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sábado, 30 de setembro de 2023

UMA GERAÇÃO DE CORCUNDAS

A postagem deste artigo foi inspirada, ao ver no transporte coletivo público (por metrô ou ônibus), que a maioria absoluta dos usuários passam todo o trajeto da viagem, curvados em total atenção e absorção, sobre as telas de seus respectivos celulares.

A partir de então, fui pesquisar mais sobre o assunto e trago resultado no texto deste artigo, como uma prestação de serviço informativo, que nos ajude a reavaliar e fazer as devidas correções que nos garanta um uso consciente dos hoje praticamente indispensáveis dispositivos móveis portáteis.

Uma ode à corcunda?


Baseado no romance "Notre-Dame de Paris", escrito por Victor Hugo (✩1802/✞1885), O filme "O Corcunda de Notre Dame" (1956, direção Jean Delanoy [✩1908/✞2008]) nos apresenta a história de Quasímodo, um jovem corcunda que vive no campanário da Catedral de Notre-Dame de Paris, e que após conhecer a encantadora cigana Esmeralda decide mudar os rumos de sua vida, tendo de confrontar o poderoso juiz Claude Frollo para conquistar sua almejada liberdade.

Apesar de originalmente ter sido um um filme considerado de terror, em 1996, o longo ganhou uma versão em animação, produzida pelos estúdios Walt Disney. Nesse caso, o filme pode considerado como um filme infantil. Só que não. No ano seguinte, o filme ganhou uma outra versão ("The Hunchback"), dirigida por Peter Medake ("O Fantasma de Peter Sellers", 2018), tendo a presença de Salma Hayeck ("Um Drink no Inferno", Quentin Tarantino, 1996), no papel de Esmeralda e Mandyn Patinkin ("Criminal Minds", desde 2005), como o Quasimodo, que revela que, na verdade, o filme tem um enredo sombrio e difícil de digerir (eu prefiro a versão de 1956, onde isso fica muito mais explícito).

Enfim, não é um filme desconhecido, pois tem boa publicidade, teve boas críticas e boas recomendações — e aqui, refiro-me à animação, obviamente. Entretanto, quando estreou, talvez não tivemos sobre ele as devidas atenções. Bom, mas não é desse filme que vou falar neste artigo, talvez o faça posteriormente, e sim sobre algo bem mais real e que provavelmente será a trágica herança deixada por nossa atual e quase que total dependência no uso dos smartphones.

Papo sério


Segundo especialistas, a cabeça de uma pessoa adulta pesa por volta de quatro a cinco quilos e meio, isso dentro de um ângulo normal. No entanto, ao incliná-la em um ângulo de 15 graus, o peso transmitido ao pescoço é de 12 quilos, podendo chegar a 27 kg no caso de um ângulo de 60 graus. Todo esse processo contribui para a alteração do esqueleto humano, podendo surgir um novo osso no crânio.

Dados de recente estudo realizado pela especialista do New York Spine Surgery & Rehabilitation Medicine, nos EUA, mostram que a população jovem é a mais atingida pela síndrome do pescoço de SMS, na qual o tempo de posicionamento gira entre 700 e 1400 horas, o que leva os tecidos do pescoço a inflamarem, ocasionando tensão muscular e alterando sua curvatura.

Corcundez, o que é?


De acordo com o ortopedista, Dr. Luciano Pellegrino, especialista em coluna, em artigo publicado no seu blogue, uma pessoa é chamada popularmente de corcunda quando apresenta uma protuberância (corcova) ou desvio proeminente na parte superior das costas (coluna torácica), incluindo a região final atrás do pescoço (coluna cervical).

Na maioria das vezes, a má postura é a causa da pessoa ficar corcunda, contudo, há outras condições que levam a esta deformidade. Ainda de acordo com o especialista, um certo grau de desvio (cifose e lordose) na coluna é considerado normal. Entretanto, quando essa curvatura é excessiva, ocorre a hipercifose na coluna torácica e/ ou hiperlordose na coluna cervical para a pessoa corcunda (lembrando que também há a hiperlordose lombar).
[*] Um outro estudo um tanto quanto curioso revelou com que os humanos serão daqui a quase mil anos em função do excesso de uso de tecnologia. 
Quando se trata de quase mil anos de evolução, é possível observar que a humanidade corre o risco de passar por uma grande mudança estrutural do próprio corpo. Os resultados e previsões dos estudos mostram algo não muito animador quando se trata principalmente de postura corporal.
A Toll Free Forwarding e um grupo de cientistas simularam a possível aparência dos seres humanos no ano 3000. O resultado foi divulgado em 3D para dar ainda mais a impressão de realismo e uma noção mais detalhada de como os seres humanos podem ficar daqui a quase 1.000 anos. A falta de postura provocada pelo uso de celulares e outros aparelhos tecnologicos podem provocar uma série de resultados negativos.

