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sábado, 30 de setembro de 2017

PEDOFILIA AGORA VIROU ARTE? ATÉ ONDE VAI A FALTA DE VERGONHA DO SER HUMANO?


"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 
Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos (...)  
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia (...) Por isso Deus os abandonou às paixões infames" (Romanos 1:20-22a, 24a, 26a).
Mais uma exposição "artística" se torna polêmica no país. Dessa vez é uma encenação no Museu de Arte Moderna em São Paulo (MAM), onde um homem nu fica em um tablado e permite que os frequentadores do espaço manipulem seu corpo.


Entenda a performance


"Eu não lido com a reação das pessoas, eu as escuto. La Bête são as pessoas que estão ali." 
Esta é o que diz ser a verdadeira proposta de Wagner Schwartz ao se colocar em um tablado quadrangular na performance La Bête (O Bicho). Nascido em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, o bailarino e coreógrafo que atualmente trabalha em São Paulo e Paris, é conhecido por projetos coreográficos fortemente influenciados pela literatura e as artes plásticas. 

Para ele, uma linguagem se identifica com a outra até o momento que o objeto aparece. 
"Não existe um método, mas experiências - pessoais, culturais, artísticas - que se tornam imagens, pensamentos que viram conceitos, que agindo ao mesmo tempo, ganham corpo".
La Bête (O Bicho), traz o bailarino nu, em cena com uma réplica de plástico de uma das esculturas da obra Bichos, criada em 1960, pela artista plástica Lygia Clark. A obra é formada por figuras geométricas articuladas, que permitem a interação do público. O bailarino movimenta o objeto, provoca e incentiva os espectadores a participar e, ao mesmo tempo, torna-se o bicho.

Sempre sozinho em cena, Schwartz consegue se conectar a diferentes referências estéticas, que incluem Oswald de Andrade, Machado de Assis, Vilém Flusser, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Wally Salomão e Jards Macalé. 
"Se a pessoa se mistura com o trabalho e o trabalho com a pessoa a ponto de ambos se perderem entre o que está fora e o que está dentro, a arte acontece" 
diz o artista, que estudou letras na Universidade Federal de Uberlândia (MG) e neste mesmo período teve o primeiro contato mais aprofundado com a dança.

A performance é uma criação absolutamente dependente da participação do público. Schwartz movimenta-se lentamente ao lado do objeto, disposto à iniciativa do espectador transformado em coautor da própria obra ao fazer desaparecer o lugar do eu-que-faz e do eu-que-observa. Seu desejo é retomar este contato, esquecido em espetáculos tradicionais onde há o triângulo público, palco e plateia. 

Ao convidar diretamente aqueles que o assistem a movimentar a réplica, o performer provoca as reações mais diversas. Sucede uma explosão, levando em conta a solidão e a nudez do bailarino, o público se aproxima iniciando uma série de sensações que buscam testar os limites do corpo.

Wagner Schwartz é dobrado, apertado, enrola-se, arrasta-se de um lado a outro obedecendo à vontade do espectador. Mas em meio a surpreendentes situações, surge também massagens e mesmo abraços. Decorrido o tempo estabelecido, Schwartz agradece e se retira ao som de aplausos.

Interessante? Ousado? Inovador?


Só que não!


Tudo muda de figura quando você coloca crianças (isso mesmo: crianças) nesse cenário. 

Um desrespeito sem precedentes. Descomunal. Hediondo. Absurdo. Onde estão as feministas, os defensores do Estatuto da Criança e do Adolescente? Uma criança do sexo feminino de aparentes cinco anos conduzida por uma adulta a tocar em um homem nu? Quer dizer que isso é normal e ainda desclassificar e ridicularizar quem se chocou com a cena?

Graças a Deus pela minha caretice e total ignorância artística, pois isso para mim, mais do que um acinte à moral, uma violação da pureza e inocência das crianças, é um crime. Onde está o Ministério Público que não entra nessa história e coloca todos os envolvidos nesse descalabro no lugar deles: a cadeia?

Não se trata de ser religioso. Trata-se de ter vergonha na cara. Os cidadãos de bem não podem deixar passar em branco aberrações como esta que tendem a se multiplicarem na tentativa de normatizar práticas doentias e que a maioria da população considera como excrescência. Associação de pais, representantes do povo na política, Igreja e demais setores da sociedade não podem se calar diante de horrores como este protagonizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM.

A "performance La Bête" não só chocou os brasileiros, mas recebeu o rechaço de alguns parlamentares que saíram em defesa das crianças. 

"Performance cultural"


Eu classifico este ato como asqueroso e criminoso. Mais uma vez estamos chocados com a audácia dos que querem destruir a inocência de nossas crianças. Eles são na verdade animais insanos que estão à solta, disfarçados de "artistas", "intelectuais", "cantores", "jornalistas", "médicos globais"... e "políticos"! E digo mais, se essa mulher que não só permite, como também conduz essa garotinha a participar desse absurdo, for realmente a mãe dela, ela deveria não só perder a guarda da menina, como ser indiciada criminalmente.

Segundo o MAM, a performance aconteceu apenas uma vez, em sessão fechada para convidados e declara ainda que havia na sala uma sinalização sobre o teor de nudez. O museu, na tentativa de amenizar o que não tem como ser amenizado e tentando tirar o dele da reta, se saiu com essa estapafúrdia explicação:
"A sala estava sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez do artista. O trabalho não tem conteúdo erótico ou erotizante e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, sobre a manipulação de objetos articuláveis", 
diz trecho de uma nota liberada à imprensa.

Leia a nota na íntegra:
"O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo informa que a performance 'La Bête', que está sendo questionada em páginas no Facebook, foi realizada na abertura da Mostra Panorama da Arte Brasileira, em evento de inauguração. 
É importante ressaltar que o Museu tem a prática de sinalizar aos visitantes qualquer tema sensível à restrição de público. Neste sentido, a sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística.  
O trabalho não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, artista historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas. 
É importante ressaltar que o material apresentado nas plataformas digitais omite a informação de que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada de sua mãe durante a abertura da exposição (grifo acrescentado). 
Portanto, os esclarecimentos acima denotam que as referências à inadequação da situação são fora de contexto."
Fora de contexto? Clique aqui (PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS!), veja a foto sem tarja e tire suas próprias conclusões.


Conclusão


Apesar do bombardeio das críticas que se multiplicam nas mídias sociais, acusando o museu de "incentivo à pedofilia" (o teor dos comentários é o mesmo daqueles que levaram o Santander Cultural a encerrar a exposição "Queermuseu", alvo de protesto ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) em Porto Alegre), O MAM não mostra qualquer intenção de cancelar a mostra ou a performance. Portanto, cabe àqueles em quem ainda resta um resquício de temor a Deus e/ou que tenham um mínimo de decência, não se calar e não ficar de braços cruzados, enquanto assistimos essa violação explícita à inocência, pureza e santidade das nossas crianças.

