Total de visualizações de página

terça-feira, 31 de março de 2015

LIVROS QUE EU LI - #4 - POLÊMICOS

Cheguei à quarta parte desta série de artigos onde dou dicas de literatura, fazendo pequenos resumos dos livros que eu tive a oportunidade de ler. Aqui vou listar três grandes obras que marcaram nem tanto por serem essencialmente boas, mas por causa das polêmicas que as permeiam. Apesar de não serem nada de muito especial, estes livros valem a leitura até mesmo para nos dar o sabor da contestação, da indignação. 


O Código da Vinci

Autor: Dan Brown
Páginas: 423
Editora: Arqueiro, Sextante
Publicação: 2004




O livro

Em 'O Código Da Vinci', o ex-professor ginasial norte-americano Dan Brown mexe em um vespeiro ao acusar a Igreja Católica de ser uma instituição criada e fundamentada em uma mentira. Para a Igreja e para os católicos, Jesus Cristo, filho de Deus, mobilizou comunidades em nome de um ideal de fé e purificação. E veio ao mundo com a missão de perdoar os pecados humanos e preparar seu povo para o Juízo Final.

A polêmica

Na versão de Brown, Jesus seria um homem comum, que casou e teve filhos com Maria Madalena, mulher por vezes traduzida na bíblia como prostituta. O papel de liderança não seria dele, mas da sua esposa, que teria comandado os apóstolos que celebravam, na verdade, a sabedoria e a sexualidade. Brown comprou uma briga feia com os integrantes e seguidores do Opus Dei, uma espécie de fragmentação da Igreja Católica, com os protestantes e com os católicos tradicionais. Resultado? O livro virou best seller, ganhou uma versão para o cinema, protagonizado por Tom Hanks, no papel do herói, o simbologista Robert Langdon. 


O apanhador no campo de centeio 

Autor: J. D. Salinger
Páginas: 208 
Editora: Editora do Autor
Publicação: 1951



O livro

A obra narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, jovem de 16 anos vindo de uma família abastada de Nova York. Holden, estudante de um reputado internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno depois de ter recebido más notas em quase todas as matérias e ter sido expulso. No regresso a casa, decide fazer um périplo adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas pessoas importantes para si (um professor, uma antiga namorada, a sua irmãzinha) e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça.

A polêmica

No livro existem muitas passagens sobre cigarro e álcool, e uma boa dose de blasfêmia e atitudes subversivas. Nos Estados Unidos, um professor de Inglês foi demitido por indicar a obra para leitura. Foi este livro que criou a cultura-jovem, pois na época em que foi escrito, a adolescência era apenas considerada uma passagem entre a juventude e a fase adulta, que não tinha importância. Mas esse livro mostrou o valor da adolescência, mostrando como os adolescentes pensam. E, sob o viés do livro, são pensamentos bastante nebulosos e controversos.


Madame Bovary


Autor: Gustave Flaubert
Páginas: 496
Editora: Martin Claret
Publicação: 1856 



O livro

Considerado por muitos críticos e estudiosos como a maior realização do romance ocidental, 'Madame Bovary' trata da desesperança e do desespero de uma mulher que, sonhadora, se vê presa em um casamento insípido, com um marido de personalidade fraca, em uma cidade do interior.

A polêmica

Esta obra ocupa uma posição central no gênero romance por vários motivos. Um deles é o fato de ter sido considerado uma leitura “indecente e corruptora” das mocinhas de família; outro motivo deve-se ao fato de o escritor ter sido processado pela Sexta Corte Correcional do Tribunal de Sena por tratar de um tema tão pecaminoso como o “adultério”. Fora absolvido pelos juízes, mas não pelos críticos puritanos.

Eis aí as dicas. Estes livros influenciaram - pro bem e pro mal - diretamente e mostraram que a “palavra escrita” é capaz de criar estragos enormes. Se você for arriscar, boa leitura e até a quinta parte da série.

FAMÍLIA, PROJETO DE DEUS; RESPONSABILIDADE NOSSA


"José queria proporcionar um dia especial para seus dois filhos. Resolveu fazer uma surpresa. Numa tarde ensolarada, decidiu levar seus filhos ao circo. Ao chegar à bilheteria, pergunta:

- Olá, boa tarde, quanto custa a entrada?
O vendedor responde:
- R$ 30,00 para adultos, e R$ 20,00 para crianças de 7 a 14 anos. Crianças menores de 6 anos não pagam. Quantos anos eles têm?
E o pai responde:
- O menor tem 3 anos e o maior 7 anos.
Com um sorriso, o rapaz da bilheteria disse:
- Se tivesse falado que o mais velho tinha 6 anos, eu não perceberia, e você economizaria R$ 20,00.
E o pai responde:
- É verdade, pode ser que você não percebesse, mas meus filhos saberiam que eu menti para obter uma vantagem e jamais se lembrariam desta tarde como uma tarde especial.
E finaliza:
- A verdade não tem preço. Hoje deixo de economizar R$20,00 que não me pertenceriam por direito, mas ganho a certeza de que meus filhos saberão a importância de sempre dizer a verdade!
O atendente permaneceu mudo… Também ele teria uma tarde especial para se lembrar…"


Moral da Parábola:

Esta antiga história ilustra uma cena em que os filhos presenciam uma atitude correta do pai. A história nos permite perceber que:

1) Nada deve substituir a verdade;
2) Educar é dar o exemplo;
3) O exemplo correto beneficia a todos ao nosso redor;
4) Jamais devemos fazer pequenas concessões à mentira, o preço é alto demais;
5) Uma tarde especial vale para toda a vida…;
6) As palavras convencem mas o exemplo arrasta;
7) A verdade sempre salvará as pessoas e principalmente as famílias.

É fato que a família vem se desestruturando a olhos vistos. O perfil da família segundo a ótica de Deus vem se distorcendo a cada nova geração. O surgimento das chamadas "famílias alternativas" - como as formadas por casais homo-afetivos - revelam que o conceito de família não se resume mais padrões tradicionais.

Com isso, as estruturas nas quais deveriam se basear as famílias vêm cada vez mais se fragmentando e um dos reflexos é o aumento na criminalidade com o envolvimento galopante de desenfreado de menores na violência. A desestrutura familiar é uma das grandes causas pela a extinção de civilizações na história da humanidade. 

A verdade é o pilar central na edificação familiar


Independente do quanto for difícil para você, algo que por acaso tenha acontecido e que você sabe ser o correto a contar, é melhor se fortalecer com coragem, sentar e conversar francamente! A verdade sempre é a melhor opção. Lembre-se que em tudo o que fizer, está carregando em seu íntimo sua família, o quanto você a aprecia e a protege e preserva. Nos locais mais profundos de nossa alma, a aliança familiar que fizemos estará lá...

Seus filhos seguirão seu exemplo, pois eles crescerão acreditando no que você acredita. Portanto cuide em ensinar o que é correto, virtuoso e bom porque seus atos sempre refletirão no adulto que um dia eles irão se tornar.

A mentira é uma arma de destruição familiar

A mentira, por menor que seja, sempre será mentira e toda mentira deixa marcas severas em quem as conta e em quem sofre por suas consequências. A mentira afasta a família e o bom espírito.

Estruture sua família


Passe mais tempo com seus filhos

Saiba apreciar os bons momentos juntos, dedique-se para que sua família tenha orgulho de quem você é, das decisões que toma e da consciência que tem em fazer o que é correto à vista do Senhor.