Grandes mudanças no corpo dos humanos no futuro


Dentre tantos efeitos negativos simulados está uma mudança significativa na postura, tendo em vista a posição em que as pessoas costumam ficar para manusear os aparelhos celulares. Dessa forma, as costas podem ficar extremamente curvadas. Problemas nos quadris também podem aparecer tendo em vista o excesso de tempo em que as pessoas costumam ficar sentadas em frente ao computador.

Os braços e mãos também podem passar por mudanças significativas. Isso porque os dedos podem ficar curvados como uma espécie de garra, enquanto o cotovelo pode ficar permanentemente em um formato de 90 graus. Isso é em função da posição semelhante no qual as pessoas costumam ficar enquanto estão utilizando os celulares. Apesar de ser apenas uma simulação, o prognóstico é um tanto quanto pessimista.

Os cientistas destacaram que quando se trabalha em um computador ou quando utiliza o telefone em excesso acaba tendo uma tendência maior a ter problemas nos músculos da nuca.

Esses, por sua vez, precisam se contrair para conseguir manter a cabeça erguida. Por isso, é possível que os seres humanos no ano de 3000 tenham o pescoço mais grosso do que atualmente, além de tê-lo extremamente cansado.

Dentre as novidades negativas previstas pelos cientistas está a possibilidade do surgimento de uma segunda pálpebra. Ela pode acontecer em função do excesso de luz que os olhos recebem vindo tanto de computadores e celulares quanto televisão.
"Anos olhando para nossos smartphones ou para telas de computador resultarão em uma postura curvada. Nossas mãos serão moldadas permanentemente em forma de garra depois de segurar consistentemente nossos smartphones",
afirmou o grupo de cientistas responsáveis pela simulação.

As consequências causadas pelo uso excessivo de celular não param aí e têm chamado a atenção de ortopedistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde. Confira alguns pontos que podem ser prejudicados pelo mau uso desses aparelhos:
  • Dores no pescoço;
  • Dores nas mãos;
  • Dores no ombro;
  • Dores no punho;
  • Papada e rugas;
  • Sono prejudicado.
Mudanças de hábitos no cotidiano podem ajudar na prevenção desses incômodos. Algumas delas:
  • Evitar usar o celular com a cabeça inclinada para baixo;
  • Praticar exercícios frequentemente;
  • Alongar o pescoço, tanto para a direita, quanto para a esquerda;
  • Prefira colchões que mantenham a coluna ereta;
  • Evite permanecer por muito tempo na mesma posição;
  • Evite atender o celular apoiando-o nos ombros.

Conclusão


Por certo, diante de tudo o que foi acima descrito, há algo com que nos preocupar, pois, há cada dia que passa, o uso desenfreado dos dispositivos móveis, faz com que comprometamos e muito nossa saúde postural.

[Fonte: Terra; [*] Artigo integral e originalmente postado no portal Mundo Conectado, por Filipe Cardone]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

domingo, 17 de setembro de 2023

TELETEMA — "BAILA COMIGO", INTERNACIONAL (1981)

Quem nunca se identificou com um tema de novela, seja nacional ou internacional? Quem nunca teve um romance embalado por essa ou aquela canção? Quem nunca desejou um LP, uma fita K7, ou mais recentemente, um CD?

Pois é, eu já fui um colecionador de trilhas sonoras de novelas. Tinha um grande acervo com exemplares nos formatos de vinil (os LPs ou "bolaçhões"), cassetes (as clássicas, práticas e portateis fitas K7) e os mais recentes, porém, também já praticamente extintos CDs.

Infelizmente, em um arroubo de insanidade mental, eu acabei desfazendo da minha coleção, mas, isso é outro assunto. Inicio aqui uma nova série especial de artigos sobre algumas trilhas sonoras nacionais e internacionais de novelas que foram tão marcantes quanto ou até fizeram mais sucesso que as próprias tramas televisivas.

