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sexta-feira, 27 de março de 2015

QUEM AMA, NÃO TRANSA: FAZ AMOR NO CASAMENTO!

Sempre que se fala em virgindade (aliás, pouquíssimo se fala hoje em dia), logo pensamos nas meninas. Mas quando a Bíblia fala sobre a pureza sexual dos solteiros ela não se refere apenas à elas, mas também à eles. As coisas hoje em dia andam tão sem controle que a virgindade tornou-se motivo de deboche por parte dos mais “liberais”. Assim, a sexualidade tem andado adoecida por tanta liberalidade, tanta permissividade, tanta promiscuidade às quais muitas pessoas submetem seus corpos em busca de saciarem taras, desejos, fetiches cada vez mais intensos e proporcionalmente bizarros. O pior é quando essa lamentável contestação aponta seus venenosos tentáculos em direção à juventude cristã. Neste artigo vou tratar desse assunto sem papas na língua. Propositadamente irei dar mais ênfase à virgindade masculina.

Conceito de virgindade feminina – viés biológico 


Em linhas gerais, a biologia define o conceito de virgindade em termos técnicos. O hímen é uma membrana localizada na vulva de algumas fêmeas de mamíferos, cuja principal função é evitar infecções que poderiam ocorrer nesta região, nas fases iniciais da vida do indivíduo. Ele pode ter diferentes espessuras e formas sendo, geralmente, rompido na primeira relação vaginal, com sangramento ou não, já que é pouco irrigada.

Em algumas culturas, e em indivíduos com determinados tipos de criação, é esta estrutura que caracteriza a virgindade feminina. Entretanto, o hímen pode ser eliminado em circunstâncias diferentes, como durante a equitação; ou mesmo perdurar após algumas relações. Neste segundo caso, geralmente se trata do chamado hímen complacente, que possui elasticidade considerável. 

Sabe-se, além disso, que algumas mulheres optam pelo sexo anal, ou oral, para não perderem a membrana, e assim oficialmente permanecem virgens. Há inclusive o caso de mulheres que nascem sem o hímen, mas são consideradas virgens até a realização do primeiro ato sexual.

Para algumas outras pessoas, a virgindade é caracterizada pela ausência de relações sexuais, do nascimento até o presente momento. Entretanto, é também controverso este tipo de abordagem, já que não existe apenas uma modalidade sexual.

Independentemente do que seja, realmente, a virgindade, algumas questões relativas à sexualidade devem ser ressaltadas. Uma das principais talvez seja a maturidade, tanto física quanto emocional, para a prática de tal ato; considerando que doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, ou mesmo sequelas emocionais são fatores cuja pessoa de vida sexualmente ativa não está imune, caso não tome as providências necessárias para tais. 

Mas, enfim, tecnicamente falando, para a biologia, a virgindade de uma mulher não é eliminada em qualquer ato sexual. 

Conceito de virgindade masculina – viés biológico


Pesquisei em vários compêndios biológicos de fontes fidedignas e em nenhum deles não há nenhum registro sobre qualquer característica física ou técnica que conceitue a virgindade masculina. Com isso, sou obrigado a concordar que, tanto para o homem quanto para a mulher, a virgindade está mais associada ao emocional, ao espiritual do que, necessária ou especificamente, com o físico. E estou em linha com o pensamento de Jesus que disse: 
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério.’ Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.” (Mateus 5:27, 28 - NTLH)
É sabido que aqui Jesus tratava acerca do adultério, mas o princípio (a essência!) é abrangente.

Virgindade masculina – olhando nos olhos deles


A virgindade masculina é tão insignificante hoje em dia, que se um jovem afirmar que ainda é virgem, pode passar por ridículo até em um grupo de amigos cristãos! Mas já é hora de mudarmos os conceitos. A Virgindade para o cristão é uma tremenda vantagem em um mundo erotizado e cheio de instabilidade emocional. Toda experiência que passamos, seja sexual ou qualquer outra é gravada em nosso cérebro; isto é feito através de trilhas de neurônios, ativadas nos vários centros do cérebro responsáveis pelos sentidos e funções fisiológicas. Muitas dessas trilhas passam no sistema de recompensa do cérebro, conferindo satisfação e prazer. 

Não sou psicólogo, mas...

O sexo é uma das maiores experiências de recompensa que o cérebro oferece ao homem, sendo assim as trilhas de neurônios que veiculam os impulsos sexuais para o hipotálamo são trilhas de preferência aos elétrons que circulam o cérebro em uma atividade sexual ou contato com o sexo oposto. Essa eletricidade vai estimular a hipófise e neuro-transmissores serão liberados, glândulas secundárias também serão ativadas e hormônios despejados na corrente sanguínea, nos oferecendo o prazer da relação sexual. Essa experiência é tão marcante e significativa, que a primeira relação sexual determina os rumos que tomarão a nossa vida sexual e nosso patrimônio emocional.

Traumas são comuns nas primeiras experiências sexuais quando ocorrem de forma antecipada, violenta ou abusiva; a experiência sexual para o cérebro é muito impressiva, e ocorrendo de forma traumática, vai estabelecer conexões neuronais que impedirão um prazer ou relação normal. Os traumas sexuais e outros mais são difíceis de serem tratados e requerem tempo devido a essas fortes impressões que são feitas no cérebro. Serão necessárias muitas terapias para uma reconceituação subconsciente e formação de novas trilhas para o prazer onde a violência e o abuso estejam fora dos caminhos da memória.

