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sábado, 30 de dezembro de 2023

TELETEMA — "CORPO A CORPO — INTERNACIONAL"

"Corpo a Corpo", foi um dos grandes sucessos do horário das 20 horas da Rede Globo, na década de 1980. Escrita por Gilberto Braga (✩1945/✞2021), era mais uma trama do autor a trazer a temática da vingança e da ascensão social. 

Além de ter sido um grande sucesso de audiência, com elenco estrelar — e mesmo tendo sido uma das preferidas do próprio autor, que em inúmeras entrevistas falou super bem do resultado da trama —, "Corpo a Corpo" teve uma trilha sonora internacional que figura dentre as melhores da década de 1980, recheada de hits radiofônicos que faziam a cabeça da galera da época. É sobre ela que falarei em mais um capítulo da minha série especial de artigos "Teletema".

Sobre a novela


No dia 21 de junho de 1985, há 38 anos, chegava ao fim essa polêmica novela que, curiosamente, nunca recebeu uma reprise, nem no Vale a Pena Ver de Novo, nem no Canal Viva e ainda não consta no catálogo da plataforma de streaming Globo Play, mesmo sendo sempre bem lembrada e requisitada pelos noveleiros plantonistas. 

Escrita por Gilberto Braga, era mais uma trama do autor a trazer a temática da vingança e da ascensão social. Em "Corpo a Corpo", Eloá (Débora Duarte) era uma mulher ambiciosa, cuja personalidade contrastava com a do marido, Osmar (Antonio Fagundes). 

Em busca de uma promoção na empresa de engenharia onde trabalhava, ela tenta de tudo, inclusive uma espécie de "pacto com o diabo". Ela faz um acordo com o misterioso Raul (Flávio Galvão), que parecia ser o demônio, e inicia uma fase de plena ascensão profissional. Entretanto, seu casamento entra em ruínas, já que Osmar não aceita o caráter ambicioso da esposa.

Com a ajuda do tal "Diabo", Eloá consegue posição de destaque na empresa, chegando a presidente da Fraga Dantas Internacional, mas para isso é obrigada a demitir Osmar, após ser chantageada pelo misterioso Raul. A protagonista então se muda para o Cairo com o filho. 

Paralelo a isso, Raul, o "Diabo", promete fazer Osmar se apaixonar por Tereza (Glória Menezes), caso ela mate Alfredo Fraga Dantas (Hugo Carvana — ✩1937/✞2014). A enfermeira chega a preparar uma injeção letal para aplicar no milionário, mas desiste da ideia.

O que Eloá não sabe é que Raul não entrou em sua vida por acaso. O homem, na verdade, foi enviado pela enfermeira Tereza, como um plano de vingança. É que, no passado, Tereza fora muito apaixonada por Osmar, mas acabou sendo desprezada por ele, que preferiu se casar com Eloá.

Temas polêmicos em uma trama muito bem desenvolvida

"Corpo a Corpo" chamava a atenção pela história ousada, que envolvia até o suposto demônio. Curiosamente, a temática foi bem aceita pelo público, que embarcou na trama.  
Aliás, em nenhum momento a trama deixava claro se Raul era mesmo o diabo ou não, deixando a resposta para a imaginação do público. 
"Corpo a Corpo" também marcou por ser a primeira parceria entre o autor Gilberto Braga e a atriz Malu Mader, que aqui fazia sua segunda novela. Ela vivia a mocinha Beatriz, que tinha um romance fofo com Rafael (Lauro Corona, ator em franca ascenção na época — ✩1957/✞1989). 

A partir daí, a atriz emplacaria diversos trabalhos com o novelista, como as minisséries "Anos Dourados" (1986), "Anos Rebeldes" (1992) "Labirinto" (1998), as novelas "O Dono do Mundo" (1992), "Força de um Desejo" (1999/2000) e "Celebridade" (2003/2004), entre tantos outros. Também foi a novela de estreia das atrizes Lília Cabral, Luiza Tomé e Andréa Beltrão.

O ponto forte da trama foi o pacto de Eloá com o Diabo, despertando grande interesse do público. Porem, os dramas paralelos, muito bem desenvolvidos entre si, também não deixaram a desejar, tornando "Corpo a Corpo" uma novela dinâmica e sem as tradicionais "barrigas", ou seja, aquelas tramas esticadas à exaustão, só para tentar prender a audiência do público, mas que acabam tornando toda a trama central cansativa.

Boas tramas paralelas


Como exemplo, a história da personagem de Glória Menezes, a enigmática Tereza, que trabalha como enfermeira do preconceituoso milionário Alfredo Fraga Dantas, proprietário da firma de engenharia onde trabalha Eloá. 

O rico senhor é alvo das armações da grande vilã da novela, Lúcia Gouveia (Joana Fomm, famosa pela interpretação de vilãs icônicas na TV), uma mulher dona de um passado de riqueza, mas estava completamente falida. Assim, se casar com o milionário é seu objetivo, e ela acaba conseguindo. 

Entretanto, Lúcia gostava mesmo do ex-presidiário Amauri (Stênio Garcia), com quem tivera um romance no passado. Quando Amauri fica sabendo do casamento da amada, passa a planejar a morte de Alfredo.

No fim da trama, Lúcia, Amauri e Raul morrem em um incêndio, e Eloá consegue retomar o seu casamento com Osmar. Já Tereza, que embora vingativa não era uma vilã, decide deixar o passado com Osmar para trás e se acerta com Alfredo, com quem termina a história.