Para abrir essa série, vou falar sobre essa que, na minha opinião, é uma das trilhas sonoras mais tops de todos os tempos.

A belíssima trilha sonora internacional da novela "Baila Comigo" de Manoel Carlos, exibida em 1981, no horário das 20h, já marcou pela capa, trazendo as fotos de Reginaldo Faria (Saulo) e Natália do Vale (Lúcia).

Foi algo bem diferente, pois, nessa época, ainda não era comum fotos dos personagens virem estampando as capas das trilhas, o que viria a ser habitual, mais para o segunda metade da década de 1980. Portanto, essa capa, além do pioneirismo, foi um tipo de "embrião" para esse conceito no mercado fonográfico das trilhas sonoras de novelas.

O curioso, é que na novela, Saulo e Lúcia, não formavam um par romântico, como a foto da capa sugere.
Entre as belas canções nesse LP estão: 'Reality' — Richard Sanderson (tema de Mira [Lídia Brondi] e João Victor [Tony Ramos]), 'Come Back To Me' — Leslie, Kelly & John Ford Coley (tema de Lia [Christiane Torloni] e Saulo), 'Crying' — Don McLean (tema de Helena [Lilian Lemmertz — ✩1937/✞1986), 'Living Inside Myself' — Gino Vannelli (tema de Débora [Beth Goulart] e Caê [Lauro Corona — ✩1957/✞1989]), 'Without Your Love' — Roger Daltrey (tema de Joana [Betty Faria]) e entre outras 'Time' - The Alan Parsons Project (tema de Mira e também usada como tema de Lúcia e Quinzinho [Tony Ramos]), fazem parte dessa trilha sonora inesquecível.

Bons tempos...


Já não se fazem trilhas sonoras de novelas como antigamente. As trilhas nacionais e internacionais eram aguardadas com ansiedade. Logo que uma canção embalava o casal principal, essa música chegava às paradas de sucessos e permanecia por meses sendo executada nas principais rádios AM e FM.

As trilhas de novelas fizeram histórias e embalaram tantos momentos nas vidas de muitas pessoas: quantos romances, quantas lembranças. Eram um complemento à história.

As capas, um capítulo especial, eram sempre um enigma, a curiosidade do público em saber qual personagem iria estampá-la. Tudo era caprichado, capa, sobrecapa, encarte, ficha técnica contendo todo o elenco e parte da produção como autoria e direção.

O triste fim de uma era


Entre a primeira trilha sonora de novela lançada em disco pela Globo e a última lançada em CD, foram muitas coletâneas de sucesso que marcaram época nos lares brasileiros.

Antes já existiam compactos e LPs com músicas de novelas, mas não eram oficialmente do programa em si, mas de cantores que davam voz aos temas presentes na obra.

Nos últimos anos, as trilhas sonoras das novelas já não são lançadas em mídia física, mas as edições digitais chegam aos aplicativos de música. Em 2021, com a TV Globo encerrou definitivamente a produção dos CDs das trilhas de novelas.

A Globo anunciou em abril de 2021 que fechou um acordo para vender a gravadora e desenvolvedora de talentos musicais Som Livre para a Sony Music Entertainment.

A Som Livre foi fundada em 1969 com o objetivo inicial de lançar as trilhas dos programas da emissora. Durante cinco décadas a empresa cresceu, virou uma das mais importantes da música brasileira e ajudou a revelar e construir carreiras de artistas como Djavan, Rita Lee (✩1947/✞2023) e Novos Baianos.

Já no mês de setembro de 2021, procurada por canais de comunicação a Som Livre explicou a decisão:
"Salvo algumas exceções, como lançamentos especiais, a Som Livre não está produzindo material físico de trilhas sonoras e nem de artistas",
respondeu a gravadora. Apesar do encerramento da produção das mídias físicas, nada impede que a Globo lance as trilhas em plataformas digitais, o que, de fato, tem acontecido, porém, ouvir músicas digitalizadas em plataformas de streamings, em absolutamente pode ser comparado às sensações musicais causadas ao se ouvir as extintas mídias físicas, principalmente os inesquecíveis discos de vinil. 

Faixa a Faixa


Lançada pela Som Livre em maio de 1981, esta é uma das minhas trilhas internacionais de novela favoritas. Curioso notar, neste caso, como as canções tornaram-se incrivelmente datadas (o que não considero nenhum demérito).

