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sábado, 16 de setembro de 2023

ENFIM, MEU POSICIONAMENTO SOBRE OS ATOS DE 08 DE JANEIRO DE 2023

"Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que treina minhas mãos para a batalha, meus dedos para o combate" (Salmo 144:1).
Muitos dos meus seguidores do Conexão Geral, têm me cobrado um posicionamento aqui no blogue, sobre os Atos Golpistas ocorridos no dia 08 de janeiro deste ano corrente.

Realmente eu estava evitando falar sobre isto, pois, este assunto ainda tem gerado um grande problema para muitas pessoas. Além do mais, ele é um tanto polêmico, o que exige bastante cuidado, uma verdadeira maratona sobre uma pista de ovos, quando se for falar sobre este quiproquó que, por certo, ainda vai dar metros e metros de panos para mangas. Mas, enfim, vamos lá.

Deus nos treina para a batalha. Ele nos faz capazes de lutar. E mais ainda, já nos faz vencedores. Não é nenhuma novidade que estamos numa constante batalha. Se você ainda não percebeu isso, eu tenho que te alertar.

É uma batalha contra uma cultura de morte, contra uma busca egoísta de ser melhor que os outros de qualquer jeito, contra uma liberdade desordenada, contra um mundo que quer nos prender, escravizar com suas regras de aproveitar, experimentar de tudo ao máximo com a desculpa de que
"só se vive uma vez".
Muitas vezes achamos difícil demais lutar contra isso tudo, e nos rendemos facilmente ao pecado. 
"Eu não presto mesmo"
dizem alguns. 
"Eu sou assim mesmo"
dizem outros. Isso é estratégia do inimigo! A própria Palavra de Deus nos afirma que Ele nos prepara para a batalha. E isso não é um brincadeira, não. Ele mesmo nos dá armas para lutar. E nós temos que usá-las diariamente.

Mas, essa realidade inefável — porém, um tanto quanto sofismável —, pode ser usada como "justificativa" para os atos antidemocráticos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023? Essa é a reflexão proposta no texto deste artigo.

O Dia que ainda não acabou

Contextualizando

"Mais de cem ônibus foram fretados em diversas cidades do país para levar grupos de bolsonaristas para a capital federal, onde foi marcado um grande ato para questionar o resultado das eleições, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. 
O grupo, que fazia uma manifestação de caráter golpista, invadiu e vandalizou os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Os manifestantes estavam concentrados no Quartel-General do Exército, em Brasília, antes de descerem em direção à Esplanada dos Ministérios. 
Vídeos divulgados na internet mostram policiais militares do Distrito Federal conversando com manifestantes bolsonaristas enquanto uma multidão invadia o Congresso Nacional" (EXAME, 2023).
A exemplo de outros acampamentos diante de quartéis espalhados pelo país, o da capital federal exibiu desde o começo faixas e cartazes com dizeres antidemocráticos e ataques ao processo eleitoral, ao STF, ao ministro Alexandre de Moraes e a Lula, por exemplo. 

Com pedidos de "Socorro, Forças Armadas", as mensagens de teor golpista e ameaçador recorrentemente, principalmente por convocações feitas através das redes sociais, reivindicavam ações inconstitucionais e violentas.

Os atos terroristas (sim, terroristas, aos fatos os fatos) que assistimos no dia 08/01 na Praça dos Três Poderes, em Brasília, compõem mais um trágico episódio da crise da democracia brasileira. 

Assim como os governantes, é dever dos cidadãos denunciar, expor e responsabilizar todos aqueles que participaram, de forma direta ou indireta (como mentores e incetivadores intelectuais), deste grave ataque às instituições.

Durante semanas, em todo o Brasil, vimos, tanto por vídeos divulgados em redes sociais, como também pelos veículos oficiais de imprensa, a movimentação dos [que auto se denominaram] "patriotas" nas portas dos quartéis. 

Em nome da Fé


O que não foi evidenciado com devida ênfase pelos analistas foi a forte tônica religiosa dos seus manifestantes, em geral composta por evangélicos e, em menor grupo, também por católicos. 

Muitos vídeos e relatos comprovaram o forte vínculo religioso das manifestações, frequentemente regadas a momentos de oração, louvores gospel e "atos proféticos".

Um exemplo disso foi o hino evangélico entoado pelos manifestantes durante a invasão no Senado Federal, no qual as palavras de ordem 
'...Os guerreiros se preparam para a grande luta/ É Jesus o capitão, que avante os levará / A milícia dos remidos marcha impoluta / Certa que vitória alcançará...' [Trecho do hino "Os Guerreiros se Preparam", Hino 212 da Harpa Cristã] 
(infelizmente, o vídeo que registrou esse momento, não está disponível na internet) revelam não só o caráter belicista do movimento, mas também o inegável vínculo religioso que animava essas manifestações. 

Afinal, para muitos que ali estiveram, não se tratava de um golpe de Estado, mas sim a materialização da batalha espiritual entre o bem e o mal, uma releitura do conflito apocalíptico entre Deus e o diabo em termos políticos.

Com o passar do tempo, no entanto, as declarações se inflamaram e se radicalizaram ainda mais. Um áudio gravado em 5 de janeiro, por exemplo, mostra uma mulher afirmando: 
"Já era, agora é tudo ou nada. Se tiver que empurrar, empurra. Se tiver que dar tiro, dá tiro. Se tiver que meter a mão no pescoço… Não tem mais que ter dó".
No fatídico domingo, os extremistas que retornaram ao acampamento após os atos terroristas falavam em "tacar fogo" no STF. Definitivamente, esse tipo de atitude, absolumente nada tem de viés espiritual, conforme ainda insistem em afirmar alguns.