Racismo 


Outro casal que mobilizou o público foi Cláudio (Marcos Paulo — ✩1951/✞2012) e Sônia (Zezé Motta), uma negra de família classe média que envolve com o filho do milionário Fraga Dantas. Devido as diferenças sociais de classe social e de raça, a moça acaba cedendo e termina o romance. 

Em uma reviravolta, Alfredo precisa de uma transfusão de sangue e é exatamente Sônia quem doa e salva a vida do ex-sogro. O romance entre Sônia e Cláudio causou polêmica e não foi bem visto pelo público que rejeitou a trama. 

O ator Marcos Paulo chegou a receber mensagens ofensivas e de cunho racista em sua secretária eletrônica. Ou seja, esse detalhe fora da ficção folhetinesca, explicitava a realidade do Brasil fora das telas. Mas...,

Vamos à trilha

A canção de Julian Lennon — único hit na carreira do filho de John Lennon (✩1940/✞1980) e Yoko Ono — fala dos sentimentos de desgosto que se experimenta depois de uma relação ter terminado. 

A canção reflete sobre como ambas as partes ficam magoadas depois de a relação ter terminado, e que embora ambas possam estar a sentir estas emoções e a querer voltar a ligar-se, é, em última análise, demasiado tarde.

A letra da canção retrata o protagonista expressando o desejo pela sua antiga parceira, e a dor do pesar por não ser capaz de expressar esses sentimentos e dizer adeus de forma adequada. A mensagem subjacente à canção é que quando uma relação termina, é importante não deixar coisas por dizer — mesmo que possa parecer demasiado tarde.
A canção 'Still Loving You' do Scorpions é um clássico do rock que conquistou o coração de milhões de fãs em todo o mundo. Lançada no álbum "Love at First Sting" em 1984, essa balada emocional é conhecida por suas letras apaixonadas e uma melodia envolvente. 

A canção foi escrita pelo vocalista Klaus Meine e o guitarrista Rudolf Schenker. Ela foi inspirada em um relacionamento que estava enfrentando desafios. As letras expressam a dor da separação e a esperança de que o amor possa ser reacendido. 

'Still Loving You' é uma das músicas mais icônicas da banda e é frequentemente associada a eles. A canção se tornou um hino para os fãs e é considerada uma das melhores baladas de rock de todos os tempos. Ela ajudou a consolidar a posição dos Scorpions no cenário do rock internacional.
'Body Rock' foi um hit de 1984 da cantora e compositora americana Maria Elena Vidal, artisticamente conhecida como Maria Vidal. A canção foi escrita para ser tema do filme homônimo daquele ano, o qual, segundo a crítica, foi um dos piores dos anos 80. 

A trilha sonora foi quem salvou a produção de um fracasso total. O single alcançou a posição #8 nas paradas de dança dos EUA e #11 no Reino Unido. Vidal era originalmente um membro da banda Desmond Child, mas foi na carreira solo, justamente com o single 'Body Rock' (único que conseguiu emplacar, diga-se de passagem) que obteve o maior exito.
Essa belíssima e emocionante balada, reuniu a voz de três grandes interpretes da música internacional: Kenny Rogers (✩1938/✞2020), cantor country já conhecido por emplacar outros hits nas paradas mundiais; Kim Carnes, que com sua inconfundível voz rouca, também já era bem conhecida, principalmente pelo hit 'Betty Davis Eyes' e James Ingram (✩1952/✞2019), outro que também emplacou vários hits românticos, a maioria deles em dueto com outros astros e estrelas da música internacional. A canção é marcante e eu a resumo em uma palavra: maravilhosa!
Embora não seja conhecida do grande público, Sophie St. Laurent, com seu single (e único hit) 'Sex Appeal', era presença marcante e obrigatória nas pistas das saudosas danceterias da época. Além de uma letra que fala sobre sensualidade, a canção tem um ritmo frenético, do tipo que não deixava ninguém parado.
  • 06. Autumn – Season of Love 

Mais um hit dançante, sucesso nas pistas de dança das danceterias daquela época. A música não tem letra, apenas efeitos sonoros computadorizados, uma tendência da época, mas seu ritmo é contagiante. 

Muita gente acredita que a música 'Purple Rain', principal sucesso de Prince, foi escrita especialmente para o filme homônimo, estrelado pelo músico em 1984. No entanto, por pouco o hit que mexeu com uma geração não ficou de fora da trilha sonora da obra dirigida por Albert Magnoli. 

Mesmo sendo um filme pavoroso, "Purple Rain", foi um sucesso estrondoso, muito por causa de sua trilha sonora (Ao todo, "Purple Rain" teve cinco singles. Dois chegaram ao topo das paradas: a deliciosa 'When Doves Cry' e 'Let's Go Crazy'.). 

Feito com orçamento de US$ 7 milhões, arrecadou US$ 68 milhões só nos EUA, o suficiente para ser a 12ª maior bilheteria de 1984. Sobre o significado do termo "purple rain", Prince deu uma explicação para o site NME: 
"Quando há sangue no céu — vermelho e azul = roxo… purple rain se refere ao fim do mundo e estar com quem você ama e deixar sua fé/Deus lhe guiar pela chuva roxa."
Se eu entendi alguma coisa sobre essa "profunda explanação escatológica"? Não, absolutamente nada!
Diana Ross é um nome eternizado na indústria musical. A cantora tem uma discografia muito extensa e cheia de canções emocionantes — ela é, sem sombra de dúvida, uma das grandes damas da R&B e da Soul Music. Entre elas, temos a belíssima 'Missing You', uma composição que apesar de contar com lindas palavras, carrega uma história muito triste por trás.