Ao contrário de muitos hits de LPs de novelas antigas — que se tornaram "clássicos" constantemente lembrados — várias das faixas internacionais de Baila Comigo foram sucessos de momento, por conta da novela, e depois caíram no esquecimento. Vamos conhecê-las uma a uma. Bora comigo fazer uma viagem no tempo?

  • 01. Without Your Love — Roger Daltrey

A canção que abre o lado A foi lançada em 1980 por Roger Daltrey, vocalista da banda britânica The Who. Além de seu trabalho com o grupo, Daltrey obteve grande êxito como artista solo e ator. Composta por Billy Nicholls para o filme "McVicar" (1980), a faixa foi um dos hits do cantor.

O filme é a cinebiografia de John McVicar (vivido por Daltrey), criminoso especialista em roubo a bancos e declarado pela Scotland Yard o inimigo público nº 1 da Inglaterra na década de 1960.

Mais uma faixa retirada de um filme. Desta vez foi a canção-título de "Como Eliminar o Seu Chefe" (9 to 5, 1980), comédia de grande sucesso estrelada por Jane Fonda, Lily Tomlin e Dolly Parton.

Além da trilha sonora do filme, a canção, composta por Parton, também foi lançada em seu álbum "9 to 5 and Odd Jobs", no final de 1980. A faixa ainda rendeu à cantora indicações ao Oscar de Melhor Canção Original e ao Grammy. Ao longo dos anos, '9 to 5' ganhou várias versões cover. Aqui no Brasil, a cantora Lilian gravou uma divertida versão em português, "Das 9 às 5", lançada em 1981.

  • 03. Living Inside Myself — Gino Vannelli

O cantor e compositor ítalo-canadense Gino Vanelli era figurinha fácil em trilhas de novelas do final dos anos 1970 e começo dos 1980, assim como nas paradas de sucesso.

Para a trilha de "Baila Comigo", a canção 'Living Inside Myself' foi retirada do álbum "Nightwalker" (1981), o sétimo do cantor, e obteve bastante sucesso. A faixa foi composta por Gino e produzida por ele e seus dois irmãos, Joe e Ross Vannelli. O compacto lançado no Brasil trazia na capa a menção "Tema da novela 'Baila Comigo'".

  • 04. Crying — Don McLean

A pungente balada, composta por Roy Orbison (✩1936/✞1988) e Joe Melson, foi originalmente lançada por Orbison em 1961 e tornou-se um de seus hits. Quase duas décadas depois, outro cantor e compositor americano, Don McLean, a regravou para seu álbum "Chain Lightning", lançado no final de 1978 na Europa.

Nos EUA, o LP foi lançado com dois anos de atraso. Mas a versão de 'Crying' gravada por McLean fez tanto sucesso que tornou-se um de seus maiores hits. Em abril de 1980, atingiu o primeiro lugar das paradas britânicas e ganhou o mundo. Para quem não está ligando o nome à pessoa, McLean ficou conhecido ao compor e gravar 'American Pie', em 1972 (regravada por Madonna em 2000).

Sem dúvida uma das faixas mais obscuras desta trilha, apesar de ter sido bastante executada na época. Soando deliciosamente datada até mesmo para 1981, a faixa foi lançada em 1980 pelo selo italiano Mr. Disc Organization, de disco music. No Brasil, 'Explosion' ganhou uma sobrevida graças à sua inclusão em "Baila Comigo". Tanto que a improvável canção foi lançada aqui em *compacto, em 1981.
*Em suas origens, os discos compactos eram usados para o armazenamento e distribuição de áudio. Os artistas, dessa forma, gravaram suas músicas e as comercializaram nesses discos, como faziam anteriormente em cassetes e, mais atrás, em discos de vinil.

Faixa do pouco conhecido compositor, produtor e cantor alemão Frank Duval. Seu nome era frequente nas paradas de sucesso de seu país. Apesar de ter produzido muitas trilhas para séries e telefilmes, Duval permanece um artista obscuro no restante do mundo. Mas o compacto "Angel of Mine" ficou em primeiro lugar na Alemanha, em 1981.

Canção internacionalmente famosa desde a década de 1940, depois de ter sido cantada pelo personagem Sam (Dooley Wilson — ✩1886/✞1953), ao piano, no clássico "Casablanca" (1942), estrelado por Humphrey Bogart (✩1899/✞1957) e Ingrid Bergman (✩1915/✞1928).