A César o que é de César, a Deus o que é de Deus


Não é de hoje que o comportamento caótico de certos grupamentos sociais causa espanto. Não apenas em função dos episódios violentos que surgem eventualmente em seu meio, mas também por conta da intensa resistência que cada pessoa inserida nestes grupos tem diante de qualquer alegação que deslegitime ou coloque em xeque as crenças mais profundas que sustentam esta "comunidade".

As respostas prontas, que são apontadas como armas diante de qualquer forma de questionamento do evidente absurdo, têm sido tão repetidas que esgotam qualquer possibilidade de debate.

Sim, sem dúvidas, Deus é mesmo um Deus de batalhas, porém...


A batalha espiritual é o tipo de conflito que os servos de Deus enfrentam durante suas vidas cristãs contra as forças das trevas. A expressão "batalha espiritual" não aparece na Bíblia, mas isso não significa que seu conceito esteja ausente nas Escrituras. Ao contrário disso, biblicamente a batalha espiritual é uma realidade que não pode ser subestimada.

Mas é verdade que o conceito de batalha espiritual é um dos mais mal compreendidos e distorcidos pelos cristãos. Inclusive, a ideia errada de batalha espiritual tem sido amplamente utilizada com a finalidade de semear heresias no meio da Igreja.
Por isso é importantíssimo que todo cristão verdadeiro saiba realmente o que é a batalha espiritual e qual a sua implicação na vida cristã.
Apesar de o nome "batalha espiritual" não ser encontrado especificamente assim na Bíblia, há muitos versículos que tratam claramente sobre a realidade da batalha espiritual. 

Essas referências são tão abundantes que é correto até dizer que do começo ao fim, isto é, de Gênesis a Apocalipse, a Bíblia afirma a existência de uma guerra espiritual travada. Fato!

Portanto, sem dúvida a batalha espiritual é uma realidade que não pode ser subestimada. Na verdade não há um único crente verdadeiro que não esteja envolvido na batalha espiritual. 

Por isso é fundamental que todo cristão saiba realmente o que é a batalha espiritual à luz da Bíblia. Todo crente precisa entender que a vitória nesse conflito é garantida por Cristo que já subjugou todas as criaturas e todos os poderes ao seu senhorio.

Conclusão

A batalha espiritual no contexto bíblico


Nossa vida é uma luta constante. Vivemos em batalha. Cada decisão é fruto de uma escolha. Quando fazemos uma opção, abrimos mão de outra.

Nem sempre são decisões fáceis. Principalmente quando escolhemos o caminho de Deus, somos tentados a todo momento. E aí precisamos sempre renovar a nossa fé.
Mas, sejamos sóbrios, vigilantes e equilibrados, a realidade da batalha espiritual, não é absolutamente chancela para justificativa dos atos absurdos ocorridos no fatídico dia 08 de janeiro de 2023 e que reverberam até hoje não só em nossa nação, mas em nível mundial.
Sim, houve muitos que ali foram com boas intenções, motivações e que estão, de uma forma absurda sendo, ao arrepio das leis e dos direitos constitucionais, tratados como terroristas. 

Sim, há que ser aplicados todos os rigores da lei na punição daqueles que de uma maneira abjeta e criminosa, incentivaram, promoveram e/ou participaram direta ou indiretamente da invasão e destruição dos prédios dos Três Poderes. 

Isso são fatos que não se discutem, contudo, aos cristão que ali estiveram e/ou que têm familiares que estão sofrendo as consequências advindas desse dia que marcou, ou melhor, manchou mais uma página na História do Brasil, é relevante que nos valhamos das orientações do Senhor Jesus e de seu díscípulo comissionado, o apóstolo Paulo:
"Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas" (Marcos 10:16 — grifo acrescentado).  — O quanto que ao olhar para as características essencialmente antagônicas de serpentes e pombos dizem respeito à nossa vida? 
Em tempos que muitas pessoas estão sendo dominadas pelas lutas e trazendo um peso para suas vidas, Jesus nos fala a respeito de prudência, simplicidade, posicionamento, capacitação e propósito para quais fomos escolhidos e chamados. 
Então irmãos, nas entrelinhas Jesus tem nos falado, SEJAM FORTES e CORAJOSOS, pois Ele, o Senhor nosso Deus estará conosco.
"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine" (1 Coríntios 6:12 — idem).Este versículo aparece num contexto em que o apóstolo Paulo corrige os cristãos de Corinto. 
Alguns deles estavam adotando um comportamento completamente reprovável. Eles estavam se entregando à imoralidade e aos pecados sociais e ainda tentando se justificar com base num entendimento errado da liberdade cristã. 
E, por último: 
"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 10:4,5 — idem). — As armas espirituais são os recursos que Deus disponibiliza aos crentes para que eles possam enfrentar a realidade da batalha espiritual. 
Na luta espiritual o cristão deve usar armas espirituais, ou seja, não adianta o crente tentar usar suas próprias forças no campo de batalha espiritual. 
Por fim, o apóstolo encerra sua exortação sobre a batalha espiritual e as armas do crente (Efésios 6:10-18) explicando que as armas espirituais estão acessíveis ao povo de Deus através da oração (18).

Fica aqui um desafio a sua reflexão, se possível, desarmado de preconceitos ou conceitos equivocados. 

[Fonte Revista Inteligência, por Leandro Faro, Psicanalista; Estilo Adoração, por Daniel Conegero]

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blogue https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.

E nem 1% religioso.

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