.

Perdê-los seria para o mesmo como a perda da própria vida, em sua concepção. Além de que se sentiriam isolados, já que como mencionado anteriormente, basicamente tudo está conectado, desde pessoas a serviços. E como para parte considerável a única via de conexão são os smartphones, não tê-los implica num "exílio social".

Bandido ou herói?


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Como vimos, o celular facilita nossa vida de várias maneiras, mas muitas pessoas acabam criando uma relação intensa com o aparelho a ponto de não conseguirem desgrudar dele para nada. 

Contudo há riscos quando se age assim. No ano passado, uma adolescente de 14 anos morreu no Cazaquistão em virtude da explosão de seu celular. Ela dormia com o aparelho debaixo do travesseiro. 

Em 2018, no Brasil, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), entidade que organiza e desenvolve conceitos de segurança em serviços com eletricidade, foram registrados 41 acidentes envolvendo carregadores e 23 pessoas morreram.

Para o diretor-executivo da Abracopel, o engenheiro Edson Martinho, de 55 anos, muitos deixam o celular carregando enquanto estão dormindo. 
"É uma prática bastante comum. Se você deixar o celular próximo e o sistema falhar, ele vai explodir. Deixá-lo debaixo do travesseiro também é perigoso, pois há troca de calor com o aparelho. Como a bateria é um composto químico, ela vira uma bomba"
adverte, em entrevista ao jornal Folha Universal.

Martinho esclarece que o celular pode apresentar dois problemas perigosos: 
"a pessoa pode receber um choque elétrico ao manusear o aparelho quando o carregador estiver conectado à tomada e ocorrer uma sobrecarga e explosão por causa do armazenamento de energia na bateria ou se ela não for original. 
Os carregadores não originais não têm um dispositivo de transbordamento de energia que para de alimentar a bateria quando ela está carregada. O excesso de energia se transforma em aquecimento, o que pode gerar uma explosão"
explica.

Para evitar esses problemas, Martinho aconselha o uso de carregadores e baterias originais. 
"Recomendo atenção com eventuais quedas do aparelho que podem causar danos estruturais e também cuidado com a exposição dele ao sol. 
O aparelho tolera uma faixa de temperatura e, quando exposto ao calor, essa temperatura se eleva e pode haver problemas. A exposição à água também é perigosa. O celular tem componentes eletrônicos que não combinam com a água"
esclarece.

CONCLUSÃO


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Não é fácil se distanciar das tecnologias que se tornam essenciais no meio social. Assim, como se torna crucial o uso correto para não ocorrer consequências negativas no futuro. A resposta está na conscientização das pessoas que necessitam da utilização dos celulares, ou apenas possuem esses aparelhos em sua rotina. 
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A desintoxicação digital é indicada quando o sujeito se revela viciado nestes aparatos tecnológicos, a ponto de levar a crises de abstinência ou violência nas vítimas. Os dependentes chegam a passar mais de 12 horas por dia online, e quando se distanciam apresentam distúrbios caracterizados pelo medo, de não está com o celular na mão ou não está conectado, o caso refere-se a Nomofobia, patologia já citada em artigo anteriormente escrito por mim (veja aqui). 

É aconselhável uma seletividade ao consumir tais recursos, como implantar um certo horário indicando qual momento de ficar offline, longe dos aparelhos tecnológicos. Praticar mais esportes, se torna um ótimo meio de estar distraído sem prejudicar a saúde, assim como ajuda a reduzir o nível de ansiedade. 

Ao mesmo tempo é possível citar a meditação, ou outros métodos para acalmar e possuir um afastamento dos agentes causadores de muitos problemas físicos, psicológicos e mentais. O maior problema é que o uso abusivo dos smartphones ainda é socialmente aceito, a sociedade não enxerga como uma ação inconveniente. Não é como alguém ser vista dirigindo alcoolizada. 

A atividade de digitar uma mensagem, falar ao celular nas ruas, ou em lugares próprios para a socialização é dita como uma situação comum e pertinente. Por esses motivos, a diagnosticação de pessoas com ansiedade, depressão ou problemas físicos causados por estes aparelhos aumenta cada dia mais. É necessário estar atento, pois na maioria das vezes, o vício se percebe quando se encontra no último estágio.

A Deus toda glória. 
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sábado, 22 de fevereiro de 2020

UMA GERAÇÃO SEM LEGADO

"Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas" (Salmos 145:4).
Como as pessoas reagirão à nossa morte? Como será a notícia do dia do nosso falecimento? O que irão dizer a nosso respeito no dia em que morrermos? Como será o final da nossa história de vida?