A música havia sido composta em 1931 pelo americano Herman Hupfeld (✩1894/✞1951) e teve inúmeras regravações. Em "Baila Comigo", embalou as reminiscências românticas dos personagens Silvia (Fernanda Montenegro) e Quim (Raul Cortez — ✩1932/✞2006).

  • 08. Reality — Richard Sanderson

A faixa que abria o lado B de "Baila Comigo" — Internacional é, certamente, uma das mais marcantes. Música-tema do filme "La Boum — No Tempo dos Namorados" (1980), fez enorme sucesso na época e rendeu visibilidade ao então iniciante Richard Sanderson.

A faixa virou hit, alcançou o primeiro lugar em 15 países e vendeu oito milhões de cópias no mundo. Aqui no Brasil, é muito associada à "Baila Comigo". No entanto, a versão incluída na trilha da novela é a editada, com 3 minutos e 58 segundos. (A original tem 4 minutos e 46 segundos).

Um irresistível hit que marcou época. Ainda que fora do prazo de validade (em 1981 a moda das discotecas, apesar de recente, já era considerada coisa do passado), 'Santa Maria' ganhou uma sobrevida no Brasil.

A Neoton Família — conhecida em alguns países como Newton Family — foi uma das bandas pop mais famosas da Hungria. Apesar de obscuro e quase esquecido hoje em dia, o grupo correu o mundo fazendo turnês, vendeu 6 milhões de discos em seu país de origem e um milhão e meio em outros países.

Em 1979, lançaram o álbum "Napraforgó", que consolidou seu sucesso e ganhou uma versão em inglês: "Sunflower". A faixa 'Santa Maria', tirada desse LP, virou hit não só na Hungria mas também no Japão, na Dinamarca, nas Filipinas, na Argentina, na Espanha e aqui no Brasil (territórios onde a disco music ganhou uma breve sobrevida).

Dois anos depois de seu lançamento, foi incluída na trilha de "Baila Comigo". Mesmo nos anos seguintes, foi muito tocada no Show de Calouros, apresentado por Silvio Santos, no então recém-inaugurado SBT.

  • 10. Time — The Alan Parsons Project

Lançada em compacto em 1981, a faixa foi um dos destaques do álbum "The Turn of a Friendly Card" (1980), do Alan Parsons Project, grupo de rock progressivo inglês fundado por Alan Parsons e Eric Woolfson. Foi a primeira canção do grupo a ter Woolfson como vocalista principal.

Grande hit romântico daquele ano, a edição brasileira do compacto trazia na capa a menção "tema da novela 'Baila Comigo'", que ajudou a difundir ainda mais o sucesso da faixa aqui.

A faixa, hit do grupo americano The Four Seasons, foi lançada em 1965 e se tornou bastante popular na época. Em 1980, foi regravada pelo Darts, banda britânica que garantiu à canção, com seu cover, uma considerável sobrevida.

Tanto que, em 1981, Barry Manilow também a regravou e a trouxe de volta às paradas, de forma mais substancial. A versão que aparece na trilha de "Baila Comigo" é uma de 1980, do obscuro grupo disco Salazar, banda de estúdio que ainda tentava aproveitar o resquício da disco music que, àquela altura, já agonizava.

  • 12. Come Back To Me — Leslie, Kelly & John Ford Coley

O multifacetado John Ford Coley (pianista clássico, guitarrista e ator, mais conhecido por sua parceria no duo England Dan & John Ford Coley), lançou em 1980 um álbum com duas cantoras desconhecidas, as irmãs Leslie e Kelly Bulkin.

Intitulado apenas de "Leslie, Kelly and John Ford Coley", o LP era um projeto simpático, mas totalmente despretensioso. Quando uma de suas faixas, 'Come Back to Me', foi incluída na trilha internacional de "Baila Comigo", a canção fez enorme sucesso no Brasil, tornando-se um dos grandes hits românticos de 1981 das paradas brasileiras.

O cantor e compositor irlandês teve vários hits no início dos anos 1970, com canções românticas e melancólicas: 'Alone Again (Naturally)', que o tornou mundialmente conhecido, 'Clair' e 'Get Down' foram alguns desses sucessos.

