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sábado, 24 de novembro de 2018

25 DE NOVEMBRO: DIA MUNDIAL DO DOADOR VOLUNTÁRIO DE SANGUE

O Dia do Doador Voluntário de Sangue é comemorado anualmente em 25 de novembro no Brasil. A data, além de homenagear as pessoas que reservam um tempinho do seu dia para doar sangue, também serve para informar e conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de sangue.

Considerando o crescente aumento da população e os importantes avanços tecnológicos ocorridos no campo da Medicina, o setor de assistência hemoterápica apresenta-se como área fértil para o desenvolvimento de estudos mercadológicos. Nesse cenário, um estudo desta natureza é relevante por tratar-se de um mercado carente e com múltiplas necessidades.

Observa-se a importância da narrativa econômica nesta área, pois para a prestação de serviços hemoterápicos é necessário empregar pessoas e aplicar recursos. Desta forma, deve-se evidenciar que o setor, composto pela hemorrede pública estadual e municipal (hemocentros e suas unidades), complementada pela iniciativa privada (serviços de hemoterapia e bancos de sangue) é formado por instituições orientadas para objetivos e dedicadas a produzir produtos e serviços para satisfazer as necessidades dos clientes, que podem ser consumidores, usuários, associados, contribuintes.

Assim, evidencia-se que a partir do conhecimento das necessidades dos doadores os hemocentros, serviços de hemoterapia e bancos de sangue podem aprimorar suas relações com estes. Pois, à medida que se tornam mais dinâmicas as necessidades dos doadores, aumentam as exigências da capacidade de resposta das instituições, com vistas a disponibilização de recursos humanos e materiais. 

Nesse sentido, vai-se ao encontro do que preconiza a Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, que visa aumentar o número de doadores. A meta é elevar o percentual de doadores.

A importância das campanhas para o incentivo à doação de sangue 


Nesse contexto, destaca-se que o propósito do marketing é atender e satisfazer necessidades e desejos. Entretanto, a estratégia de marketing de serviços exige não apenas marketing externo, mas também marketing interno para motivar os colaboradores e marketing interativo visando à qualidade da interação doador-instituição. Esta estratégia permite que a instituição aprimore seus serviços e crie valor agregado para o doador. Pois estes avaliam a qualidade dos serviços de acordo com alguns critérios: aspectos tangíveis, competência, velocidade de atendimento, flexibilidade, credibilidade, segurança, acesso e custo, entre outros.

Em uma unidade hemoterápica ocorre que o doador e os colaboradores interagem para criar o serviço. Os prestadores de serviços necessitam trabalhar eficazmente para criar valor superior durante esses contatos. A intenção deste artigo, portanto, é contribuir com o Programa Nacional de Doação Voluntária de Sangue (PNDVS) e sensibilizar as instituições para aprimorar a captação de doadores.

Marketing na doação de sangue


Recentes mudanças na percepção do público sobre os riscos e benefícios da transfusão de sangue têm afetado a prática da doação de sangue. Estudos sobre a escassez de sangue motivaram as instituições a implementar estratégias de marketing 3,4. A capacidade das instituições para o atendimento à população depende da sua habilidade em compreender e dominar esse ambiente.

Destaca-se que a doação de sangue no Brasil é um ato voluntário, conforme disposto na Constituição da República e na Portaria n. 343 (Diário Oficial da União 2002; 19 fev) que estabelecem que não é admitido qualquer tipo de remuneração para a doação. A doação altruísta é, assim, a fonte de matéria-prima das unidades hemoterápicas.

Segundo o Ministério da Saúde, em torno de 3,5 milhões de bolsas de sangue são coletadas anualmente no Brasil. O maior desafio enfrentado pelas instituições de saúde, portanto, é manter e incrementar a doação de sangue, pois os doadores representam apenas 1,7% da população brasileira.

Com o intuito de elevar estes números, o PNDVS foi instituído pelo Governo Federal, Ministério da Saúde, em novembro de 1998, tendo por objetivo envolver a sociedade brasileira, levando-a a participar ativamente do processo de doação de sangue de forma consciente e responsável, através de ações educativas e de mobilização social, visando a garantia da quantidade adequada à demanda do país e a melhoria da qualidade do sangue, componentes e derivados.

Ato voluntário, ato de amor ao próximo, sem saber que é o próximo


No caso do doador voluntário, que vai doar levado por vários motivos, desde a dádiva, o altruísmo e até agradecimento por já ter sido ajudado dessa mesma forma, mais importante se torna este estudo. O doador voluntário, em um primeiro momento, vai doar guiado ou por um pedido, que pode ser de um amigo ou parente que esteja necessitando de sangue, ou por uma fonte, que pode ser a indicação de alguém que já doou nesse lugar. 

A percepção dessa fonte, um indivíduo fora de seu ambiente familiar, geralmente sob pressão de tempo, provavelmente cansado e talvez fragilizado por doar para um familiar que está necessitado, demonstra a importância de converter essa experiência em algo que acrescente valor para o doador a ponto de que este se torne uma boa fonte de referências 6.

As percepções do usuário sobre o atendimento podem servir para diferenciar a oferta em serviços semelhantes. Seres humanos provavelmente são guiados por motivos racionais que influenciam suas decisões de doar sangue. A confiança é um fator importante, porque envolve escolher tendo a convicção de que o resultado depende das ações da instituição, que o beneficiarão ou pelo menos não serão nocivas. Se os colaboradores da instituição falharem em realizar os procedimentos, levando em consideração que a implementação desse serviço exige um contato pessoal entre o prestador do serviço e o doador, isso resultará em danos para os doadores.

Na doação de sangue, onde o cliente não vai comprar um serviço, mas, sim, doar e possibilitar uma prestação de serviço que vai, ao final, beneficiar outra pessoa, a observação detalhada dos itens acima e o consequente aproveitamento dessas informações pode influenciar a prestação de serviços particularmente nas tarefas de contato com o doador. Assim, a verdadeira decisão para doar sangue envolve a escolha racional de confiar nas instituições e nos métodos que utilizam.

Hemocentros, serviços de hemoterapia e bancos de sangue


Estas instituições têm uma importância social muito grande. Primeiro, por atender pacientes, que, sem reposição sanguínea, não sobreviveriam. Segundo, devido a determinações legais, um hospital não pode funcionar sem uma unidade hemoterápica. Para a indústria, que recebe o excedente, isto é, o que não foi utilizado na transfusão, a falta de doadores se transforma em falta de matéria-prima, gerando produção menor, que não atende a demanda.

Porém, verifica-se que a preocupação maior de cada unidade hemoterápica é com o atendimento das necessidades dos pacientes. Nos casos de urgências (acidentes graves) é de suma importância o pronto atendimento. Existem, também, pacientes com doenças crônicas, graves, que necessitam fazer transfusões regularmente, casos das hemodiálises, onde a busca por doadores é enorme.

Assim, a busca do doador voluntário e habitual se deve principalmente à segurança, mas também à economia, pois doadores testados e retestados significam bolsas de sangue com margem maior de segurança para o receptor e menos exames sorológicos desprezados. Se toda a população realizasse esses exames com frequência, estes teriam um caráter preventivo e muitas doenças poderiam ser evitadas ou acompanhadas. Nesse contexto, torna-se relevante destacar as variáveis consideradas importantes pelo doador.