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 

E nem 1% religioso.

FILMES QUE EU VI - 35: "O JOGO DA IMITAÇÃO"

Confesso que filmes de guerra não são os de minha preferência e, justamente por isso, para que eu assista um filme com essa temática, deve ser sob uma recomendação de fonte bem confiável (um cinéfilo, que faça algo mais que apenas assistir um filme), uma boa crítica (se bem que os critérios de avaliação dos críticos sejam um tanto quanto peculiares) e, em alguns casos, pelo sucesso de público (nesse caso, com muito mais reservas, pois o público tem uma forte tendência e possibilidade de ser manipulado).

No caso do filme em questão, eu o assisti como item disciplinar de Informática, no curso de Técnico em Administração que eu estou fazendo. De início, por estar atrelado à uma atividade curricular do curso, pensei que seria algo mais, digamos, “pragmático”. Sabe aquela sensação de “ter que assistir” para conseguir uns pontinhos na disciplina? Mas qual não foi minha excelente surpresa quando me deparei com uma história um tanto reflexiva que mescla contextos históricos, didáticos, psíquicos e comportamentais. 

Inteligência artificial X Personalidade


Cumberbatch, brilhante no papel de Alan Turing
Tudo isso você encontra no enredo de “O Jogo da Imitação”. Com oito indicações ao Oscar 2015, O longa é, sem dúvida, um filme que muito mereceu estar na seleta lista de concorrentes à estatueta mais importante do cinema internacional. Além desta, as outras indicações foram: melhor ator (Benedict Cumberbatch), melhor atriz coadjuvante (Keira Knightley), melhor direção (Morten Tyldum), melhor roteiro adaptado (Graham Moore), melhor edição (William Goldenberg), melhor design de produção e melhor trilha sonora (Alexander Desplat – que concorreu pela mesma categoria com a trilha sonora de O Grande Hotel Budapest, outra grande produção do cinema).

O verdadeiro Turing
O emocionante filme conta a história de Alan Turing (Cumberbatch), grande matemático e criptologista do começo do século XX, que teve uma influência muito grande no desenvolvimento do que chamamos de inteligência artificial e formalizou os conceitos de algoritmo e computação, sendo considerado, assim, o pai da computação.

A história do filme, o filme da história


Após o Reunio Unido declarar guerra em 1939, Turing vai trabalhar no centro britânico de quebra de códigos, sob poder superior do Comandante Alaistar Denniston (Charles Dance), e entra para a equipe de decifradores comandada por Hugh Alexander (Matthew Goode) e composta por mais Peter Hilton (Matthew Beard), John Cairncross (Allen Leech) e outros dois especialistas. A missão que é dada à equipe é a de decifrar o código nazista usado em mensagens escritas a partir da máquina Enigma.

O maior problema de decifrar o código é o tempo. Às seis da manhã a primeira mensagem é interceptada e, a partir dessa hora, os especialistas tem dezoito horas para decifrar o código, pois, à meia noite, o código muda e eles precisam começar tudo do zero. De certa forma arrogante e verdadeiramente muito difícil, Turing não é o melhor dos colegas de trabalho e, enquanto o resto da equipe tenta decifrar o Enigma na ponta do lápis, o matemático diz estar desenvolvendo uma máquina que poderá fazer isso de forma muito mais fácil. E, claro, isso irrita toda a equipe, que já está frustrada por trabalhar tanto durante o dia e, ao bater da meia noite, ter todo o trabalho jogado no lixo.

Turing, então, irritado por não ter todo o investimento que precisa para sua máquina, primeiro negado por Hugh e, depois, por Denniston, resolve enviar uma carta ao primeiro ministro Winston Churchill, que o coloca no comando da equipe e decide bancar a máquina, coisa que não agrada muito a ninguém. A primeira providencia que Turing toma é a de demitir dois dos especialistas que antes estavam na equipe, que considera incompetentes, e convocar outros dois. 

Para isso, publica um dificíl jogo de palavras cruzadas no jornal; quem conseguisse resolver, deveria se apresentar e passaria por um segundo teste: resolver outro problema dificílimo em menos de seis minutos. Joan Clarke (Keira Knightley, que em um show de interpretação) aparece, então, como a única mulher a resolver o jogo de palavras cruzadas e a primeira do grupo de selecionados a resolver o problema em menos de seis minutos (cinco minutos e trinta e quatro segundos, como o mesmo Turing observa).

Sem entrar muito nos meandros do roteiro (porque já começaria a dar muitos spoilers para aqueles que não conhecem a história), Turing e sua equipe conseguem quebrar o código e, como é informado ao final do filme, isso encurta a guerra em cerca de dois anos e poupa milhões de vidas, conforme estimam os historiadores.

Fatos históricos à parte, a produção do filme é maravilhosa. Há idas e vindas (o filme acontece em três períodos: na juventude de Turing, no seu trabalho durante a guerra e pouco antes de seu suicídio), mas nada que deixe o espectador confuso. As atuações são brilhantes. Bom, sobre as atuações eu acredito que há um comentário pessoal a ser feito: eu não sou o maior fã de Cumberbatch. 

Na verdade, não gosto dele de maneira nenhuma e ele nunca me convence nos papéis que faz; portanto acredito que ler de minha parte que a atuação dele como Alan Turing é absolutamente impecável quer realmente dizer alguma coisa. Sua indicação ao Oscar de melhor ator foi extremamente justa e ele me convenceu do começo ao fim (principalmente na última cena que faz com Knigthtley e que me fez chorar). 

Keira Knightley também faz um ótimo trabalho como Joan Clarke e também acredito ter sido justa sua indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. As atuações das outras personagens também são fantásticas. Sou muito fã de Matthew Goode e de Charles Dance (gente, desculpa, não há como não amar Tywin Lannister) e todo o trabalho conjunto de atuação é muito bom.

Conclusão


Biografias costumam ser livros fáceis de adaptar para o cinema: a ação é cronológica, o arco de transformação do protagonista é claro e bem definido e, normalmente, um personagem que teve sua história escrita é naturalmente um indivíduo interessante. O problema é que figuras como Turing são seres multifacetados, homens cuja existência se espalha para mais âmbitos do que um filme consegue captar. 