Na segunda metade daquela década, andou meio esquecido, devido a brigas na justiça, por problemas contratuais com sua gravadora. Ao voltar à ativa, em 1980, lançou o compacto "What's In a Kiss?" e, em seguida, o álbum "Off Centre" (que incluía a faixa). Mas já havia se tornado um "cantor do passado".

O francês Patrick Hernandez ficou muito conhecido no fim da década de 1970 graças ao hit 'Born To Be Alive', que explodiu primeiro na Europa e depois no mundo todo, em 1979. Com o súbito sucesso, Hernandez saiu em turnê.

Curiosamente, em sua viagem pelos Estados Unidos, uma das dançarinas que o acompanharam foi Madonna, bem jovem, ainda muito antes da fama. Em viagem promocional pelo Brasil, Hernandez apareceu em programas de TV, inclusive nos Trapalhões, no qual cantou 'Born To Be Alive' e 'Disco Queen'.

Também chegou a gravar um compacto com Jorge Ben em 1980, "Someone's Stepping On My Mushrooms". Hernandez fez muito sucesso com suas músicas dançantes até desaparecer, no comecinho da década de 1980. Aqui no Brasil, seu último hit foi 'Losing Sleep Over You', graças à sua inclusão em "Baila Comigo".

A faixa foi extraída do praticamente desconhecido álbum "Crazy Day's Mystery Night's" (1981). Apareceu também na coletânea "América — A Frequência do Sucesso Vol. 5" (1981), porém escrita com uma ligeira diferença: 'I'm Losing Sleep Over You'. No compacto, o I'm também foi mantido, embora no LP da novela e no álbum do cantor o título da faixa seja 'Losing Sleep Over You'.

Conclusão


Essa é sem dúvida uma das melhores trilhas sonoras internacionais de novelas que já ouvi. Quiçá, uma das melhores da era das trilhas sonoras internacionais de novelas. É o típico disco que ouço faixa a faixa e por isso ela está aqui, na abertura de mais uma série especial de artigos. Até o próximo capítulo.
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

sábado, 16 de setembro de 2023

ENFIM, MEU POSICIONAMENTO SOBRE OS ATOS DE 08 DE JANEIRO DE 2023

"Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que treina minhas mãos para a batalha, meus dedos para o combate" (Salmo 144:1).
Muitos dos meus seguidores do Conexão Geral, têm me cobrado um posicionamento aqui no blogue, sobre os Atos Golpistas ocorridos no dia 08 de janeiro deste ano corrente.

Realmente eu estava evitando falar sobre isto, pois, este assunto ainda tem gerado um grande problema para muitas pessoas. Além do mais, ele é um tanto polêmico, o que exige bastante cuidado, uma verdadeira maratona sobre uma pista de ovos, quando se for falar sobre este quiproquó que, por certo, ainda vai dar metros e metros de panos para mangas. Mas, enfim, vamos lá.

Deus nos treina para a batalha. Ele nos faz capazes de lutar. E mais ainda, já nos faz vencedores. Não é nenhuma novidade que estamos numa constante batalha. Se você ainda não percebeu isso, eu tenho que te alertar.

É uma batalha contra uma cultura de morte, contra uma busca egoísta de ser melhor que os outros de qualquer jeito, contra uma liberdade desordenada, contra um mundo que quer nos prender, escravizar com suas regras de aproveitar, experimentar de tudo ao máximo com a desculpa de que
"só se vive uma vez".
Muitas vezes achamos difícil demais lutar contra isso tudo, e nos rendemos facilmente ao pecado. 
"Eu não presto mesmo"
dizem alguns. 
"Eu sou assim mesmo"
dizem outros. Isso é estratégia do inimigo! A própria Palavra de Deus nos afirma que Ele nos prepara para a batalha. E isso não é um brincadeira, não. Ele mesmo nos dá armas para lutar. E nós temos que usá-las diariamente.

Mas, essa realidade inefável — porém, um tanto quanto sofismável —, pode ser usada como "justificativa" para os atos antidemocráticos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023? Essa é a reflexão proposta no texto deste artigo.

