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terça-feira, 29 de junho de 2021

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "EDUARDO E MÔNICA"


A fórmula é infalível: a letra de uma canção que conte uma história, narre uma saga ou algo assim. É sucesso na certa! Mas, em se tratando de 'Eduardo e Mônica', não é apenas uma canção contando uma história romântica, e sim mais uma obra prima composta pelo gênio Renato Russo (☆1960/♱1996).
Em mais um capítulo da série especial de artigos Canções Eternas Canções, vamos conhecer a história desse clássico do rock nacional, que virou filme e ainda hoje é cantado até mesmo por quem ainda nem era nascido quando ele foi lançado e virou um dos muitos sucessos da banda Legião Urbana.

A Letra

"Eduardo e Mônica" (Russo, Dado, Bonfá)



Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
'-Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir'

Festa estranha, com gente esquisita
'-Eu não tô legal, não aguento mais birita'
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
'-É quase duas, eu vou me ferrar'

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram, então, no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (Não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Descrição da música

Quando os opostos se atraem


Esta análise se baseia na história de amor de Eduardo e Mônica, retratada na composição musical de Renato Russo. Ela conta a história de um casal com padrões comportamentais diferentes, sendo a Mônica uma jovem universitária, que estudava Medicina, bastante culta, que falava alemão, gostava de magia e meditação, enquanto Eduardo era um adolescente, iniciante nas aulas de inglês, que gostava de cinema, clube e televisão. 

O casal se encontrou pela primeira vez numa festa, na qual o amigo de Eduardo o teria levado. Deste momento em diante, os amantes passaram a se conhecer melhor e organizar as contingências para que pudessem aumentar a frequência dos seus encontros.

Os comportamentos de briga do casal, na música não deixam nenhum antecedente e consequente evidentes, porém infere-se, a partir de uma visão mais geral, que tais comportamentos podem ter função de punição positiva e/ou negativa, reforço negativo ou até mesmo de reforço positivo, e possivelmente ocorriam em razão de: 
  • 1) diferenças ainda existentes entre o que é reforçador para um e outro; 
  • 2) ausência de habilidades para resolução dos problemas; e
  • 3) existência de atitudes de um que são aversivas para o outro.

A história

Como surgiu a canção


'Eduardo e Monica' foi composta por Renato Russo em 1978 e lançada em 1986 no álbum "Dois", da banda Legião Urbana. Essa canção é umas das mais famosas da banda, que tem 73 versos distribuídos em quase 5 minutos de musica, no qual conta a história de amor de duas pessoas muito diferentes entre si. 'Eduardo e Mônica' tem uma letra simples e cotidiana, com frases bem-humoradas que descrevem os personagens na evolução de sua relação.

Mas de onde veio a inspiração para Renato Russo criar a música 'Eduardo e Monica'? A mídia sempre fez essa pergunta a Renato Russo, sobre a verdadeira identidade de Eduardo e Mônica. Ele acabou respondendo que a Mônica era inspirada em Leonice de Araújo Coimbra, artista plástica, com quem ele namorou no final da década de 70. Em uma entrevista concedida em 1995, Renato Russo disse:
"Eu morava sozinho e namorava uma menina com filhos, a Lea [Coimbra]. Isso era 77,78. É ela a Mônica da música, e eu sou o Eduardo, só que menos bobo. É, eu lia, não era aquela coisa clube-e televisão da letra."
Apesar da explicação do cantor, mais adiante na entrevista, ele acaba admitindo que sim, o Eduardo e a Mônica existem, mas ele não podia revelar por um pedido do próprio casal. Mas, sobre isso, falarei mais abaixo.

Eduardo e Mônica inspirou propaganda e filme


Uma grande obra nunca estaciona. Ela continua servindo de inspiração ao longo da história e com Eduardo e Mônica não foi diferente.

No dia 7 de junho de 2011, para comemorar os 25 anos do lançamento oficial da música, foi lançado um pequeno videoclipe numa campanha publicitária da Vivo (operadora de telefonia móvel). 

O vídeo foi lançado no YouTube às vésperas do Dia dos Namorados, é uma homenagem a esta data e tem duração de 4:09, tendo "Eduardo e Mônica" como trilha sonora. 

A repercussão do vídeo foi tanta que, em pouco mais de dois dias após o seu lançamento, ultrapassou 2 milhões de visualizações, não apenas no YouTube, mas também em outros sites compartilhados, como Facebook e o extinto Orkut. Tanto que o vídeo, que era para ser uma peça publicitária, acabou se tornando o clipe oficial da música, já que ela não teve originalmente um clipe oficial, mas, apenas apresentações ao vivo ('Eduardo e Mônica', versão ao vivo, gravada em show realizado no Metropolitan, RJ, nos dias 08 e 09 de outubro de 1984 e exibido pela Band).

E tem mais, um filme inspirado na canção 'Eduardo e Mônica' tinha previsão para ser lançado no final de 2016. A produtora Gávea Filmes, comprou os direitos para a produção, previsto para chegar ao cinema após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Entretanto, ficou para 2020, a previsão de lançamento do longa-metragem inspirado na música da Legião Urbana.

Mônica foi interpretada pela atriz Alice Braga (a sobrinha de Sônia Braga, que assim como a tia famosa, também tem uma bem sucedida carreira no cinema internacional, já tendo estrelado inúmeros filmes hollywoodianos) e Eduardo pelo ator Gabriel Leone. 

E não foi só. Em 2017, a música também ganhou os palcos de Brasília, com a encenação do musical "E quem um dia irá dizer", numa livre adaptação do grupo Empório Cultural.
 

Confira a seguir o trailer oficial do filme Eduardo e Mônica

São muitos os Eduardos e as Mônicas que inspiraram aquele que viria a ser um dos maiores sucessos da Legião Urbana. Nenhum dos casais tinham um Eduardo e uma Mônica. Os nomes dos personagens são fictícios. 

Renato Russo, inclusive, recorreu às lembranças das experiências da sua adolescência em Brasília, onde morava quando escreveu a canção. Mas a relação de um casal de amigos foi a grande referência para a música escrita em 1982.