Praticar e perseverar

Talvez os pais achem que ensinar e educar no bom caminho não seja tão fácil. Porém, se vocês não fizerem isso o mundo ensinará coisas vãs, sem honra e sem virtude e ao invés de sorrisos, lágrimas brotarão e você não poderá mudar o passado, portanto ensine os valores familiares preciosos, como: 

  • Honestidade - sob quaisquer circunstâncias (Tito 2:7, 8);
  • Fé - a espiritualidade, uma identidade espiritual, é fundamental na formação do caráter do indivíduo (1 Tm 1:19, 3;9);
  • Perdão - trás cura para espírito, alma e corpo (Mt 6:14, 15; 2 Co 2:10);
  • Bondade - ser bom é o reflexo do que se tem por dentro (Ef 5:9);
  • Respeito - para tê-lo é imprescindível que oferecê-lo (1 Tm 3:4);
  • Linguajar sadio - as palavras têm força, por isso a importância de uma fala que traga edificação e que seja agradável e conveniente (1 C0 15:33);
  • Estudo e planejamento familiar - a organização familiar promove união, participação e segurança (1 Tm 3:4, 5);
  • Estudo das Escrituras em família - não há nada mais louvável que a família que se reúne em torno da Palavra de Deus e, junta dela se alimente (Jo 5:39);
  • Tempo com a família - desfrutar de .momentos na companhia da família é um antídoto à omissão e todos as suas terríveis consequências;
  • Reuniões familiares - não só em datas festivas ou especiais, mas também reuniões informais.
  • Carinho - as manifestações de carinho geram conforto e segurança à família;
  • Regras e disciplina com amor - hoje quase há se tem mais regras e disciplina no seio das famílias e o resultado são filhos egoístas, narcisistas e pais omissos.

Papai e mamãe


Prezem para que apenas o bom conteúdo entre em seus lares. Isso envolve músicas, vídeos, jogos, filmes e livros. Muitas vezes isso irá requerer sua atitude de desligar o som, mudar de rádio mudar ou desligar o canal da televisão, etc.

Falem com brandura um com o outro e não discutam na frente dos filhos. Respeito mútuo, e não elevem a voz um para o outro. Jamais fale um palavrão. Sejam mais pacientes um com o outro. Evitem os pensamentos negativos. Evitem a discórdia e pensamentos negativos a respeito do cônjuge, conversem amorosamente, disponham-se a ouvir mais e julgar menos. Quando sentirem qualquer tipo de dificuldade, conversem amorosamente.

Tratem-se com ternura na frente dos filhos e também mesmo quando eles não estiverem presentes. Apreciem a companhia um do outro e o vínculo familiar que é sagrado.
Eliminem as reclamações. Seja atencioso às necessidades da família e do cônjuge. Passe mais tempo em casa nos finais de semana. Leia historinhas para seus filhos, com ensinamentos de bons exemplos, isso inclui as Escrituras. Aproveite seu celular tecnológico ou tablet para isso, deixe seu filho visualizar as imagens e entender a história. Lembre-se, parafernalhas tecnológicas NÃO substituem a presença física.

Fidelidade, importante em todas as esferas

Sejam extremamente fiéis um ao outro e assim encontrarão felicidade real e sem fim. Aprenda a dizer não quando necessário. Seus filhos precisarão dos seus “nãos”, você estará fazendo um bem ao corrigir e orientá-los. Dizer sim demais estraga a criança, elas crescem com a mentalidade de que podem fazer tudo o que querem, mas a vida não funciona dessa maneira. Precisamos dar limites e regras para nosso próprio bem e o bem dos nossos filhos, para não sofrermos pelo excesso de liberdade quando em determinadas ocasiões tudo o que os filhos precisavam era das limites para a própria segurança!


Há tantas coisas que podemos fazer para edificar e fortalecer nossa família, começando por nossas atitudes, por amar mais de maneira mais pura, completa e despretensiosa, porém só conseguiremos ser vencedores nesse processo se soubermos e tivermos a certeza de que o melhor de nós foi feito!

Conclusão



A relação da família sempre teve grande importância no desenvolvimento da sociedade. O núcleo familiar, pais e filhos, é responsável pela forma como veremos o mundo no futuro. A escola tem o objetivo de difundir conhecimento e não de educar, dar limites ou moralidade.

Não podemos permitir que a influência da família na sociedade seja desvalorizada, ela é quem define nossos princípios, o que entendemos por certo e errado e, principalmente, como nos relacionaremos com os integrantes de outras famílias. É a partir da nossa casa que aprendemos como administrar os nossos sentimentos e tudo isso contribui completamente como será o comportamento da sociedade futuramente.

ACABOU A FARRA - SETOR AUTOMOTIVO SEGUE EM QUEDA

O setor automotivo foi uma das vedetes do governo do PT durante a vigência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O brasileiro, induzido pela então boa situação econômica do Brasil e pelos benefícios e facilidades ficais, foram à farra. O resultado foi a "superpopulação" de veículos automotores entulhando as vias de tráfego dos centros metropolitanos e bagunçando ainda mais o já caótico trânsito. Pois é, a vedete tirou a máscara e revelou sua face horrenda. Hoje, a triste realidade do setor, desnuda mais uma mentira, mais um engano, mais um engodo nos quais o povo brasileiro foi envolvido. 

A crise da indústria de veículos no país, com declínio nas vendas, paralisações de fábricas, avanço dos estoques e cortes de empregos nas montadoras, está derrubando a cadeia do setor. Desde janeiro, mais de 2 mil trabalhadores da área da autopeças, oficina mecânica e concessionárias em Minas Gerais já perderam o emprego. A última a ser desmontada foi a empresa de autopeças Delphi, em Itabirito, na Região Central do estado, que esta semana fecha definitivamente suas portas, com 800 funcionários demitidos. Atualmente, a produção da Delphi tinha a Fiat como cliente principal. A montadora, por sua vez, entra em mais uma parada técnica, de amanhã até segunda-feira. A decisão foi comunicada ontem, no mesmo dia em que voltaram ao trabalho os 2 mil funcionários da Fiat que estavam em férias coletivas desde o dia 9.

A crise, consequentemente, chegou nas revendedoras. Com as vendas em queda vertiginosa, as concessionárias de veículos de Belo Horizonte e região metropolitana estão diminuindo de tamanho, ou até mesmo fechando as portas. No ano, foram pelo menos 568 demissões em BH, Betim e Contagem, que ganharam força este mês, com 306 desligamentos contabilizados. Em alguns casos, o enxugamento do quadro de pessoal não foi suficiente e as revendas fecham as portas. Foi o que ocorreu com a Vernon, concessionária da Peugeot, na avenida Cristiano Machado, no bairro Cidade Nova. 

Segundo apurou o jornal Hoje em Dia, a revenda não é mais associada à Peugeot e encerrou as atividades na unidade da avenida Cristiano Machado há algumas semanas. A loja foi reaberta na Pampulha como uma revenda multimarcas. Dos 110 trabalhadores contratados nos tempos de bonança, hoje restam dez. O vice-presidente do Sindicon, que representa os trabalhadores em concessionárias de veículos, Diego Gonçalves, disse [em entrevista à Rádio Itatiaia] que, pelo volume de demissões, a expectativa é de fechamento de outras unidades. Em 2014, quando as demissões começaram, foram 2.900 dispensas, segundo números do sindicato.

A estagnação da economia brasileira no ano passado e o nível mais fraco do consumo interno prejudicaram o desempenho das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas, que chegaram ao final de 2014 com queda de 0,6% no faturamento real (já descontada a inflação) em relação a 2013. O cenário negativo também deteriorou as expectativas dos donos de MPEs, fazendo com que o pessimismo deles quanto a economia do País e faturamento do negócio para os próximos seis meses atingisse níveis recordes. 

Entre as regiões, o Grande ABC teve a queda mais acentuada de faturamento, de 4,6%, no acumulado de 2014 sobre 2013. A região, que tem presença forte de empresas do setor automotivo, sofreu com o desempenho fraco da indústria. 


A readequação do número de funcionários a uma nova realidade comercial é generalizada



Segundo o Sincodiv-MG (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais), a situação hoje é muito difícil, e março está caminhando para ser pior do que fevereiro. Segundo o órgão existem concessionárias devolvendo áreas e outras com demissões. Ainda segundo o órgão até primeiro de março havia uma convenção coletiva que dava estabilidade ao trabalhador, mas desde então isso já não é mais um impedimento para cortes. A rede de concessionárias no Brasil emprega 410 mil pessoas atualmente, mas esse número pode ser reduzido drasticamente. Na Grande Minas, revenda Chevrolet, o diretor Creomar Santos não vê motivos para otimismo. A empresa já demitiu em 2014 e não descarta novas dispensas. A queda no primeiro bimestre deste ano foi de 35% na comparação com o primeiro bimestre de 2014. Assim, no cenário macro não há nada que mostre que vai melhorar. Na Carbel, revenda Volkswagen na capital, a situação é semelhante, segundo a gerência.  A equipe de vendas tinha 24 pessoas e hoje tem 15. A empresa também fez cortes na parte de mecânica e funilaria.