Variáveis importantes na doação de sangue


Estudos demonstram que diversas variáveis são importantes na doação de sangue. Especialistas testaram variáveis atitudinais diretamente relacionadas com a doação de sangue. Essas variáveis atitudinais incorporam três aspectos: 
  • a confiança individual na unidade hemoterápica; 
  • medo pessoal de adquirir problemas de saúde pelo ato de doar; 
  • medo geral que as pessoas associam à doação de sangue. 
Neste trabalho foi evidenciada a importância da confiança do doador no atendimento prestado. Segundo os autores, se as pessoas não confiam nos bancos de sangue, as implicações dessa atitude podem afetar o suprimento de sangue.

O esforço de marketing da instituição, portanto, é transformar a primeira doação voluntária em doação contínua. Isto é, aumentar gradualmente as doações voluntárias e espontâneas, com consequente fidelização do doador.

Ainda é possível verificar a possibilidade de existir uma diferença significativa entre doadores e não-doadores quanto ao risco percebido. Estudiosos analisaram a influência dos fatores de risco físico (AIDS etc.), psicológico (medo), social (responsabilidade moral) e de tempo (falta de tempo) na decisão de doar sangue. Os estudiosos ainda observaram a eficácia do layout no processo de doação, considerando a relevância dos fatores físicos da arquitetura interior de um banco de sangue na decisão dos doadores. 

Cientistas pesquisaram os tributos importantes da doação voluntária de sangue através da identificação das características pessoais dos doadores, dos aspectos ambientais e dos aspectos da interação doador-instituição que podem influenciar a doação. Eles estudaram ainda o perfil dos doadores de sangue após adoção de estratégias mercadológicas. Também investigaram os conhecimentos, atitudes e experiências sobre doação de sangue, para descobrir as barreiras que limitam a doação e os canais mais eficientes para desenvolver um programa de doação mais efetivo.

Confiança acima de tudo


Nos estudos citados, é observada a importância da confiança do doador no atendimento prestado. Enfatiza-se neste ponto que a confiabilidade do serviço (o desempenho confiável e preciso do serviço) é o coração da excelência do marketing de serviços. Do ponto de vista do usuário, a prova de um serviço é sua realização impecável. Essa percepção é importante na medida em que se assenta sobre o que é percebido pelo doador, podendo ser descrita como o julgamento deste sobre a excelência do serviço.

As pesquisas analisadas mostram a nova tendência das unidades hemoterápicas de utilizar instrumentos de marketing para que seja possível a expansão da base de doadores de sangue. As informações sobre os doadores são importantes para os colaboradores e administração, propiciando o conhecimento dos atributos considerados pelos doadores.

Atributos importantes para a doação de sangue


Especialistas enfatizam que a necessidade cada vez maior de sangue tem despertado o interesse dos pesquisadores para descobrir as razões que levam as pessoas a doar sangue. O desenvolvimento de estudos junto aos doadores de sangue vem evoluindo significativamente. Pesquisadores continuam buscando descobrir os motivos e atributos que levam pessoas a doar várias vezes. Por outro lado, busca-se a construção de um relacionamento fiel com o doador, oferecendo um conjunto de benefícios que os doadores considerem valiosos, a ponto de retornar voluntariamente em outras ocasiões.

Entre os aspectos examinados estão as variáveis demográficas, características de personalidade, incentivos e influências sócio-culturais. Segundo estudos o desafio maior das instituições de saúde é manter e aumentar o conjunto dos doadores de sangue.

De acordo com os especialistas, existem vários aspectos que levam o indivíduo a doar sangue: 
  • altruísmo/humanitarismo; 
  • programas de garantia ou pré-depósito; 
  • reposição; 
  • pressão social;
  • necessidades da comunidade;
  • recompensa; e 
  • publicidade.
Para eles o mais significativo desses aspectos é o altruísmo (amor ao próximo, filantropia) e a dádiva (oferta, donativo, presente), ato motivado por outros valores que não o lucro, a competitividade ou o sucesso. O ato de doar auxilia a humanidade e é uma ajuda para aqueles que estão necessitados. 

Nesse sentido, comenta a moral da dádiva-troca e enfatiza os fenômenos da vida econômica, citando que do mesmo modo que as dádivas não são livres, não são tão desinteressadas. Este comentário remete, à busca dos motivos, da causa da doação voluntária de sangue.

Eles sugerem ainda que a teoria de atitude tem muito a contribuir para a compreensão do comportamento e das razões do doador de sangue. Uma atitude é geralmente definida como uma predisposição para responder a um objeto dado de maneira favorável ou desfavorável. Uma suposição comumente aceita é que as atitudes variam ao longo de uma dimensão única de positiva para negativa. 

Qualquer pessoa considera atributos quando faz uma escolha. A identificação e avaliação desses atributos orientarão, por consequência, a instituição a buscar esse doador. Porém, do mesmo modo que existem razões para doar, existem também as razões para não doar, o que, dentro deste contexto, destaca-se devido à influência que exercem junto aos possíveis doadores.

Razões para não doar sangue


Embora a questão principal seja definir por que as pessoas doam sangue, poucas pesquisas perguntam aos não-doadores quais as razões para não doar. Pesquisadores da saúde e das ciências do comportamento têm tentado, de várias maneiras, explicar o que diferencia o doador do não-doador. Ao abordar essa questão enfatiza os aspectos negativos, isto é, as razões mais largamente utilizadas para não doar sangue: 
  • medo; 
  • desqualificação médica; 
  • reações à doação; 
  • apatia (insensibilidade); e 
  • conveniência.
Este resultado sugere que o ato de doar sangue representa uma aproximação e uma fuga, um conflito: para o doador ativo, para o doador potencial e para o não-doador. Citam que existem aspectos negativos e aspectos positivos associados ao ato de doar sangue. Para o doador ativo, a importância dos aspectos positivos é maior do que os aspectos negativos, enquanto que para o não-doador é o contrário. Então, para ter sucesso no recrutamento dos doadores, a sugestão seria mudar a balança dos aspectos negativos para positivos, de modo que os positivos predominem.

Nesse sentido, os autores da pesquisa sustentam que as campanhas de informação deveriam enfatizar os aspectos positivos neutralizando os aspectos negativos. Um passo especialmente importante para transformar o não-doador em doador seria a concentração de esforços durante a primeira doação e o uso desta oportunidade para a conversão destes em doadores regulares, através da persuasão, do atendimento e das informações prestadas a respeito de todos os procedimentos.

Porém, muitas perguntas permanecem sem respostas na área dos atributos motivacionais relacionados à doação de sangue. A meta final, certamente, é a melhoria das técnicas de recrutamento de doadores; o aumento do número de doadores e o conhecimento das razões dos não-doadores. Entretanto, busca-se ressaltar a influência da confiança do doador na instituição, enfatizando a interação de serviço como fator atenuante das dúvidas e/ou medos do doador.

Conclusão


Doar sangue é um ato de solidariedade humana, que ajuda a salvar milhares de vidas todos os dias, através das transfusões de sangue. Atualmente no Brasil, são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, segundo dados do Pró-Sangue.

No Dia Nacional do Doador de Sangue, os Bancos de Sangue de todo o país realizam atividades lúdicas e mutirões de coleta em escolas, hospitais, shoppings, praças e demais espaços de acesso público.