Um conflito entre pai e filho que acabou ocasionando o fim de uma das maiores lendas da soul music. A tragédia acabou inspirando o cantor e compositor Lionel Richie a compor a música 'Missing You', cuja construção das letras se deu a partir das conversas entre Richie e Diana Ross sobre a perda de Marvin Gaye (✩1939/✞1984), cantor que foi assassinado a tiros pelo próprio pai. em 1984.

Marvin Gaye, o homenageado por trás de 'Missing You', era uma das grandes vozes representante do soul e R&B nas década de 70 e 80. O músico foi assassinado pelo próprio pai, Marvin Pentz Sr, no dia 1º de abril de 1984. 

A arma do crime foi um revólver que o próprio filho havia dado de presente a ele. O estopim para a fatídica briga entre os dois foi a perda de documentos de negócios por parte de Marvin.

Enquanto vivo, Marvin enfrentava uma séria luta contra a depressão e a dependência química.A letra é uma composição original de Lionel Richie, mas ficou famosa após a emocionante e entregue interpretação de Diana.
A espetacular cantora de R&B/Funky, Chaka Khan, lançou um dos trabalhos mais significativos de sua carreira: O excelente álbum "I Feel For You" (1984). Depois de passar uma boa parte da década de 70 sendo um dos grandes destaques da banda americana de Funk 
(o original, não esse lixo popularizado aqui no Brasil), 
Rufus (onde atuava como vocalista principal), em 1978, Chaka embarcou numa grande e bem sucedida carreira solo, gravando grandes hits do R&B, e se consolidando cada vez mais até chegar ao ápice em 1984 com 'I Feel For You'.

'I Feel For You' é um grande registro de Black Music americana, onde o orgânico e o eletrônico se casam perfeitamente, Funk, Soul, R&B juntamente com a pegada Synthpop característica das produções musicais dos anos 80 resultam num delicioso disco/hit que mostra com excelência o alcance e a força de uma das maiores divas da história do R&B. 'I Feel For You' é simplesmente essencial para os apreciadores do gênero!
Este é um dos hits na carreira de Joe Cocker (✩1944/✞2014), uma das verdadeiras grandes vozes do Rock'n Rol. Sua carreira começou em 1961, ainda jovem, quando sob o pseudônimo Vance Arnold, cantava pelos pubs de sua cidade natal, com a banda The Avengers. Fortemente influenciado pelo soul, Cocker cantava canções de seu ídolo, Ray Charles (✩1930/✞2004), como 'What'd I Say' e 'Georgia On My Mind'.

Seu primeiro grande sucesso, foi a icônica versão que fez para 'With A Little Help From My Friends', dos Beatles, em sua antológica apresentação no festival Woodstock, em 1969. Depois disso, o cantor avançou os anos 70, 80 e 90 cantandado grandes sucessos como 'You Are So Beautiful', 'Don't Love Me Anymore' e 'Unchain My Heart', entre outras.
Essa música é sensacional! A letra, é um diálogo entre duas mulheres apaixonadas pelo mesmo homem. Apesar do tema ser bem clichê, reflete algo que acontece com muita frequência na vida real.

A canção foi faixa do álbum "Emotion", da cantora e atriz Barbra Streisand. Três singles foram lançados para promovê-lo: 'Left In The Dark', 'Make No Mistake, He's Mine' e a faixa-título. O dueto entre as duas foi perfeito e tornou a música um grande sucesso da época.

Conclusão


A trama é uma das preferidas de seu autor Gilberto Braga, que disse em entrevista ao livro "Autores — História da Teledramaturgia", da Editora Globo (atual Globo Livros), não entender porque "Corpo a Corpo" nunca é citada quando listam os seus sucessos da carreira. 
"A novela foi bem, e eu sempre pensei: 'Por que falam de "Dancin' Days" e "Água Viva" quando citam os meus sucessos e não falam de "Corpo a Corpo"?' Era uma novela extremamente bem feita, com uma trama bem armada... 
Até hoje, é muito elogiada por escritores. Sempre encontro algum escritor de novela que elogia 'Corpo a Corpo'. Talvez o público não se lembre tanto da novela porque não tinha como protagonista uma estrela tradicional, como Sônia Braga em 'Dancin' Days'"
declarou.

"Corpo a Corpo" teve 179 capítulos, e foi escrita por Braga com a colaboração de Leonor Bassères (✩1926/✞2004), teve a direção de Dennis Carvalho e Jayme Monjardim, e a direção-geral de Dennis Carvalho. 

Independente de você ter visto ou não a novela, se é fã da boa música, principalmente as dos emblemáticos anos 80, essa trilha sonora é obrigatória em sua playlist. Na minha, ela está!

[Fonte: Observatório da TV, original acessado em 30/12/2023; O Planeta TV, original acessado em 30/12/2023]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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sábado, 16 de dezembro de 2023

PESTES, TERREMOTOS, GUERRAS... SERÃO SÓ ESTES OS SINAIS DE QUE ESTÁ PRÓXIMA A VOLTA DE JESUS?

"Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre" (1 Tessalonicenses 4:16-17).
Não tenho como começar este artigo especial de outra forma, senão reiterando que, a Escatologia, não está dentre os assuntos teológicos aos quais tenho muito conhecimento.

