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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

FAMÍLIA, MAIS QUE UMA INSTITUIÇÃO, UM PROJETO DE DEUS

"Porque derramarei água sobre o sedento, e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção, sobre os teus descendentes" (Isaias 44:3).
A família é um fenômeno social presente em todas as sociedades. Sem família não existe sociedade. A sociedade pós-moderna tem enfrentado mudanças múltiplas e desestruturantes. A crise entre os papeis no contexto familiar, tem levado os membros da família ao caos. A ausência de referencias, tem gerado medos, inseguranças e condutas dispares. 

Neste contexto desfavorável, a família, principalmente cristã, tem sofrido com os constantes desafios, que por vezes, tentam romper com as estruturas milenares das famílias. Para muitos, as perspectivas são desmotivadoras, mas há possibilidades de uma retomada e reestruturação, baseado na observância de princípios sólidos, comprovadamente eficazes e eternos da Palavra de Deus (Deuteronômio 6:4-9).

O século XXI trouxe o desafio de um mandamento cultural na contramão do que foi vivido nos séculos passado. É preciso estar alicerçado em Deus não somente para compreender esse tempo, mas para viver sob a égide divina (Colossenses 2:8).

Família, criação de Deus


A família sempre foi o alvo principal das forças do mal. A Igreja deve sempre estar atenta a esses ataques, pois os tais não somente desestruturam a fé cristã, como também desintegram a sociedade de modo geral. A família é um tesouro e como tal, deve ser guardada e preservada (Mateus 6:21).

Família um tesouro


Segundo a Declaração Nacional dos Direitos Humanos, a família é o elemento natural, universal e fundamental da sociedade. Sem família não há sociedade. A degradação da sociedade acontece por causa da deterioração da família. A Igreja é uma família composta por famílias. Se uma família estiver edificada, a Igreja também estará. Todavia, se a família for destruída, a Igreja também será. É nosso dever cuidar das famílias. Se a sociedade se dissolve, o problema está na ausência de famílias solidificadas em Cristo.

A importância da família à luz da criação


Deus não uniu o homem e a mulher somente para que um suprisse as necessidades e carências do outro. Seu projeto vai além de companheirismo e procriação. Deus sempre quis ser conhecido através das famílias. Adão foi o modelo original, feito á imagem e semelhança de Deus. Isto significa que toda a humanidade descendente de Adão portaria consigo a mesma essência divina (Gênesis 1:26). 

Desse modo, os atributos e a grandeza de Deus surgiriam naturalmente através dos filhos gerados pelo primeiro casal. A grande comissão sempre foi um projeto do Éden (Mt 28:18-20). O plano do inimigo é sempre sabotar essa essência, como no Éden, e assim fazer com que a humanidade seja apartada de Deus, gerando filhos assassinos, violentos e cheios de promiscuidades (João 10:10).

A família e a sociedade atual


A sociedade atual vive uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. Em geral, a mulher do século XXI é uma mulher independente, que gera seus próprios recursos e que, ao lado de seu esposo, soma na renda familiar. 

Ela já administra empresas, leciona em faculdades, lidera, pilota aviões e preside nações. Durante muito tempo, a mulher viveu estigmatizada, censurada e vista pela sociedade somente como uma ajudadora e procriadora. Esse projeto igualitário traz a compreensão de ajuda mútua (Eclesiastes 4:9,10). Por outro lado, os filhos têm sofrido com a ausência dos pais.

O pastor Elinaldo Renovato (líder da Assembléia de Deus em Parnamirim, RN, escritor, conferencista na área da família, professor universitário, bacharel em Ciências Econômicas, mestre em Administração, especialista em Economia Internacional e Administração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ciência da Religião), revela vários perigos da pós-modernidade, conforme veremos de forma panorâmica, com possibilidade de maior pesquisa posterior: 
  • a) Educação materializada – o sistema pós-moderno nos valoriza pelo que temos, não pelo que somos. O que possuímos revela quem são nossos "amigos", lugares que frequentaremos, papeis que desempenharemos e nosso futuro. Mesmo não sendo o padrão bíblico, muitos cristãos estão algemados por este sistema materialista. O dinheiro não é mau, os bens também não, mas o amor a eles é idolatria, e totalmente contrário aos mandamentos do Senhor (Renovato, 2008, p.41,42).
  • b) Educação ateísta – com o enfoque materialista, consumista, influencia, poder, fama e tantos outros recursos humanos, o homens declara que não precisa de Deus. Muitas vezes pensamos numa filosofia ateísta na qual se nega a existência de Deus, mas nem sempre é se apresenta desta maneira. Muitos não crêem em Deus, pois seu deus é o trabalho, o dinheiro, o prazer, o sucesso, a fama, o poder, os vícios, ou mesmo sua filosofia de vida individual. O que muitos se esquecem que a vida não termina aqui neste plano terreno, ela simplesmente começa aqui. E no segundo plano de vida, o eterno, nenhum destes recursos poderão nos garantir a salvação eterna (Renovato, 2008, p.43,49).