Origem do Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue


O Dia do Doador Voluntário de Sangue foi estabelecido através do Decreto de Lei nº 53.988, de 30 de junho de 1964, assinado pelo presidente Castello Branco, definindo o dia 25 de novembro - data do aniversário da fundação da Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue - como a data oficial do doador de sangue no Brasil.

Os doadores também podem celebrar o digno ato de doar sangue no dia 14 de junho, o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Saiba mais sobre o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Quem pode doar sangue


Para doar sangue é necessário seguir algumas regras, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):
  • Homens e mulheres;
  • Ter entre 16 e 68 anos;
  • Ter acima de 50 quilos;
  • Não ter Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (AIDS), HTLV ou outra doenças crônicas;
  • Estar bem alimentado e descansado;
  • Se estiver gripado, esperar no mínimo sete dias para poder doar sangue;
  • As grávidas devem esperar entre 90 e 180 dias após o parto para doar sangue;
Após uma doação de sangue as mulheres devem esperar 90 dias para voltar a doar, enquanto que os homens devem esperar no mínimo 60 dias.

Como, infelizmente, sou doente crônico (sou diabético tipo 1 e portador de LCC), não posso ser doador de sangue, mas em duas ocasiões já fui beneficiado por doadores voluntários e anônimos. Por isso, se eu pudesse, sem dúvida alguma eu não pestanejaria em também doar. Aliás, espiritualmente falando, fui salvo pela doação do sangue mais precioso de todos: o sangue de Jesus derramado na cruz do calvário.

[Fonte: Scielo]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

LIVROS QUE EU LI - "DECEPCIONADO COM DEUS", PHILIP YANCEY


De início devo dizer que Philip Yancey não é dos meus autores preferidos. Tenho muitos questionamentos sobre a linha doutrinária que ele defende, mas, em especial esse livro, é uma obra com relevante coerência. Antes de falar do livro, vou falar um pouco 

sobre o autor.


Philip Yancey é um jornalista e escritor cristão norte americano, ele escreve sobre diversos temas que norteiam a alma humana. Yancey é escritor de diversas obras de grande repercussão, dentre elas "Alma Sobrevivente", também editada pela Mundo Cristão. Por 11 vezes ganhou o principal prêmio editorial dos Estados Unidos - Gold Medallion. Mestre em Comunicação pela Wheton College e em Língua Inglesa pela Universidade de Chicago, atualmente é editor independente da prestigiada revista Christianity Today. Ele e a esposa residem em Evergreen, Colorado.

Da realidade à realidade


Nesta obra Philip traz à tona o problema do sofrimento humano e se propõe a discutir (à luz da Bíblia) este assunto que muitos preferem evitar. A motivação do jornalista para escrever esta obra é descrita no início do livro. Philip teve contato com Richard, um jovem estudante de teologia que estava escrevendo um livro sobre a história de Jó. Ele foi solicitado para auxiliar o estudante nesta tarefa. Porém quando o livro já está pronto, na gráfica, Richard encontra com Philip e diz não acreditar em mais nada que escreveu e que toda sua fé e entusiasmo haviam desaparecido. A partir dessa história de descrença, Philip escreve o livro "Decepcionado com Deus".

Quem é Deus?


A discussão do tema gira em torno de três perguntas: Deus é injusto? Deus está calado? Deus está escondido? Se você já fez alguma dessas perguntas mesmo que no silêncio do seu ser, você precisa ler esse livro. O autor utiliza exemplos de personagens bíblicos e de pessoas que ele mesmo conheceu que em algum momento da vida ficaram decepcionados com Deus.

Quando estamos em meio a problemas e só recebemos o silêncio de Deus somos impulsionados a perguntar por que Ele se esconde, por que se mantém calado frente ao sofrimento humano mesmo sendo um Deus de amor... E quanto a essas indagações o autor conduz o leitor a tentar entender como é ser Deus. 

Assim começa uma abordagem bíblica de como era o Pai, como Ele manifestava e como foi descrito no antigo testamento. Depois escreve sobre Jesus, qual foi sua função aqui na Terra e como se relacionava com os humanos. Finalizando descreve o papel do Espírito Santo relacionando com os fatos bíblicos a partir do Pentecostes.

O que mais gostei do livro é que o escritor não entra em delongas teológicas sobre os infindáveis e inúteis acerca da unicidade ou trindade divinas, não ousa determinar uma resposta, também não se utiliza de clichês que não satisfazem a alma humana. Apenas apresenta e discute fatos que fazem você chegar à sua própria conclusão.

Por fim, Philip Yancey fala sobre o papel da dor na formação do caráter e da restauração da relação entre Criador e criatura. Ele vai contra a dita "teologia da prosperidade" - este foi um dos pontos que mais me agradaram no livro, uma vez que tenho verdadeira ojeriza por essa doutrina diabólica -, pois a Bíblia nunca disse que só por sermos cristãos nossa vida seria um mar de rosas. 

É só lembrarmos de tantos fiéis que sofreram, como Jó, Paulo, João Batista e até Jesus, o próprio filho de Deus. Aliás, a vida dos apóstolos é mais do que uma prova de ser cristão não blinda a absolutamente ninguém de sofrimentos em todas as esferas da vida. Válido lembrar uma célebre frase do apóstolo Paulo, que não deve constar na Bíblia que esses caras que insistem em espalhar o "evangelho do comodismo":
"Tu, porém, tens seguido atentamente minha teologia, procedimento, propósitos, fé, paciência, amor, perseverança; observado minhas perseguições e aflições, que sofri em Antioquia, Icônio e Listra. Quantas perseguições suportei! 
Contudo, de todas o Senhor me livrou! De fato, todas as pessoas que almejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidas. 
Todavia, os perversos e impostores andarão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Tu, no entanto, permanece no ensino que recebeste e sobre o qual tens plena convicção, sabendo perfeitamente de quem o tem aprendido. 
Porque desde a infância sabes as Sagradas Letras que têm o poder de fazer-te sábio para a salvação, por intermédio da fé em Cristo Jesus. 
Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver; a fim de que todo homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar todas as boas ações" (1 Timóteo 3:11-17, grifos meus). 
Ao invés de preocuparmos em ter uma vida perfeita nessa Terra —  o que nunca foi prometido por Deus, diga-se de passagem —  deveríamos nos ocupar em ser semelhantes a Jesus, assim tudo faria mais sentido!

Retendo [apenas] o que é bom

 
Quando fiquei sabendo sobre esse livro, através da indicação de um site, até resisti, pois já tinha ouvido e lido algumas coisas ruins a respeito desse autor. Então, eu não sabia exatamente o que esperar, e cheguei a pensar se o livro não teria apenas conteúdo de auto ajuda ou um monte de heresias nada bíblicas. Por fim, afastei os pré-conceitos e pensei que mesmo que acontecesse alguma dessas opções eu muito provavelmente conseguiria tirar algo bom para mim do livro, como aconteceu com todas as leituras que fiz até aqui, mesmo que eu não tenha gostado muito de todas elas. Assim, comecei a leitura.