Um livro pode dar conta dos diversos lados de uma figura, mas um filme de duas horas dificilmente tem a mesma capacidade. O maior tema do filme não é realmente a vida de Alan Turing, mas o lugar do gênio, a possibilidade de que um ser humano seja extraordinário. A ideia romântica do gênio permeia toda a narrativa: Turing sofre de TOCs, é anárquico, antissocial, arrogante, quase insuportável. Mas acima de tudo isso, ele é capaz de mudar o mundo apenas com sua inteligência. “O Jogo da Imitação” começa como um thriller, um filme sobre uma equipe de especialistas tentando decifrar o enigma mais difícil do mundo, mas muda de foco e torna-se uma história sobre um ser humano extraordinário esmagado pela mediocridade do mundo. 

Se você está procurando por um filme exclusivamente sobre a Segunda Guerra Mundial, “O Jogo da Imitação” não é seu filme ideal, ainda que esteja centralizado num dos grandes feitos do período que foi a quebra do Enigma. Se você está procurando por um filme com uma história emocionante de um homem genial que tinha muitos problemas pessoais (além de sua personalidade difícil, Turing era homossexual, que era crime na década de 1940 e que culminou com a condenação dele à castração química e posterior suicídio), mas, que ainda assim, conseguiu os feitos que conseguiu, eu recomendo fortemente que você assista. Ganhei muito mais que os pontos na disciplina do curso ao assistir esse excelente filme.

Ficha Técnica


O Jogo da Imitação (The Imitation Game)
  • Data de lançamento 5 de fevereiro de 2015 (1h55min)
  • Direção: Morten Tyldum
  • Elenco: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode 
  • Gêneros: Biografia, Drama
  • Prêmio: Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
  • Nacionalidades: EUA, Reino Unido
A Deus toda glória.
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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A FARSA DA BLINDAGEM ESPIRITUAL


Existe uma realdade no meio gospel-evangélico-pentecostal que há tempos tem chamado muito minha atenção. Nas últimas semanas, com a notícia do triste falecimento do jornalista Marcelo Rezende, esse assunto veio à tona novamente, quando um vídeo mostrando o inqualificável senhor autodenominado apóstolo Valdemiro Santiago, dizia em uma de suas sofríveis pregações, que o jornalista estaria doente porque o estava perseguindo. Após vociferar suas bravatas falaciosas usando uma passagem isolada e descontextualizada da Bíblia, esse senhor berra deixa a entender que Marcelo estaria doente porque "a mão de Deus estaria pesando contra ele" (assista).

Trata-se do conceito equivocado e do uso abusivo que diz respeito à expressão bíblica "não toqueis nos meus ungidos". Infelizmente muitos crentes que não conhecem muito bem o que a Bíblia ensina a esse respeito pensam que a mesma faz alguma referência aos seus pastores, ou o que é muito pior, aos pastores televisivos dos quais são, em muitos casos, fãs ardorosos e incondicionais. 

Mas, infelizmente para esses irmãos nada poderia estar mais distante da verdade. Se você tem interesse verdadeiro em aprender o que a Bíblia, não o seu pastor ou qualquer pastor televisivo, ensina acerca dessa expressão, eu o convido a ler, com bastante atenção o artigo a seguir. Minhas orações são no sentido que Deus possa abrir seus olhos para enxergar a verdade. Depois disso desejo que você passe a desfrutar a verdadeira liberdade que Jesus, o UNGIDO do SENHOR tem para te oferecer como Ele mesmo disse:
"Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: 'Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará'" (João 8:31,32).

Ungido sim, pero no mucho


Já vimos muita gente utilizar este termo para sair em defesa de líderes evangélicos, e até os próprios líderes se esconderem atrás de textos isolados como: 1 Samuel 24:6; 26:9; 1 Crônicas 16:21,22; Salmo 105:15. Afirmam que não podem ser confrontados, questionados, criticados, nem que se pode contradizer suas afirmações. Líderes, pastores, apóstolos, bispos, enfim, muitos homens e mulheres no exercício da liderança ministerial afirmam que não se pode levantar nenhum questionamento contra eles. Estão imunes, segunda a Bíblia desta condição, deixando afrontas somente aos leigos. Será isso verdade?

Não deve ser surpresa para ninguém que o ministério pastoral está repleto de homens e mulheres que mesmo sendo chamados de pastores e pastoras, alguns preferem bispo, bispa, apóstolo, apóstola, pouco importa, são pessoas que não passam de grandes abusadores dos irmãos. Para alcançar essa posição de abusadores os mesmos precisam dar a impressão que são super crentes. Esses homens e mulheres gostam de pensar acerca de si mesmos como pertencendo a uma casta realmente separada e distinta de todos os outros irmãos.

Dentro desta visão costumam, por um lado, torcer textos bíblicos para beneficiá-los e, por outro lado, inventam uma série de normas que são colocadas em prática tão logo são questionados ou se sentem ameaçados. É importante que deixemos bem claro que na grande maioria das vezes, este sentimento de que estão sendo ameaçados, é completamente irracional. 

Vamos primeiro ver os textos favoritos dos pastores abusadores quando o assunto é a auto defesa deles, e em seguida, veremos algumas das normas mais comuns implementadas em suas defesas. Não podemos nunca nos esquecer que, todos os recursos utilizados pelos pastores abusadores visam não deixar nenhuma dúvida na cabeça de nenhuma pessoa, acerca de quem realmente manda!

É claro que a Bíblia educa as pessoas à respeitarem seus líderes, a honrarem suas vidas, não há dúvida de que eles merecem toda nossa confiança, enquanto estiverem com sua vida submetida à Palavra de Deus. Enquanto a verdade, coerência, a honestidade, a pregação imparcial das Escrituras, e a vida digna de um líder, forem suas companheiras. Nunca nenhum apóstolo ou líder da igreja do primeiro século apelou para qualquer imunidade de função ou unção, pelo contrário, a admoestação de um líder deveria ser pública como afirmou Paulo para Timóteo (1 Tm 5:19,20).

Falta exegese e sobra prepotência


Exegese da Bíblia é um estudo analítico completo de uma passagem bíblica, feito de tal forma que se chega à sua interpretação útil); é uma investigação do significado da passagem através da súplica pela ação iluminadora do Espírito Santo e do estudo diligente do texto e do contexto histórico, como requisitos indispensáveis à interpretação das Escrituras. A Bíblia a partir de três olhares: semiótico, literário, e da recepção. Com isso, busca-se o exercício da leitura plural das Escrituras, entendendo que a compreensão da Bíblia não se esgota em uma abordagem individual e nem mediante uma única metodologia. 

Certamente os líderes abusadores desconhecem completamente a importância da exegese bíblica, ou, caso conheçam, a ignoram completamente.