Setor de autopeças amarga queda de 12,6% no faturamento



O menor volume de vendas de veículos tem impacto direto e perverso no setor de autopeças. O segmento, que já convivia com negócios fracos em decorrência da competição com os importados, enfrenta agora o agravamento da crise, com queda no faturamento, demissões e ociosidade em curva ascendente. O último levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aponta queda de 22,5% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus neste ano, até fevereiro, em relação a igual período de 2014. Tendo em vista os dados de fevereiro frente a janeiro, a retração é de 28,3%. Gerente de novos da Carbel Linha Verde, revenda da marca Volkswagen, Rayner Matos, confirma que os negócios estão em baixa e que a loja vende hoje, cerca de 20% menos do que vendia no mesmo período do ano passado. “Ainda não fizemos corte de pessoal. Estamos tentado superar a queda no movimento com outras ações, como a venda de seminovos, que agora está melhor”, afirma.

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes de Veículos Automotores (Sindipeças), o faturamento do setor em 2014 caiu 12,6% em relação ao ano anterior. A queda foi apurada em todos os mercados: vendas para montadoras (-16,2%), vendas para reposição (-3,8%), exportação (-5,7%) e vendas intrassetoriais (-9,94%). A produção de autopeças foi 15% menor. A ociosidade do setor chegou a 37,7%, alta de 5 pontos percentuais em comparação com 2013. A balança comercial do segmento no primeiro bimestre deste ano acumula déficit de US$ 481 milhões. O desaquecimento atinge tanto as vendas como as compras do Brasil. 

Nas importações, o recuo foi de 25%. Nas exportações, chegou a 17,3%. Enquanto a Argentina é o principal destino das exportações, os Estados Unidos são a principal origem das importações. Em Minas Gerais, os dados de emprego nas fabricas de autopeças ficaram no vermelho em todos os meses do ano. Em dezembro, o contingente de trabalhadores empregados era 15% menor na comparação com igual mês de um ano antes. Em todos os estados pesquisados, o emprego caiu no ano passado, mas em nenhum deles com tanta intensidade como em Minas Gerais. Já o faturamento do setor no Estado, em dezembro, ficou 11% menor do que no mesmo mês do ano anterior. Também nesse indicador foram verificados números negativos em todos os meses de 2014.

[Fonte: Jornal Hoje em Dia, Jornal Estado de Minas, Sebrae, Rádio Itatiaia]

segunda-feira, 30 de março de 2015

O "EU" X O "NÓS"

Estamos vivendo novos tempos. A Era do Vazio baseia-se em um novo estágio histórico do individualismo, uma nova era democrática que se traduz pela redução da violência e pelo desgaste do que há um século vem sendo considerada como vanguarda, onde as sociedades democráticas avançadas estão agora situadas na era "pós-moderna". Um traço preocupante é expresso nas características desta sociedade. Crianças, adolescentes e jovens cada vez mais consumistas, cada vez mais egoístas, cada vez mais narcisistas, cada vez mais "pavões". Para essa geração não há limite algum e ela vive como se o globo terrestre girasse em torno de sua circunferência umbilical. Também não aceita o “não” como resposta e pensa ter o cetro dos desejos em suas mãos. É a geração “não vai dar nada pra mim”. O máximo que sabem sobre relacionamento e afetividade cabe na palma da mão, no monitor de um dispositivo eletrônico. Os que integram essa geração são seres insociáveis, que não respeitam as mínimas normas de convivência em sociedade, justamente por acharem que o universo se prostra aos seus pés. 

E os pais? 


Aos olhos dos pais, eles sempre serão os mais bonitos, inteligentes e bem-sucedidos. Mas sabe-se que a realidade não é bem assim. Para um observador neutro, a maioria das crianças é bem parecida, seja em graça e beleza, seja em esperteza. Enquanto não há nada de anormal em considerar a própria prole mais especial que a alheia, existe um risco quando se diz isso aos filhos de maneira exagerada e constante. Pesquisas sugerem que o excesso de autoconfiança resulta em gerações mais egoístas, irrealistas e frustradas. 

Na semana passada, repercutiu um estudo que demonstrou como os pais podem estimular o narcisismo ao falar para as crianças que elas são muito especiais. Embora defendam uma relação de carinho e incentivo intrafamiliar, os cientistas da Universidade de Amsterdã que realizaram a pesquisa ressaltaram que os pequenos cujo ego é inflado constantemente têm maior probabilidade de desenvolver uma personalidade vaidosa ao extremo. O estudo acompanhou 565 crianças ao longo de um ano e meio.

De fato, a cada nova geração, observam-se comportamentos mais autocentrados e egoístas, alega a psicóloga americana Jean Twenge. Autora dos livros Gerenation me (Geração eu, não editado no Brasil) e The narcisism epidemic (A epidemia do narcisismo, também não publicado por aqui), Twenge analisa como a autopercepção de crianças e jovens está 
aumentando desde a década de 1960. A especialista chegou à conclusão de que, mais do que nunca, eles tendem a acreditar que o mundo gira em torno de seus umbigos. Isso, diz ela, é péssimo para a sociedade e pior ainda para quem não apenas pensa ter o rei na barriga, mas se considera a própria majestade. 

Em casa, eles são incentivados a se tornarem pequenos ditadores, tendo o que querem na hora que desejam — afinal, são os próprios pais que garantem não haver ninguém mais especial na face da Terra. Como, então, não acreditar? John Reynolds, psicólogo da Universidade Estadual da Flórida, estudou os efeitos disso a longo prazo. Constatou que a tendência desses jovens é se transformarem em adultos frustrados e deprimidos. De acordo com ele, as crianças criam grandes expectativas em torno delas mesmas ao ouvirem desde cedo o quanto são maravilhosas. Dessa forma, pensam que podem tudo e que sempre se sairão melhores que os outros. Ao falhar nesse objetivo, seja na escola, na faculdade, seja no mercado de trabalho, o choque de realidade pode ser custoso demais.

A culpa, aponta Jean Twenge, não é das crianças ou dos jovens. Ela diz que, se antes, a cultura ocidental incentivava a humildade e a modéstia, hoje muitas pessoas enxergam nessas virtudes verdadeiros defeitos. Até a linguagem escrita tem sido influenciada pelo estilo de vida narcisista — uma pesquisa que a psicóloga fez na base de dados do Google Books mostrou que o uso do pronome pessoal “nós” caiu 10% nas publicações entre 1960 e 2008, enquanto que o “eu” aumentou 42%.

Os autores da pesquisa que evidenciou a influência da família no narcisismo dos filhos ressaltaram, em entrevista à France-Presse, que apoio e carinho são uma estratégia melhor que inflar o ego. No estudo, os jovens cujos pais diziam o quanto os amavam tinham a autoestima elevada, sem, contudo, serem narcisistas. “As pessoas com boa autoestima não acreditam ser melhores que as demais, mas os narcisistas pensam que são”, disse Brad Bushman, coautor do estudo. “Os pais podem ser orientados sobre como expressar afeição a seus filhos, sem dizer que eles são superiores aos outros.”

Eu fico com a Bíblia: "O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça. É melhor ter um espírito humilde e estar junto com os pobres do que participar das riquezas dos orgulhosos." 

Provérbios 16:18, 19

[Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde]

domingo, 29 de março de 2015

EVANGELHO CORPORATIVO

Desde o Éden, o homem tenta negociar com Deus um projeto de vida boa, em vez de simplesmente viver para a sua glória e alegria - objetivos para os quais foi criado. E isso não é diferente hoje, especialmente pelos "profissionais" da religião que são detentores dos saberes e mistérios sagrados e imaginam possuir a legitimidade de intermediários de Deus. Criaram um evangelho com nuances corporativistas onde o ter vem em detrimento do ser. Inseriram uma linguagem capitalista onde as cifras são as bases dos sermões, que se assemelham cada vez mais com palestras. Seguindo a ordem natural dos fatos, as igrejas cada vez mais se parecem com empresas. São mensagens que apresentam o céu não como o paraíso celestial, mas como rentável paraíso fiscal.