Trecho do livro


"Ocorreu-me, enquanto lia os Evangelhos, que, se todos nós da Igreja gastássemos nossas vidas tal como ele fez — ministrando aos doentes, alimentando os famintos, resistindo aos poderes do mal, consolando aqueles enlutados e levando as Boas Notícias de amor e perdão — então talvez a pergunta 'Deus é injusto?' não fosse feita hoje em dia com tanta urgência."
Richard, um jovem estudante de teologia entra em contato com Philip pois está escrevendo um livro sobre a história de Jó. Então, Philip começa a ajudar o rapaz no desenvolvimento do livro e, inclusive, escreve o prefácio do mesmo. Mas quando o livro já está pronto, na gráfica, as vésperas do lançamento, Richard se encontra com Philip e lhe diz que perdeu a fé, devido a uma série de "frustrações que tem com Deus".

Trecho do livro


"E a fé é, afinal, um tipo de saudade — de um lar que jamais visitamos, mas que nunca deixamos de anelar."
Motivado por esse e diversos outros testemunhos de pessoas decepcionadas e tendo a sua própria cota de frustração com Deus, Yancey decide estudar e escrever sobre a assunto. E, assim espera entender e responder três perguntas que todo cristão já se fez: "Deus é injusto?", "Deus está calado?" e "Deus escondeu-se de mim?". Para responder essas perguntas ele busca conhecer melhor a Bíblia e chega a algumas respostas. Talvez não as respostas que queremos ouvir, mas foram respostas bastante sensatas e embasadas. Curiosamente, o testemunho que mais me marcou foi de um homem que apesar de ter passado por todo azar de dificuldades e injustiças não se sentia decepcionado com Deus.

Trecho do livro


"— Desafio você a ir para sua casa e ler de novo a história de Jesus. A vida foi 'justa' com Ele? Para mim, a cruz acabou definitivamente com a crença enraizada de que a vida será justa."
O autor divide o livro em duas partes, na primeira ele se propõe a explorar a Bíblia para ver aquilo que realmente podemos esperar de Deus, e, na segunda, se dirige para questões mais práticas e existenciais e aplica as ideias que desenvolveu em situações reais. 

Dessa forma, ele começa falando sobre o Antigo Testamento, uma época em que Deus se mostrava claramente e os israelitas viam seu poder em todo o tempo, mas, mesmo assim estavam sempre pecando e desobedecendo. Pois, todo esse poder não gerava fé e amor nos corações do povo. Depois ele passa pelo Novo Testamento. E, por fim, faz uma análise incrível sobre o livro de Jó. Sempre contextualizando as suas reflexões para os nossos dias.
 

Trecho do livro


"Será que uma erupção de milagres sustentaria a fé? Provavelmente não; pelo menos não sustentaria o tipo de fé em que Deus parece estar interessado. Os israelitas são uma grande demonstração de que os sinais só conseguem nos tornar viciados em sinais, não em Deus."
Uma coisa que me incomodou um pouco foi que o autor colocou as referências bíblicas ao fim dos capítulos e eu particularmente preferia que ele tivesse usado parênteses e colocado elas no meio do texto (assim como faço aqui no blog). Acho que faz mas sentido quando lidas junto com a reflexão que ele fez sobre elas, sem contar que ver todas aquelas referências juntas no final do capítulo as vezes batia uma preguiça de abrir e ler cada uma delas. Mas essa foi uma escolha do autor.

Trecho do livro


"Digo isto com muito cuidado, mas fico imaginando se um desejo veemente, insistente de milagres — digamos, de uma cura física — algumas vezes não denuncia uma falta de fé, em vez de uma abundância dela. Tais orações podem, como as de Richard, estabelecer condições para Deus. Quando ansiando por uma solução miraculosa para um problema, fazemos com que nossa lealdade a Deus dependa de ele se revelar mais uma vez no mundo visível?"
No fim, o livro me surpreendeu positivamente, Philip trouxe um olhar muito diferenciado sobre a história de alguns personagens bíblicos. Em todo tempo, ele combate a ideia de que temos qualquer tipo de garantia de que a vida será boa ou justa para conosco só porque somos cristãos. 

Repito, a Bíblia em nenhum momento nos promete riquezas materiais, saúde ou romance nessa terra. Hoje em dia isso tem sido muito pregado como uma verdade, quando na verdade não é, as pessoas parecem ter se esquecido de personagens como Jó, Paulo, João Batista, Estevão... 

Paulo viveu a maior parte de sua vida cristã preso, sofreu por causa do evangelho e, mesmo assim, guardou a fé. Além disso, as vezes, nós cristãos, queremos tanto ser corretos e "certinhos", que não assumimos quando sentimos esse tipo de sentimento para com Deus, mas Philip não, ele, na verdade, foi muito franco e humano ao falar sobre o assunto e achei essa atitude muito válida e interessante.

Conclusão

Trecho do livro


"Por outro lado, alguns leitores apontam para o final feliz como a resposta final para a desilusão com Deus. Veja, dizem eles, Deus livra seu povo da adversidade. Restaurou a saúde e as riquezas de Jó, e fará o mesmo conosco caso aprendamos a confiar nele como o fez Jó. Esses leitores, no entanto, passam por cima de um detalhe importante: Jó falou essas palavras de contrição antes da recuperação de suas perdas."
Todos que já se fizeram as três perguntas que norteiam o livro deveriam lê-lo, ele é muito esclarecedor e a linguagem não é difícil. Às vezes o autor até parece dar uma viajada pra explicar como Deus é, em especial na hora que fala sobre o tempo (passado, presente e futuro), mas não foi nada muito difícil de acompanhar e no fim as coisas ainda fizeram sentido. O livro fala sobre como lidamos com o sofrimento. Como a dor muitas vezes se torna a mais dura prova de fé.

O autor investiga a luz da Bíblia algumas questões inquietantes. A princípio, parece uma contradição: por que Deus permite situações de tamanha calamidade pessoal na vida de pessoas que se dispõe a crer e confiar nEle? Muitas delas não resistem a esses testes e sucumbem.
 
Em vez de apoiar-se em velhos evangeliquêses usados para justificar situações extremas - e que, via de regra, não satisfazem a alma daquele que passa por elas -, o autor humaniza a discussão, dando espaço até para o desabafo de quem se acha "marionete ou cobaia de Deus" (tem muita gente que se sente assim nas fileiras evangélicas, só não têm coragem de confessar e/ou de assumir seus sentimentos, não por temor, mas por medo do "deus carrasco" supostamente injusto).
 
Para quem teve alguma perda ou decepção, o livro é um ótimo começo para quem esta querendo saber mais sobre o assunto sofrimento. A reflexão que autor trás nos leva a ver Deus por outro ângulo, a olhar para Jó sem névoa nos atrapalhando. Gostaria de colocar mais quotes e falar mais sobre como ele explicou tudo, mas vocês precisam ler para entender. Leiam e depois voltem para me contar o que acharam!

Trecho do livro


"A Bíblia inclui muitas provas do interesse de Deus — algumas bastante espetaculares — mas nenhuma garantia. Uma garantia, no final das contas, eliminaria toda a fé."
  • Decepcionado com Deus. 
  • Autor: Philip Yancey. 
  • Páginas: 288. 
  • Editora: Mundo Cristão. 
  • Lançamento: 2004
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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

BLACK FRIDAY, MENTAL FRAUD

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De certa forma, o consumismo é semelhante à Hidra da antiga mitologia; ele é uma serpente com muitas cabeças. Contudo, temos de vencer os desafios que o consumismo colocou diante de nós, como cristãos, no apogeu do segundo milênio da era cristã nesta nossa sociedade de consumo.