Duas pessoas super diferentes que se apaixonaram, optaram por tentar e deu certo! O próprio Renato Russo, durante uma entrevista para um rádio, comentou que escreveu a letra de 'Eduardo e Mônica' a partir de observações do cotidiano e estilo de vida dos jovens de Brasília:

Perguntam se Eduardo e Mônica existem, sim, eles existem, mas não são só duas pessoas, são várias pessoas. Todas as meninas e mulheres que eu gosto e que a gente conhece em Brasília, que são meninas espertas com coração e a cabeça aberta. Entrou um pouquinho de cada uma na Mônica; e o Eduardo é a mesma coisa. A Mônica é uma menina mais velha e o Eduardo são todos aqueles carinhas que a gente se amarra.

Anos mais tarde, os fãs finalmente mataram a curiosidade e foi revelado que a Mônica da vida real se chama Leonice de Araujo Coimbra. Conhecida como Léo, foi uma grande amiga de Renato que, na época, tinha começado a namorar um carinha mais jovem e acabou se casando com ele. 

O Renato Russo dizia que escreveu a letra a partir da observação de encontros e desencontros de casais amigos próximos dos tempos de Brasília. Entre eles, uma amiga bem próxima, a artista plástica Leo (Leonice) Coimbra, que estava começando a namorar um cara mais jovem, seu futuro marido, Fernando Coimbra, conta o jornalista Carlos Marcelo, autor do livro "Renato Russo; O filho da revolução", biografia do líder da Legião.

Estudante de antropologia da Universidade de Brasília (UnB), casado, no início dos anos 1980, Fernando tinha uma coleção de LPs comprados em Paris. Um luxo para a época. Entre os discos, havia obras-primas de Traffic e Eric Clapton. Essas raridades atraíram o interesse de Renato Russo e deram início à longa amizade com o jovem casal Leo e Fernando, que tinha dois filhos pequenos, inspirando, assim, a fofinha canção.

Conclusão


A ideia de Renato era criar algo pra cima, já que muitas pessoas comentavam na época que as músicas da Legião Urbana eram muito pessimistas. Amo essa canção, por isso ela vai levar meu seleto carimbo de

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

SONO ESPIRITUAL, O PERIGO DA LETARGIA

"E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé" (Romanos 13:11). 
"Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Efésios 5:14).
  • A letargia (lenificação para fazer as coisas), é muito frequentemente encontrada em pacientes com sintomas depressivos, principalmente nos casos de depressão atípica. Nos casos de depressão atípica, a letargia associa-se à aumento de sono e apetite e muita sensibilidade à rejeição. A palavra letargia do original latim "lethargia" é definida como: ("lethe" = esquecimento e "argia" = inacção) a perda temporária e completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica, dando ao corpo a aparência de morte, deixando o indivíduo num estado mórbido. Este é um problema de saúde em que a ciência está tentando explicar, pois vem sendo estudado pela medicina moderna e por vários pesquisadores nas áreas da Psiquiatria e Psicologia (Drª. Ana Caroline Vilela, Generalista, Goiânia, GO).
  • Entende-se por letargia espiritual um estado de sonolência quanto às coisas espirituais. Seus sintomas podem ser identificados das seguintes formas: 1. "A imobilidade"; 2. "A inércia"; 3. "A suspensão"; 4. "A insensibilidade espiritual"; 5. "O comodismo ministerial".
O sono é um fenômeno admirável; é um tipo de morte com animação. No sono, estamos mortos para o mundo real. O ladrão pode estar às nossas portas, ou o fogo pode estar começando a queimar as cortinas do nosso quarto. Mas, quando estamos adormecidos, não observamos, não sabemos, nem nos preocupamos com o que está acontecendo. 

Por outro lado, nos sonhos nos preocupamos com aquilo que é irreal e ilusório. Os homens fogem de animais selvagens, pulam de penhascos e navegam à procura de ilhas do tesouro. Nossa atenção é tomada por aquilo que é fictício e imaginário.

Isto também acontece com o sono que sobrevêm às almas dos homens, em épocas quando o evangelho não tem vigor. Exércitos de heresias ameaçam a igreja e o povo de Deus; mas os sentinelas da Igreja caem em sonolência tão rapidamente, que nem compreendem, nem se importam com tais exércitos. 

Quando, em algum lugar, uma voz fiel se levanta para advertir, existe um clamor geral e uma exigência de que o silêncio seja mantido. Ou pode acontecer algum abuso escandaloso que ameaça manchar a reputação e a credibilidade da Igreja. 

Quando, porém, o sono coloca no descanso as faculdades da alma, os homens se ressentem de questões impopulares e procuram abafar o saudável espírito de investigação. Nada é tão desagradável para um homem sonolento quanto o alarme que o convoca a sair de sua cama.

Quando a sonolência de alma se espalha por todos os lados, todos os homens contentam-se com sonhos infantis e trivialidades vazias. Eles fazem muito barulho e algazarra a respeito de questões de procedimentos e de ordem correta. 

Mas, eles podem menosprezar as grandes questões da justiça, da misericórdia e da verdade com tanta facilidade quanto os fariseus que "coavam um mosquito" e "engoliam um camelo" (Mateus 23:24). O clamor de todos — ou de quase todos — é: "Mais sono"; e ai daquele que tenta despertá-los!

Utilizando de uma abordagem mais temática do que textual, vamos meditar um pouco sobre este tão rico tema "despertando do sono"!


Quando estamos cansados demais e nosso organismo já não responde aos nossos impulsos, ficamos um pouco lentos, vagarosos, tudo parece mais difícil, o corpo pede — "cama, por favor!" — e, avistando-a nos lançamos e dormimos como bebês. 

Há situações que, no sofá mesmo, começamos a fazer nosso "ninho" e quando nos deparamos, lá está o cônjuge, a nossa mãe, ou quem sabe a avó amada, ou o paizão, nos chamando para deitar na cama, escutamos de longe "vai para o seu quarto, o sono chegou!", e como é bom ter um soninho tranquilo. Glória Deus! Aleluia!

A importância orgânica do sono


Precisamos dormir para recompor nossa energia. Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. 

Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso à infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes.

Nossa! Quanta coisa não é mesmo?! Mas na vida espiritual o sono pode nos trazer algumas adversidades, e ao invés de "recompor as forças", acaba-se "PERDENDO-AS". Nesta hora é aconselhável estarmos bem despertos para não sermos "traídos" por nossas atitudes.

Hora de despertar


Despertar é: Acordar; deixar de estar dormindo; sair do estado de sono, de dormência. Podemos citar ainda que é sair do estado de inatividade, de prostração; passar a ter vigor. 

Então, agora é o momento de despertar a vontade de "fazer a Obra", é momento de fazer com que as lembranças possam nos despertar para a vida. Que o desejo de "agir" desperte nossa (sua) coragem! Chega de ficar dormindo! Desperta, crente!

Há vários tipos de "sono espiritual", vamos abordar três tipos bem visíveis atualmente:


São: o sono do porão, o sono no jardim e o sono da janela. Vamos identificar cada um deles.

  • Sono de porão

Alguns se deixam levar por este sono da covardia, da vingança, do medo, da desobediência, causando agitação no ambiente, se escondem, ficam fugindo, é o sono do porão.

Havia um profeta israelita da tribo de Zebulom, filho de Amitai, natural de Gete-Héfer, que profetizou durante o reinado de Jeroboão II, rei de Israel Setentrional, seu nome, Jonas. Em hebraico, é "Yonah" e significa "pombo". A historicidade do livro de Jonas se comprova com 2 Reis 14:25, e pela referencia feita pelo próprio Jesus em Mateus 12:39-41.

Todo cristão sabe que Jonas foi chamado para pregar, "evangelizar",  "fazer missão" em Nínive, capital da Assíria, mas fugiu. Ele teve um chamado missionário, e fez o que foi possível para se eximir dessa vocação divina. 

Nínive (Assíria), um grande império daqueles dias e uma enorme ameaça para o povo de Israel. Pensava Jonas consigo — "Pregar para os meus inimigos? Eu não! É um grande risco de vida". O profeta tentou escapar, tentou enganar, escondeu-se, sofreu com as consequências, mas teve de admitir e reconhecer que a ordem divina deve ser cumprida.

Deus pela Sua infinita misericórdia enviou Jonas a pregar o arrependimento aos gentios ninivitas e eles se arrependeram.

Muitas das vezes, Deus nos chama para realizar uma "missão" e fugimos como Jonas, nos escondemos como Jonas e sofremos como ele sofreu (cuidado com o grande peixe). Se Deus está te chamando, ouça o chamado do Senhor e saia do anonimato, mostre-se! 

Vai Pregar a palavra, meu irmão! É para fazer Missão, viaje de avião, de navio, de ônibus, de carro... a pé e não dentro do grande peixe! Jesus vai usar você e milagres vão acontecer para glória do nome d'Ele! Sai do porão, crente!

  • Sono do jardim

Quando não, alguns se deparam com o sono da preguiça, da falta de intimidade, da falta de comprometimento, do comodismo, é o sono do jardim! Esse sono é aquele que dificilmente percebemos, a não ser que alguém (usado por Deus) venha nos falar, e para encontrar esse alguém, aí é que está a dificuldade! Cadê o profeta!

Hoje, me coloco como instrumento do Senhor e, acredito que, esse problema foi resolvido. A mensagem para ti é: "Acorda meu irmão Jesus está te chamando, está falando e você está dormindo! Vamos orar! Vigiai e orai crente!" (Mt 26:41).

Em nosso tempo atual, diria até, em todo tempo, temos visto uma luta constante entre os irmãos de oração e os que dormem. A cada dia a Igreja está sendo "bombardeada" com as astutas ciladas do inimigo de nossas almas (Ef 6:10-12) e, ao invés de manter constante oração, muitos preferem dormir com seus cotidianos e argumentos sem causa. As reuniões de oração, são as mais vazias na maioria absoluta das congregações (e, aqui está incluída a minha).

Com a falta de intimidade, as artimanhas do "não tem nada não" vão entrando pela porta e muitos dormem, situações que poderiam ser evitadas "com oração", acabam proliferando a doença da "cegueira", da "boca fechada" e não se ouve mais os louvores na congregação dos santos (Salmo 149:1) — daí, começa-se a ouvir Black Eyed Peas —  logo, todos adormecem e entram em sono profundo.

As mentiras, as dissenções, os escândalos, as iniquidades (Isaías 59:2), vão se infiltrando sorrateiramente por falta de vigiar e orar. Meu querido irmão, levante a guarda, a carne é fraca (Mt 26:41), mas você tem a vitamina certa para faze-la forte, Jesus, não confie em sua sabedoria, em seu conhecimento, confie no Senhor Deus Todo Poderoso (Sl 20:7), Ele é o nosso refugio e fortaleza (46:1). Em momentos difíceis, a solução é ter intimidade com Deus, orar e vencer as tentações.

Vigie, não dê lugar ao diabo, não pegue atalhos, o Caminho está à sua frente, Jesus está contando com você. No momento em que ELE mais precisa de nos, estamos dormindo!

Se Ele te chamou para interceder, interceda! Se te chamou para louvar, louve! Se te chamou para profetizar, profetize! Se te chamou para ajudar, ajude!... Esteja a disposição do Senhor. 
"Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4:7).
Tem muita gente preocupada em repreender, "amarrar", expulsar... o diabo e pouca gente preocupada ou interessada em se sujeitar a Deus! Acorda! Vamos Orar! temos muito o que fazer para o Senhor. Sai do comodismo, crente!

  • O sono da janela

Por fim, temos o sono da distração, um momento terrível em que observar passa a ser o principal objetivo, a critica passa a ganhar posições elevadas, é o sono da janela.

A Bíblia nos conta sobre um rapaz que, durante uma longa pregação dormiu na janela. O relato está no Livro de Atos dos Apóstolos (20:7-12). O Apóstolo Paulo estava em Trôade, e como de costume, começou seu discurso, pregando por longas horas. 