As realidades espirituais e materiais da vida acabam se tornando bens simbólicos, mercadoria, objeto de barganha. O ministro religioso tradicional usa o seu senso profético para intimidar o fiel que não contribui para a igreja e até para se dá ao luxo de chamá-lo de ladrão, mas também mostra um sinal de esperança admoestando-o de que, se der o dízimo ou a contribuição, Deus retribuirá em dobro e ele receberá chuvas de benesses celestiais. Ao final, você paga 10%, fica com 90% e, por tabela, acaba ainda recebendo uma premiação. Um excelente negócio com Deus. Se der, ganha; se não der, será castigado.

O ministro religioso não-tradicional, que utiliza a lógica e a racionalidade do mercado, é mais marqueteiro, pois só fala de benefício. Quem ainda não acreditou na sua mensagem é um "cliente" em potencial e precisa ser tratado com cortesia. O ministro não-tradicional é como um despachante de Deus aqui na Terra. A técnica de fidelização segue um roteiro: primeiro, mostra-se ao fiel em potencial que ele tem um problema grave, um "encosto" ou algo semelhante,, e que a vida dele poderá ser muito melhor caso filie-se àquela comunidade - e, logicamente, pague a "taxa de adesão". Será "benção pura, sem mistura."

Satisfação garantida ou sua fé de volta


Os testemunhos duram cerca de 10 minutos (para não cansar o "freguês") e são divididos em duas partes, como os anúncios de clínicas estéticas e de emagrecimento (comparação plausível, uma vez que o importante é nesse contexto é o externo) - o antes e o depois. Bênção garantida ou a fé de volta. Não dá para devolver o dinheiro, pois já entrou no "caixa de Deus" e com ele ninguém pode brincar. A fé é devolvida, pois se não funcionou é porque o fiel não a teve no tamanho (isto é, no valor) suficiente. Então, precisa dar mais.

A revelação progressiva das Escrituras indica no Novo Testamento que, em vez dos míseros 10%, Deus quer o 100% de nossa vida, e não apenas de nosso dinheiro (Lucas 9:23 - já tratei disso em outro artigo (http://circuitogeral2015.blogspot.com.br/2015/03/miseravel-dizimo-que-dou_25.html). Assim a contribuição ao seu Reino e à igreja não deve ser objeto de ameaça ou de negociata com o Senhor, mas fruto de alegria, conforme 2 Coríntios 9:7, resultado de um coração cujo senso de realização advém de uma vida inteiramente depositada no altar. A contribuição é produto de uma vida consagrada e não um meio de produzir a vida consagrada.

Se o foco for nos 100%, a vida toda está incluída; assim, por que também não dedicar o "dízimo" da profissão atendendo pessoas carentes, por exemplo? A nossa alegria deve vir apenas tendo alimento e abrigo (roupa e moradia), em vez de ficarmos querendo mais e mais de Deus  1 Timóteo 6:8

sábado, 28 de março de 2015

LOUVOR DESCARTÁVEL

Os especialistas falam muito sobre a influência da música sobre nosso interior e nossos sentimentos mais profundos. Os ritmos musicais mexem não somente com as emoções, mas também com a alma. É comum, por exemplo, lembrarmos de situações passadas ou pessoas quando ouvimos uma determinada ou acorde musical. Ainda segundo os especialistas, a sensibilidade do ser humano vem desde a fase gestacional.


O mesmo acontece com canções ou hinos que aprendemos ao longo da vida cristã. O hino "O Autor da minha fé" [do clássico e lendário grupo Logos] tem um significado profundo para minha alma e, além de ter me marcado em minha conversão, me desafia a continuar confiando na promessa da eternidade ao lado do meu Senhor, mesmo diante das tribulações, da mesma forma como hino foi composto, ou seja, é um hino fiel às Escrituras em sua essência profética acerca da 2ª vinda de Jesus. Ao ouvi-lo, meu espírito me eleva à tão esperada cena das bodas do Cordeiro. Ou seja, o hino cumpre seu propósito espiritual. Há hinos de testemunho e de súplica; de júbilo e de contrição.

O conhecimento da história de como um hino foi composto tem significado fundamental para ampliar o seu imaginário em nossa alma. Da mesma forma, o estilo e o ritmo têm seu significado. Assim, o hino "Castelo Forte" ("Ein feste Burg ist unser Gott" composição de Martinho Lutero / 1483-1546, traduzido do Alemão para o Inglês em 1853 por Frederic Henry Hedge /1805-1890, recebendo o título "A Mighty Fortress", que faz parte do Cantor Cristão, hinário oficial da Igreja Batista) cantado pausadamente produz um efeito; em ritmo mais contemporâneo, acarreta outro.

Um cântico espiritual tem de ser aprendido, cantado, compreendido em sua origem e relacionado com alguma experiência em nossa vida pessoal. Isso leva tempo, pois é uma construção simbólica que vai atingindo os vários níveis de nossa vida - o racional, o emocional e depois o espiritual, geralmente nessa ordem.

Tenho ouvido especialistas falando que o louvor é a adoração cantada. Sendo assim, o momento artístico, de entretenimento. O louvor é uma das partes mais importantes do culto - mais até do que o sermão. Em outras palavras, como desenvolver esse imaginário simbólico no interior da alma se os cânticos atuais são tão descartáveis? Nem dá tempo para que a alma seja impregnada pelo conteúdo espiritual de uma canção se logo ela sai do repertório, pois a galera do louvor sempre quer renovar e inovar com as recentes composições inspiradas no último "encontro" da moçada ou o mais recente hit de algum(a) "ministro(a)", "ministério", grupo e/ou banda que está bombando no top dos tops da parada gospel. Isso quando a liderança não transforma o hinário da comunidade em sua play list pessoal, onde só entra aquilo que ela goste e, então, repute por benção (ainda que nem sempre seja). E, se por acaso tal liderança não conhecer ou não gostar de determinado hino, por mais espiritual e bíblico-teológico que ele for, não entra nem sob tortura na lista para ministração.

Ficamos então ziguezagueando, indo e vindo, sem tempo suficiente para que a alma possa interligar as canções com nossa vida concreta diária. Quando começamos a ver essa ligação, temos de aprender novas canções e recomeçar tudo de novo. Assim, nesse mundo do descartável, nem o louvor escapa. Isso sem falar no vazio conteúdo doutrinário de muitas canções, que podem ter muita melodia envolvente - e até emocionante -, mas apresentam uma teologia despida de sentido, ou até mesmo contrária às Escrituras.

Certamente, há furos teológicos até em hinos consagrados, como no "Tu és fiel, Senhor" (Hino 535 da Harpa Cristã, o hinário oficial das Assembleias de Deus), que tem um estribilho antropocêntrico e humanista ao afirmar "Tu és fiel, Senhor! Tu és fiel, Senhor! / Dia após dia, com bênçãos sem fim,Tua mercê me sustenta e me guarda. Tu és fiel, Senhor, fiel a mim." Ora, Deus é fiel a ele mesmo, às promessas que fez, à sua palavra e não a mim ou a quem quer que seja. Afinal, quem eu sou? Um pecador redimido - mas, essencialmente, um pecador - que, sem a atuação dEle, através do sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do calvário, estaria perdido de vez. Por que então Deus teria de ser fiel a mim? A fidelidade devida é minha em relação a Ele e não dEle em relação a mim. Furos como esse - e outros que não furos, mas verdadeiros rombos - são cometidos em proporções imensuráveis nos cânticos que são levados aos púlpitos e celebrados em coro. E ai de quem falar alguma coisa. 

AAAAAAAAIIIIIII!!!


"O Autor da Minha Fé" - Grupo Logos

"Castelo Forte" - Ministério Vencedores Por Cristo

"Tu És Fiel, Senhor" - Banda Som Maior


PROFISSÕES RESISTENTES À MODERNIDADE DOS TEMPOS


Em 1936, o genial Charles Chaplin – Carlitos – abordava o relacionamento homem máquina, através do premiado filme "Tempos Modernos". Caso você ainda não o tenha assistido, gostaria de recomendar.