O Dia que ainda não acabou

Contextualizando

"Mais de cem ônibus foram fretados em diversas cidades do país para levar grupos de bolsonaristas para a capital federal, onde foi marcado um grande ato para questionar o resultado das eleições, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. 
O grupo, que fazia uma manifestação de caráter golpista, invadiu e vandalizou os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Os manifestantes estavam concentrados no Quartel-General do Exército, em Brasília, antes de descerem em direção à Esplanada dos Ministérios. 
Vídeos divulgados na internet mostram policiais militares do Distrito Federal conversando com manifestantes bolsonaristas enquanto uma multidão invadia o Congresso Nacional" (EXAME, 2023).
A exemplo de outros acampamentos diante de quartéis espalhados pelo país, o da capital federal exibiu desde o começo faixas e cartazes com dizeres antidemocráticos e ataques ao processo eleitoral, ao STF, ao ministro Alexandre de Moraes e a Lula, por exemplo. 

Com pedidos de "Socorro, Forças Armadas", as mensagens de teor golpista e ameaçador recorrentemente, principalmente por convocações feitas através das redes sociais, reivindicavam ações inconstitucionais e violentas.

Os atos terroristas (sim, terroristas, aos fatos os fatos) que assistimos no dia 08/01 na Praça dos Três Poderes, em Brasília, compõem mais um trágico episódio da crise da democracia brasileira. 

Assim como os governantes, é dever dos cidadãos denunciar, expor e responsabilizar todos aqueles que participaram, de forma direta ou indireta (como mentores e incetivadores intelectuais), deste grave ataque às instituições.

Durante semanas, em todo o Brasil, vimos, tanto por vídeos divulgados em redes sociais, como também pelos veículos oficiais de imprensa, a movimentação dos [que auto se denominaram] "patriotas" nas portas dos quartéis. 

Em nome da Fé


O que não foi evidenciado com devida ênfase pelos analistas foi a forte tônica religiosa dos seus manifestantes, em geral composta por evangélicos e, em menor grupo, também por católicos. 

Muitos vídeos e relatos comprovaram o forte vínculo religioso das manifestações, frequentemente regadas a momentos de oração, louvores gospel e "atos proféticos".

Um exemplo disso foi o hino evangélico entoado pelos manifestantes durante a invasão no Senado Federal, no qual as palavras de ordem 
'...Os guerreiros se preparam para a grande luta/ É Jesus o capitão, que avante os levará / A milícia dos remidos marcha impoluta / Certa que vitória alcançará...' [Trecho do hino "Os Guerreiros se Preparam", Hino 212 da Harpa Cristã] 
(infelizmente, o vídeo que registrou esse momento, não está disponível na internet) revelam não só o caráter belicista do movimento, mas também o inegável vínculo religioso que animava essas manifestações. 

Afinal, para muitos que ali estiveram, não se tratava de um golpe de Estado, mas sim a materialização da batalha espiritual entre o bem e o mal, uma releitura do conflito apocalíptico entre Deus e o diabo em termos políticos.

Com o passar do tempo, no entanto, as declarações se inflamaram e se radicalizaram ainda mais. Um áudio gravado em 5 de janeiro, por exemplo, mostra uma mulher afirmando: 
"Já era, agora é tudo ou nada. Se tiver que empurrar, empurra. Se tiver que dar tiro, dá tiro. Se tiver que meter a mão no pescoço… Não tem mais que ter dó".
No fatídico domingo, os extremistas que retornaram ao acampamento após os atos terroristas falavam em "tacar fogo" no STF. Definitivamente, esse tipo de atitude, absolumente nada tem de viés espiritual, conforme ainda insistem em afirmar alguns.

A César o que é de César, a Deus o que é de Deus


Não é de hoje que o comportamento caótico de certos grupamentos sociais causa espanto. Não apenas em função dos episódios violentos que surgem eventualmente em seu meio, mas também por conta da intensa resistência que cada pessoa inserida nestes grupos tem diante de qualquer alegação que deslegitime ou coloque em xeque as crenças mais profundas que sustentam esta "comunidade".

As respostas prontas, que são apontadas como armas diante de qualquer forma de questionamento do evidente absurdo, têm sido tão repetidas que esgotam qualquer possibilidade de debate.

Sim, sem dúvidas, Deus é mesmo um Deus de batalhas, porém...


A batalha espiritual é o tipo de conflito que os servos de Deus enfrentam durante suas vidas cristãs contra as forças das trevas. A expressão "batalha espiritual" não aparece na Bíblia, mas isso não significa que seu conceito esteja ausente nas Escrituras. Ao contrário disso, biblicamente a batalha espiritual é uma realidade que não pode ser subestimada.