Ao passar dessas horas o jovem Êutico, tomado de um sono profundo, caiu da janela que estava. A situação não fugiu do controle de Paulo, mesmo tendo de parar "momentaneamente" o que estava fazendo, foi até o garoto, constatou o milagre afirmando que ele estava bem e com segurança retorna ao seu proposito, continua seu discurso por mais algumas horas.

Vemos aqui que o Jovem estava em um local apropriado, o cenáculo, e dentro deste local milagres acontecem, aleluia!

Em uma breve analogia, pode-se dizer que: Paulo confiou em Deus, ressuscitou o jovem e continuou a Pregação. É isso que precisamos, tomar posse da Palavra de Deus e ter Fé!

Na igreja não é diferente, há momentos em que os ouvintes da Palavra de Deus estão mais preocupados com seus problemas pessoais, não se envolvem, não ouvem, não participam (não têm tempo, nunca têm tempo...). Seus afazeres tomam seu coração e atenção, e mesmo estando dentro da Casa de Oração, não oram, não se relacionam com o senhor. 

O sono da distração ocupa o espaço e os reflexos, por vezes, são drásticos. Começa então uma saga, o observa e critica, o critica e observa, nisso passa-se horas a fio, quando chega o final da cerimonia religiosa sai murmurando e dizendo que Deus não usou o pregador, pois bem, seu olhar estava em outras importâncias, sua boca e seus ouvidos estavam emprestados ao inimigo (João 8:34). Sai da janela crente!

Ao invés de nos reunirmos simplesmente com objetivos sociais, não poderíamos, como crentes, nos reunir para lermos bons livros uns para os outros. O tempo que regularmente dedicamos a ouvir e assistir tranquilamente a televisão, não poderíamos dedicar, pelo menos uma parte dele, à oração secreta, ou familiar, ou coletiva? 

As horas que temos desperdiçado em criticar cruelmente o pregador, poderiam, no futuro, ser melhor utilizadas no estudo diligente de livros que edificam nossa alma. 

Uma parte das energias que antes gastamos em recreação e sociabilidade excessivas poderia ser gasta mais produtivamente em visitar viúvas em suas aflições (Tiago 1:27) e em consolar os abatidos.

Acima de tudo, os pregadores têm de clamar por graça para permanecerem acordados nesta hora. Devem mergulhar suas cabeças nas águas frias da Palavra de Deus, até que seus sonhos de comodidade mundana sejam lançados fora. 

O mundo nunca precisou tanto de um ministério de despertamento como agora. Nunca houve uma hora tão crucial para galgarmos as alturas e tocarmos altissonante a trombeta do evangelho. 

Todo o céu está atento, enquanto nos esforçamos para ficar acordados, quando todos os outros dormem. Será lançado como nosso crédito eterno, se nos mantivermos em nosso posto. Mais breve do que pensamos, talvez aconteça a aurora de um dia novo e melhor. O servo vigilante um dia se assentará em honra à mesa de seu Senhor (Lucas 12:37).

Conclusão


Pare de observar tudo na igreja, dê mais atenção a Palavra de Deus. Precisamos que a atenção maior seja para o nosso Jesus, a gloria para Ele, o louvor para Ele, e mesmo que ocorram situações que tentem lhe tirar do alvo (Salvação), confie em Deus, clame por Ele (Jesus), tenho certeza que o Espírito Santo estará confortando o teu coração. Um milagre vai acontecer! acontecerá, creia!

Entre e permaneça neste ambiente (cenáculo), a porta é Jesus! Ele te convida a sair da janela e entrar pela porta; uma nova vida com Ele! Possamos refletir nesta mensagem e, se estávamos com algum pensamento estranho sobre o que Deus tem para fazer em nossas vidas, acordemos, despertemos do sono e permitamos o SENHOR agir em nossas vidas.

Vamos ser instrumentos poderosos nas mãos do Mestre e viver Milagres!

[Fonte: Aqui Aprendi, por pastor Ismael Brito; Bíblia de Estudo Pentecostal Bíblia Defesa da Fé; Esequias Soares — Os Doze Profetas Menores — Jonas-A misericórdia divina; Pfeiffer. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Ed. CPAD; Revista Ensinador Cristão — CPAD; Ministério Fiel, por Rev. Maurice Roberts]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
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quarta-feira, 23 de junho de 2021

PAPO RETO — "SÍNDROME DO NOVINHO"

Crédito da imagem: Getty Image

Estou prestes a completar 54 anos de idade... Nosso Deus! A impressão que eu tenho é que após os 50, os anos parecem passar mais rápido. Se isso é verdade ou não, eu não sei, mas, devo confessar que me assusto um pouco. Não há como fugir do óbvio: ESTOU ENVELHECENDO! 

Todos envelhecemos. Todos os dias. Quando você acabar de ler este texto será um pouco mais velho do que ao começar. E, paradoxalmente, embora esta seja a melhor das possibilidades (pense em qual é a única alternativa a se tornar mais velho), a passagem do tempo e ultrapassar certas décadas e cifras simbólicas sempre causaram temores e inquietação para todos nós. Existem realmente as crises da idade ou são uma invenção do marketing?

A realidade da vida vs. a utopia da sociedade


A sociedade não ensina o homem a ser velho. Com isso, muitos não pensam no amanhã e se veem despreparados para conviver com as limitações normais que a idade traz. Resultado: idosos depressivos, extremamente doentes, financeiramente desprovidos e pensando nas pessoas que foram e não nas que são.

A velhice ainda é um tabu. No aspecto comercial, não faltam propagandas que insultam a inteligência do espectador oferecendo "medicamentos" inúteis — os placebos —, sem base médica, que prometem vigor físico e sexual ou acabar com doenças "milagrosamente" e retardar os males do envelhecimento. E tome imagens de idosos superativos, correndo, sorrindo, dançando — só falta voarem.

O perceber-se envelhecer, constatar o decair das próprias forças e a consequente aproximação da morte sempre foi um problema para o ser humano de todos os tempos. Algumas culturas e civilizações lidaram com esta questão de maneira mais tranquila, outras menos. 