Os pastores abusadores gostam de se ver como pertencentes a uma classe toda especial de pessoas. Uma das maneiras favoritas de se descreverem é atribuir a si mesmos o pomposo título de "ungido do Senhor". Com isto querem dizer que são objetos de uma unção toda especial da parte de Deus. Esta "unção" possui verdadeiro poder mágico de transformá-los em super crentes. Como tais, estão imunes de cometer os mesmos erros que todos nós estamos sujeitos a cometer. 

Como não cometem erros, não têm nada acerca do que se arrepender e nunca devem pedir perdão. Como não cometem erros nem pecados, são também inatacáveis e não podem sofrer nenhum tipo de crítica ou censura. Qualquer pessoa que ouse criticá-los ou condená-los por práticas abusivas será severamente tratada. Muitas vezes será ameaçada de contrair uma doença ou de sofrer um acidente porque ousou criticar ou até mesmo apenas questionar o "ungido" do Senhor. 

Eles gostam de fingir que possuem um relacionamento íntimo com Deus, a ponto do Senhor lhes revelar os segredos mais íntimos daqueles que os criticam ou questionam. Quero deixar bem claro que eles não possuem tal poder, nem existe esse tipo de comunhão com Deus e que tudo não passa de pura superstição visando enganar e iludir aqueles que têm boa fé e acreditam em seus pastores.

Um dos textos que mais usam é 1 Samuel 24, quando Davi poupa vida de Saul. Todo texto tem seu contexto, e sabemos que Davi não quis tocar em Saul, porque confiava que Deus era o seu justificador, e não porque Saul não merecesse o confronto. Davi como líder de um pequeno grupo, foi sábio para não incitar seus homens contra Saul, contra o Rei, aquilo podia gerar a morte daqueles homens naquele contexto, pois Davi sabia que a hora dele estava chegando, uma vez que a vida de Saul estava baseada no pecado e no distanciamento de Deus. O próprio Davi afirma que Deus o vingaria e tomaria conta daquela situação. (26:9-11).

Mas vamos considerar, por breves instantes, o mito de que a expressão "não toqueis nos meus ungidos" diz respeito aos pastores abusadores. Mitos nada mais são do que palavras que assumiram um significado diferente daquele que lhe foi atribuído pelo autor original. O mesmo é verdade com o mito criado em torno da expressão "não toqueis nos meus ungidos", como podemos perceber pela evidência a seguir.

1. A expressão "ungido do Senhor" é bíblica e ocorre exatas oito vezes no texto hebraico do Antigo Testamento 


A mesma não ocorre nenhuma vez sequer no Novo Testamento, algo que já deveria sinalizar pra nós que nunca nenhum pastor no Novo Testamento foi chamado de "ungido do Senhor". Agora, das oito vezes em que a expressão ocorre no Antigo Testamento, seis dessas oito menções fazem referência ao rei Saul. 

Uma faz referência ao Rei Davi e uma diz respeito ao Ungido do Senhor, como aguardado pelo profeta Jeremias. As menções aos reis Saul e Davi, deixam bem claro que os ungidos do Senhor não eram homens imunes nem a erros, nem a críticas e muito menos à disciplina por parte do Senhor. 

2. A expressão "teu ungido" é também bíblica e ocorre seis vezes no texto hebraico do Antigo Testamento 


Destas seis, uma diz respeito ao rei Davi e todas as outras ao Ungido como esperado pelo povo de Israel. Novamente a referência ao rei Davi é um claro indicativo que o "ungido do Senhor" era alguém passível de cometer erros – inclusive adultério e assassinato - de sofrer críticas e, no caso específico de Davi, de sofrer graves conseqüências por pecados cometidos. 

3. A expressão "meu ungido", da mesma forma que as duas anteriores, é bíblica e ocorre duas vezes no texto hebraico do Antigo Testamento 


As duas referências dizem respeito ao Messias ou Ungido como esperado pelo povo de Israel. 

4. Por sua vez, a expressão "seu ungido", ocorre onze vezes no texto hebraico do Antigo Testamento e uma única vez no texto grego do Novo Testamento 


Estas onze referências estão assim distribuídas:
5 vezes fazem referência ao Ungido como o esperado Messias de Israel.
  • 3 vezes fazem menção a Saul.
  • 1 vez diz respeito à Eliabe, irmão de Davi.
  • 2 vezes a citação é referente ao rei Davi.
  • 1 vez ao imperador dos Medos, Ciro.
Desta maneira, fica fácil notar que quando não se refere ao Ungido que representa o Senhor Jesus, os textos falam de homens que foram tão pecadores como qualquer um de nós. A unção para ser rei sobre o povo de Israel, conferida a Saul e a Davi, não era nenhuma garantia de que aqueles homens estavam imunes ao poder do pecado, ou que não poderiam ser criticados e que estariam completamente isentos da disciplina de Deus. 

5. Por fim restam as duas referências que trazem, de forma explícita, a expressão "não toqueis nos meus ungidos"


Estas referências são:
  • 1 Crônicas 16:22 dizendo: "Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas."
  • Salmos 105:15 dizendo: "Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas."
Antes de analisarmos estes versículos é necessário dizer que os mesmos são idênticos, e isto por um bom motivo. O verso de 1 Crônicas é parte de uma compilação de Salmos que se estende do verso 7 até o verso 36 do capítulo 16 de 1 Crônicas. Esta compilação contém partes dos salmos 96, 105 e 106.

Conforme dissemos, os dois versículos são idênticos, portanto, a interpretação de um servirá como interpretação para o outro também. A questão mais importante para nós, neste momento, é definir acerca de quem o salmista está falando? Quem são os ungidos do Senhor? O contexto deixa isto bem claro, e por ele nós podemos ter certeza absoluta quem são as pessoas a quem o Senhor se refere como sendo os "ungidos do Senhor" e de "meus profetas". Salmos 105:8-15 diz o seguinte:
"Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; a aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por aliança perpétua, dizendo: 'Dar-te-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança'. Então, eram eles em pequeno número, pouquíssimos e forasteiros nela; andavam de nação em nação, de um reino para outro reino. A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: 'Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas'."
O texto é absolutamente cristalino. Aqueles que são chamados de "ungidos do Senhor" e de "meus profetas" são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. São os Israelitas. Todos e cada um deles. Ninguém que pertença verdadeiramente ao povo de Israel é deixado de fora, até o advento do Messias – ver Romanos 11:32.

O Ensino do Novo Testamento Acerca de Termos Sido Ungidos por Deus


O Novo Testamento ensina exatamente a mesma coisa que é ensinada no Antigo Testamento. Todos os que pertencem ao Povo de Deus foram ungidos pelo próprio Deus. Todos os crentes verdadeiros, sem exceção recebem uma e rigorosamente a mesma unção. Não existem cristãos mais ungidos que outros cristãos. 