O Evangelho Secular


O consumismo é o evangelho atual que é oferecido pelo secularismo ao mundo. Chamo o consumismo de evangelho secular porque ele finge conter as boas-novas de grande alegria para as pessoas – bem, pelo menos para as prósperas. Ele faz uma promessa de felicidade por meio da aquisição de bens materiais e atividades que se concentra, principalmente, no prazer que as pessoas sentem quando põem em prática a escolha pessoal.

A prova disso são os abomináveis "testemunhos" em programas de televisão de determinadas denominações evangélicas, defensoras e propagadoras da famigerada teologia das prosperidade. Cura, libertação, mudança de vida são meras coadjuvantes nas narrativas daqueles que se dizem convertidos após não necessariamente terem tido uma experiência com Deus, mas sim após passarem a fazer parte dessas tais denominações. É algo que me embrulha o estômago.

Tal fenômeno vai ao encontro da esmagadora maioria (ou, em linguagem peculiar, multidão) de pessoas que sempre gostaram de adquirir bens. Isto porque sempre houve uma tendência de se viver para o mundo material em vez de se viver para Deus. Se temos "bens" suficientes, nos sentimos seguros e até autossuficientes. Todavia nem mesmo o rico insensato na parábola de Jesus em Lucas 12 teve a infinidade de opções com a qual nos deparamos em nossa sociedade sobre onde podemos gastar o nosso dinheiro.

Gostamos deste poder de compra e escolha. Possuir é ter poder. No entanto, há muita coisa além disso que está em questão. Com o crescimento populacional e uma vez que o número de pessoas se dirigindo para os grandes centros urbanos aumenta, a vida torna-se cada vez mais anônima. A comunidade dos bairros, onde todos se conheciam e se aceitavam, já é coisa do passado. As pessoas já não se reconhecem como antes. Nesta sociedade anônima, a escolha pessoal de roupas, música ou cardápio, etc. é uma forma de autoafirmação. É uma forma de se expressar.

Esta ênfase na escolha pessoal e na afirmação de "quem eu sou" adapta-se perfeitamente à mentalidade pós-moderna contemporânea do subjetivismo, onde a única verdade é a "sua verdade". Todo esse preâmbulo é para entrar no tema que dá título a este artigo: a 

Black Friday.


Há alguns dias a mídia publicitária no Brasil vem anunciando a tal da Black Friday, mas será que os brasileiros sabem realmente o significado dessa data? Teria mesmo isso a ver com a realidade brasileira? Ou será apenas mais uma das enlatadas datas americanas, de nome "chique" (para muitos brasileiros, tudo o que "enrola a língua" na pronúncia e é inglesado é chique), à exemplo do famigerado Halloween, que os brasileiros cismaram de copiar? Em 2013, a respeitada revista Forbes publicou um artigo em que chamava a Black Friday tupiniquim de Black Fraud. Para o artigo, a data é tão estranha para consumidores brasileiros como a lua.

O Brasil não comemora o Dia de Ação de Graças como os Estados Unidos - o Thanksgiving lá é celebrado todo 28 de novembro. Mas aqui, assim como lá, temos desde 2010 a tal da Black Friday, a sexta-feira em que lojas decidem praticar descontos em determinados produtos.

A revista americana Forbes avaliou, no artigo, a tradição importada dos Estados Unidos para cá como uma oportunidade de lojistas aplicarem certos golpes em compradores compulsivos, felizes por participarem de uma tradição americana que, segundo o articulista Kenneth Rapoza, 
"é tão estranha para eles como a lua"
Para o artigo, se nos EUA a Black Friday é conhecida como o dia dos descontos, no Brasil ela viria a ser conhecida como "o dia da fraude". O Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) confirma a cada ano o cumprimento da "profecia".

Para o autor do texto, se o Brasil fizesse a Black Friday de maneira correta, haveria pessoas acampando em frente ao Shopping Pátio Higienópolis, em um bairro nobre de São Paulo, na noite de quinta-feira, ou ao menos grudados na porta de alguma rede de lojas à 1h da manhã. Porque nos Estados Unidos, a tradição é ver filas de consumidores acampados em frente a grandes redes varejistas à procura de eletroeletrônicos.

Fundação Procon-SP uma lista com o nome de 419 lojas online que devem ser evitadas por já terem sido alvo de reclamações de consumidores e por não terem sido encontradas pelo órgão para o registro dos problemas (em 2013, ano em que o artigo foi publicado, a lista tinha 325 lojas). A fundação ainda dá dicas sobre o que conferir na hora da compra para estar seguro quanto à autenticidade da loja e por que evitar transações online em lan houses.

O autor do profético artigo informa ainda que, se nos Estados Unidos os consumidores são mais conscientes quanto aos seus direitos - e às vezes tendem até a abusar deles - no Brasil, isso não acontece. 
"O Brasil não é uma sociedade litigiosa. Você é atropelado, sorri e aguenta". 
Ele aponta ainda a criação do site ReclameAqui, que dá voz aos consumidores lesados por companhias e que, certamente, tem no Black Friday a época mais movimentada do ano.

Mas, afinal, o que é mesmo?


Black Friday é uma campanha de vendas realizada um dia após o feriado de Ação de Graças, que ocorre na última quinta-feira de novembro, tendo sido originada nos Estados Unidos. Ela recebeu este nome porque, desde o início, o grande fluxo de pessoas fazendo compras gerou uma série de acidentes de trânsito e episódios de violência.

Inspirado em ação semelhante realizada todos os anos nos Estados Unidos, o Black Friday começou a ganhar força no Brasil em 2011 e, desde aquele ano, tem gerado suspeitas de maquiagem de descontos e de descumprimento das normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Nas últimas edições foram registrados casos em lojas aumentam o preço dias antes da Black Friday para oferecer descontos irreais, a chamada "metade do dobro", o que levou os internautas, ironicamente, a apelidar o evento de "Black Fraude".

Para que você não caia nesta cilada, reuni algumas dicas e orientações para que você, caso realmente queira, ou melhor, precise possa aproveitar o evento:
  • Em primeiro lugar evite comprar por impulso para não comprometer o orçamento com gastos desnecessário - Se não resistir, antes de comprar verifique se o produto escolhido está mesmo em oferta. Como já falamos aqui, os estabelecimentos aproveitem o chamariz da liquidação para anunciar como promocionais itens com preços semelhantes aos verificados antes do período ou que tiveram seu preço elevado pouco tempo antes para simular um desconto maior - a chamada maquiagem de preços. Uma forma simples de saber se os produtos estão com preços realmente promocionais e fazer lista do que se pretende comprar e fazer um pesquisa de preços em pelo menos três estabelecimentos diferentes.
  • Além disso é recomendável: Efetuar compras somente em sites confiáveis - Para verificar a segurança da página, ele deve clicar num símbolo de cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela. O endereço da loja virtual deve começar com https://. O site também deve informar CNPJ ou CPF do responsável, endereço e telefone de contato.
  • Analisar a descrição do produto e compare com outras marcas.
  • Imprimir ou salvar todos os documentos que demonstrem a oferta e confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios etc).
  • Ficar atento à política de privacidade da loja virtual  - para saber quais compromissos ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados
  • Não utilizar computadores de acesso público (lan houses, etc.) para comércio eletrônico ou internet banking.
  • Por fim é preciso reforçar que as compras efetuadas através da internet também são regidas pelo Código de Defesa do Consumidor - Então fiquem atentos! Produto comprado em uma liquidação ou promoção não elimina os direitos do consumidor. Se a empresa prometeu desconto em determinados produtos, a oferta deve ser cumprida conforme foi veiculada.