O envelhecimento, de acordo com a cultura judaico-cristã


A cultura judaico-cristã, sem camuflar a dramaticidade do processo de caducidade das forças do ser humano e o sentimento de impotência que se lhe segue, refletiu sobre esta experiência tão fundamental e apontou algumas pistas de solução a partir de sua fé. 

Partindo do pressuposto que lemos o texto bíblico desde o lugar da fé cristã e da teologia, cremos deixar esclarecido qual é o viés da nossa reflexão. Trata-se aqui não tanto de procurar descrições dos processos psicológicos e biológicos que caracterizam o processo de envelhecimento e sua experiência. Mas sim de procurar destacar algumas implicações éticas e religiosas decorrentes deste processo que o povo bíblico trouxe à luz incorporou ao seu patrimônio de fé no Deus de Israel.

1. A idade entendida como etapa da vida ou como idade madura, maturidade 


São os dois sentidos em que o termo quase sempre aparece no Antigo Testamento. Tal como os outros povos da antiguidade, também o judaísmo professa um grande respeito aos anciãos:
"Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor." (Levíticos 19:32).
A razão desse respeito é que o velho é mediação para o temor que se deve ter ao próprio Deus. Além disso, é consenso em Israel que os velhos possuem a sabedoria e a prudência (Jó 15:10; Eclesiastes 6:3s).

Por isso não é estranho que sempre hajam desempenhado no meio do povo uma função de direção e aconselhamento. As cãs do velho, que são o sinal patente de sua idade avançada, não devem ser motivo de riso, mas de respeito, pois são um distintivo de honra. Assim diz o Livro dos Provérbios: 
"A força é o adorno dos jovens, os cabelos brancos são a honra dos velhos" (20:29).
No Novo Testamento, aparece claro que o homem não tem nenhum poder ou influência sobre sua idade física, já que ela é um dom do criador (Mateus 6:27). Diante do tempo que passa, portanto, e faz sentir seus efeitos sobre o corpo, a mente e a potência, o homem é chamado a crescer em maturidade, em virtudes, em graça e sabedoria até atingir a estatura (que em grego é designada pelo mesmo termo que "idade") do próprio Cristo (conforme Efésios 4:13). O apóstolo Paulo resume magistralmente esse processo paradoxal que deve ser o do cristão, ou seja, daquele que vive da vida nova "em Cristo".

Ao mesmo tempo que constata a caducidade física, a decadência corpórea, exorta os cristãos de Corinto a investir no crescimento de seu "homem interior", entendido aí como a vida espiritual de cada indivíduo ao mesmo tempo que do corpo de Cristo.  

Vale a pena transcrever suas palavras cheias de Espírito: 
"Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.  
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 
não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" (2 Co 4:16-18). 
O que Paulo quer descrever aqui é a expressão da mutação que se opera no ser humano ordinário como consequência da ação criadora da presença do Senhor. A velhice e o envelhecimento, portanto, segundo Paulo, não devem ser problemas para o cristão, que em Cristo é uma nova criatura e sobre quem a caducidade do tempo "kronos" não tem mais poder, já que este entrou numa nova ordem.

O "kairos" que não passa e tem a irradiação e a luz do próprio Cristo Ressuscitado que já não morre e vive para sempre. A unidade de medida da idade, portanto, para o cristão, passa por outros critérios que não os que levam o envelhecimento a ser temido como conduzindo à idade indesejada.

2. No Antigo Testamento ainda se percebe uma visão positiva da velhice como bênção, plenitude e cumprimento cheio e fecundo dos objetivos da vida 


Isto é verdade sobretudo da velhice do justo, ou seja, daquele homem que viveu segundo o coração e o sonho de Deus. De Abraão, diz-se que 
"Morreu em boa velhice, em idade bem avançada, e foi reunido aos seus antepassados" (Gênesis 25:8);
Jó, justo provado pela mão do Senhor, já em meio aos sofrimentos que sobre ele se abatem, e 
"apresentando sua causa diante de Deus" (5:8), 
recebe d'Este a promessa:
"Você irá para a sepultura em pleno vigor, como um feixe recolhido no devido tempo" (5:26). 
Os salmos estão cheios de súplicas e ao mesmo tempo promessas de Deus em relação à velhice dos justos. O velho que sente suas forças declinarem suplica: 
"Não me rejeites na minha velhice; não me abandones quando se vão as minhas forças... Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros" (Sl 71:9; 18).
E Deus promete, cheio de generosidade:
"Os justos, porém, florescerão como a palmeira; como o cedro do Líbano crescerão altaneiros. Plantados na casa do Eterno, florescerão nos átrios do nosso Deus. 
Mesmo na velhice, cheios de seiva e viço produzirão frutos para proclamar que reto é o Eterno. Ele é a minha Rocha, que não dá lugar à injustiça" (92:13-16); 
"Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades, que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia" (103:3,4).
E na fidelidade do Seu amor por Israel, Deus afirma: 
"Até vossa velhice serei o mesmo, até vossos cabelos brancos, sou eu que vos sustentarei..." (Isaías 46:4). 
Para Israel, portanto, Deus não está submetido ao desgaste físico do homem na sua velhice. O tempo não tem domínio sobre ele, pois Ele é Senhor também do tempo, e ao justo faz participar da sua vida que não morre, cumula a velhice de frutos e transforma a idade avançada na mais tenra juventude.

3. O que vem sendo dito da velhice humana na Bíblia encontra uma "nuance" especialmente delicada no caso da mulher 


Se a velhice é dramática tica para o homem, na mulher ela se agrega a um elemento mais de extrema seriedade para o auto-respeito desta mulher como pessoa e sua integração na sociedade e na comunidade. 

A mulher velha não é mais capaz de conceber, ou seja, não pode mais dar filhos ao povo e assim tornar concreta e real sua pertença ao povo eleito e sentir-se e experimentar-se abençoada por Deus. Quando no seu percurso vital, a experiência da maternidade já aconteceu, essa mulher já encontra sua vida justificada.

Cheia e rodeada pelos frutos do seu ventre, pode agora viver dignamente a esterilidade de sua idade e condição, tendo cumprido com sua missão. No entanto, a Bíblia nos relata o caso de algumas mulheres que viveram o imenso drama de não gerarem filhos e se perceberem numa idade onde já não poderiam jamais gerá-los. 