E, definitivamente, não existem "ministérios ungidos" e muito menos esta figura preconizada por falsos mestres, como Benny Hinn, de que é possível possuir "uma unção" específica, distinta da única unção disponível a todos os cristãos. Pastores que falam em "unções especiais", em reuniões onde as pessoas receberão "unções especiais" estão mentindo descaradamente, já que essas coisas não existem e não são ensinadas no Novo Testamento.

O texto de 2 Coríntios 1:21,22 diz: 
"Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração".
Estes dois versos ensinam claramente que existe apenas uma unção e que todos os cristãos são participantes desta unção, pois o repartir da mesma é um ato do próprio Deus.

Quando Paulo diz que Deus nos ungiu, ele está dizendo que todos nós que somos genuinamente cristãos, fomos ungidos diretamente pelo próprio Deus. Nas tradições judaicas era costumeiro a unção de reis, profetas e sacerdotes, quando do início do exercício das suas funções. 

Isto pode ser observado em: 
A palavra "ungido" é também usada para se referir, de modo todo especial, ao Senhor Jesus que é chamado de: Ungido – em português = Cristo, em grego = Messias, na transliteração vinda do hebraico. Jesus é o ungido por excelência de Deus, já que Ele possui um triplo serviço como Rei, Profeta e Sacerdote. 

A expressão ungido também é usada para se referir a todos os crentes e indica que os mesmos são consagrados ou separados para o serviço de Deus pelo Espírito Santo. É por causa desta separação ou consagração, que somos chamados e considerados santos pelo próprio Deus. O apóstolo João disse em 1 João 2:20: 
"E vós possuis unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento".
A consequência desta unção na vida de todos os cristão pode ser vista em alguns versículos mais adiante, no mesmo texto, quando João diz:

1 João 2:27-29 
"Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.  
Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda. Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele."
Assim temos que existe somente uma unção, que todos os crentes receberam esta mesma unção e que Deus mesmo é aquele que nos unge. Não devemos, portanto, ter medo de desmascarar a qualquer um que pretenda ser possuidor de algum tipo especial de unção. Unção especial só existe uma: é aquela com Deus mesmo ungiu a todos os crentes, sem exceção! Qualquer outra invencionice não passa de pretensão e orgulho humano querendo aparecer.

Conclusão


Todos os crentes, sem exceção, estão "EM CRISTO". Esta é a posição de todos os crentes: estamos todos “em Cristo”. Pastores estão "em Cristo", da mesma maneira que as ovelhas estão "em Cristo". Não existe nenhuma diferença posicional entre os crentes. O que existe são funções diferentes.

Portanto, como dissemos, o mito de que os pastores constituem-se em os "ungidos do Senhor", como uma casta distinta e superior a todos os crentes, não passa realmente de uma invencionice perversa cujo único propósito é munir homens e mulheres perversos com mecanismos que os possibilitem abusar de suas ovelhas. Precisamos retornar, de maneira urgente, ao padrão bíblico do pastor servo à imitação do próprio Senhor Jesus.

Não vemos Pedro ou Paulo, diante de tantas provações e humilhações se utilizarem deste famoso bordão: 
"Não toquem no meu ungido, diz o Senhor!", 
porque possuíam argumentos e testemunhos suficientes para calar a boca de seus críticos e confrontadores.

Como pastor, já recebi inúmeras críticas, e ainda recebo hoje. As pessoas possuem o direito de criticar, mas eu jamais vou apelar para o medo ou a intimidação com: "Cuidado! Não toque no ungido de Deus!" - minha vida, trabalhos, valores, atitudes e constância provarão isso, nada mais.

Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: 
"O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniquidade todo aquele que confessa o nome do Senhor" (2 Tm 2:19).
A Deus toda glória.
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domingo, 24 de setembro de 2017

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES - "COMO NOSSOS PAIS", BELCHIOR/ELIS REGINA


A canção sobre a qual vou falar neste artigo dessa série especial, mais do que um clássico da MPB, é uma composição lírica, emblemática, ousada, desafiadora e, apesar de ter sido lançada há mais de quatro décadas, sua mensagem é mais atual, mais contemporânea do que nunca. Eu diria, sem ser hiperbólico, que trata-se de uma canção atemporal. Uma canção eterna canção.

Vamos à letra


"Como Nossos Pais" 
Composição de Belchior [também] interpretada por Elis Regina  
Não quero lhe falar
Meu grande amor
Das coisas que aprendi
Nos discos 
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo  
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa  
Por isso cuidado, meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado pra nós
Que somos jovens  
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz  
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantado
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sinto tudo na ferida viva
Do meu coração  
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida  
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais  
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos  
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais  
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não  
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém  
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando  
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem  
Hoje eu sei
Que quem me deu a ideia
De uma nova consciência
E juventude  
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando os seus metais  
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo
Tudo o que fizemos 
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais
Antes de continuarmos, é indispensável, fundamental que você veja essa interpretação visceral, artística da inesquecível, insubstituível Elis, a Pimentinha, em um musical exibido no programa Fantástico da Rede Globo, em 1976.


Ouvir essa canção ao mesmo tempo em que se vê a interpretação de Elis é algo que nos tira o fôlego. Ela "incorpora" a letra da música e a maneira com que domina a cena, os seus gestos, suas expressões, seus olhares, sua voz... Nosso Deus! É de arrepiar até os ossos. Bom, agora sim, falemos sobre a canção.

Pais e filhos; filhos e pais


A discussão sempre presente na relação entre pais e filhos é a alma dessa canção. Quando somos jovens sempre achamos que nossos pais estão errados, que a educação que recebemos poderia ter sido melhor, porém quando crescemos e temos filhos repetimos o mesmo que nossos pais faziam conosco. 

É isso que Belchior quer mostrar na letra dessa bela música. Os versos 
"...ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais..." 
deixam tudo bem claro. Nós até mudamos, mas ainda vivemos do mesmo modo como os nossos pais viviam.

Alem de tudo isso, Belchior também quer mostrar que o mundo pouco mudou. Por mais que as tentativas de mudanças fossem aplicadas, o modo como vemos o mundo é o mesmo.