Outras dicas importantes


Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, além de informar o endereço físico onde a loja possa ser encontrada ou o endereço eletrônico para que possa ser contatada. A empresa deve manter canais de atendimento de fácil acesso (SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor) para que o consumidor esclareça suas dúvida.

Nas compras feitas fora do estabelecimento comercial (por telefone, em domicílio, telemarketing, catálogos, internet etc), o consumidor tem prazo de sete dias para desistir da compra, contados a partir da aquisição do produto ou de seu recebimento.

O CDC estabelece prazo de 30 dias para reclamações sobre problemas aparentes ou de fácil constatação, no caso de produtos não duráveis, e de 90 dias para bens duráveis, contados a partir da constatação do problema.

Produtos importados adquiridos no Brasil, em estabelecimentos devidamente legalizados, seguem as mesmas regras dos nacionais.

No ato da entrega do produto, o documento de recebimento só deve ser assinado após examinar o estado da mercadoria. Havendo irregularidades, estas devem ser relacionadas, justificando, assim, o não recebimento, e a empresa em questão deve ser contatada para que resolva o problema.

Faça uma lista com os gastos que você pretende ter durante esta semana. Agora, elimine tudo o que for supérfluo. Não compre o que não é necessário. Descubra como pode aproveitar com sabedoria o dinheiro que você economizou. Que tal investir em educação e saúde?

É isso, fiquem atentos as armadilhas do comércio eletrônico, exija seus direitos e boas compras!

Conclusão


Como cristãos, podemos ver que o materialismo e o egoísmo são formas de idolatria. Entretanto, é preciso cuidado para não irmos além do normal. Pensar que o mundo material é, por natureza, mau é uma forma de heresia gnóstica que vemos ser condenada pela Bíblia (1 Timóteo 4:3-5). O mundo material não é mau em si mesmo. Deus criou o mundo e se fez carne, assumindo a forma humana em Jesus Cristo (3:16). Além disso, a última etapa de nossa redenção inclui a ressurreição do corpo e a renovação do universo material (Romanos 8:22-25).

Contudo, embora não devamos ultrapassar o normal nem condenar a criação física de Deus contra o materialismo e o consumismo, cremos, como cristãos, que só podemos utilizar o mundo material adequadamente uma vez que ele nos leva a agradecer a Deus e a direcionar a nossa vida para uma adoração sincera do Criador (1 Tm 4:4). Isto não acontece de forma natural com os pecadores.

Diante das decepções da sociedade de consumo, o apóstolo Paulo faz com que nos voltemos para Deus (6:9,10). O estilo de vida do cristão deve ser caracterizado por caminhos melhores que levem a coisas melhores. 
"De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento" (6:6).
Este foi o conselho sábio de Deus para seus filhos do século I da era cristã. Ainda é o conselho sábio de Deus para nós hoje.

[Fonte: Jus Brasil - por Nair Eulália Ferreira da Costa, Advogada. Pós-graduada em Direito Processual pela PUC./MG. Autora do Blog Defesa do Consumidor. Articulista na plataforma Jus Brasil. contato: nair_eulalia@hotmail.com ou (31) 3309-5975. Áreas de atuação: Bancário, Cível, Consumidor e Imobiliário.]
  • Já escrevi sobre este assunto ➫ aqui.
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terça-feira, 20 de novembro de 2018

CONSCIÊNCIA NEGRA, MULTIFORME GRAÇA, ALMA INCOLOR


"Eu tenho um sonho: Que um dia esta nação se porá de pé e viverá o verdadeiro significado de sua crença: Nós conservamos esta verdade para ser auto-declarada, que todos os homens foram criados iguais. Eu tenho um sonho, e nele, meus quatro filhos pequenos viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo de seus caráteres" (Martin Luther King Jr.).  
"Então, falou Pedro, dizendo: 'Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável. Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos'" (Atos 10:34-36, grifos meus). 
"O que me define não é a cor da minha pele são minhas atitudes refletoras do meu caráter e colunas de sustentação da minha consciência, que revelam o tom incolor da minha alma" (Leonardo Sérgio da Silva).
20 de novembro - o Dia da Consciência Negra - consta como feriado no Calendário do nosso país. Se hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a causa está nas manchetes e conquistou sua importância em calendários oficiais de algumas cidades como São Paulo, ainda fica a pergunta: e no meio evangélico, há algum movimento consistente e organizado contra o racismo? 

A realidade talvez mostre fraquezas no processo de formação de um possível movimento evangélico nacional que aborde a importância da história dos negros na formação da nossa sociedade (aliás, em muitos círculos evangélicos, quiçá na maioria deles, essa data passa incólume). Fraquezas porque, de fato, ainda é tímido em termos de abrangência e de articulação. Mas, graças a Deus também há forças. Forças porque, a despeito disso, há produção acadêmica, paixão, coragem e olhar bem informado sobre os caminhos democráticos que podem beneficiar a bandeira, que inspirada no Evangelho, luta contra o racismo.

Origem da data


A data homenageia Zumbi, um escravo que foi líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi morreu em 20 de novembro de 1695. A data foi criada com o objetivo de fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana, assim como, o impacto que tiveram no desenvolvimento da identidade da Cultura Brasileira. A Sociologia, a Política, a Religião e a Gastronomia, entre várias outras áreas, foram profundamente influenciadas pela Cultura Negra. Este é um dia de comemorar e mostrar profundo apreço e respeito pela Cultura Afro-brasileira, mas não é algo celebrado por todos!

Como cristão e negro penso que podemos sim celebrar, mas não adianta fechar os olhos quanto a uma questão muitíssimo séria - O racismo existe e está presente em toda a sociedade, inclusive no meio cristão. Como a Igreja Cristã de hoje pode abordar e combater tamanho mal que é frontalmente contra o grande mandamento (resumo de todos os demais) do Mestre Jesus: 
"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: 'Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças'; este é o primeiro mandamento. 
E o segundo, semelhante a este, é: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'. Não há outro mandamento maior do que estes. 
E o escriba lhe disse: 'Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele; E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios'. 
E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: 'Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada'" (Marcos 12:29-34, grifo meu).
Confundidos com ladrões, comparados a macacos, insultados simplesmente pela cor da pele. Mesmo em pleno século XXI, não são raros os casos de racismo no mundo, que vão desde uma piada contada numa roda de amigos até registros de injustiças, crimes e mortes. 

Há algum tempo atrás, os campos de futebol viraram cenários de lamentáveis manifestações desse tipo. Quem não se lembra da triste cena de um torcedor espanhol jogando uma banana em direção ao jogador brasileiro Daniel Alves durante uma partida? E de toda uma torcida no Peru imitando o som de macaco nas vezes em que, o também brasileiro, Tinga pegava na bola? 