Assumo que o meu nível de conhecimento sobre este tema permeado de polêmicas e interpretações um tanto quanto complexas — muitas delas de um assustador ilusionismo espiritual-religioso, cuja verossimilidade é inexistente — está num nível que não trancende o básico (o que para mim é mais que o suficiente, diga-se de passagem).

Contudo, o fato de Escatologia não ser um tema que desperte o meu interesse, não quer dizer que irei omitir-me em pesquisa-lo para atendimento ao interesse de muitos dos meus seguidores, por quem nutro muito respeito e gratidão pelo privilégio de tê-los como leitores aqui do meu blogue. E tem mais, ao pesquisar sobre o tema, acabo aumentando o nível do meu conhecimento pessoal, já que, o aprendizado é algo que podemos ter sem absolutamente nenhuma moderação.

Por este motivo, resolvi trazer novamente este assunto à pauta do Conex@o Geral, levando-se em conta sua relevância mediante o cenário mundial no qual estamos vivenciando atualmente. Porém, ao contrário do que fazem muitos, não me aterei aos nada faceis eventos escatológicos descritos no um tanto quanto "incompreensível" livro do Apocalipse e sim ao discurso escatológico proclamado com Quem tem de fato total propriedade e autoridade: o próprio Senhor Jesus Cristo!

"...E então virá o fim!" (Mateus 24:14c)


No livro de Mateus, capítulo 24, versículos 5 a 8, Jesus nos dá algumas pistas importantes para discernir a abordagem do fim dos tempos. Um aumento de falsos messias, um aumento de guerras e um aumento de fomes, pragas e desastres naturais — estes são sinais dos tempos do fim. Neste trecho, porém, recebemos um aviso: 

não devemos ser enganados, porque esses eventos são apenas o começo das dores do parto; o fim ainda está por vir.

Dois mil anos atrás, os seguidores do Senhor perguntaram a Jesus: 
"Que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?" (24:3). 
O Senhor Jesus respondeu: 
"E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores" (24:6-8 — grifos acrescentados). 
Hoje, desastres estão ocorrendo cada vez mais no mundo inteiro. Terremotos, epidemias, fome, guerras e enchentes ocorrem uns após os outros. No final de 2019, um novo tipo de coronavírus apareceu em Wuhan, na China. Sua taxa de transmissão foi alarmante; num período de apenas poucos meses, casos apareceram no país inteiro, e a China foi imediatamente lançada no caos. Muitas províncias, municipalidades e aldeias foram colocadas em quarentena uma após a outra enquanto o número de mortos continuava a crescer. O vírus se espalhou também para mais de vinte outros países ao redor do mundo. 

Além disso, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, incêndios na Austrália destruíram mais de 5.900 prédios e mataram mais de um bilhão de animais. Em janeiro de 2020, o mesmo continente foi atingido por uma chuva torrencial que ocorre apenas uma vez a cada século, causando enchentes que mataram muitas criaturas de água fresca. 

Naquele mesmo mês, enchentes na Indonésia deixaram dezenas de milhares de pessoas desabrigadas. Houve também a erupção de um vulcão nas Filipinas, a pior infestação de gafanhotos em 25 anos na África, um terremoto de magnitude 6,4 em Xinjiang… 

E a lista continua. 


As profecias bíblicas da vinda do Senhor estão se cumprindo. É plausível que o Senhor, de fato está "anunciando" sua volta — por que, então, ainda não nos preparamos para acolher Sua chegada? Não seremos lançados na grande tribulação se isso continuar? E o que, exatamente, devemos fazer para acolher a vinda do Senhor?

Quando as pessoas falam dos sinais do fim dos tempos, geralmente se trata de um entre dois aspectos: 
  • ou, primeiro, citam sinais concretos para os quais deveríamos atentar por indicarem que o retorno de Cristo está próximo, 
  • ou, segundo, descrevem determinadas condições do nosso mundo atual que correspondem àquelas mencionadas na profecia bíblica. 
Logicamente, essas condições são necessárias para que os eventos decisivos da futura tribulação de sete anos (também conhecida como Dia do Senhor) possam ocorrer.

De fato, esta passagem bíblica é a mais essencial já que expõe em detalhes aquilo a que deveríamos dar atenção, durante o célebre discurso de Jesus no Monte das Oliveiras (Mt 2425; Marcos 13; Lucas 21). Com esse ensino detalhado, Jesus responde às perguntas concretas que seus discípulos formularam a respeito do fim. 

Fora o livro de Apocalipse, o discurso do Monte das Oliveiras é a mais longa passagem profética no Novo Testamento sobre os tempos do fim. É também o segundo maior discurso ininterrupto de Jesus na Escritura Sagrada (o mais longo é o Sermão do Monte). 

O que importa registrar aqui é que Jesus não censurou seus discípulos por perguntarem por sinais que anunciassem a proximidade do fim. Pelo contrário, ele forneceu um extenso ensino, com muitos detalhes.

Embora além de Deus Pai ninguém conheça o dia ou a hora do retorno de Cristo (Mt 24:36), lemos em Hebreus 10:25 que os cristãos podem ver 
"...que o Dia se aproxima". 
Esse "Dia" é o Dia do Senhor, ou período de tribulação. Nesses sete anos, Deus trará seus juízos sobre a terra. Também somos informados de que o mundo descrente será atingido de forma totalmente inesperada — ao contrário dos cristãos — quando o Senhor vier "como ladrão' (1 Ts 5:2,4).

Devemos também manter em mente que o arrebatamento e o retorno de Cristo são dois eventos diferentes. O arrebatamento ocorrerá antes do início do período de tribulação, enquanto o retorno de Cristo à terra ocorrerá no fim dele. 