Sara, mulher de Abraão era idosa, avançada em anos e não havia gerado filhos para Abraão. Eis, porém que o Senhor interfere em meio a sua velhice e a desorganiza com a promessa da vinda inesperada de uma criança, o filho da promessa. 

Sara estava na porta da tenda quando Deus falou com Abraão e lhe disse 
"...eis que Sara tua mulher ter um filho" (Gn 18:10). 
Sara, realista a respeito das coisas e de si própria, conhecia a decadência de seu corpo e era madura a respeito de suas impossibilidades. Sua reação foi prorromper num riso incrédulo, dizendo para si mesma:
"Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: 'Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho?'" (18:12).
Deus ouve o riso de Sara e questiona sua incredulidade e a questão por ela colocada. E demonstra que não há nada demasiado prodigioso para Aquele que é o Senhor da vida e conhece os segredos de todas as gerações. Fecundando o ventre velho e estéril de Sara, mostra seu senhorio ali onde avida, humanamente, seria impossível. 

Nasce Isaque, cujo nome é um jogo de palavras com o riso incrédulo de Sara. Isaque, cuja significação precisa é: "Que Deus ria, sorria, seja benévolo". Sobremaneira benévolo é esse Deus que faz Abraão reencontrar sua potência viril aos cem anos de idade e Sara reconhecer o prazer de fazer amor e gerar um filho aos noventa anos.

A Bíblia conhece e fala sobre outros casos de mulheres velhas e estéreis que dão à luz. É o caso de Ana, mãe de Samuel, cuja oração é ouvida pelo Senhor que lhe dá um filho, o qual ela consagra para sempre ao Deus que eliminou a maldição de sua esterilidade (1 Samuel 1:2 ; 2:21). 

E igualmente o caso da mulher de Manoá, a quem o anjo do Senhor aparece e anuncia que da sua esterilidade será concebido um filho, que será consagrado a Deus e salvará Israel da mão dos filisteus. Seu nome será Sansão, que significa "sol" na derivação do termo hebraico (Juízes 13:2; 16:31).

No Novo Testamento o caso prototípico da velhice fecundada pelo Senhor é o de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Diz o evangelho de Lucas que Zacarias e Isabel já estavam velhos e avançados em idade e não tinham filhos.

Eis senão quando o anjo do Senhor aparece a Zacarias e lhe diz que sua mulher, Isabel teria um filho a quem seria dado o nome de João, que significa: "o Senhor faz graça". Os sinais que acompanhariam o nascimento do menino seriam de alegria e coisas boas para muitos. Pois ele seria cheio do Espírito Santo desde o seio de sua mãe, antes mesmo do seu nascimento, trazendo muitos dos filhos de Israel de volta ao seu Deus. 

E é assim que da velhice envergonhada de Isabel e Zacarias nasce o grande João Batista, precursor do Messias, maior dos profetas, que não temia dizer a verdade a reis e sabia reconhecer Aquele que era maior do que ele e de quem não era digno de desatar a correia das sandá lias. 

A exclamação alegre e agradecida de Isabel, a nós reportada pelo evangelista Lucas dá bem a medida da luz que foi na idade avançada dessa mulher marcada pela esterilidade a chegada desse vida nova e abençoada: 
"Eis o que fez por mim o Senhor no tempo em que ele lançou os olhos sobre mim para pôr fim ao que fazia minha vergonha diante dos homens" (Lc 1:25).

4. O Deus da Bíblia não parece medir-se por critérios cronológicos 


Para Ele, portanto, a velhice não é o tempo onde a vida se recolhe e não pode mais brilhar, deixar sinais e dar frutos visíveis e maduros. Mas, pelo contrário, Ele parece comprazer-se em gerar e fazer brotar os líderes de seu povo dos ventres considerados extintos das mulheres velhas e estéreis. 

Segundo o Deus da Bíblia, velhice não é impedimento para nada, sequer para nascer. É a grande revelação que espanta o incrédulo doutor da Lei Nicodemos, que vai encontrar Jesus no meio da noite para perguntar-lhe sobre as coisas de Deus (João 3:3,4).

Nicodemos talvez tenha custado a entender que haviam chegado os tempos messiânicos, aqueles pelos quais o povo esperava há tanto tempo e que iam tornar todas as coisas novas. Nesses tempos , que Deus finalmente inaugurara com a chegada de Jesus de Nazaré está acontecendo o que os profetas tinham anunciado (Zacarias 8:4; Joel 2:28). 

Seja chegando em paz a uma idade avançada porque não haverá mais dor nem luto nem morte prematura sobre a terra; seja sendo tomados de "frenesis" e entusiasmos que os fazem sonhar e delirar. Os velhos são tão centrais nos tempos messiânicos como os jovens.

5. A velhice, portanto, dentro da visão da Bíblia e da teologia cristã, não é equiparada e comparada ao apagar da vida, da beleza e do amor


Não significa o fim das potencialidades e término das perspectivas de prazer, de alegria e de fecundidade. Pelo contrário, se em Cristo e em seu Espírito, todos são nova criatura, é de se esperar ver muitas vezes Deus escolhendo velhos e velhas para neles fazer acontecer uma fecundidade muito mais patente que nos jovens, para a partir deles fazer ressoar no mundo revelações muito mais espantosas e revoluciona rias que a partir daqueles que se encontram no vigor da mocidade. 

As palavras do Cristo Ressuscitado a Pedro no final do Evangelho de João podem resumir e abrir perspectivas atuais para todos nós a partir destas reflexões sobre a velhice. Após perguntar a Pedro por três vezes se o amava e ouvir por três vezes a resposta positiva do apóstolo, Jesus Cristo lhe diz estas misteriosas palavras:
"Digo a verdade: 'Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas, quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir'" (Jo 21:18).
É claro que há idosos que mantêm a prática de exercícios físicos em dia em casa ou nas academias, cuidam da saúde correndo, nadando, pedalando, o que é importantíssimo e recomendável. Mas daí a comprar a ideia de que podem ser os mesmos de quando tinham 20 anos há uma diferença enorme (Sl 90:10). 