A opinião do professor Eliude A. Santos sobre a canção coloca uma análise ainda mais clara sobre a importância de sua letra. Segundo o professor, 
"'Como Nossos Pais' é um hino à juventude que amadurece percebendo que o mundo é uma constante, porque é feito de homens que se acomodam e de outros que lutam por mudança". 
A música "Como Nossos Pais" chama-me a atenção não só pela harmonia de seus versos. Instiga-me pela sensibilidade do autor Belchior em narrar trechos, muitas vezes metaforicamente, que tratam de decepções e inconformidades com a mentalidade política brasileira que parecia estagnada em 76, ano de sua composição.

A melodia, ainda hoje, é considerada um fenômeno! Eternizada nas vozes de artistas famosos, como Elis Regina. Creio que, por meio desta, Belchior queria dizer em bom tom; É hora de se repensar!

"Viver é melhor que sonhar"


A canção fala sobre o tempo e a juventude, a maturidade e a impotência, a ilusão e a decepção, sobre ganhar e perder. Embora as pessoas sejam tão previsíveis e as histórias, inclusive políticas, costumem acabar praticamente sempre em pizza, como se costuma dizer no Brasil, o autor nos alerta do quão é importante que façamos a nossa parte. É importante não desistir! É importante acreditar até para poder descrer!

O ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama usou como slogan de sua campanha; "Sim nós podemos!" Creio que está seria a proposta de Belchior com tal canção. Se há coisas a serem feitas. Façamos! Reclamar de toda esta sujeira não interessa.

O objetivo proposto aqui é de se repensar e de se reagir. Independentemente do que não lhe agrada em torno de si. Entenda que não tratamos aqui de positivismo e sim da necessidade real de transformações.

O refrão da música por si só já resume tudo, na época em que a música foi escrita o país respirava a lama de dor que a ditadura havia deixado para trás. A letra aparentemente é um romance, mas tem um fundo politico enorme: 
"Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos 
Nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais" 
neste trecho Belchior critica o fato de apesar de tanta luta pra tornar o Brasil um país a frente de seu tempo, nós estagnamos e nos tornamos tão conservadores quanto a geração que nos antecedeu.

Com toda certeza o eu lirico desta música é alguém cheio de lembranças boas mais muito dolorosas de um tempo em que muito se lutou por mudanças, mas que no fim pouco conseguiu alcançar. A música fala também das expectativas daqueles que chegavam do sertão em busca de vida nova, existem várias realidades dentro desta letra e é isso que mais me comove. Belchior conseguiu falar do brasileiro como um todo, o brasileiro sofrido, esperançoso, enganado, cansado, romântico, sertanejo.

As partes que mais me chamam atenção são: 
"Viver é melhor que sonhar..."
Pois do que adianta você ter milhares de sonhos e ideais sem o poder de lutar por eles.
"Digo que estou encantada com uma invenção, Eu vou fica nesta cidade não vou voltar pro sertão Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação..."
ela simplesmente fala dessa migração sertaneja que surgiu na época no governo Médici.
"Já faz tempo eu vi você na rua, 
Cabelo ao vento gente jovem reunida, 
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais…"
Muitos jovens eram torturado e até mesmo mortos ou seja essa pessoa para qual Elis estaria cantando talvez fora torturado ou até morta pelos militares daquela época.

Conclusão 


"Como Nossos Pais", foi uma música escrita no período da Ditadura Militar que nos faz refletir também os dias de hoje. Os mesmos discursos, a mesma relação pais e filhos, os mesmos ídolos, os mesmos perigos. Tudo isso nos faz perceber que o mundo pouco mudou. 

A tecnologia avança, porém a mentalidade das pessoas fica estagnada no mesmo lugar, venerando o passado e esquecendo que 
"...o novo sempre vem." 
É muito importante que conheçamos o passado, para não cometermos os mesmos erros do passado no presente, e é claro, aproveitar o que foi bom.

Cabe aos jovens, pensar diferente, repensar o mundo, mudar, fazer diferente: fazer a sua parte. Em outra emblemática canção, Geraldo Vandré disse:
"Vem vamos embora que esperar não saberQuem sabe faz a hora, não espera acontecer".
Ficar apenas reclamando não adianta de nada e perceber a real necessidade de transformação que o mundo precisa é o primeiro passo para a verdadeira mudança do mundo em que vivemos.

Porém, 
"Minha dor é perceber, 
Que apesar de termos feito tudo que fizemos, 
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais",
afinal, o mundo é uma constante, porque é feito de homens que se acomodam e de outros que lutam por mudança.

"Como Nossos Pais" torna-se ainda mais bela com a interpretação de uma das melhores vozes que esse país já ouviu, ou seja, com Elis Regina interpretando a canção como uma verdadeira atriz que vive aquele momento, o entendimento da música se dá por completo. 

A canção lançada em 1976 entra para o blog como uma bela letra, uma excelente interpretação e um tema bastante interessante de se pensar.

Prefiro a versão feita pela Elis Regina, acho mais intensa. Mas segue a versão original, a obra interpretada por seu criador, "o rapaz latino americano, sem dinheiro no bolso e vindo do interior":

Nada mais a declarar a não ser bater meu carimbo de:

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade 

     E nem 1% religioso.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

EPÍSTOLAS PASTORAIS - 5) APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO


“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Timóteo 4:1).
A apostasia e a infidelidade a Deus são características marcantes dos tempos do fim. Neste capítulo da série especial estudaremos a respeito da apostasia, fidelidade e diligência no ministério cristão. O termo apostasia vem do grego apostásis e significa o abandono premeditado e consciente da fé cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel por várias vezes apostatou da fé. 

Em tempos de apostasia, os profetas eram levantados pelo Senhor para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo sendo perseguidos, muitos profetas foram fiéis ao Senhor e ao seu ministério, não permitindo a apostasia do povo. 

Atualmente, o pastor, não pode se calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontar as pessoas mediante o ensino das Escrituras Sagradas. Paulo foi incisivo ao orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os membros não fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostando da fé. 

Atualmente, por falta de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para combater a apostasia, a liderança precisa investir no ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: 
“Errais não conhecendo as Escrituras...” (Mateus 22:29a).
  
1 — Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, 
2pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência,
5porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
6Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade.
8Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.
12Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.
16Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem(1 Tm 4:1,2,5-8,12,16).
Neste artigo vamos enfatizar o cuidado que os líderes devem ter com os falsos mestres a fim de que não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para combater os falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize a sua missão com excelência. Na atualidade, muitos estão apostatando da fé genuína em Jesus Cristo por falta de ensino das Sagradas Escrituras.

