"Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente" (1 Timóteo 5:8).
Hum, família! Ruim com ela, impossível sem ela. Nenhum de nós tem o poder de escolher a família que quer, simplesmente a temos. É importante que saibamos, que, sem a instituição família, seria impossível haver a história das diversas civilizações. Isso é fato, não tem como contestar.
Todos fazemos parte de uma descendência, de uma árvore genealógica. Aliás, por falar em genealogia, ela é tão importante, que a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, dá a devida ênfase a ela.
Genealogia é uma lista que estabelece a linhagem de um individuo ou de uma família através de uma relação de nomes de seus antepassados. Essa lista geralmente é chamada na atualidade de árvore genealógica. Entender o que é genealogia é importante para o estudo bíblico, pois na Bíblia encontramos várias genealogias.
Apesar do sentido mais comum das listas genealógicas ser o registro da descendência e da hereditariedade de alguém, às vezes uma genealogia pode ser simplesmente uma relação de nomes de várias pessoas, que, por algum motivo, aparecem relacionadas em determinada situação.
O significado de genealogia na Bíblia
A palavra genealogia na Bíblia traduz o hebraico yahas, e ocorre apenas uma única vez no Antigo Testamento na forma de um substantivo na expressão "livro da genealogia" em Neemias 7:5, onde é apresentada uma lista de pessoas que retornaram a Jerusalém após o cativeiro babilônico.
Também encontramos no Antigo Testamento a palavra hityahes, "listar por genealogia", que é a forma causal do verbo yahas, que significa "registrar". Essa palavra aparece nos livros de Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
Outra palavra que também é utilizada no sentido de genealogia é o hebraico toledote, que significa "gerações" e aparece, por exemplo, na frase "livro das gerações", que se propõe a contar a história genealógica de alguém (Gênesis 5:1).
No Novo Testamento, a palavra genealogia traduz o grego genesis, "fonte" ou "origem", na frase biblos geneseos, "livro da genealogia", em Mateus 1:1, justamente quando o evangelista vai traçar a genealogia terrena de Jesus. Já em 1 Timóteo 1:4 e Tito 3:9, o apóstolo Paulo empregou no original o termo grego genealogia, enquanto o escritor do livro de Hebreus utilizou o verbo corresponde genealogeo, que significa "pautar a ascendência", para se referir à falta de informações genealógicas sobre Melquisedeque.
Existe a tão sonhada "família perfeita?"
Credito da foto: Rodrigo Hilbert, Fernanda Lima e os filhos João, Francisco e Maria —
Reprodução: Arquivo pessoal do Instagram
Antes de continuar, quero deixar bem claro que meu objetivo com este artigo, não é em absoluto incentivar debates sobre as chamadas "famílias alternativas", mas sim, fixar-me especificamente no formato tradicional da família, com todas suas imperfeições, debilidades, limitações, complexidades e desafios.
O mundo tem vivenciado uma mudança profunda no conceito de família, provocando consequências e conflitos entres os seus membros.
A sociedade luta contra o modelo da família tradicional, que está embasada na família perfeita de Nazaré, mas reconhece a importância de uma família estruturada para o desenvolvimento saudável dos filhos e, consequentemente, na educação para uma vida política e social equilibrada.
O primeiro desafio que as famílias vivenciam é a falta de preparo emocional para enfrentar todas essas modificações, principalmente o desafio do trabalho, que provocou mudanças no modelo educacional.
O trabalho, muitas vezes, diminui o tempo de convivência familiar, e a escola ocupa uma posição que, sozinha, não consegue realizar plenamente a educação pedagógica e emocional dos alunos.
O fato de os pais chegarem cansados em casa também facilita a entrada e uso indiscriminado dos meios tecnológicos, que interferem na qualidade das relações familiares.
E esse cenário pandêmico potencializou ainda mais essa realidade: pais se tornaram professores, lares se tornaram ao mesmo tempo ambientes de trabalho e de lazer.
A convivência, antes, talvez, tão abstrata, abruptamente, tornou-se bem mais real: e eis que descubro, enfim, que não tenho uma família perfeita. Minha esposa não é a Fernanda Lima e nem eu sou o Rodrigo Hilbert. Não estou em um comercial de margarina.
Seja bem vindo(a) à realidade
E essa realidade, de acordo com dados de pesquisas, revelou uma triste situação. O segundo semestre de 2020 registrou o maior número de divórcios registrados em cartórios no Brasil. Foram 43,8 mil processos contabilizados em levantamento do Colégio Notarial do Brasil — Conselho Federal (CNB/CF). O número foi 15% maior em relação ao mesmo período de 2019.
Segundo dados do CNB, a alta do número de divórcios foi constatada em 22 estados e no Distrito Federal. A entidade também divulgou balanço que aponta que quase 20% das separações no Brasil já são feitos por meio cartórios de notas
A tendência de alta também é confirmada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a entidade, o número de divórcios no país cresceu 75% em cinco anos e, no meio do ano passado, o total de divórcios saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores.