Claro que se exercitar e se alimentar para ter qualidade de vida é possível para muitos (de preferência com acompanhamento médico e de um bom profissional de educação física) e manter a cabeça ativa também. Se alinhar ao bom uso da tecnologia, idem. Ser velho pode não ser uma maravilha completa como vendem por aí, mas ninguém disse que não pode ser bom e que não tem suas vantagens.

A velhice traz maturidade, mas ela depende que o homem a cultive ao longo da vida para colher seus frutos a seu tempo. Mais velho, um homem tende a ser mais sensato (ou deveria) e a priorizar o que é de fato importante.

No entanto a sociedade costuma fazer o homem adiar o ato de pensar na velhice e, com isso, ele não se estrutura para ela. Ele relaxa na atenção à saúde, o que acelera ou agrava os efeitos ruins da idade; não se prepara psicologicamente para a diminuição do interesse e da potência sexual e se sente frustrado; sofre com saudade de quem foi um dia e não vive o presente.

Outra tentação do homem mais velho é deixar de se cuidar de vez e se sentir inútil. Ele descuida da saúde e começa a ter vícios, deixa de se vestir bem ou de acordo com a idade, destrata a esposa e os filhos por achar que seu papel de chefe de família não é mais o mesmo — um grave erro. As condições mudam, mas seu papel não.

É possível ter qualidade de vida na velhice, mas abrindo os olhos para as limitações que a idade traz e administrando-as, e, desde a juventude, cuidando da saúde, das finanças, do casamento e da Fé, para que, quando ela chegar, haja estrutura em todas essas áreas.

Contudo, se há algo em que o homem pode se manter sempre renovado, é na Fé. Se ela amadureceu com ele, ele continua ativo, produtivo espiritualmente, sendo usado por Deus, visto como um exemplo da boa velhice e transmissor da Fé à posteridade. 

Em Salmos 71.18 está escrito: 
"Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que eu tenha anunciado a Tua força a esta geração, e o Teu poder a todos os vindouros."

Conclusão


Talvez o segredo do enorme potencial que se esconde sob a aparente impotência e decadência da velhice esteja na possibilidade dos velhos de hoje e de amanhã recusarem-se a cingir-se a si mesmos.

Ou seja, recusarem-se a desempenhar o papel subalterno e desprezado que a sociedade moderna, em sua mentalidade utilitária e imediatista, preparou e previu para eles. 

Talvez o segredo de começarem a acontecer coisas surpreendentes e maravilhosas com aqueles para quem a vida parece estar no seu declínio se encontre na capacidade que eles e elas tiverem de deixar-se conduzir por outro, por esse. 

Outro que a revelação bíblica nos diz que é capaz de subverter todas as categorias, fazendo os velhos terem sonhos e renascerem quando parecem estar no momento de morrer. 

Esse que se compraz em confundir os prazos e expectativas dos homens e suscita líderes e libertadores para seu povo dos ventres velhos e estéreis de mulheres que a sociedade já havia condenado à perpétua esterilidade é capaz de fazer também homens e mulheres, hoje como sempre, gemerem de prazer e voltarem a conhecer o gozo. 

E compreenderem enfim que foram feitos, definitivamente, para a vida e não para a morte. Vida em plenitude e vida que não se acaba.

Enfim, muitos não aprendem a ser velhos porque, sem a sabedoria de quem tem o Espírito Santo, não aprenderam antes a ser homens. Feliz velhice, seja bem-vindo à melhor idade!


A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

sábado, 19 de junho de 2021

PAPO RETO — QUE "TIPO DE VASO" TEM SIDO O SEU OUVIDO?

Neste capítulo da série especial de artigos Papo Reto, te convido a refletir um pouco sobre a importância do "ouvir". Acredito ser sabido por todos, que nossos ouvidos são portas de entradas para nossa alma e que interfere diretamente em nosso espírito e consequentemente em nosso corpo.

Nossos ouvidos têm sido constantemente bombardeados por sons que nem sempre são agradáveis ao Senhor. Hoje em dia se coloca nomes sujos, ou palavrões, como você preferir denominar, até mesmo em jogos de vídeo games tais como um jogo de futebol muito conhecido onde a torcida fica a toda hora gritando um palavrão, enquanto as pessoas jogam, muitas vezes nem se importando com o que está passando, com a justificativa que não está prestando atenção. E o que dizer então do conhecido e tão aclamado por muitos jovens, que não se contentam apenas em ouvir esse lixo sonoro, mas fazem questão de compartilhá-lo em alto volume, o tal do "funk proibidão"?

É possível selecionar o que ouvimos?


Minha dúvida é: os pecados que nos levam para a perdição são apenas aqueles os quais prestamos atenção? Eu acho que não, mas se você não concordar, como os mais idosos falam: "Cada cabeça, sua sentença"

Apresento aqui a minha opinião e sugiro uma reflexão, não se trata de uma imposição. Não posso mudar o mundo e às vezes somos limitados até mesmo para mudar a nossa casa. Tem vezes que, infelizmente, se não quisermos ouvir aquilo que o Espirito Santo está nos mostrando, pontuando e sinalizando, temos como única alternativa sair do lugar, ou colocar tampões nos ouvidos. 

Mas como é triste a sensação de ver uma pessoa a qual você ama não compreender que aquilo é péssimo para todos. Sermos obrigados a nos omitir diate de um erro...

Passividade ou cumplicidade?


É muito comum, infelizmente, que em grupos de homens surjam assuntos bem pouco recomendáveis. Um deles começa a falar, por exemplo, sobre suas peripécias sexuais e os outros vão na onda, às vezes até tornando público o que fazem com as esposas no leito conjugal, expondo-as a quem não tem nada com isso. Daí vem uma cadeia de comentários sobre os corpos das moças que passam por perto, piadas sujas, palavras abaixo de vulgares e por aí vai, cada vez descendo mais.

O problema não é o "clube do Bolinha" em si, pois tais tipos de comentários também acontecem no "clube da Luluzinha", entre mulheres que não cultivam a vida espiritual, algumas até levando isso a público pela mídia, lamentavelmente. O que faz a diferença é a qualidade do grupo. Quem disse que não é possível haver uma reunião saudável de homens?