I. A Apostasia dos homens

1. A apostasia 


A igreja em Éfeso estava sob o ataque dos falsos mestres. Paulo não se omitiu nem se intimidou diante deles, mas com coragem e ousadia combateu os ensinos heréticos que estes disseminavam. Ele tomou todas as providências necessárias para coibir a ação maligna. Paulo foi incisivo ao advertir Timóteo, para que ele doutrinasse a igreja em Éfeso a fim de que os irmãos não viessem apostatar da fé cristã. O que significa apostasia? Significa “abandono premeditado e consciente da fé cristã”. Sabemos que no Antigo Testamento foram muitas as apostasias cometidas pelos israelitas. Para Deus a apostasia é vista como um “adultério espiritual”.


2. Doutrinas de demônios (v.1)


Os falsos mestres eram e continuam sendo uma ameaça para a Igreja de Cristo. Há uma igreja, na América Central, cujo líder e fundador dizia ser Jesus Cristo. Esse “falso Cristo” faleceu há pouco tempo. Na igreja por ele fundada, um dos símbolos mais importantes é o número 666, a quem atribuem perfeição e santidade, quando a Palavra de Deus diz que tal número é símbolo que identifica “a besta” ou o Anticristo (Apocalipse 13:18). Isso é exemplo de “doutrina de demônio”. O líder precisa estar atento e alertar suas ovelhas quanto a estas doutrinas.

3. Espíritos enganadores


Os falsos mestres eram mentirosos e faziam de tudo para que os crentes da Igreja em Éfeso seguissem “espíritos enganadores”. Sabemos que Satanás é enganador. Ele procura, de todas as formas, iludir os crentes a fim de que estes abandonem a fé verdadeira. Atualmente, temos visto a atuação de muitos espíritos enganadores. 

A internet tem contribuído para disseminar muitas heresias e enganar muitos que são fiéis ao Senhor. Uma das doutrinas malignas que se tornou comum, nos tempos atuais é a desvalorização do casamento heterossexual (homem e mulher), enquanto o relacionamento entre homossexuais vem sendo incentivado pelos meios de comunicação.


II. A Fidelidade dos ministros

1. O bom ministro (v.6) 


Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por ‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. 

Pois todo o crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Provérbios 1:2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida.

2. Rejeitando as fábulas profanas

“Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade” (v.7). 
As “fábulas profanas e de velhas”, segundo o Comentário Bíblico Beacon, seriam as superstições ou mitos e lendas a respeito de determinados assuntos. Paulo ensina a Timóteo que tais crendices são profanas e não edificam a Igreja. 

Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Efésios 4:14).

3. O exercício físico e a piedade (v.8) 


Paulo não estava desaprovando a ideia do bem-estar físico. O que ele queria dizer, para uma comunidade que valorizava excessivamente os exercícios físicos e o corpo, é que tais práticas, ainda que saudáveis, só serviam para esta vida. Enquanto que 
“a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (v.8b). 
Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso, precisa ser bem cuidado.


III. A diligência no ministério

1. O ensino prescritivo

“Manda estas coisas e ensina-as” (v.11). 
Era uma determinação de Paulo a Timóteo, para que ele não fraquejasse na ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as heresias estavam se espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de grande valor para os dias atuais, em que, em muitas igrejas, há um desprezo pela Palavra de Deus.

2. O exemplo dos fiéis (v.12) 


Timóteo era um jovem pastor, com cerca de 30 a 35 anos, e fora enviado para doutrinar uma igreja, onde já havia anciãos ou presbíteros, com mais idade. Por isso, Paulo o exorta a ser um exemplo em tudo. O pastor, não importa a idade que tenha, precisa ter consciência de que será sempre um exemplo para o seu rebanho, por isso, precisa ter cuidado com seu modo de falar, agir e até de se vestir.

3. O cuidado que o ministro deve ter com o aprendizado


“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (v.13). 
Um ministro do evangelho precisa estar constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar, ensinar a Igreja. Infelizmente, há pastores que nunca leram a Bíblia toda. Além da Bíblia é preciso ler outros livros que vão edificar o pastor e contribuir para a edificação da Igreja.

É importante também ressaltar que neste versículo o vocábulo “ensinar” tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade. Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de aprender.

Conclusão


“‘Ninguém despreze a sua mocidade [...]’ (1 Tm 4:12). 
A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.

Podemos entender, em virtude do ambiente social, no qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e 60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com 30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.

É significativa a apresentação de novos critérios pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o caráter. Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de falar, na vida, no amor, na fé e na pureza.

Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios. Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.

Que o Senhor guarde os ministros e as igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que antecedem a vinda de Jesus.

[Fonte: CPAD, RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.471]

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SOBRE A POLÊMICA REQUENTADA DA "CURA GAY"

Essa semana, o assunto "cura gay" voltou com tudo nas mídias sociais, mobilizando, inclusive vários artistas e até autoridades. A decisão judicial autorizando psicólogos a atender homossexuais que procuram ajuda para as chamadas "terapias de reversão" gerou grande polêmica na mídia. Logo o mantra "não existe cura gay" voltou a ser repetido por boa parte da mídia, seguindo a cartilha de militantes e ativistas LGBT. 

Isso porque, o juiz federal da 14ª Vara do Distrito Federal Waldemar Cláudio de Carvalho concedeu liminar que abre brecha para que psicólogos ofereçam a terapia de reversão sexual, conhecida como "cura gay", tratamento proibido pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999. A decisão atende a pedido da psicóloga e evangélica Rozangela Alves Justino em processo aberto contra o colegiado, que aplicou uma censura à profissional por oferecer a terapia aos seus pacientes. Segundo Rozângela e outros psicólogos que apoiam a prática, a Resolução do C.F.P. restringia a liberdade científica. A liminar diz:
"Sendo assim, defiro, em parte, a liminar requerida para, sem suspender os efeitos da Resolução nº 001/1990, determinar ao Conselho Federal de psicologia que não a interprete de modo a impedir os psicólogos de promoverem estudos ou atendimento profissional, de forma reservada, pertinente à (re) orientação sexual, garantindo-lhes, assim, a plena liberdade científica acerca da matéria, sem qualquer censura ou necessidade de licença prévia por parte do C.F.P., em razão do disposto no art. 5º. inciso IX, da Constituição de 1988", 
anota o magistrado.

Segundo a resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia, 
"os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. Os psicólogos não exercerão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades." 
Os autores da ação, que apoiam o tratamento de reversão sexual, pediam que a norma fosse considerada inconstitucional por supostamente "restringir" a liberdade científica.
"A fim de interpretar a citada regra em conformidade com a Constituição, a melhor hermenêutica a ser conferida àquela resolução deve ser aquela no sentido de não provar o psicólogo de estudar ou atender àqueles que, voluntariamente, venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura preconceito ou discriminação. Até porque o tema é complexo e exige aprofundamento científico necessário" (grifo acrescentado), 
anotou o magistrado, em ata de audiência no dia 15 de setembro. O magistrado não considerou a norma que proíbe a cura gay como inconstitucional, mas disse entender que os profissionais não podem ser censurados por fornecer o atendimento a quem voluntariamente o queira, o procure. E ai foi reacendido o estopim dessa polêmica já um tanto mofada.