É muito triste a gente constatar que a atual geração não se preocupa em construir um legado. É uma geração imediatista que em grande parte vive como se nunca fosse morrer. Relacionamentos efêmeros, sexualidade volátil, fé abstrata e emoção circunstancial. Esses são os pilares na qual essa geração sustenta suas bases em solo pantanoso.

Um legado é construído quando se está vivo por meio de atitudes que valorizam a família e fazendo bem ao próximo, por exemplo. Mas essas ações devem ser obrigatórias na vida de todos que se consideram cristãos. Dessa forma, o exemplo construído em vida deve ser constituído de mais que isso.

O legado Bryant


Até quem (como eu) não é ligado a esportes ficou chocado com a notícia, no dia 26 de janeiro, da morte do astro do basquetebol Kobe Bryant. Aos 41 anos, o norte-americano foi vítima de um acidente de helicóptero que envolveu também sua filha Gianna, de 13 anos, e mais sete pessoas.

Um dos maiores esportistas de todos os tempos, Bryant colecionou títulos e ganhou um Oscar em 2018 por um curta-metragem de animação que escreveu e narrou. Ele também ficou em evidência por boas ações em prol dos sem-teto e de jovens carentes.

Em 2016, Bryant encerrou uma carreira de 20 anos no basquete marcando 60 pontos em seu último jogo. Foi campeão da Liga Nacional de Basquetebol (NBA, na sigla original) cinco vezes, conquistou duas medalhas de ouro olímpicas, foi 18 vezes ao All-Star Game (jogo amistoso anual entre os melhores jogadores do período) e é o terceiro maior artilheiro da história da NBA.

Os títulos e contratos publicitários lhe renderam centenas de milhares de dólares. A trajetória de sucesso nas quadras também foi marcada negativamente por um grande deslize fora delas. Em 2003, ele, já casado na época, foi acusado de estuprar uma mulher. Bryant admitiu a traição, mas não o estupro. Inocentado no tribunal, emitiu um pedido público de desculpas. Perdeu muitos patrocinadores. O casamento acabou anos depois, mas, depois de um tempo, houve a reconciliação.
Depois disso, o atleta criou a Fundação Família Kobe e Vanessa Bryant, dedicada, entre outras coisas, a incentivar o desenvolvimento de habilidades físicas e sociais por meio do esporte e ajudar os sem-teto

Ele começou a valorizar a família e a enxergar a realidade bem além de seu ego, como revelou numa entrevista:
"Não quero olhar para trás e dizer 'bem, eu tive uma carreira bem-sucedida porque ganhei tantos campeonatos e marquei tantos pontos'. Há mais a fazer. É fácil apontar para alguém sem casa e dizer 'você fez más escolhas, se está assim é culpa sua'. Na vida, todos cometemos erros, mas ignorar e permitir que alguém viva dessa forma é como lavar as mãos, não é certo".

O legado Nobel


Alfred Bernard Nobel (1896) nasceu no dia 21 de outubro de 1833 em Estocolmo, na Suécia. Era filho de um inventor e aos 16 anos já era um excelente químico. Como seus pais trabalhavam em minas, ele começou a trabalhar no sentido de estabilizar a nitroglicerina que é altamente instável e pode explodir.

Um de seus irmãos morreu numa explosão dessas. Nobel trabalhou no sentido de tornar a nitroglicerina não tão combustível para não explodir com tanta facilidade.

Nesse processo todo acabou inventando a dinamite e, também, passou a inventar outros tipos de dinamite que serviam para abrir estradas, buracos de minas etc.

Ele continuou os seus experimentos e acabou criando ainda outros explosivos que seriam futuramente utilizados na indústria bélica. Nobel fundou algumas indústrias de produção de armas. Sete anos antes de sua morte, um dos seus irmãos morreu.

Nessa época, eles já estavam milionários. Os jornais da França, quando receberam a notícia da morte do irmão do Nobel, confundiram pensando que quem havia morrido era o próprio Nobel. Os jornais diziam: 
"O mercador da morte morreu".
Essa notícia correu através do mundo todo. Logo Nobel percebeu que a notícia falava sobre ele. Então ficou tão abalado com a sua reputação e, sabendo a herança que ia deixar para o futuro de ser um homem que "mercadejava a morte" , ele deixou um envelope selado.

Neste envelope havia uma carta que dizia que ele iria deixar toda a sua fortuna para que se estabelecesse um prêmio na Suécia que honrasse aqueles que produzissem coisas boas e bonitas para a humanidade. Até hoje, o mais famoso prêmio que se dá àqueles que se destacam na medicina, na economia, na física, na química, na literatura e na paz, é o prêmio Nobel.