  • c) Educação relativizada – a alguns anos atrás as verdades eram absolutas. Valores morais e éticos eram observados e repassados de pai para filho. Mas hoje tudo mudou. Temos dificuldade com a verdade. Temos dificuldades com valores absolutos. Temos dificuldades com padrões morais e éticos. A sociedade tornou-se autônoma, independente, e "cada cabeça é uma sentença". No mundo relativizado, cada qual interpreta a vida, as situações, os valores e até a bíblia com sua maneira de enxergar (Renovato, 2008, p.139-156).
  • d) Deseducação sexual – na antiguidade tínhamos o "tabu" de não falar em sexo na escola, ou mesmo em casa. Anos se passaram e alguns ícones começaram a puxar a filha na educação sexual, a fim de prevenir os males que hoje vemos. O problema é que o pendulo da educação sexual passou do prumo e chegou à deseducação sexual, aderindo princípios de libertinagem, do sexo livre, da promiscuidade, malícia, fornicação e prostituição. Vivemos numa sociedade erotizada, sensual, pornográfica, dominada pelos instintos carnais (Renovato, 2008, p.50-54).
  • e) Formação espiritual de baixa qualidade – Muitos estão perdidos dentro da igreja. Falta-lhes o alimento sólido, o pão da Vida. Movidos por muitos eventos e movimentos, muitos estão morrendo de fome dentro da casa do Pão, Igreja. Em muitos púlpitos se prega o pseudo-evangelho, intoxicando os ouvintes, minimizando-lhe a fé e matando-lhes espiritualmente (Renovato, 2008, p.59). 
  • f) Sistema de informação corrompido – desviados na rede mundial de computadores. As estatísticas revelam que milhares de adolescentes, jovens e até adultos sofrem com os efeitos danosos da pornografia e imoralidade virtual. O apelo direto, a facilidade ao acesso e o suposto sigilo virtual, tem levado muitos ao óbito espiritual. A mídia trabalha com um forte apelo sensual, e pelo que vemos a tendência é de quem é sujo, sujar-se cada vez mais (Renovato, 2008, p.58).

A Família e os desafios


Prevenção é a única maneira pela qual evitamos o mal. A vida cristã não é fácil e é ainda mais complicada porque lutamos contra o que não vemos. Nossos inimigos são invisíveis e atuam nas áreas de nossas vidas que não estão alicerçadas (Efésios 6:12).

Conflitos na família


Jesus disse que, antes de construir, devemos fazer cálculos da construção, para que, pondo os alicerces, não deixemos a obra sem terminar e sejamos escarnecidos (Lucas 14:28-30). Nosso século é o século dos casamentos precoces, onde meninas se tornam mães antes da maioridade e os jovens casais vão morar com os pais por falta de planejamento. 

Temos uma sociedade recheada de casais imaturos e o resultado dessa ausência de planejamento é um número sem fim de mães solteiras e filhos em pais. Estes, por falta de alicerces familiares, repetem os mesmos erros de seus pais em seus relacionamentos e, assim, a sociedade vai se transformando em um campo de batalha por causa da ausência dos padrões divinos estabelecidos para o matrimônio (Ef 5:31).

Comunicação entre pais e filhos


A ausência de diálogo entre pais e filhos é um dos grandes males deste século e o grande vilão é a falta de tempo. As responsabilidades do lar são parte integrante da vida do casal e isto inclui a tarefa de instruir os filhos. Infelizmente, em muitos lares, os filhos são instruídos pela TV, internet, entre outros. É dever dos pais ensinar (Provérbios 22:6). 