Polêmica requentada


A Justiça Federal anulou 12 de novembro de 2014 o processo administrativo do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) que havia cassado a licença profissional da psicóloga Marisa Lobo. O mandado de segurança foi expedido pelo juiz federal Cláudio Roberto da Silva.

O registro da psicóloga havia sido cassado em maio do mesmo ano, após a profissional ser acusada de fundamentar suas práticas profissionais em dogmas religiosos, oferecendo "cura gay" aos pacientes quando resoluções internas proíbem "qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas".

A polêmica, portanto, começou em 2012, quando Marisa foi a uma audiência pública da Câmara Federal para debater tratamento para a homossexualidade. Desde então, ela passou a discutir nas redes sociais sua posição como psicóloga cristã.

Segundo o advogado de defesa de Marisa, Gustavo Kfouri, a decisão mostra que, apesar de os conselhos deterem prerrogativas disciplinares, eles se encontram submetidos aos limites constitucionais. 
"O Conselho tem limites. Ele não pode impor regras não previstas em lei e cercear as liberdades de expressão e de religião", 
afirma. 

"Não existe 'cura gay'"


Com a decisão liminar do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, Marisa Lobo acabou sendo ouvida por vários meios de comunicação. Em entrevista à TV, ela explicou que o termo "cura gay" é ideológico, tendo sido criado pela militância LBGT

Enfatizando que 
"não existe cura para o que não é doença", 
a psicóloga esclareceu que os quase 30 psicólogos que fizeram o pedido ao juiz querem é a liberdade de poder ajudar os homossexuais que procuram auxílio por estarem insatisfeitos com sua condição. Ela relata ainda que há pessoas que falam em se matar e tentam obter na justiça o direito de se tratar. 
"A própria ideologia de gênero advoga que a sexualidade é fluída, é dinâmica, é por que ela pode ser mudada de alguma forma", 
asseverou, usando o próprio argumento de seus críticos.

Finalizou lembrando que não há nenhuma pesquisa que comprove que um gay não pode mudar de orientação sexual, caso deseje.

A mídia transviada


O ativismo ideológico da imprensa brasileira se tornou algo vergonhoso. A empulhação e a desonestidade passou a ser regra nas redações da chamada "grande mídia". Após quase cem anos, as palavras de G.K. Chesterton ainda permanecem atuais: 
"o jornalismo é popular, mas é popular principalmente como ficção. A vida é um mundo, e a vida vista nos jornais é outro". 
E a requentada ficção orquestrada por esses jornalistas é a chamada "cura gay". Apesar do infame apelido, o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB), não pretendia criar nenhuma rede de tratamento psiquiátrico ou psicológico para "cura" dos homossexuais. Isso, para todos os cristãos que tenham um mínimo de inteligência, está fora de cogitação. O objetivo do Projeto era tornar sem efeito o já citado Parágrafo Único do Artigo 3º e todo o Artigo 4º da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia. 

Ora, e quais são esses artigos da Resolução que poderiam ser sustados pelo PL 234/11? Veja:
Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.  
Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Como se percebe, os parágrafos acima são claramente abusivos, pois não somente impedem o profissional de exercer sua pesquisa conforme linha acadêmica adotada, mas condenam a pessoa com tendência homossexual a ter de enfrentar seu drama sozinha, caso queira viver a sexualidade de outra maneira. 

A Resolução do Conselho Federal de Psicologia cai naquela presunção infundada e humilhante de achar que o comportamento homossexual das pessoas homossexuais esteja sempre e totalmente submetido à coação e, portanto, seja sem culpa. É um ataque frontal aos direitos humanos, uma vez que também às pessoas com tendência homossexual deve ser reconhecida aquela liberdade fundamental, que caracteriza a pessoa humana e lhe confere a sua particular dignidade.

A doutrina cristã, assim como a própria pesquisa científica acerca das razões da homossexualidade, indica que a sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Ademais, apoiando-se nos princípios bíblicos, os cristãos reconhecem que um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. A doutrina cristã não trata a homossexualidade como uma patologia, mas como atos profundamente desordenados, pois são contrários à lei natural da sexualidade humana e fechados ao dom da vida, do mesmo modo que a masturbação. A Igreja apenas convida essas pessoas - e as demais - à união com Deus e a viver em santidade.

Quando o Conselho Federal de Psicologia impede os psicólogos de ajudarem os homossexuais que, de livre vontade, desejam abandonar a prática da homossexualidade, ele simplesmente os sepulta à condição sexual promíscua e de risco à saúde própria deste universo. Vale a pena lembrar que o mesmo órgão que eles evocam para dizer que a homossexualidade não é uma doença, ou seja, a Organização Mundial da Saúde, é o órgão a afirmar que o risco de homossexuais masculinos contraírem AIDS é 20 vezes maior que o do restante da população. 

Além disso, segundo um estudo publicado pela revista médica The Lancet - uma das mais importantes publicações científicas na área - o sexo entre homens é um sério fator de risco para o câncer anal e doenças sexualmente transmissíveis.


Conclusão


Não, a Igreja não considera a pessoa com tendência homossexual um doente, muito menos pretende curá-la. Mas faz um convite sincero à santidade e à vivência da genuína sexualidade humana, pois, como coluna e sustentáculo da Verdade (1 Timóteo 3:15), não pode assistir passivamente à miséria de qualquer ser humano, apesar dos murmúrios do mundo. 

Ao contrário do Conselho Federal de Psicologia, a fé cristã reconhece o livre arbítrio de cada indivíduo e a sua capacidade de escolha. E é por isso que ela sempre estará com as mãos estendidas e as portas abertas para todos aqueles que, como o filho pródigo, quiserem encontrar refúgio na casa do Pai, pois só nesta fonte eles serão capazes de encontrar a verdadeira felicidade.

Toda indivíduo que queira continuar sendo gay, tem total liberdade em sê-lo, assim como deve ser respeitado em todos os seus direitos e amado independente de suas escolhas, entretanto, o mesmo direito e liberdade que ele tem deve ser conferido na mesma extensão e medida àquele que queira, que decida voluntariamente mudar de vida, dando-lhe a liberdade de escolher os meios para essa mudança. É o típico caso do adágio popular contemporâneo: "ado, ado, ado; cada um no seu quadrado".


A Deus toda glória.
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