Quem ganha esse prêmio é honrado com um dos mais famosos e dignos prêmios que a humanidade pode dar a um ser humano. Nobel não queria ser lembrado como sendo "o mercador da morte".

E o nosso legado?


No dia em que morrermos, pelo quê seremos lembrados? No dia da nossa morte, as pessoas falarão o que a nosso respeito? Quando Jônatas morreu, Davi falou dele: 
"Vós, filhas de Israel, chorai por Saul, que vos vestia de escarlata em delícias, que vos fazia trazer ornamentos de ouro sobre as vossas vestes. Como caíram os poderosos, no meio da peleja! 
Jônatas nos teus altos foi morto. Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres. Caiu um guerreiro em Israel" (2 Samuel 1:24).
Precisamos nos preocupar com aquilo que vamos deixar como legado. Grandes homens na Bíblia deixaram boas heranças:
  • Quando precisamos olhar para um homem que tinha intimidade com Deus, nos lembramos de Enoque.
  • Quando precisamos olhar para um homem de integridade, nos lembramos de José e Daniel.
  • Quando precisamos olhar para um homem humilde e quebrantado, nos lembramos de Davi, o homem segundo o coração de Deus.
  • Quando precisamos olhar para alguém que nos inspire pela sua singeleza de alma, nos lembramos de João, o discípulo amado.
  • Quando precisamos olhar para alguém que tenha conteúdo, disciplina e coragem, nos lembramos do apóstolo Paulo.
E nós? Que tipo de referencial seremos? Quando morrermos, qual será o legado que ficará de nós? Qual será a lembrança que nossos filhos terão a nosso respeito?

Viver não é apenas desfrutar o presente. Quem vive apenas o presente, não vive. Viver é ter responsabilidade com o futuro. Se não tivermos responsabilidade com o futuro, condenaremos a próxima geração, pois estaremos colocando engrenagens em funcionamento que serão desastrosas para as pessoas que nos sucederão.

Conclusão


Deixar um legado deve ser a aspiração de cada pessoa. Ninguém pode aceitar uma vida de anonimato tão absurdo que passe por esta Terra sem deixar marcas dignas de serem seguidas. Deus nos criou para refletirmos a Sua imagem e isso é suficiente para que nos comprometamos em deixar como herança algo que influencie a vida dos que vivem conosco e dos que vierem depois de nós.

Uma leitura de Hebreus 12 nos fará saber de homens e mulheres que deixaram o maior legado que pode ser transferido para a humanidade: a fé. O texto nos inspira com relatos sobre gente que fez da fé uma experiência viva no seu dia a dia. Para eles a fé não era um mero código de doutrinas. Alimentavam-se da fé e por meio dela se moviam para tudo. Desde oferecer culto a Deus ou viver uma vida que agradava a Ele, até para proteger e abençoar a família, transferir-se para outras terras e para conceber filhos.

Muitas pessoas estão carregando consequências nos seus lares, fruto de decisões e atos de seus antepassados (e, por favor, aqui não estou me referindo  e nem sequer sugerindo  à tal "maldição hereditária", pois não encontro base bíblica que sustente a crença nisso). São pessoas que hoje carregam marcas e estão destruídas.

A maior riqueza que deixaremos não é a material, e sim os valores que semeamos na vida de outras pessoas, que terão memória daquilo que fizemos. Quais são os processos que estamos gerando na nossa vida? Se alguém for escrever um relato da nossa vida, o que irão dizer? Que tipo de herança deixaremos?

Para os nossos dias, dominados pelo secularismo materialista, hedonista e relativista deixemos como maior legado o absoluto da nossa fé pessoal e firme no Trino Deus. Que possamos deixar uma marca positiva para nossa geração. Que possamos semear coisas boas na vida das pessoas e servirmos de inspiração para muitos. Pense nisso.

A Deus toda glória. 
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

BULLYING, NÃO HÁ NADA DE ENGRAÇADO OU DE INOCENTE

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Bullying é uma palavra de origem inglesa que designa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo que não é aceito por um grupo, geralmente na escola. Recentemente o "cantor" do chamado "funk ostentação", MC Gui, de 21 anos, protagonizou um episódio que gerou polêmica em nível internacional, quando, em visita a um parque temático em Orlando, nos EUA.

Em outubro de 2019, durante uma viagem de férias do funkeiro, o artista estava em um dos parques da Disney quando resolveu brincar com a aparência de uma menina. Ao perceber que estava sendo filmada, a criança ficou visivelmente constrangida com a situação. Após ganhar repercussão nas redes sociais, o funkeiro viu sua carreira – que já não era lá das muito consolidadas – afundar de vez. 