Existe uma analogia útil muitas vezes citada enquanto esperamos os sinais do retorno do Senhor. Quando aparecem as primeiras decorações natalinas na cidade, mas o Natal (25 de dezembro) ainda não chegou, sabemos que esse dia está próximo. Algo semelhante ocorre com os sinais que precedem a tão temida tribulação: sabemos que o arrebatamento da igreja está cada vez mais próximo.

Entendendo os 6 principais sinais da eminente e derradeira Volta de Cristo


O modo mais simples de conseguir uma visão dos sinais é distribuí-los em diversas categorias para tratar deles. Dentro dessas categorias, encontram-se diferentes sinais e condições que importa observar ao esperarmos pelo retorno do Senhor. Eles mostram o grau de proximidade do seu retorno. Agora, listarei 6 sinais inquestionáveis e biblicamente comprovados que indicam o grande Dia da Volta de Jesus e/ou o Final dos Tempos.

  • O supersinal: o renascimento de Israel como nação

Muitos especialistas em profecia consideram o renascimento de Israel como um "supersinal". Essencialmente, existem dois motivos para isso. Primeiramente, todos os outros sinais dos tempos finais dependem dele. Antes da fundação do Estado de Israel, nenhum outro sinal do fim poderia ter-se cumprido. 

Em segundo lugar, os especialistas chamam o renascimento de Israel de supersinal por causa das suas enormes dimensões. Estatisticamente, era impossível prever esse sinal com todos os seus detalhes e premissas, para então observar em tempo real cada detalhe se cumprindo, exatamente como ocorreu em nossos dias.

A refundação da nação de Israel ocorreu em 14 de maio de 1948. Com exceção de Jonas, todos os profetas veterotestamentários previram que Israel voltaria a ser uma nação e que o povo judeu retornaria à sua antiga pátria vindo de todas as partes do mundo.

O renascimento de Israel é o principal aspecto desse supersinal, mas há muitos outros sinais do fim dos tempos ligados a ele. A Escritura Sagrada contém várias profecias sobre eventos que ocorreram antes ou depois do renascimento de Israel (a partir de fins do século XIX).

  • Sinal geopolítico

Adicionalmente ao renascimento da nação de Israel, a Bíblia também prevê várias outras circunstâncias geopolíticas. Em Ezequiel 38, por exemplo, lemos de um ataque a Israel que ocorreria nos tempos finais após o renascimento da nação. Trata-se aqui de uma das profecias bíblicas mais ricas em detalhes. Ela menciona uma coalizão escatológica de países que incluirão a Rússia, a Turquia e o Irã. Esses países se unem numa aliança militar contra Israel.

A Rússia lidera essas forças de combate reunidas que atacarão Israel a partir dos montes ao norte (ou seja, da Síria, se bem que a própria Síria não desempenhará nenhum grande papel no ataque). Seu objetivo é saquear Israel. Contra esse ataque escatológico (que Deus derrubará de modo rápido e sobrenatural), a Arábia Saudita (38:13 — Sabá e Dedã), bem como 
"Társis, e todos os seus governadores" 
protestarão. 

Muitos especialistas em profecias pensam que Társis se refira à Inglaterra atual (ou possivelmente a Espanha), e que os governadores seriam países que emergiram do Império Britânico — inclusive os EUA. Se for assim, essa profecia parece deixar claro que os EUA não terão condições de prestar apoio militar a Israel.

O palco para esse cenário está plenamente montado. A Primavera Árabe e a guerra civil síria (desde 2011) motivaram a Rússia, o Irã e a Turquia a preencher um vazio militar na Síria. Disso resultou uma parceria oficial entre essas três nações — citadas na profecia de Ezequiel 38 junto com outras nações secundárias, como a Líbia e o Sudão.

Existem ainda muitos outros sinais escatológicos geopolíticos, inclusive os esforços políticos em favor de um governo mundial (as Nações Unidas e outras organizações globalizantes), a fundação de um Império Romano restabelecido (a União Europeia) e o avanço de países do Extremo Oriente para a condição de superpotências (como a China). Todos esses desdobramentos têm ligação com profecias escatológicas concretas e já foram previstos há milhares de anos.

  • Sinal da natureza

Conforme já visto, no seu discurso do Monte das Oliveiras, Jesus mencionou diversos sinais da natureza que (tal como dores de parto) aumentarão em frequência e intensidade à medida que nos aproximarmos dos tempos do fim. 

Pare um pouco e lembre-se dos numerosos fenômenos incomuns de intemperismo e terremotos que ocorreram nos últimos dez a quinze anos. Parece que, com cada nova catástrofe, ouviremos cada vez mais frequentemente falar de conceitos como "inéditos", "únicos" ou "eventos do século".

Haiti, Japão, Indonésia, Chile, Paquistão. Esta é apenas uma seleção de lugares em que ocorreram catástrofes devastadoras no passado recente. O mundo passou a se dar conta do poder destruidor de terremotos que desencadearam tsunamis e custaram várias centenas de milhares de vidas humanas. Alguns desses terríveis eventos foram até filmados. 

Em 2004, 230 000 a 280 000 pessoas perderam a vida num terremoto de grandeza 9,3 no Oceano Índico e o subsequente tsunami. Foi o mais longo e terceiro mais potente terremoto jamais registrado.