Deus ordenou aos pais que instruíssem seus filhos, que dialogassem com eles acerca da Lei (Dt 6:6,7). A semente do diálogo deve ser plantada já na infância. Pais e filhos precisam ser amigos e confiar um no outro. Quando Jesus disse: 
"Eu e o Pai somos um" (Jo 10:30), 
nos revelou a grandeza do relacionamento entre pais e filhos.

Relacionamentos entre pais e filhos


Nosso maior exemplo de filho é Jesus Cristo. Ele nos ensinou como um filho se relaciona com um pai, como respeita seu legado e como deve honrá-lo (Ef 6:2,3). Por não terem aprendido a se relacionar com seus pais e nem tampouco a respeitá-los, há muitos filhos maldizentes em nossa sociedade, que apenas pensam em si mesmos e não correspondem ao sacrifício feito por seus pais. 

Quanto aos pais, estes também devem honrar seus filhos, serem presentes em suas vidas, dar-lhes amor, amizade e atenção. Enquanto os filhos devem aprender a honrar seus pais, os pais devem funcionar como pais, não somente dando ordens, mas sendo amigos íntimos e exemplos de vida para eles.

A Família e a Igreja


A relação família e Igreja é fundamental para a existência de ambas. Enquanto os ditames do mundo bombardeiam as famílias moral e espiritualmente, a Igreja é a única instituição onde a família cristã pode refugiar-se e sobreviver aos ataques do maligno (Mt 16:18b).

O Discipulado e a Família


Deus nos ensinou que só existe uma coisa que conduz Seu povo à perdição: a falta de conhecimento (Oséias 4:6). O Discipulado é uma porta aberta para o ensino cristão. É um instrumento de crescimento espiritual para as famílias. Tanto a família quanto o Discipulado possuem o mesmo alvo: formar cristãos maduros e produtivos, que honram a Deus e o servem. Assim como os pais tem como obrigação instruir seus filhos no caminho do Senhor, o Discipulado age da mesma maneira com os filhos espirituais da Igreja.

A relevância do culto doméstico


Quando um lar cristão abre as portas para a Palavra, abre tanto para a felicidade quanto para o êxito. Cultuar a Deus no lar nada mais é que cumprir uma ordenança divina (Dt 6:6-9; Pv 1:7-9; 6:20). Quando nos esforçamos em conduzir nossos filhos e família a um relacionamento pessoal com Deus através do ensino da Palavra, estamos não somente preparando-os para a salvação, mas conduzindo-os a uma vida saudável e sem contaminação. A igreja tanto é uma extensão de nossa casa, quanto nossa casa deve ser uma extensão da igreja. Tudo começa no lar e não existirá igreja forte se as famílias estiverem fracas.

Família servindo a Deus


O que conduz qualquer família ao desmoronamento é a ausência de Deus. A presença de Deus torna um lar agradável e pacífico. Numa casa onde há tempo para se buscar a Deus e adorá-lo a atmosfera é agradável e santa. A Bíblia nos ensina que se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Salmo 127:1). O Senhor bate a nossa porta e devemos abrir para que ele entre, sente à nossa mesa e ceie conosco (Apocalipse 3:20). Quanto mais íntimos de Deus, mais afastados seremos do mundo.

Conclusão


Identificamos vários desafios da família em tempos pós-modernos, e as possíveis consequências caso estes comportamentos sejam incorporados. Listamos as más influencias recebidas pelas mídias seculares e pelo comportamento líquido adotado pela sociedade descrente, que reverbera dentro de nossos lares e igrejas. 

Mas registramos possibilidade de resgate, da moralidade, ética, fraternidade e dos valores cristãos tão bem explícitos nas sagradas escrituras. Pontuando comportamentos práticos que reduzirão significantemente as influencias danosas na família cristã. Lembrando que somente em Cristo e em sua Palavra, poderemos obter êxito para salvaguardar nossos lares. 

Nosso Deus é um Deus pessoal. Ele é um Deus de relacionamentos. O Pai da Eternidade é um pai extremamente amoroso. Ele deseja ser íntimo de todos os filhos gerados á Sua imagem e semelhança (Gn 1:26).

[Fonte: Seara de Cristo; RENOVATO, Elinaldo. Perigos da Pós-modernidade. Rio de janeiro, CPAD, 2008]

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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