A situação para o lado de MC Gui teve um grande agravante quando veio à tona na mídia que a menina usava uma peruca em função de um severo tratamento quimioterápico contra o câncer. A história gerou uma profunda comoção nacional. 

Na ocasião, o cantor perdeu uma série de contratos publicitários e até shows cancelados por conta de sua "brincadeira" sem escrúpulos e desumana. MC Gui ainda piorou sua situação ao justificar em uma série de vídeos que achou a garotinha parecida com a personagem Boo, da animação da Disney. Esse episódio trouxe à tona novamente a discussão sobre a prática do Bullying, que é um problema constante em nossa sociedade. 
  • Escrevi sobre este caso aqui.
 

O caso Quaden Bayles


 

Esta semana um outro caso levantou a importância de se debater o problema do Bullying. Quaden Bayles, 9 anos, causou comoção com um vídeo postado nessa terça-feira (18/02/2020) pela mãe, Yarraka, nas redes sociais. Vítima de Bullying na escola por ter nanismo. 

Quaden nasceu com acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, em que os braços e as pernas da criança são mais curtos em proporção ao comprimento do corpo. A cabeça é grande e, muitas vezes, o tronco é do tamanho normal. A acondroplasia pode causar complicações na saúde, como interrupção da respiração (apneia), obesidade, infecções recorrentes no ouvido e uma curva interna exagerada da coluna lombar. Pessoas com nanismo têm uma expectativa de vida normal. 

O garotinho foi filmado fazendo um pedido chocante a ela: 
"Me dê uma corda, eu quero me matar". 
As imagens atraiam milhares de pessoas que, em uma corrente do bem, enviaram mensagens de apoio. 

Ao Daily Mail, Yarraka contou que pegou o filho depois da escola e o viu entrar no carro chorando depois que um colega deu um tapa na cabeça dele, tirando sarro por conta de sua altura. Chorando desesperadamente, o garoto pergunta 
"qual é o motivo das agressões" 
e diz que gostaria de morrer. 
"Eu só quero me esfaquear no coração. Quero que alguém me mate"
lamentou, chorando no banco de trás do carro. 

A ativista aborígene resolveu filmar a cena e torná-la pública para que outros pais e os professores se conscientizassem. 
"Acabei de buscar meu filho na escola, testemunhei um episódio de Bullying, liguei para o diretor e quero que as pessoas saibam – pais, educadores, professores – esses são os efeitos que o Bullying causa. Por favor, eduquem seus filhos, famílias e amigos"
disse ela na gravação. 

Repercussão 

A família Bayles foi inundada com mensagens de apoio de pessoas de todo o mundo depois que o vídeo foi visto mais de 17 milhões de vezes. Várias celebridades também manifestaram apoio ao garotinho, como os atores de Hollywood Hugh Jackman e Mark Hamill. 
"Quaden, você é mais forte do que sabe, companheiro, e não importa o quê, você tem um amigo em mim"
comentou Jackman no Twitter. 

Uma página do GoFundMe foi criada pelo comediante estadunidense Brad Williams, que também tem nanismo, para arrecadar dinheiro e enviar Quaden para a Disneylândia. A vaquinha levantou 137.065 libras em um dia (mais de R$ 779 mil). 
"Criei essa vaquinha para dizer a Quaden que o Bullying não será tolerado e que ele é um ser humano maravilhoso que merece alegria. Quero trazer Quaden e a mãe para os Estados Unidos, hospedá-los em um ótimo hotel e levá-los para a Disney. Isso não é apenas para Quaden, é para todos que sofreram Bullying em suas vidas e ouviram que não eram bons o suficiente"
comentou. 

Todo valor que sobrar será doado para organizações antibullying, de acordo com Brad. 

"Apenas se defenda" 


Depois da repercussão, o garotinho conversou com a NITV nesta sexta-feira (21/02/2020) e incentivou outras pessoas a se defenderem quando estão cara a cara com um valentão.
"Se você sofre Bullying, apenas se defenda e não ouça o que eles dizem. Os pais deveriam ensinar os filhos a serem legais com quem tem alguma deficiência"
disse ele. 

Bullying, um problema de todos nós

Como um cristão pode lidar com o Bullying?

 
O Bullying é um problema antigo. Apesar de só ganhar uma nomenclatura a pouco tempo, a famosa "zueira" ou "tiração de sarro", pode, em passando dos limites, ofender uma pessoa e ainda criar traumas que podem limitar o crescimento pessoal do indivíduo para o resto de sua vida. Isto sem contar os casos mais graves que terminam com tragédias, como suicídios ou episódios de violência, como os que culminaram com os ataques nas escolas em Realengo (RJ), em 2011 (leia aqui) e em Suzano (SP), em 2019 (leia aqui). 