Fenômenos extremos de intemperismo e atividades sísmicas são o resultado natural de um mundo caído, suspirando por redenção (Romanos 8:22,23). E o Senhor sabia de antemão que, enquanto a terra se desfizesse como roupa, as dores de parto e a instabilidade aumentariam sensivelmente, encaminhando-se para o fim predeterminado.

  • Sinal espiritual

Existem sinais espirituais positivos e negativos requerendo nossa atenção. Os aspectos positivos incluem que, conforme a profecia bíblica, podemos contar com que mais judeus recebam Jesus como seu Messias (Mt 23:39; Rm 11:26; Apocalipse 7:4) e que todas as nações sejam alcançadas com o evangelho (Mt 24:14).

Os sinais negativos também incluem a previsão de que lidaremos com apostasia (um abandono da verdade) na igreja em geral (2 Timóteo 3:1-5), com a disseminação de falsos cristos, de seitas e de fraudes espirituais (Mt 24:24), com perseguição de judeus e cristãos (24:9), a presença de zombadores (2 Pedro 3:3-4) e o aumento do ocultismo (Ap 13:11-14).

Essas tendências espirituais atingirão seu ápice durante a tribulação. Com isso, ambos os lados das condições espirituais se revelarão cada vez mais claramente. O livro de Apocalipse informa que as práticas ocultas e os atos demoníacos serão encontrados no mundo inteiro. Ao mesmo tempo, 144 000 evangelistas judeus proclamarão corajosamente o evangelho por todo o mundo. Muitas pessoas se decidirão a favor de Cristo e lhe entregarão sua vida — e muitas delas morrerão como mártires.

  • Sinal social

A passagem a seguir resume de forma convincente os sinais sociais:
"Mas você precisa saber disto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus" (2 Tm 3:1-4 — grifo acrescentado).
Lendo essas palavras, somos lembrados das condições atuais em nossa sociedade. Essa profecia de dois mil anos atrás soa como um relato moderno sobre as pessoas no mundo de hoje.

  • Sinal tecnológico

Muitas profecias da Escritura apontam para uma tecnologia altamente desenvolvida, indispensável para viabilizar determinados eventos futuros. Quando os profetas do Antigo Testamento receberam mensagens e visões do Senhor, eles muitas vezes não compreendiam os detalhes das suas profecias. Do ponto de vista tecnológico, o cumprimento de muitas dessas profecias não era possível na ocasião.

Armas nucleares, transmissão por satélite e internet, gigantescos arquivos de dados, manipulações de DNA, inteligência artificial, sistemas de monitoramento, transumanismo e muitas outras tecnologias atuais e emergentes são descritas ou necessárias na profecia bíblica para viabilizar os eventos escatológicos. Hoje já existem todas as tecnologias necessárias para o cumprimento da profecia escatológica.

Convergência


Uma outra analogia frequentemente aplicada e que esclarece o quanto os tempos finais já avançaram é aquela de uma peça teatral pouco antes do seu início. Observamos o recinto do teatro e vemos as pessoas tomando seus lugares e como a casa vai se lotando pouco a pouco. 

A cortina do palco ainda está fechada, mas ouvem-se pessoas andando de um lado para outro por trás. Percebe-se a atividade por trás da cortina e imagina-se como as peças do cenário estão sendo posicionadas. Enquanto isso, espera-se que as luzes se apaguem, a cortina se abra e o espetáculo comece.

O fato de que cada uma das categorias está hoje disponível com os sinais escatológicos deveria despertar nossa atenção. Nunca antes na história houve tal acúmulo de eventos e condições necessários.

Conclusão

Quanto falta?


Todas essas categorias com sinais escatológicos — e especialmente sua coincidência — permitem concluir que provavelmente o retorno do Senhor está muito próximo. Conforme já mencionamos, a Escritura Sagrada diz bem claramente que ninguém sabe o dia ou a hora (Mt 24:36). 
Os inúmeros fiascos das mais variadas seitas no decorrer dos tempos, têm nos mostrado que esse negócio de ficar marcando datas para este Grande e Derradeiro Evento, é de uma estupidez espacial (e o mais triste de tudo é a constatação do sem número de gente que ainda insiste em acreditar nessas fanfarronices religiosas).
Se, porém, examinarmos todos esses sinais, isso nos mostra que seu retorno se aproxima cada vez mais (Mt 24:33; Lc 21:28; Hb 10:25).

Com esses sinais em mente, podemos ser sábios e discernidores em relação à expectativa dos tempos do fim. Não devemos, no entanto, interpretar nenhum desses eventos isolados como uma clara indicação da chegada iminente dos tempos do fim.

Deus nos deu informações suficientes para que possamos estar preparados, e é isso que somos chamados a fazer enquanto nossos corações clamam: 
"Vem, Senhor Jesus" (Ap 22:20). 
Devemos estar vigilantes e prontos, sabendo que ninguém sabe o dia ou a hora da volta de Cristo (Mt 24:36), mas mantendo nossos olhos fixos em Jesus, o autor e consumador de nossa fé (Hb 12:2). Como cristãos, devemos estar sempre prontos para dar razão da esperança que temos (1 Pd 3:15) e viver em santidade e retidão, sabendo que um dia prestaremos contas a Deus (2 Co 5:10).
Por fim, quando o assunto é a Volta de Jesus, eu não perco mesmo meu tempo com imbróglios teológicos sobre a Escatologia. Para mim, o que diz a Bíblia, do jeito que lá está é mais que o suficiente para eu crer e esperar não com medo, mas com segurança e muita expectativa, o dia que O verei vindo em grande glória (Atos 1:9-11; Ap 19:1-16).
[Fonte: Revista A Chamada, original por Jeff Kinley — mestre em teologia e atua como escritor independente. Também é apresentador dos podcasts "Vintage Truth" e "Prophecy Pros." e Todd Hampson — autor, ilustrador e produtor de animações. Ele também é o fundador da Timbuktoons, uma premiada companhia de animação cristã, acessado em 16/12/2023; Gospel Prime]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

sábado, 9 de dezembro de 2023

PAPO RETO — IH, PERDI MEU CELULAR!... E AGORA?