Fora do esporte, as cenas de preconceito são ainda mais frequente (faltaria tempo e espaço para descrever as constantes manifestações de racismo nas redes sociais) e dentro da própria Igreja, não escapamos disso... São inúmeras as ocorrências de discriminação e constrangimento no dia a dia, que normalmente acontecem em lojas, restaurantes, empresas e agências de seleção de pessoal. E muitas vezes, a agressão não é só verbal ou psicológica, é física também, e pode acabar em morte. 

O racismo no Brasil


As estatísticas comprovam que no Brasil, a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco, segundo um levantamento divulgado em 2013 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No estudo, o Espírito Santo aparece como o segundo estado, numa lista de 10, que oferece mais perigo para o jovem negro, perdendo só para Alagoas.

Combatido na Bíblia


A Bíblia é clara no combate à discriminação de qualquer espécie. Em Tiago 2:1, há o alerta: 
"Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade" (grifo meu).
No texto de Atos dos Apóstolos, a Igreja de Antioquia – uma Comunidade de fé majoritariamente helenista –, nos dá uma bela lição sobre a igualdade racial e o empoderamento das etnias na comunidade nascente (Atos 13). 

O Pentecostes posto em prática, diferentemente da Igreja de Jerusalém, liderada por hebreus (Atos 15). Podemos destacar dois escritos de Paulo, o Apóstolo das etnias. Ele escreveu uma linda Carta a Filemon, Áfia e Arquipo onde propõe a superação da lógica escravista. Ainda, na Carta aos Gálatas (3:24-29), Paulo chega a ir mais adiante ao romper com a estrutura hierárquica greco-romana, e de qualquer outra sociedade, que fundamenta o seu descaso pelo outro por motivações raciais (judeu ou grego), social (escravo ou livre) e de sexo (homem ou mulher) ...

Chamados para lutar


Apesar dos diversos casos envolvendo racismo nas igrejas, muitos líderes cristãos se envolveram nessa causa. O inglês Willian Wilberforce, no século XIX, dedicou sua vida na luta abolicionista na Inglaterra. Foram 40 anos até que uma lei pondo fim ao tráfico de escravos fosse aprovada. Com sua experiência política e sua fé firme no Senhor, ele pôde ver seu país extinguir o comércio de escravos e influenciar todas as outras nações que ainda se beneficiavam desse mal. 

O batista Martin Luther King também. Combateu a segregação racial nos Estados Unidos e batalhou pelos direitos civis dos negros. Mesmo enfrentando ameaças, agressões, prisões, maus-tratos à sua família, ele não desistiu. Um atentado tirou a vida do pastor negro norte-americano, mas sua luta não foi em vão. 

O líder sul-africano Nelson Mandela, que era metodista, levantou-se contra o sistema de segregação social. Ele passou 27 anos preso por resistir ao regime, mas sua luta resultou no fim do Apartheid, tornando-se o primeiro negro presidente da África do Sul (1994-1999). 

O exemplo dos metodistas


Existem materiais em nossas igreja disponibilizados de Combate ao Racismo? Alguém já viu em alguma Igreja a Campanha de Combate ao Racismo (nas Redes Sociais) e material para Escola Dominical que abordam esse assunto auxiliando na formação dos cristãos? Que eu saiba, apenas a Igreja Metodista tem um intenso e relevante trabalho nessa ordem, merecendo, portanto, de minha parte, uma menção honrosa por sua exceção. A partir daí precisamos levantar a discussão, estimular e contribuir para a reflexão e também promover ações proativas para a superação do preconceito.

Nesse tempo de recente comemoração dos 500 Anos da Reforma Protestante e 150 Anos do Metodismo no Brasil, pesquisei e conclui que está no DNA dos Metodistas o combate ao racismo e às desigualdades. John Wesley pregava nas praças, e muitos que eram tidos como excluídos da sociedade abraçaram o Evangelho. Os Metodistas nasceram, então, com o cunho social muito elevado – nós, cristãos inter-denominacionais, precisamos dar continuidade à esta importante missão.

Conclusão


Longe de ser uma questão resolvida ou enterrada no passado, o racismo ainda está presente na sociedade (há o equivocado e paradoxal racismo até mesmo de negro contra negros e, sim, de negros contra outras etnias e, racismo, seja ele como for, é desprezível, nocivo e deve ser combatido). E a Igreja tem um papel fundamental nesta questão: ela precisa se levantar como Coluna da Verdade (1 Timóteo 3:15.16) e ser Sal e Luz (Mateus 5:13-16), ensinando que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, nesse grande Campo Missionário.

A verdade que há na Palavra nos revela como o Senhor nos vê, não pela cor, pela raça, pela religião, pela nacionalidade e tantos outros pré-conceitos, mas pela sua misericórdia, pela sua multiforme graça e favor. Ele nos vê não como somos, mas como podemos nos tornar: modificados pelas suas mãos transformadoras e santificadoras. 

O mesmo pecado que há mais de dois mil anos habitava o homem negro, habitava o branco, o mulato, pardo, amarelo... e a todos os homens, com exceção de Jesus, que nos redimiu do nosso pecado e foi oferecido como Cordeiro sem mácula na cruz do calvário. Esse é o preço que foi pago para que nos tornássemos um só, para que nos tornássemos iguais e para que o sangue que circula em nossas veias, sejamos branco ou negro..., fosse o sangue de Cristo. 

O entendimento e convicção da veracidade do que está escrito nas Escrituras mostrando que Deus "é o Senhor de todos", quebra as cadeias do preconceito, do radicalismo, da violência, da soberba, da depressão, do espírito de rejeição, do medo e da ignorância. Quando compreendemos que temos o mesmo Senhor, podemos olhar para as pessoas e contemplarmos não apenas indivíduos, mas servos do mesmo Reino, irmãos filhos do mesmo Pai.

Buscar promover a paz é a urgência do nosso tempo, amar as pessoas como elas são e desejarmos sermos semelhantes com Cristo é como o ponteiro do relógio da eternidade. Se ele existisse não contaria o tempo, mas a medida do nosso amor. 

Oremos para que Deus prolongue o nosso tempo na Terra para que alcancemos um coração sábio, puro, reto e santo, disposto a amar sem fazer acepção a ninguém, somente ao pecado. A Palavra de Deus sendo inculcada na nossa mente deve ser a consciência que permeia as ações de negros, brancos, pardos, mulatos... e de todos. Ele não veio para as cores que vemos naturalmente na pele das pessoas, Cristo veio para salvar o que está dentro de nós!
A Deus toda glória.
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domingo, 18 de novembro de 2018

IGREJA SE MOBILIZA NA AJUDA ÀS VÍTIMAS DO SUPER INCÊNDIO QUE ESTÁ DEVASTANDO A CALIFÓRNIA-EUA


Bombeiro durante operação enquanto as chamas consomem uma casa em Magalia, na Califórnia. (Foto: Noah Berger/AP)

Em meio ao incêndio mais mortífero da história da Califórnia (EUA), o pastor Doug Crowder arriscou sua vida para salvar cerca de 30 pessoas que não conseguiram evacuar a tempo a cidade de Magalia, ao norte do estado.

O incêndio chamado "Camp Fire", que queima desde a quinta-feira (8), engoliu totalmente a cidade de Paradise - um reduto de mansões de  celebridades do cinema e da música - e também atingiu a vizinha Magalia. 