Mas é verdade que o conceito de batalha espiritual é um dos mais mal compreendidos e distorcidos pelos cristãos. Inclusive, a ideia errada de batalha espiritual tem sido amplamente utilizada com a finalidade de semear heresias no meio da Igreja.
Por isso é importantíssimo que todo cristão verdadeiro saiba realmente o que é a batalha espiritual e qual a sua implicação na vida cristã.
Apesar de o nome "batalha espiritual" não ser encontrado especificamente assim na Bíblia, há muitos versículos que tratam claramente sobre a realidade da batalha espiritual. 

Essas referências são tão abundantes que é correto até dizer que do começo ao fim, isto é, de Gênesis a Apocalipse, a Bíblia afirma a existência de uma guerra espiritual travada. Fato!

Portanto, sem dúvida a batalha espiritual é uma realidade que não pode ser subestimada. Na verdade não há um único crente verdadeiro que não esteja envolvido na batalha espiritual. 

Por isso é fundamental que todo cristão saiba realmente o que é a batalha espiritual à luz da Bíblia. Todo crente precisa entender que a vitória nesse conflito é garantida por Cristo que já subjugou todas as criaturas e todos os poderes ao seu senhorio.

Conclusão

A batalha espiritual no contexto bíblico


Nossa vida é uma luta constante. Vivemos em batalha. Cada decisão é fruto de uma escolha. Quando fazemos uma opção, abrimos mão de outra.

Nem sempre são decisões fáceis. Principalmente quando escolhemos o caminho de Deus, somos tentados a todo momento. E aí precisamos sempre renovar a nossa fé.
Mas, sejamos sóbrios, vigilantes e equilibrados, a realidade da batalha espiritual, não é absolutamente chancela para justificativa dos atos absurdos ocorridos no fatídico dia 08 de janeiro de 2023 e que reverberam até hoje não só em nossa nação, mas em nível mundial.
Sim, houve muitos que ali foram com boas intenções, motivações e que estão, de uma forma absurda sendo, ao arrepio das leis e dos direitos constitucionais, tratados como terroristas. 

Sim, há que ser aplicados todos os rigores da lei na punição daqueles que de uma maneira abjeta e criminosa, incentivaram, promoveram e/ou participaram direta ou indiretamente da invasão e destruição dos prédios dos Três Poderes. 

Isso são fatos que não se discutem, contudo, aos cristão que ali estiveram e/ou que têm familiares que estão sofrendo as consequências advindas desse dia que marcou, ou melhor, manchou mais uma página na História do Brasil, é relevante que nos valhamos das orientações do Senhor Jesus e de seu díscípulo comissionado, o apóstolo Paulo:
"Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas" (Marcos 10:16 — grifo acrescentado).  — O quanto que ao olhar para as características essencialmente antagônicas de serpentes e pombos dizem respeito à nossa vida? 
Em tempos que muitas pessoas estão sendo dominadas pelas lutas e trazendo um peso para suas vidas, Jesus nos fala a respeito de prudência, simplicidade, posicionamento, capacitação e propósito para quais fomos escolhidos e chamados. 
Então irmãos, nas entrelinhas Jesus tem nos falado, SEJAM FORTES e CORAJOSOS, pois Ele, o Senhor nosso Deus estará conosco.
"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine" (1 Coríntios 6:12 — idem).Este versículo aparece num contexto em que o apóstolo Paulo corrige os cristãos de Corinto. 
Alguns deles estavam adotando um comportamento completamente reprovável. Eles estavam se entregando à imoralidade e aos pecados sociais e ainda tentando se justificar com base num entendimento errado da liberdade cristã. 
E, por último: 
"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 10:4,5 — idem). — As armas espirituais são os recursos que Deus disponibiliza aos crentes para que eles possam enfrentar a realidade da batalha espiritual. 
Na luta espiritual o cristão deve usar armas espirituais, ou seja, não adianta o crente tentar usar suas próprias forças no campo de batalha espiritual. 
Por fim, o apóstolo encerra sua exortação sobre a batalha espiritual e as armas do crente (Efésios 6:10-18) explicando que as armas espirituais estão acessíveis ao povo de Deus através da oração (18).

Fica aqui um desafio a sua reflexão, se possível, desarmado de preconceitos ou conceitos equivocados. 

[Fonte Revista Inteligência, por Leandro Faro, Psicanalista; Estilo Adoração, por Daniel Conegero]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.