Recentemente, aconteceu comigo, algo que, embora seja possível acontecer a qualquer um, é enormemente temido pela maioria: 
perdi meu celular! 
O fato "desesperador" ocorreu numa manhã de sábado, quando eu estava a caminho da faculdade. O enredo da história é semelhante ao de muitas outras. Por um motivo de distração e graças ao bolso raso de uma calça, acabei deixando o smartphone cair no banco traseiro de um carro por aplicativo. 

O que veio a seguir, também não há nada de novo: ao descobrir, um pouco tarde demais, que havia esquecido o dispositivo eletrônico no carro, me veio aquele sentimento de desespero, não pela perda do aparelho em si, mas pelos transtornos que viriam em seguida. 
E se achassem o aparelho e tivessem acesso aos meus arquivos particulares? E se conseguissem acessar os aplicativos de minhas contas bancárias (é bem verdade que não iriam encontrar muita coisa nelas, mas...)? E o que dizer da maratona para fazer o B.O. e o bloqueio?
Era um sentimento de total vulnerabilidade. Bom, antes de tudo isso eu tentei todos as possibilidades para ver se localizava o celular: 
  • Fiz o rastreio no Google Maps, 
  • Liguei inúmeras vezes para o número, que só dava desligado ou fora de área, ou seja, um indicativo de que alguém já estava de posse dele e tinha tirado o chip e jogado fora;
  • Liguei para o motorista do carro por aplicativo; 
  • Enviei mensagem ao serviço de atendimento da empresa responsável pelo cadastro do motorista (não vou dizer qual empresa, porque não estou ganhando para fazer merchan pra ninguém, mas, ou foi a 99 ou a Uber, rsrsrs...) e nada!
Já convencido de que nunca mais voltaria a ver o tal celular perdido, fiz o que tinha que ser feito: B.O. e bloqueio de Imei. Pronto: quem achou o aparelho tem agora um simpático peso para papéis!

Este acontecimento fez com que eu ficasse um tempo (pequeno, vá lá, porém, bem proveitoso) sem celular, até a aquisição e a chegada de outro. Este tempinho sem estar acorrentado nesse aparelhinho, fez com que eu refletisse sobre algumas coisas que me serviram de inspiração para o texto deste artigo, mais um capítulo da minha série especial de artigos Papo Reto.

Meu celular, minha vida(?)


Através do aparelho de celular, as pessoas podem enviar textos, e-mails, fotos, planilhas e até mesmo vídeos, tornando o trabalho muito mais eficiente. Escravidão tecnológica. Um dos maiores malefícios do uso do celular é a dependência que as pessoas acabam criando, principalmente aquelas que o usam para trabalhar ou estudar.

Hoje em dia não vivemos sem nossos smartphones, não temos dúvidas do quanto o avanço tecnológico impacta positivamente o nosso cotidiano. Mas será que os usamos do jeito certo? Não há um certo exagero em seu uso? Quais os malefícios causados pelo uso excessivo desse aparelho que se tornou indispensável hoje em dia?

A habilidade de alguns homens de manter diálogos inteligentes pode ser influenciada por diversos fatores, como sua própria natureza, aquisições culturais e experiências sociais, entre outras. Além disso, é senso comum que o homem tem mais dificuldade do que a mulher para conversar e expor suas emoções. Há outro fator, porém, que pode reforçar essa deficiência: o uso excessivo de internet e smartphones.

Sim, há muita vida fora da tela de um smartphone


Nomofobia — é uma doença cada vez mais comum, mas que pouca gente conhece. Quanto você não consegue deixar o celular ou o computador, cuidado, você pode estar sofrendo de dependência do seu dispositivo eletrônico.

Estresse, depressão, tristeza, falta de sono, dificuldade de se relacionar. Tudo isso pode estar relacionado com o vício ao celular. Nós estamos falando de saúde, mas também de tecnologia. São fenômenos recentes, e a pergunta é: o quanto isso agrava o problema, ao confundir essa dependência com aptidão para relações sociais?

Esse hábito pode impactar negativamente os ambientes social, de trabalho, familiar e gerar, por exemplo, dificuldade de desenvolver conversas e soluções inteligentes, além de falta de autoconfiança. A interferência da tecnologia na vida do homem se estende ao convívio social, resultando em menor disposição para sair com amigos e a família, além de dificuldades para estabelecer relacionamentos.
É importante ressaltar que o transtorno não foi oficialmente reconhecido no Manual de diagnóstico e estatística dos transtornos mentais. Não há consenso sobre os aspectos que promovem a nomofobia, mas se sabe que é distúrbio multifatorial, ou seja, há razões sociais, funcionais, orgânicas e de saúde. Também não há consenso se o fator genético é tão importante quanto em outras dependências químicas. Alguns estudos indicam que os fatores genéticos estão presentes, porém não são determinantes.

Onipresente, onipotente e onisciente... Só que não!