O número total de mortos e desaparecidos nos dois grandes incêndios ativos aumentam na mesma proporção das chamas que destroem tudo o que encontram pela frente (segundo dados da EBC, até o momento da postagem desse artigo, o número de mortos confirmados já passam de 70 e os de desaparecidos de 1,3 mil).

Atuação da Igreja em meio a tragédia


Quando o incêndio começou a acelerar em direção a Magalia nas primeiras horas da sexta-feira (9), o pastor da Igreja Batista Pinheiros de Magalia colocou 30 pessoas que não conseguiram evacuar dentro de veículos. Elas foram abrigadas no prédio da igreja junto com ele e outros quatro membros da denominação.
"Estávamos na estrada planejando partir, e o mundo inteiro caiu em chamas"
disse o pastor Crowder ao site Baptist Press em lágrimas.

O pastor contou que as empresas e florestas da região não estavam em chamas, mas, de repente "a floresta explodiu". 
"O restaurante do metrô do outro lado da rua explodiu, e havia fogo por toda nossa volta".

Milagre!


Os membros da igreja apressaram as pessoas para voltarem para dentro do prédio e começaram a orar — enquanto as chamas cercavam o edifício e engoliram uma loja de ferragens ao lado.

No dia seguinte, tudo ao redor da igreja havia sido incinerado, mas 
"ficamos totalmente ilesos. Totalmente", 
destacou Crowder. 
"As folhas do outono ainda estavam nas árvores" na propriedade da igreja.

Fenômeno da natureza


O Camp Fire se tornou o incêndio mais destrutivo, por ter destruído cerca de 8.917 edifícios. Já na segunda-feira (11), o número de desaparecidos reportados pelas autoridades era de cerca de 200, mas o número foi aumentando por conta do enorme volume de trabalho causado pela situação caótica.

Segundo os meteorologistas, a natureza cria as condições ideais para incêndios, desde que pessoas estejam presentes para iniciá-los. Mas, de algumas maneiras diferentes, a mudança climática parece também elevar de mais incêndios no futuro. A receita perfeita para um incêndio está presente na Califórnia praticamente de todas as maneiras: clima seco, mudança climática e atividades humanas. 

Amor ao próximo


A maioria dos moradores de Magalia e Paradise evacuou, mas o pastor ficou para trás para ajudar idosos, moradores de rua, pessoas sem combustível suficiente para seus veículos e outros que não puderam evacuar.  

Como o prédio da Igreja Batista foi uma das únicas estruturas da cidade que foi poupada, a congregação espera transformar a tragédia em uma oportunidade evangelística. 
"Levará anos até que a cidade se reconstrua novamente. Mas através disso, nossa igreja estará de pé e estará ministrando"
disse Crowder.

As instalações da igreja abrigaram os bombeiros, cujas casas foram destruídas junto com as casas de cerca de 75% dos 100 membros da igreja. Com a ajuda da Convenção Batista do Sul da Califórnia, a Pinheiros de Magalia planeja começar a alimentar a comunidade e ajudar as pessoas estiverem de volta à cidade.

A Bethel Church, conhecida mundialmente por seu ministério de louvor, está doando 1000 dólares (equivalente a mais de R$ 3.760) para cada família que perdeu sua casa neste que é já é considerado o maior incêndio da história da Califórnia, nos Estados Unidos.

Os incêndios florestais, que começaram no dia 27 de julho na região de Mendocino, já devastaram uma área equivalente à cidade de Los Angeles. Ao menos 14 mil bombeiros combatem 16 focos, que no total já consumiram 2.370 quilômetros quadrados, segundo O Globo.

A Bethel Church é localizada na cidade de Redding, próxima ao incêndio "Carr", considerado o sexto mais destrutivo da história da Califórnia. O incêndio Carr, que teve origem na "falha mecânica de um veículo", matou sete pessoas e destruiu 1,6 mil prédios, incluindo 1 mil casas.
"É nosso desejo oferecer uma oferta de US$ 1.000 de assistência aos moradores que perderam suas casa e bens por terem sido destruídos. Conseguimos dar uma oferta por casa perdida (não por pessoa), para as pessoas que estavam morando na casa durante o incêndio de Carr"
anunciou a igreja em nota.

O plano original da Bethel era arrecadar 200 mil dólares para distribuir para cerca de 150 a 200 lares afetados pelas queimadas. No entanto, com o aumento de residências destruídas para mil casas, a meta de arrecadação da igreja passou a ser 1 milhão de dólares.
"Este foi um passo de fé para nós dizermos 'sim' a este compromisso; US$ 200 mil seria um desafio, mas viável com a nossa própria força e recursos. Mas US$ 1 milhão é um passo de fé do tamanho de Deus"
destacou a Bethel.

"Estamos crendo nEle para isso e agora estamos no processo de incentivar nossos amigos ao redor do mundo para sermos as mãos de Cristo para nossa cidade neste momento. Estamos determinados a honrar este compromisso, seja pela generosidade das ofertas da comunidade global ou por nossas próprias finanças da igreja"
acrescentou a denominação.
Motorista assiste as chamas do incêndio Thomas ao norte de Ventura, na Califórnia. (Foto: AP/Noah Berger)

Os moradores que se qualificarão para receber a quantia em dinheiro são aqueles cujas casas eram sua residência principal. As casas ainda devem estar reconhecidas no relatório da Autoridade de Habitação como mais de 50% destruídas. O dinheiro não beneficiará aqueles que perderam suas casas de veraneio ou propriedades alugadas.

Mobilização da Igreja


A Bethel Church não conseguiu abrigar famílias afetadas pelo incêndio por estar localizada em uma zona de risco. No entanto, a igreja está servindo como um centro de distribuição de ajuda do Exército da Salvação. Voluntários vinculados à Bethel também estão ajudando moradores a limpar as cinzas de suas casas para recuperar quaisquer objetos de valor.
 
O pastor Bill Johnson, líder da Bethel Church, disse no domingo (5) que ficou emocionado com a mobilização das igrejas e outras organizações.
"Esta destruição não foi causada por um Pai amoroso"
destacou. 
"Você pode ter ouvido a voz do devorador por vários dias, mas está prestes a ouvir a voz do Restaurador por muitos meses. Deus vai restaurar [esta cidade] a um nível tão alto, a algo maior do que qualquer coisa que já vimos antes".

Conclusão

Deus presente


As páginas da Bíblia contendo textos dos Salmos 90 e 91 reacenderam a esperança no coração das pessoas que foram afetadas pelo maior incêndio da história da Califórnia, nos Estados Unidos.

De acordo com uma foto publicada no Instagram da Bethel Church, que está sediada em uma das cidades mais afetadas pelas chamas, voluntários encontraram páginas intactas contendo as palavras dos Salmos mais conhecidos da Bíblia.
"Nos destroços de uma casa aqui em Redding, na Califórnia, um de nossos membros encontrou uma página dos Salmos 90 e 91 que ficou um pouco queimada, mas não foi consumida pelo fogo"
disse a igreja na última quinta-feira (16).

A todos nós como Igreja, cabe nos unir em oração aos irmãos que estão atuando nessa obra tão necessária em um momento tão crítico pelo qual está passando essas pessoas.

[Fonte: Guia-Me, via Shofar Post]

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