O tema continua mais atual do que nunca. Tenho prestado muita atenção aos "tempos modernos". Não tenho nada contra a modernidade. Porém, se modernidade é substituir o homem pela máquina, qual o papel reservado para o ser humano na sociedade do futuro?

Resistir ao tempo. Esse é o desafio diário daqueles que sobrevivem dedicando-se a profissões em extinção e que estão na ativa há mais de meio século. E não é uma luta das mais fáceis, afinal, no mundo do consumo rápido, a sobrevivência, para quem está fora desse eixo, parece estar em xeque em meio a uma contagem regressiva. 

Mas se por um lado a concorrência com os avanços tecnológicos pode ser desleal para quem mantém o mesmo ofício há tantas décadas, acredite, esses profissionais resistem sim ao longo dos anos e ainda se mostram insuperáveis naquilo que sabem fazer de melhor: trabalhar com a dedicação renovada a cada dia.

Desafio além do acadêmico


E se engana quem pense que esse "fenômeno" só alcança as profissões que não requerem graduação acadêmica. Por mais que surjam novos cursos de graduação a cada ano, a tradição ainda impera no ensino superior brasileiro. As carreiras mais procuradas nos vestibulares hoje são as mesmas de 80 anos atrás: Medicina, Direito e Engenharia. 

No início do século 20, as famílias com mais recursos financeiros mandavam os filhos ao exterior para estudar alguma dessas carreiras e hoje, apesar do cenário de crise econômica que atingiu em cheio a educação, as famílias ainda investem no futuro de seus jovens.

O trabalho na Bíblia


Há, inclusive, profissões presentes desde os tempos bíblicos. Nosso Deus, apesar de total soberania e poder, é um trabalhador incansável (Gênesis 1, 2:1,2; João 5:17). Adão foi incumbido de trabalhar na preservação do Jardim do Éden (Gn 2:4-15). Foi Ele quem instruiu Noé na construção da Arca  (6:13-17).

E o que dizer dos profissionais que participaram da construção da reprovada Torre de Babel (11:1-6)? O Senhor ainda dotou homens 
 Bezaleu e Aoliabe  com capacidade específica na arte para participação na construção do Tabernáculo (Êxodo 35:30-35; 36:1). Houve trabalhadores na construção do Templo de Salomão (1 Reis 6, 7). 

Encontramos os judeus trabalhando na edificação dos muros de Jerusalém (Neemias 2:1-8, 18-20; 3-7). José, o "pai" terreno de Jesus era exímio carpinteiro (Mateus 13:55) e o próprio Jesus herdou a profissão de José (Marcos 6:3). E ainda podemos citar os discípulos, que eram pescadores (Lucas 5:1-11) e até o erudito apóstolo Paulo não deixou de "ralar" (Atos 18:2,3).

Bravos profissionais 


Barbeiro, bordadeira, engraxate, quituteira, torneiro e serralheiro são algumas das profissões antigas – algumas, inclusive, foram praticamente extintas com o passar do tempo. Outras atividades centenárias, porém, resistiram às mudanças e, ainda hoje, estão em alta no mercado. 

É o caso das costureiras, padeiros, pedreiros, marceneiros, carpinteiros, motoristas e mecânicos, que encontram vagas de sobra em várias regiões do País. Segundo estudo recente o estado do Pará, onde os setores de serviços e de construção civil despontam como os maiores geradores de postos de trabalho, profissões históricas garantem emprego e renda às famílias. 

Um balanço feito recentemente, mostra que o Pará apresentou recorde na geração de empregos formais. O setor de serviços foi o que teve o maior saldo dos postos de trabalho criados, seguido imediatamente pelo setor da construção civil. 

O reconhecimento 


Empreendedor individual é qualquer pessoa que trabalhe por conta própria e que se legaliza, gratuitamente, como pequeno empresário. A modalidade foi instituída pela lei complementar 128, de 19 de dezembro de 2008, e começou a ser aplicada a partir de 1º de julho de 2009, inicialmente para o Distrito Federal e, em fevereiro de 2010, para todo o Brasil. 

Ao se formalizar, o trabalhador adquire natureza jurídica, por meio do registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, e o contrato de de empréstimos bancários, além da emissão de notas fiscais. Fora esses benefícios, o empreendedor individual também recebe um alvará provisório de funcionamento. 

É importante que, antes de se formalizar, o interessado procure orientação sobre a ocupação escolhida e sobre as exigências feitas pela prefeitura para se formalizar. 

O Sebrae oferece assessoramento técnico-gerencial, organizacional, administrativo e comercial aos empreendedores que desejarem abrir um negócio individual. Para entrar nesta categoria é necessário faturar até R$ 60 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. 

Reinventar sempre 


Mas se por um lado há profissionais que se apegam ao tradicionalismo, há também aqueles que precisam se reinventar a cada dia para manter viva a profissão. Para isso é necessário que o profissional invista em qualificação e esteja aberto para o que de novo surgir no segmento em que atua. 

As profissões mudaram bastante, tem muita coisa que eram feitas décadas atrás e hoje não mais. Por exemplo, o sapateiro não cola coisas pequenas de tênis ou arruma alças de bolsas. Ele faz um ou dois solados por semana, antigamente certamente a demanda era bem maior. Para acompanhar a demanda, era necessário a manutenção de funcionários exclusivamente para a produção de solas. Ou seja, esses profissionais perderam seus postos de trabalho. 

Uma coisa é certa, o trabalho honesto  apesar de ser muitas vezes hostilizado, em tempos onde para muitos é mais fácil a desonestidade  dignifica sim o homem de bem. Aquele que mantém suas convicções firmadas nos princípios da moral e dos bons costumes. Que Deus, pois, abençoe a todos os pedreiros, carpinteiros, serralheiros, sapateiros, torneiros, mecânicos... e todos os profissionais que não se curvaram ao poder em série das máquinas. 

Dica do Léo 


O filme "Tempos Modernos" (abaixo, na íntegra)  uma das grandes obras primas do cinema  refere-se a uma crítica ao modernismo e ao capitalismo representado através da industrialização, onde o operário robotizava-se a uma rotina baseada na incansável linha de montagem de uma indústria. 

Carlitos, personagem principal interpretado pelo ilustre Chales Chaplin, é um trabalhador que manuseia a máquina e come ao mesmo tempo, deixando claro o excesso de trabalho ao qual era submetido e após o término de sua jornada, se comportava como se ainda estivesse a exercendo. 

Sob uma saturação, Carlitos adoece e é internado em um sanatório. Ao retornar, depara-se com a crise de 29, na qual toda parte empregativa estava falindo e o país passava por uma grande miséria. Se vê obrigado a ir em busca de um novo emprego para que pudesse sobreviver à toda aquela crise. 

Em meio a toda confusão que acontecia na cidade, como protesto e greves, ele acaba sendo confundido com um agitado comunista e é preso. Após algum tempo o operário é solto pela polícia por agradecimentos, uma vez que ajudou na prisão de um traficante que tentava fugir. Em meio a outras prisões posteriores conhece uma moça pela qual se apaixona. 

O operário consegue alguns empregos dos quais não se mantém em nenhum. Acaba trabalhando com a moça em um café onde expressa o prazer de trabalhar em algo gratificante e criativo.

Conclusão 


Charles Chaplin consegue transmitir com esse clássico uma ideia clara de como o mundo capitalista e industrial nos escravizou e escraviza até os dias de hoje, nos robotizando à exercer sempre nossas mesmas funções e viver em uma eterna ameaça de estafa com a correria diária, a poluição sonora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as multidões nas ruas, o desemprego, a fome, a miséria. 
"Tempos Modernos (Modern Times)", de e com Charles Chaplin - Completo, legendado

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso.

sexta-feira, 27 de março de 2015

QUEM AMA, NÃO TRANSA: FAZ AMOR NO CASAMENTO!

Sempre que se fala em virgindade (aliás, pouquíssimo se fala hoje em dia), logo pensamos nas meninas. Mas quando a Bíblia fala sobre a pureza sexual dos solteiros ela não se refere apenas à elas, mas também à eles. As coisas hoje em dia andam tão sem controle que a virgindade tornou-se motivo de deboche por parte dos mais “liberais”. Assim, a sexualidade tem andado adoecida por tanta liberalidade, tanta permissividade, tanta promiscuidade às quais muitas pessoas submetem seus corpos em busca de saciarem taras, desejos, fetiches cada vez mais intensos e proporcionalmente bizarros. O pior é quando essa lamentável contestação aponta seus venenosos tentáculos em direção à juventude cristã. Neste artigo vou tratar desse assunto sem papas na língua. Propositadamente irei dar mais ênfase à virgindade masculina.