O crescente número de separação de casais é apontado como reflexo do maior período de convivência em ambiente doméstico por conta do isolamento imposto pela Covid-19, mas também pela facilitação dos trâmites dos processos que agora podem ser feitos por meio da internet.
Rotas alteradas
Outro fato importante, com a onda de desemprego no Brasil, é que o modelo de mãe cuidadora dos filhos e pai provedor foi alterado.
Diante de todos esses desafios, surgem gritos silenciosos de filhos com ideias suicidas e sentimentos de inadequação diante dessa realidade. Para uma sociedade ávida por mudanças, muitas vezes, as pessoas se esquecem de que a família é a base de futuros cidadãos. É preciso perguntar que tipo de pessoas teremos amanhã no comando de escolas, igrejas e empresas.
Quando chegam em casa, são tantas atividades, que a pessoa não consegue ter um tempo para si e também não têm tempo para curtir a vida conjugal.
O que sobra do tempo é oferecido aos filhos. Essas atitudes acabam gerando sentimentos de culpa, que são aliviados com presentes e compras, que provocam desamor, raiva e vulnerabilidade dos filhos com pessoas estranhas.
Não, definitivamente, não existe uma família perfeita!
Por isso, a Psicologia e a Igreja nos convidam a ter um olhar sobre a liderança dos pais, que antes moldavam o comportamento dos seus.
Hoje, sozinhos, os filhos vão buscando modelos que envolvem o mundo da droga e da violência. Os relacionamentos conjugais conflituosos trazem separações e perdas da autoridade paterna e materna, criando vácuos que carregaram por toda a vida, inclusive na constituição de suas famílias.
O modelo de família que a mídia prega X a família ideal
A individualidade e a cultura do prazer têm provocado um descaminho, gerando pessoas sem afetividade ou desejo de compartilhar, por isso, vemos famílias cada vez menores, sem filhos ou com foco nos animais, e não mais em pessoas.
Uma pergunta que não quer calar: as famílias estão escolhendo esses modelos ou são opções criadas pela mídia e pelo modelo econômico vigente?
Pensando na família de Nazaré, observamos que ela valorizava pouco o econômico e investia no relacionamento com Deus e entre si. Diante de todas as dificuldades vivenciadas, estavam juntos e fortes nas tribulações.
A maioria das famílias de hoje tem enfrentado as dificuldades com separações, medicações, violências e distanciamento entre as pessoas.
Muitas vezes, quando analisamos as famílias, detemos nosso olhar sobre as crianças, mas precisamos focar também nos idosos, os quais, nas famílias, eram vistos com respeito, e o convívio com os novos trazia aprendizado mútuo.
Hoje, com a falta de tempo, os idosos são esquecidos ou colocados em abrigos que podem ferir a dignidade e a convivência familiar; além da mensagem que é passada às novas gerações, de que os velhos são descartáveis.
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, educação e cultura, ao esporte, lazer e trabalho, à cidadania, liberdade e dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Desafios da família cristã
Diante desses fatores, a família cristã precisa encontrar saídas para enfrentar esses desafios, começando por assumir a educação.
Diante de tanta correria, é necessário assumir a responsabilidade e encontrar tempo, pois ensinamentos teóricos formam, mas são os atos — ou seja, o testemunho — que marcam o comportamento de uma família.
Nenhum presente substitui o relacionamento, a família precisa buscar o valor pessoal, investir nisso, e não em coisas.
As crianças precisam se sentir amadas, com gestos de carinho e limites, porque o caminho de uma vida é longo e difícil, mas uma pessoa com maturidade emocional e espiritual terá mais chances de percorrer melhor essa estrada.
Os pais precisam ser exemplos em quem vale a pena pautar comportamentos. Para isso, precisam de tempo e relacionamento, a fim de repassar o modo de pensar e agir.
Isso vale a pena, porque, quando os filhos crescerem, saberão como se portar e não se desviarão do caminho correto, lutarão contra o modelo proposto por uma sociedade pagã, que domina vícios e sentimentos ruins, onde os pecados capitais são considerados pontos fortes para subir na vida.
Os pais precisam preservar princípios de uma família que busca a perfeição. Edificar a sua casa é uma ordem encontrada na Bíblia, que garante a muitos uma velhice tranquila.
Conclusão
Não podemos nos conformar com as profecias de que a família está fadada a acabar.
Sabemos que estamos vivenciando uma grande crise, mas se os pais retomarem a condução de suas famílias, apesar de o caminho ser apertado, a vida terá a certeza da vitória.
Além de orar, precisam tomar posse das promessas de Deus, de que aqueles que não se desviarem nem para direita e nem para esquerda, servindo a outros deuses, terão suas famílias preservadas, conservarão a sua família de pé, na presença do Senhor, e terão respostas para todas as mudanças que assolam o mundo.
Mesmo não existindo família perfeita, a família, a despeito de suas imperfeições, sempre foi um projeto de Deus inicializado no Éden e concretizado na eternidade.
[Fonte: Canção Nova; Conjur; Estilo Adoração]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.
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