Daí a importância da primeira relação sexual; os estímulos e o nível de prazer oferecidos irão dopar a pessoa a um nível viciante, e se for uma única pessoa estabelece-se a fidelidade. Caso ocorram várias relações furtivas e com pessoas diferentes surge o mecanismo da promiscuidade. Como o homem é ativado sexualmente pela visão, o mecanismo da promiscuidade vai sempre lhe estar apresentando a possibilidade de prazer com mulheres variadas. Como o homem geralmente não tem uma única relação sexual (a maioria) grava em sua memória um patrimônio afetivo diversificado; o prazer sexual passa a ser na diversidade de companheiras sexuais.

A virgindade masculina é imprescindível mas NÃO É um antídoto contra o pecado

A virgindade masculina garante uma grande possibilidade de sucesso na fidelidade conjugal e estabilidade emocional; a promiscuidade sexual é uma programação do cérebro para o prazer na diversidade, ou na furtividade emocional. Um jovem que se mantêm virgem para o casamento tem grandes possibilidades de sucesso na sua vida emocional e afetiva. A sua experiência sexual, com certeza vai ser mais prazerosa, pois não vai haver comparações com experiências anteriores. O risco do adultério não vai estar ausente, é obvio, mas prazer sexual para este indivíduo, não será na variedade sexual.

Muitos poderão dizer que aqueles que se casam virgens, também desfazem os casamentos ou praticam o adultério. Concordo, não é o fato de se manter virgem que nos eliminará o “vírus”do pecado. Mas o indivíduo que controla os seus impulsos e se mantêm firme em seus princípios, honrando a Deus, tem maiores chances de vitória e sucesso. O próprio Criador capacitará a esses, dando-lhes força moral, pureza e fidelidade, que é o frutos do espírito. Portanto, entendam, senhores varões solteiros: manter-se virgem não é um princípio só para elas.

Conclusão 


Na Bíblia não encontramos em lugar algum o termo virgindade e sim conceitos e princípios sobre a importância da pureza sexual entre os solteiros. 

Quando Deus criou o homem, ele já falou que a solidão não faria bem. Ele nos criou como pessoas que precisam de outras pessoas. No geral, o ser humano precisa de relações familiares e de envolvimento social. Mais importante ainda é a nossa necessidade espiritual – precisamos de relacionamentos com Deus e com outras pessoas no contexto de uma família espiritual. Deus nos deu, também, desejos que são satisfeitos numa relação especial entre homem e mulher. O casamento continua digno de honra (Hebreus 13:4). Mas antes de casar, ou se não casar, como deve ser o comportamento do servo santificado? 

Os solteiros devem manter a pureza sexual

No plano de Deus, relações sexuais são reservadas exclusivamente ao casamento lícito de um homem e uma mulher. O leito matrimonial é puro (Hebreus 13:4). O casamento – e a relação sexual do casal – é uma resposta à dificuldade de manter a pureza (1 Coríntios 7:2-5). Deus claramente condena relações sexuais ilícitas (fornicação, prostituição, impureza) e atos relacionados (Gálatas 5:19). 

Pensamento e procedimento na batalha contra a carne

Há uma forte ligação entre o que pensamos e o que fazemos. Para evitar atos proibidos e prejudiciais, precisamos controlar os pensamentos. Jesus ilustrou esta necessidade quando falou de desejos impuros. Ele não somente condenou o ato de adultério, mas falou que o pensamento que leva ao ato é errado também (Mateus 5:27-30). Válido também ir ao conhecido e sempre recorrido texto de Romanos 12:1, 2 e também ao de Filipenses 4:8, 9 – 
“Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês.” [NTLH]

O discípulo de Cristo precisa enfrentar a realidade atual. Vivemos num mundo sensual que procura destruir as nossas defesas. O mundo oferece e incentiva a participação em muitas atividades sensuais. O cristão que quer proteger a sua pureza precisa resistir às tentações da sensualidade e da erotização (em linhas gerais), o incentivo de “ficar” e comportamentos considerados normais (no mundo) para os namorados. Os solteiros do mundo podem achar normal ter muito contato físico, beijos demorados, “mão” naquilo e “aquilo” na mão etc., mas o servo do Senhor vive conforme um padrão mais elevado. Além das atividades sensuais, o mundo oferece muitos outros estímulos para cultivar pensamentos sensuais. Além das tendências da moda de incentivar o uso de roupas sensuais, qualquer pessoa hoje enfrenta as influências de pornografia, fotos, filmes, músicas e literaturas sensuais. 

A pressão de “amigos”, ou das atitudes da sociedade, também incentiva a imoralidade. Muitas pessoas tratam os desejos sexuais como necessidades que precisam ser satisfeitas, recusando aprender como controlar e negar os próprios desejos. O desenvolvimento de diversos métodos de prevenção de algumas consequências é visto por muitos como permissão para atividade sexual sem respeito pelos limites morais impostos pelo Criador. 

Por fim...

Para evitar pensamentos errados - que, consequentemente culminaram em atitudes erradas -, é necessário cultivar pensamentos bons. Deus não nos deixa com um vazio mental (tirar os pensamentos errados sem deixar nada no lugar). Ao mesmo tempo que ele nos ensina a evitar maus pensamentos, ele oferece coisas boas para encher o espaço. Ele falou para fugir das paixões da mocidade e, logo em seguida, disse para seguir a justiça, a fé, o amor e a paz, invocando o Senhor com coração puro (leia 2 Timóteo 2:22).

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