Conceito de virgindade feminina – viés biológico 


Em linhas gerais, a biologia define o conceito de virgindade em termos técnicos. O hímen é uma membrana localizada na vulva de algumas fêmeas de mamíferos, cuja principal função é evitar infecções que poderiam ocorrer nesta região, nas fases iniciais da vida do indivíduo. Ele pode ter diferentes espessuras e formas sendo, geralmente, rompido na primeira relação vaginal, com sangramento ou não, já que é pouco irrigada.

Em algumas culturas, e em indivíduos com determinados tipos de criação, é esta estrutura que caracteriza a virgindade feminina. Entretanto, o hímen pode ser eliminado em circunstâncias diferentes, como durante a equitação; ou mesmo perdurar após algumas relações. Neste segundo caso, geralmente se trata do chamado hímen complacente, que possui elasticidade considerável. 

Sabe-se, além disso, que algumas mulheres optam pelo sexo anal, ou oral, para não perderem a membrana, e assim oficialmente permanecem virgens. Há inclusive o caso de mulheres que nascem sem o hímen, mas são consideradas virgens até a realização do primeiro ato sexual.

Para algumas outras pessoas, a virgindade é caracterizada pela ausência de relações sexuais, do nascimento até o presente momento. Entretanto, é também controverso este tipo de abordagem, já que não existe apenas uma modalidade sexual.

Independentemente do que seja, realmente, a virgindade, algumas questões relativas à sexualidade devem ser ressaltadas. Uma das principais talvez seja a maturidade, tanto física quanto emocional, para a prática de tal ato; considerando que doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, ou mesmo sequelas emocionais são fatores cuja pessoa de vida sexualmente ativa não está imune, caso não tome as providências necessárias para tais. 

Mas, enfim, tecnicamente falando, para a biologia, a virgindade de uma mulher não é eliminada em qualquer ato sexual. 

Conceito de virgindade masculina – viés biológico


Pesquisei em vários compêndios biológicos de fontes fidedignas e em nenhum deles não há nenhum registro sobre qualquer característica física ou técnica que conceitue a virgindade masculina. Com isso, sou obrigado a concordar que, tanto para o homem quanto para a mulher, a virgindade está mais associada ao emocional, ao espiritual do que, necessária ou especificamente, com o físico. E estou em linha com o pensamento de Jesus que disse: 
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério.’ Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.” (Mateus 5:27, 28 - NTLH)
É sabido que aqui Jesus tratava acerca do adultério, mas o princípio (a essência!) é abrangente.

Virgindade masculina – olhando nos olhos deles


A virgindade masculina é tão insignificante hoje em dia, que se um jovem afirmar que ainda é virgem, pode passar por ridículo até em um grupo de amigos cristãos! Mas já é hora de mudarmos os conceitos. A Virgindade para o cristão é uma tremenda vantagem em um mundo erotizado e cheio de instabilidade emocional. Toda experiência que passamos, seja sexual ou qualquer outra é gravada em nosso cérebro; isto é feito através de trilhas de neurônios, ativadas nos vários centros do cérebro responsáveis pelos sentidos e funções fisiológicas. Muitas dessas trilhas passam no sistema de recompensa do cérebro, conferindo satisfação e prazer. 

Não sou psicólogo, mas...

O sexo é uma das maiores experiências de recompensa que o cérebro oferece ao homem, sendo assim as trilhas de neurônios que veiculam os impulsos sexuais para o hipotálamo são trilhas de preferência aos elétrons que circulam o cérebro em uma atividade sexual ou contato com o sexo oposto. Essa eletricidade vai estimular a hipófise e neuro-transmissores serão liberados, glândulas secundárias também serão ativadas e hormônios despejados na corrente sanguínea, nos oferecendo o prazer da relação sexual. Essa experiência é tão marcante e significativa, que a primeira relação sexual determina os rumos que tomarão a nossa vida sexual e nosso patrimônio emocional.

Traumas são comuns nas primeiras experiências sexuais quando ocorrem de forma antecipada, violenta ou abusiva; a experiência sexual para o cérebro é muito impressiva, e ocorrendo de forma traumática, vai estabelecer conexões neuronais que impedirão um prazer ou relação normal. Os traumas sexuais e outros mais são difíceis de serem tratados e requerem tempo devido a essas fortes impressões que são feitas no cérebro. Serão necessárias muitas terapias para uma reconceituação subconsciente e formação de novas trilhas para o prazer onde a violência e o abuso estejam fora dos caminhos da memória.

Daí a importância da primeira relação sexual; os estímulos e o nível de prazer oferecidos irão dopar a pessoa a um nível viciante, e se for uma única pessoa estabelece-se a fidelidade. Caso ocorram várias relações furtivas e com pessoas diferentes surge o mecanismo da promiscuidade. Como o homem é ativado sexualmente pela visão, o mecanismo da promiscuidade vai sempre lhe estar apresentando a possibilidade de prazer com mulheres variadas. Como o homem geralmente não tem uma única relação sexual (a maioria) grava em sua memória um patrimônio afetivo diversificado; o prazer sexual passa a ser na diversidade de companheiras sexuais.

A virgindade masculina é imprescindível mas NÃO É um antídoto contra o pecado

A virgindade masculina garante uma grande possibilidade de sucesso na fidelidade conjugal e estabilidade emocional; a promiscuidade sexual é uma programação do cérebro para o prazer na diversidade, ou na furtividade emocional. Um jovem que se mantêm virgem para o casamento tem grandes possibilidades de sucesso na sua vida emocional e afetiva. A sua experiência sexual, com certeza vai ser mais prazerosa, pois não vai haver comparações com experiências anteriores. O risco do adultério não vai estar ausente, é obvio, mas prazer sexual para este indivíduo, não será na variedade sexual.

Muitos poderão dizer que aqueles que se casam virgens, também desfazem os casamentos ou praticam o adultério. Concordo, não é o fato de se manter virgem que nos eliminará o “vírus”do pecado. Mas o indivíduo que controla os seus impulsos e se mantêm firme em seus princípios, honrando a Deus, tem maiores chances de vitória e sucesso. O próprio Criador capacitará a esses, dando-lhes força moral, pureza e fidelidade, que é o frutos do espírito. Portanto, entendam, senhores varões solteiros: manter-se virgem não é um princípio só para elas.

Conclusão 


Na Bíblia não encontramos em lugar algum o termo virgindade e sim conceitos e princípios sobre a importância da pureza sexual entre os solteiros. 

Quando Deus criou o homem, ele já falou que a solidão não faria bem. Ele nos criou como pessoas que precisam de outras pessoas. No geral, o ser humano precisa de relações familiares e de envolvimento social. Mais importante ainda é a nossa necessidade espiritual – precisamos de relacionamentos com Deus e com outras pessoas no contexto de uma família espiritual. Deus nos deu, também, desejos que são satisfeitos numa relação especial entre homem e mulher. O casamento continua digno de honra (Hebreus 13:4). Mas antes de casar, ou se não casar, como deve ser o comportamento do servo santificado? 

Os solteiros devem manter a pureza sexual

No plano de Deus, relações sexuais são reservadas exclusivamente ao casamento lícito de um homem e uma mulher. O leito matrimonial é puro (Hebreus 13:4). O casamento – e a relação sexual do casal – é uma resposta à dificuldade de manter a pureza (1 Coríntios 7:2-5). Deus claramente condena relações sexuais ilícitas (fornicação, prostituição, impureza) e atos relacionados (Gálatas 5:19). 