Se você é pai ou mãe de uma criança que sofre com Bullying, deverá aprender e ensinar o seu filho a como se defender. Mas para muitos, pode existir uma certa contradição, visto que nas escolas bíblicas e até em casa, os cristãos ensinam que "devemos oferecer a outra face", ou que "devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem aos que nos maltratam". 

Embora tudo isso seja verdadeiro, é necessário entendermos o que Jesus quis dizer com isso e ensinar as nossas crianças a como lidar com Bullying, assim como Jesus precisou lidar com os seus conterrâneos que não criam nele! 

Como lidar com o Bullying

  • 1° – Ensine o seu filho a não ter medo!
Medo tem cheiro, tem olhar e é perceptível! As pessoas percebem quando estamos com medo, pois a energia que emanamos se torna a pior possível. Logo ensine o seu filho a não ter medo! Veja um fato interessante dos Evangelhos que a maioria de nós ignora: 
"E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se" (Lucas 4:29,30). 
Jesus sabia que tinha vindo para morrer, mas a sua morte só aconteceria quando chegasse a hora, por isso sem medo algum Jesus passa pelo meio dos que tentaram matá-lo! Quem tem medo se torna refém dos outros e do seu medo. É por isso que a maior herança que você pode dar ao seu filho é ensiná-lo a não ter medo de nada e nem de ninguém! 
  • 2º – Deixe o seu filho descobrir quem ele é!
Você e eu temos valor e significado! Eu já ministrei inúmeras vezes na comunidade onde congrego sobre a importância de conhecermos nossa identidade, de saber quem somos, Observe mais um fato interessante da vida de Jesus: 
"Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: 'A Jesus Nazareno.' Disse-lhes Jesus: 'Sou eu.' E Judas, que o traía, estava com eles. Quando, pois, lhes disse: 'Sou eu', recuaram, e caíram por terra" (João 18:4-6). 
Saber quem se é possui um poder enorme! É por isso que essa é a unica citação de Jesus que faz pessoas caírem no Evangelho, Ele sabe quem Ele é! Ele diz 
"...Eu sou a luz do mundo…" (Jo 8:12), "...Eu sou a Porta das ovelhas..." (10:9:), "...Eu sou o bom Pastor..." (10:11), "…Eu sou o caminho…", "...Eu sou a verdade...", "...Eu sou a vida..." (14:6), "...Eu sou a videira verdadeira…" (15:1), 
enfim Ele sabe quem Ele é, por isso não existe provocação que resista a um ser que conhece a si mesmo, pois por mais que os outros não o entendam, ele sabe quem ele é na vida, sabe de onde veio e para onde vai. 

Agora, isso pode ser dito de forma muito sutil. Por exemplo: conte como era a sua vida antes dele nascer e o que ele trouxe de bom para a família. Conte sobre como ele era quando criança. Conte sobre a história de seus avós para ele. Ele precisa criar raízes, saber que pertence a um clã e além disso o seu filho precisa confiar em você! Sendo assim, quem não tem medo e sabe de onde veio e para onde vai se mantem de pé na vida! 
  • 3º – Oferecer a outra face? O que é isso?
Oferecer a outra face nada tem a ver com se "tornar um saco de pancada" dos outros, ou de ser um "bobinho" na vida. Muito pelo contrário, significa uma total libertação do medo e uma total consciência de quem se é! 

Enquanto você não ensinar ao seu filho quem ele é de verdade você não poderá ensinar sobre "pagar o mal com o bem"! Além disso, oferecer a outra face significa que você é tão liberto da atitude do outro que pode "desprezar o desprezo" dele em relação a você. 

Conclusão 


Lidar com o Bullying é muito fácil quando transferimos a responsabilidade das nossas ações como pais para a igreja ou para a escola, esqueça isso! Você é o pai, você é a mãe do seu filho e não a "tia" da escolinha ou o(a) pastor(a) da igreja! 

A maioria dos pais cristãos não sabem conversar com os filhos sobre drogas, sobre sexo e nem sobre Bullying, pois acham que a "igreja" ou a escola fará o papel deles. Não deixe os "outros" ensinarem seus filhos sobre o que é importante na vida… 

É claro que existem outras lições que podemos aprender com Jesus sobre esse tema, mas que tal você começar a ler o Evangelho com os seus filhos e ir aprendendo com eles? 

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