Sim, é completamente possível um churrasco com os amigos em que os assuntos não descambem para a vulgaridade e o machismo imaturo. Aquele tradicional futebol de sábado não precisa ter assovios e cantadas baratas para com as mulheres que passam. Mesmo no trabalho, há como conviver com respeito pelas colegas, sem elas virarem comentários errados no banheiro, no vestiário ou no refeitório.

Mas de acordo com a Bíblia: Qual a importância do que ouvimos para a nossa vida espiritual? 


Em Romanos 10:17, Paulo vai responder este meu questionamento dizendo: 
"...a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus". 
Segundo Paulo, o ouvido é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, porque é por ele que a fé entra em nós, e "sem fé é impossível agradar a Deus" (Hebreus 11:6a), e não só isto, a palavra de Deus diz que a salvação esta intimamente ligada a fé, por isso em João 3:16 a palavra de Deus vai dizer que 
"Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"
por isso a vida eterna vem pela fé que temos em Cristo.

Será que a falta de fé que tem permeado muitas pessoas não é por causa do que têm ouvido? 

Há muitos assuntos comuns ao universo masculino que merecem o nosso escasso tempo: automóveis, motos, esportes, saúde e por aí afora, incluindo a vida espiritual, razão pela qual existimos, refletindo seus efeitos na vida prática e social. Em outras palavras, homens conversando com homens sobre como ser homem de verdade.

Mas e quando nem todos no grupo têm a vida espiritual com Deus como prioridade? Às vezes você pode até ser o único, dependendo de onde estiver, a priorizar isso. Não vamos pôr panos quentes: sabemos que comentários vulgares acontecem em algumas reuniões evangélicas nas quais o foco de adorar a Deus é perdido:
"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Coríntios 14:26).
Nesses casos, é hora de colocar em ação um ditado bem antigo que diz 
"palavras loucas, ouvidos moucos (surdos)"
que nada mais é do que selecionar o que se ouve (às vezes não há como evitar) e jogar fora o que não presta. 

Ninguém disse que ser homem seria fácil, mas também pode ser muito bom, um prazer mesmo, se isso for bem conduzido. Num papo saudável, pupilos acham mentores, bons amigos aparecem e até futuro sócio pode ser apresentado se você querer e, claro, não desperdiçar nenhuma oportunidade de anunciar as boas novas do evangelho da paz. Sempre haverão ouvidos para ouvir!

Somos o que falamos, falamos o que ouvimos


Você é o que você fala e até o próprio Senhor Jesus atesta isso:
"Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca" (Mateus 12:34).
Essa boa impressão, se o homem tem o Espírito Santo como seu centro, é mais que somente uma impressão, pois mostra como ele é de verdade e isso lhe dá crédito perante os outros do grupo. O mesmo livro de Mateus permite ver mais longe:
"O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os disserem hã de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenados" ( 12:35-37).
Ou seja, o fato é que nós somos constituídos pelo que vemos e ouvimos, é disto que o nosso coração se alimenta, por isso, devemos ter muito cuidado com o que estamos ouvindo. 

Estava refletindo estes dias a respeito da queda do homem, lá no livro de Gênesis e uma das coisas que me chamaram a atenção, foi o fato de uma das estratégias de satanás para levar Eva ao pecado, foi conseguir fazer com que ela parasse para ouvi-lo, satanás não alimentou o coração da mulher mostrando simplesmente o fruto proibido, mas sim, falando aos seus ouvidos, o maior erro da mulher foi dar ouvidos ao que a serpente tinha para lhe dizer, aquilo alimentou o seu coração, e lhe conduziu a ruína. A mesma estratégia foi usada pelo gigante Golias contra o exército de Israel (1 Samuel 17:1-27).

Esta tem sido ainda a estratégia de satanás para levar muitos crentes à queda, ele tem falado hoje ao nosso coração, através das músicas com letras sensuais e pornográficas, tem contaminado o nosso coração com os conselhos diabólicos trazido por seus emissários, note o conselho que o apóstolo Paulo vai nos dar em 1 Coríntios 15:33: 
"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes".
Por isso cuidado com o quem os teus ouvidos estão ouvindo, selecione bem as conversas que você vai participar, em Efésios 5:6 encontramos outra orientação: 
"Não deixem que ninguém engane vocês com conversas tolas, pois é por causa dessas coisas que o castigo de Deus cairá sobre os que não obedecem a ele"
não se deixe ser enganado como foi Eva, não permita que satanás fale ao teu ouvido, pelo contrário, como disse o Senhor Jesus em Mateus 11:15: 
"...quem tem ouvidos para ouvir, ouça…" (e Ele repete essa frase várias vezes no livro do Apocalipse: 2:7, 11, 29; 3:6, 13, 22; 13:9; 22:17).
mas não é ouvir qualquer pessoa, ou qualquer coisa, mas ouvir a voz de Jesus, ouvir as suas palavras, pois isto ira edificar a nossa vida.

Selecione as músicas que você ouve, e tudo o mais as quais podem te afetar. Minha pergunta para você refletir é: o que tem alimentado a sua vida espiritual através de seus ouvidos? Desabafo permeado de tristeza: Eu sei que muitas pessoas podem não concordar com a minha opinião, mas pelo menos eu tenho uma opinião e procuro respeita-la. 

Conclusão


É, meu/minha caro/a leitor/a, as consequências de simplesmente abrir a boca e dizer algo vão bem além do que imaginamos. Mas, para quem se diz conduzido pelo Espírito de Deus, isso acontece naturalmente e de uma forma boa.

Para terminar, por falar em Bíblia, ela também traz um conselho que resume tudo o que foi dito aqui:
"Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado! Pelo contrário, o prazer deles está na lei do Senhor,e nessa lei eles meditam dia e noite" (Salmo 1:1,2).
Quando há possibilidade de escolha, é melhor evitar as rodinhas daqueles que tornam ridículo o ser de Deus e dar um significado muito melhor a esse enorme privilégio.

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.