Pensamento e procedimento na batalha contra a carne

Há uma forte ligação entre o que pensamos e o que fazemos. Para evitar atos proibidos e prejudiciais, precisamos controlar os pensamentos. Jesus ilustrou esta necessidade quando falou de desejos impuros. Ele não somente condenou o ato de adultério, mas falou que o pensamento que leva ao ato é errado também (Mateus 5:27-30). Válido também ir ao conhecido e sempre recorrido texto de Romanos 12:1, 2 e também ao de Filipenses 4:8, 9 – 
“Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês.” [NTLH]

O discípulo de Cristo precisa enfrentar a realidade atual. Vivemos num mundo sensual que procura destruir as nossas defesas. O mundo oferece e incentiva a participação em muitas atividades sensuais. O cristão que quer proteger a sua pureza precisa resistir às tentações da sensualidade e da erotização (em linhas gerais), o incentivo de “ficar” e comportamentos considerados normais (no mundo) para os namorados. Os solteiros do mundo podem achar normal ter muito contato físico, beijos demorados, “mão” naquilo e “aquilo” na mão etc., mas o servo do Senhor vive conforme um padrão mais elevado. Além das atividades sensuais, o mundo oferece muitos outros estímulos para cultivar pensamentos sensuais. Além das tendências da moda de incentivar o uso de roupas sensuais, qualquer pessoa hoje enfrenta as influências de pornografia, fotos, filmes, músicas e literaturas sensuais. 

A pressão de “amigos”, ou das atitudes da sociedade, também incentiva a imoralidade. Muitas pessoas tratam os desejos sexuais como necessidades que precisam ser satisfeitas, recusando aprender como controlar e negar os próprios desejos. O desenvolvimento de diversos métodos de prevenção de algumas consequências é visto por muitos como permissão para atividade sexual sem respeito pelos limites morais impostos pelo Criador. 

Por fim...

Para evitar pensamentos errados - que, consequentemente culminaram em atitudes erradas -, é necessário cultivar pensamentos bons. Deus não nos deixa com um vazio mental (tirar os pensamentos errados sem deixar nada no lugar). Ao mesmo tempo que ele nos ensina a evitar maus pensamentos, ele oferece coisas boas para encher o espaço. Ele falou para fugir das paixões da mocidade e, logo em seguida, disse para seguir a justiça, a fé, o amor e a paz, invocando o Senhor com coração puro (leia 2 Timóteo 2:22).

quinta-feira, 26 de março de 2015

DIÁCONO SIM E COM MUITO ORGULHO!

"Porque os que servirem bem como dácono adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus" (1 Tm 3:13)"

Há sempre o que fazer na casa de Deus e por isso a presença dos diáconos é fundamental na estrutura eclesiástica. Surgido nos tempos do Novo Testamento, o diaconato foi instituído para contornar uma dificuldade na estruturação da Igreja primitiva. De acordo com o livro de Atos, logo após a morte de Jesus a pregação dos apóstolos levou milhares de pessoas à conversão, trazendo para o seio da comunidade cristã uma série de demandas espirituais e materiais. Os líderes resolveram, então, designar "homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria" para que cuidassem do sustendo da Igreja e do cuidado com os pobres, liberando os apóstolos para dedicação exclusiva à oração e ao ensino da Palavra. Mas alguns diáconos, como os jovens Estêvão - que muitos pensam erroneamente que tenha sido um homem velho (estudos mostram que Estêvão tinha entre 20 e 30 anos quando morreu) - e Filipe, foram muito além das tarefas estritamente práticas e até hoje são lembrados como heróis da fé.

A palavra diácono é originada do termo grego "diakonos", que pode ser encontrado cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Em todas elas, sempre ligada à ideia do serviço, geralmente no sentido de atender ou serventes. Além disso, termos conexos, como diakonia (ministério) e diakoneo (servir ou ministrar), também são citados nas Escrituras. O termo diaconia refere-se ao serviço cristão, especialmente em sua função social e beneficente. Já o diaconato, no sentido amplo, designa as mesmas funções enquanto exercidas por oficiais das igrejas. 

Os "diáconos" do Antigo Testamento


Se o termo diácono só aparece claramente definido no Novo Testamento, a prática de se separar pessoas para atuar de maneira destacada no meio do povo de Deus vem de mais longe. Na verdade, a Igreja não criou esse ofício. Ele já era observado desde o Antigo Testamento. Conforme a descrição do livro do Êxodo, quando Deus tirou os hebreus do Egito, determinou que os órfãos, as viúvas e os estrangeiros não fossem desamparados. E vemos que é essa a função do diácono, considerando suas implicações contextuais. 

A maioria dos crentes costuma ver no diácono uma espécie de "faz tudo" da igreja - o que, pelo que se vê, não deixa de ser verdade. Mas é claro que, por exercer uma função que lhe dá poderes sobre os outros irmãos, o diácono sempre caminha sobre o fio da navalha - ele jamais deve abusar de sua autoridade (sim, ele a tem), mas também não pode se omitir, mesmo que suas recomendações não sejam exatamente agradáveis. Em tom jocoso, que expressa um desrespeito absurdo aos irmãos que exercem o ministério, corruptela de um trecho bíblico, circula por aí no meio evangélico: "Resisti ao diácono, e ele fugirá de vós."

Distorções e diversidades


Desrespeito à parte, há ainda muitos que "são feitos" diáconos como um "estágio" para ser um pastor. Não há nenhum respaldo bíblico, por menor que seja, de que base para essa prática. Em alguns círculos evangélicos, inclusive, ser um diácono é considerado um ofício "inferior". Outro absurdo, pois, conforme as Escrituras, todos os ministérios são importantes e fundamentais para a edificação do Corpo de Cristo, logo, nenhum é mais ou menos importante que o outro e todos devem ser exercidos em linha com a vontade de Deus e com o intuito de agradá-lO. Ou seja, para Deus, tanto o diácono quanto o pastor têm o mesmo valor. 

Embora seja adotado por praticamente todas as igrejas evangélicas - e também pela igreja católica -, a natureza e as atribuições do ofício diaconal variam muito de denominação para denominação, sendo que uma das mais rigorosas aos critérios de escolha e capacitação destes obreiros é a da Igreja Metodista do Brasil. 

Se, durante muitos anos, o cargo de diácono era exclusivamente de homens, de uns tempos para cá isso tem se flexibilizado. Hoje, são poucas as igrejas que não aceitam o serviço feminino no ministério diaconal. Embora não haja no Novo Testamento, precedente bíblico de mulheres que tenham exercido a função, cada vez mais grupos evangélicos têm diaconisas.

Outra diversidade é em relação ao estado civil do candidato ao ministério. Há denominações que só ordena casados, outras já ordenam candidatos solteiros ao oficio diaconal.

Diáconos e heróis da fé


Estevão, personagem do Novo Testamento, é considerado, com justiça, o "pai" dos diáconos. Ele foi um dos primeiros homens escolhidos pela liderança da Igreja primitiva para cuidar das necessidades do povo - ou "servir às mesas", para usar a expressão bíblica. A curta, porém marcante, história de Estêvão está narrada no livro de Atos. Pouco se sabe sobre sua vida anterior à ordenação ao diaconato, mas o que chama a atenção é que, segundo as Escrituras, ele era um homem cheio do Espírito Santo, piedoso e conhecedor da Palavra de Deus. 

Designado ao diaconato junto com outros seis homens - Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau -, Estevão não tinha limitações no seu serviço. Era também um pregador eloquente e fazia "prodígios e grandes sinais entre o povo", conforme o capítulo 6 de Atos. Foi justamente pelo zelo evangelístico que atraiu contra si feroz oposição. Uma de suas mensagens sobre o Reino de Deus acendeu a fúria dos ouvintes que, confrontados com seu pecado resolveram matá-lo por apedrejamento. Em seu martírio, Estêvão teve uma visão do céu, com Jesus de pé, à direita do Pai. O diácono morreu clamando o perdão de Deus a seus algozes, entre os quais estava Saulo, que mais tarde se tornaria o mais célebre dos apóstolos.

Outro diácono do Novo Testamento, Filipe, também não se limitou às tarefas do dia-a-dia da Igreja. Homem consagrado a Deus, ele foi orientado pelo Espírito Santos a seguir pelo caminho que ligava Jerusalém a Gaza. Na estrada, aproximou-se correndo da caravana de um alto oficial etíope, eunuco, que lia trecho do livro de Isaías sobre Jesus. Convidado pelo etíope - um homem importante a ponto de administrar os tesouros de sua rainha -, subiu ao carro e usando as palavras do profeta, pregou o Evangelho com tamanha unção que o eunuco creu e quis ser batizado ali mesmo, à beira do caminho. Após descerem à água, Filipe foi arrebatado pelo Senhor, deixando o eunuco maravilhado com o poder de Deus.