Originalmente destinado a chamadas telefônicas (função essa que se tornou praticamente inútil e obsoleta), o celular se transformou em uma ferramenta multifuncional. Ele é capaz de capturar imagens, ajudar a gerenciar a agenda, realizar cálculos, enviar mensagens, acessar redes sociais, realizar transações bancárias e muito mais, o que simplifica inúmeras tarefas. 
Por outro lado, o malefício do avanço tecnológico também se tornou evidente. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, iniciada em 2021, revelou que, em dois anos, por conta do uso excessivo do celular, houve um aumento de 14% para 20% no número de homens que reconhecem sua dificuldade de se comunicar com as mulheres.
É importante lembrar que, no passado, quando a tecnologia não era onipresente, os celulares eram artigos de luxo e não tinham as funcionalidades atuais. Nessa época, as interações pessoais eram mais significativas, pois as pessoas se comunicavam face a face e dedicavam tempo a atividades como alugar filmes em locadoras, consultar dicionários físicos, fazer passeios com mais frequência, conversar e sair com os amigos, o que tornava o contato social mais humanizado.

Atualmente, as interações nas redes sociais digitais frequentemente carecem da profundidade que as interações presenciais oferecem. O uso excessivo de emojis e mensagens de texto está enfraquecendo as habilidades de comunicação, resultando em interações frágeis e superficiais. 

Em situações sociais, as pessoas muitas vezes estão fisicamente presentes, mas distraídas olhando para as telas do celular, o que prejudica a qualidade das conversas e leva a uma desconexão social. É comum ver grupos e casais em restaurantes que estão mais envolvidos com seus smartphones do que com a interação direta.

Aprimorar a comunicação interpessoal, especialmente com as mulheres, envolve algumas atitudes importantes, como priorizar encontros presenciais, evitar o uso excessivo de dispositivos tecnológicos, estabelecer limites para o tempo dedicado ao celular e às redes sociais e conectar-se com as pessoas que estão ao nosso redor. 

Como o smartphone interfere no nosso organismo?


Os aparelhos móveis emitem um sinal conhecido como ondas eletromagnéticas. É o mesmo principio dos aparelhos de rádio. Essas ondas penetram no nosso corpo, podendo causar mudanças sutis no funcionamento das células.

A maior preocupação tem sido o impacto que essas ondas tem causado à temperatura do nosso organismo quando exposto a elas. Na frequência certa, elas causam uma agitação nas moléculas de água em sua composição. Basicamente é essa a lógica de funcionamento dos aparelhos de micro-ondas para esquentar alimentos rapidamente.

  • Consequências emocionais

Os problemas psíquicos mais comumente encontrados naqueles que abusam dos celulares são: depressão, ansiedade e impulsividade. Isso sem falar na diminuição da capacidade social, uma vez que tais relacionamentos se tornam sobretudo virtuais.

Isso acontece porque a luz e os estímulos cerebrais antes de deitar bagunçam o relógio biológico e impedem um sono restaurador, criando um cenário de vulnerabilidade ideal para o surgimento dos problemas psíquicos ditos acima.

  • Consequências físicas

Alguns problemas ortopédicos podem ser causado com o excesso do uso, principalmente relacionados a má postura dos usuários. Como consequência da projeção do pescoço para frente e para baixo, podem surgir dores de cabeça, nos braços e as contraturas dos músculos dorsais.

Além disso, movimentos repetitivos podem gerar tendinites nas mãos. Outro problema, é a falta de atividade física inerente ao uso do telefone, o que também se torna prejudicial à saúde física e um grande facilitador da obesidade.

  • Complicações oculares

Em função das letras pequenas e o uso do aparelho no escuro, os celulares podem causar problemas de visão, muitas vezes até mesmo possibilitando a necessidade de usar óculos. Outra preocupação é o excesso de luz e foco, que podem causar secura e inflamações e também fotofobia, caracterizada pela extrema sensibilidade dos olhos à luz.

  • Smartphones podem disseminar infecções?

Os aparelhos móveis são utilizados por todas as pessoas nos mais diversos lugares, como locais públicos, hospitais e banheiros. Isso o torna um grande acumulador de micróbios e bactérias. Por conta disso, ele pode sim ser um grande disseminador de doenças e infecções.

Conclusão

Seria então o smartphone um grande vilão?


Como listado acima, os smartphones nos possibilitam uma infinidade de vantagens, então obviamente o vilão não é a tecnologia, mais sim o uso desenfreado dela.

Seus benefícios vão desde encurtar distâncias aproximando pessoas, à otimização do tempo em relação a pesquisas, trabalhos, estudos e etc. A tecnologia hoje é capaz até mesmo de proporcionar um atendimento médico de maneira online — algo que, inclusive, foi potencializado e determinante durante o período do isolamento social em decorrência da recente pandemia de Covid 19 — todas essas funcionalidades são, sem dúvida, muito relevantes, principalmente nesse momento conturbado que estamos vivendo.
Mas, o que não podemos, o que não devemos, é nos privar da comunhão e das interações sociais presenciais, que são fundamentais para o alicerce e cobertura de quaisquer tipos de relacionamentos. O poder de um olhar, de um abraço, de um toque, de uma fala... jamais poderão ser substituídos por mensagens eletrônicas, quer sejam elas por áudios (que, inclusive já podem até ser acelarados, desconfigurando complementamente sua já comprometida pessoalidade) e/ou vídeos. E você, meu caro leitor/seguidor, quer aprender a dialogar e criar relações genuínas? Comece fazendo uma transformação em si mesmo. É exatamente o que venho tentando fazer.

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[Fonte: UFERJ, original acessado em 28/11/2023]

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