Conclusão


A essência do ministério cristão é justamente o serviço. E o diácono foi chamado para desdobrar-se em serviços a Cristo e sua Igreja. Essa função é um ofício e um ministério. O ofício é uma ocupação que exige um grau mínimo de habilidade. E o ministério é um trabalho, ou função eclesiástica, exercido por aqueles que são biblicamente ordenados (At 6:6). Assim como os apóstolos haviam sido chamados para auxiliar a Jesus, foram os diáconos separados para dar assistência aos apóstolos e pastores.

Convém a eles entender que, embora ministros, jamais devem ignorar a autoridade que tem o pastor sobre todos os ministérios; reconhecerem sempre a verdadeira dimensão do seu cargo e estarem sempre a disposição do seu pastor. As qualidades diaconais são requisitos imprescindíveis que tornam o obreiro apto a exercer o ministério de socorro. (1 Tm 3:1-13). Antes de a igreja separar um obreiro ao diaconato, é necessário conhecer sua reputação. Se não for bem conceituado diante da igreja e do ministério, que não seja aceito (1 Tm 3:10).

O diácono deve estar preparado para resolver qualquer problema que surja durante uma programação. É necessário interagir com os colegas, e com o pregador, desempenhando sua função com o máximo de eficiência, garantindo o conforto e segurança dos membros e visitantes e da igreja, e, principalmente, estar espiritualmente atento. Saiba que servir a mesa do Senhor não é apenas um dever e também não desonra a ninguém, antes, além de um privilégio, é uma honrosa alegria.

quarta-feira, 25 de março de 2015

MISERÁVEL DÍZIMO QUE DOU

Quanto vale nossa vida? Muito, com certeza. E o valor de nossa vida não pode ser avaliado por dinheiro algum. A moeda mais valorizada na economia universal não seria capaz de pagar o valor de nossa vida. Segundo as Escrituras fomos comprados. Veja o que está escrito sobre isto: 
“Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço. Deus comprou vocês por um preço. Pois vocês sabem o preço que foi pago para livrá-los da vida inútil que herdaram dos seus antepassados. Esse preço não foi uma coisa que perde o seu valor como o ouro ou a prata. Vocês foram libertados pelo precioso sangue de Cristo, que era como um cordeiro sem defeito nem mancha. Eles cantavam esta nova canção: ‘Tu és digno de pegar o livro e de quebrar os selos. Pois foste morto na cruz e, por meio da tua morte, compraste para Deus pessoas de todas as tribos, línguas, nações e raças’” (1 Co 6:19b, 20a; 7:23a; 1 Pe 1:18, 19; Ap 5: 9 - NTLH).
Ou seja, Deus pagou o resgate pelas nossas vidas com o sangue do seu filho Jesus derramado na cruz do calvário.

Sendo assim, Ele tem direito sobre nós. E não é um direito delimitado por áreas, mas um direito total, amplo e absoluto. Afinal, ele não pagou por partes, mas fez um pagamento integral. Jesus não se entregou em partes, sua entrega foi integral e absoluta. E é justamente aí que está o problema. Muitas vezes queremos barganhar com Deus a entrega de partículas de nossas vidas. Vejamos o que disse o apóstolo Paulo sobre isso:
“Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus” (Ro 12:1 – NTLH). 
Aqui entendemos que o nosso culto só será autêntico se nossa entrega ao Senhor for completa.

Pois bem, e o que fazemos? Será que nosso estilo de vida está em linha com que nos diz a Palavra? Cada um que responda por si. Temos sido consumidos pelos compromissos e responsabilidades de nosso cotidiano cada vez mais intenso e escravista. É o trabalho, são os estudos, é a academia, é a família... e tantas outras coisas tomando todos os espaços em nossa agenda diária. Sobra o quê de nós para que ofereçamos a Deus? Praticamente nada. Não há tempo – nem interesse ou disposição – em orar, em ler a Bíblia, em ser cheio do Espírito Santo, em buscar o Reino de Deus e a sua justiça. Não conseguimos, portanto, cumprir à carreira para qual por Ele fomos vocacionados. Sobre isto, vejamos o que disse Jesus: 
“Jesus respondeu: — Nesta vida os homens e as mulheres casam. Mas as pessoas que merecem alcançar a ressurreição e a vida futura não vão casar lá” (Lc 20:34, 35 – NTLH). 
Ou seja, se casar, sob esse contexto, simboliza a realização de objetivos pessoais, uma vez que o casamento indica a formação de uma nova família - na época em que Jesus proferiu essas palavras a constituição familiar era a maior realização na vida do homem, já que o regime na lei era patriarcal e, portanto, não ter família era motivo de desonra social. Jesus está dizendo que isto também é comum aos do mundo, mas que aos crentes, não devem ser tido como prioridades.

É preciso que entendamos que não há nada de errado em que façamos todas essas coisas. O problema está nas prioridades. Absolutamente nada que façamos é superior ao cumprimento da vontade (do chamado) de Deus. Nada. Sobre isto, olha só o que disse o apóstolo Paulo: 

“Para terminar: meus irmãos sejam alegres por estarem unidos com o Senhor. Não me aborreço de escrever, repetindo o que já escrevi, pois isso contribuirá para a segurança de vocês. Cuidado com os que fazem coisas más, esses cachorros, que insistem em cortar o corpo! Porque os que receberam a verdadeira circuncisão fomos nós, e não eles. Nós adoramos a Deus por meio do seu Espírito e nos alegramos na vida que temos em união com Cristo Jesus em vez de pormos a nossa confiança em cerimônias religiosas como a circuncisão. É verdade que eu também poderia pôr a minha confiança nessas coisas. Se alguém pensa que pode confiar nelas, eu tenho ainda mais motivos para pensar assim. Fui circuncidado quando tinha oito dias de vida. Sou israelita de nascimento, da tribo de Benjamim, de sangue hebreu. Quanto à prática da lei, eu era fariseu. E era tão fanático, que persegui a Igreja. Quanto ao cumprimento da vontade de Deus por meio da obediência à lei, ninguém podia me acusar de nada. 
No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor. E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com ele. Eu já não procuro mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé em Cristo que eu sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé. Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da sua ressurreição. Quero também tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, com a esperança de que eu mesmo seja ressuscitado da morte para a vida” (Fp 3:1-11 – NTLH).
O apóstolo está dizendo que como um judeu, ele foi completo e isso era motivo de orgulho máximo para qualquer judeu – Paulo adquiriu o equivalente às nossas pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado -, mas, ao conhecer Cristo, priorizou sua vocação. Por isto disse à Timóteo: 
“Quanto a mim, a hora já chegou de eu ser sacrificado, e já é tempo de deixar esta vida. Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda” (2 Tm 4:6-8 – NTLH).
Priorizamos ao que reputamos por mais importante e fundamental a nós. Assim, entregamos a Deus os míseros dízimos de nossas vidas, ao passo que o que Ele quer são os 100% que são dele por direito adquirido. E o pior é que nos achamos os mais dignos de todos, como se a entrega descompromissada desses miseráveis dízimos de existência fossem grande coisa. Não são! Aliás, para Deus, tais dízimos não significam absolutamente nada. Vejamos o que dizem as Escrituras sobre isto: 
“Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro. Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? Portanto, não fiquem preocupados, perguntando: 'Onde é que vamos arranjar comida?' ou 'Onde é que vamos arranjar bebida?' ou 'Onde é que vamos arranjar roupas?' Pois os pagãos é que estão sempre procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas” (Mt 6:19-21, 24b, 25a, 31-33 – NTLH). 
É chegada a hora e este é o tempo que se chama hoje para que nos avaliemos e mudemos urgentemente essa nossa vã maneira de viver. Não nos enganemos mais na ilusão de conseguiremos enganar a Deus. É válido nos lembrar do conselho dado pelo sábio Salomão direcionado aos jovens, mas que, cuja essência deve ser absorvida por todos nós:
“De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal” (Ec 12:13, 14 – NTL)