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quinta-feira, 27 de maio de 2021

ACONTECIMENTOS — O NEBULOSO CASO PC FARIAS

Certamente você já deve ter ouvido falar que o Brasil é o país da impunidade. Mas afinal, o Brasil realmente é um país de impunidade? Para responder essa pergunta é necessário refletir: sobre quem recai essa impunidade? De fato, muitos saem impunes pelos crimes cometidos. Mas, se o Brasil fosse um país que não punisse ninguém, como se explicaria a questão da superlotação presidiária?

A infelizmente e precocemente extinta Operação Lava Jato sinalizou um ponto fora da curva. Pela primeira vez na história do País, autoridades e empresários poderosos foram parar atrás das grades por crimes de corrupção ativa e passiva.

Empreiteiros, políticos, diretores da Petrobras não conseguiram fugir da caneta pesada do ex-juiz Sergio Moro. Mas, a bem da verdade, nem mesmo a Lava Jato conseguiu acabar de vez com uma marca registrada do País: a impunidade. 

Com quatro instâncias de julgamento, pletora de recursos, lentidão do Judiciário, tudo colabora para que se escape das penas da lei. Não faltam exemplos de gente condenada, mas que está livre, leve e solta. O caso que trago neste capítulo da série especial de artigos Acontecimentos, é um dos grandes exemplos — talvez um dos ícones — que ilustram a impunidade que tanto nos incomoda, nos causa um sentimento de indignidade e perplexidade.

Mais de duas décadas depois...

As mortes do tesoureiro da campanha de Fernando Collor, Paulo César Farias, e de sua namorada Suzana Marcolino, ocorridas em 23 de junho de 1996, ainda são fontes de polêmica, mesmo com a conclusão de dois inquéritos. 

A cena do crime


PC Farias — como ficou conhecido — 
e Suzana foram encontrados mortos por volta das 11h na casa de praia do empresário, em Guaxuma, litoral norte de Maceió (AL). Na noite anterior, PC e Suzana jantaram com o deputado federal Augusto Farias, irmão do empresário, e a namorada dele, na casa de praia.

As teses


Quando os corpos foram encontrados, PC estaria deitado de lado, sobre o braço direito. Para a polícia alagoana, depois de atirar no namorado, Suzana sentou-se na cama e deu um tiro no próprio peito, com um revólver calibre 38 comprado por ela mesma, com ajuda da prima Zália Maciel. 

Os cinco seguranças e o caseiro afirmaram não ter ouvido os disparos. Resolveram arrombar a janela, segundo eles, quando o patrão não respondeu a seus chamados. Antes, um deles ligou para Augusto Farias.

Desde o princí­pio, o presidente do primeiro inquérito sobre as mortes, Cícero Torres, apostou na tese de crime passional. PC teria sido morto por Suzana porque ele teria ameaçado abandoná-la. As falhas na investigação, entretanto, aumentaram as dúvidas sobre a versão oficial. Não houve preservação do local do crime. Não foram procurados resíduos de pólvora nas mãos dos seguranças, e a famí­lia de PC queimou o colchão onde ambos morreram.

Imbróglio judicial


As mudanças na tese também criaram dúvidas: a princÃípio, Cí­cero Torres tinha certeza de que as mortes haviam ocorrido entre 4h30 e 5h da madrugada. Depois, com a descoberta de telefonemas dados por Suzana ao dentista Fernando Coleoni, em São Paulo, depois das 5h, o horário foi mudando até se chegar à versão definitiva: cerca de 7h do dia 23.

Queima de arquivo?


PC Farias estava envolvido até o pescoço num esquema de corrupção do governo Collor. Esse foi um dos principais motivos que ainda faz com que muitos acreditem que ele foi vítima de uma queima de arquivo

A possibilidade de dar por encerrada uma investigação que poderia apontar uma queima de arquivo incomodou até o então ministro da Justiça, Nélson Jobim. Ele determinou à Polícia Federal que investigasse o crime.

Duas semanas depois das mortes, o delegado federal Pedro Berwanger chegou a Maceó. Refez todas as investigações e não acrescentou dados novos. Mas, a seus superiores, queixou-se da falta de cuidado das investigações feitas em Alagoas.

            
O médico legista Badan Palhares foi a Maceió, com sua equipe, para refazer as perícias no local do crime e preparar novos laudos cadavéricos. Badan apenas endossou as conclusões de Marcos Peixoto, diretor do IML alagoano. Essas conclusões foram sempre contestadas pelo coronel da Polí­cia Militar George Sanguinetti, professor de Medicina Legal. Sanguinetti chegou a pedir garantias de vida por conta de suas afirmações e lançou um livro sobre o assunto.

As conclusões do inquérito presidido por Cícero Torres, entregue ao Ministério Público em setembro de 1996, não convenceram a promotora Failde Mendonça. Em 1999, ela pediu um estudo a Sanguinetti, mas descartou-o por achar que carecia de base técnica. Failde, então, pediu um novo exame a três peritos: os legistas Daniel Romero Munhoz, da USP, e Genival Veloso de França, da Universidade Federal da Paraíba, além do criminalista gaúcho Domingo Tochetto.

O julgamento e a decisão do juri


Apesar do julgamento (17 anos depois) ter definido a causa da morte como homicídio duplo, os quatro réus, que eram ex-seguranças de PC, foram absolvidos pelo júri.

Na opinião do advogado criminalista Antônio Cláudio de Oliveira, não existe contradição na decisão do júri. Ele afirmou que: 
"Há casos, não são poucos, em que se reconhece a existência do crime, mas o apontado autor do crime venha a ser absolvido. Estão apenas dizendo: 'esse réu ou esses réus' não foram os autores do crime. É a tese que foi acolhida pelos jurados no caso de Maceió".
Adeildo Costa dos Santos, José Geraldo da Silva, Josemar Faustino dos Santos e Reinaldo Correia de Lima Filho foram acusados pela promotoria geral como omissos, por não terem impedido as mortes, sendo esse o seu trabalho principal como seguranças.

Cronologia


PC Farias foi tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Mello. Acusado de corrupção durante a campanha eleitoral, ele foi o personagem central do escândalo que levou ao impeachment do ex-presidente Collor. 

Além disso, foi condenado por crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. PC chegou a fugir do país, sendo capturado posteriormente. Quando morreu respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Abaixo um resumo cronológico dos fatos que permearam esse caso:
  • 1990 — Fernando Collor de Mello toma posse como presidente da República.
  • 1991 — A primeira-dama Rosane Collor, abandona a presidência da LBA (a hoje extinta Legião Brasileira de Assistência).
  • 1992 — Fernando Collor é condenado à perda do mandato de presidente.
  • 1993 — É decretada a prisão preventiva de PC Farias por crime de sonegação fiscal.
  • 1994 — STF condena PC Farias a sete anos de prisão por falsidade ideológica.
  • 1995 — STF concede liberdade condicional ao tesoureiro da campanha de Collor.
  • 1996 — PC Farias e Suzana Marcolino são encontrados mortos, em Guaxuma (AL).
  • 1997 — Equipe de peritos descarta o suicídio de Suzana Marcolino.
  • 1998 — Ministério Público de AL anuncia que seguranças de PC Farias devem ser indiciados pelo crime.
  • 1999 — Oito ex-funcionários de PC Farias são indiciados pelo crime em AL.
  • Collor anuncia sua candidatura à prefeitura de São Paulo, pelo PRTB.

Os desdobramentos


O TJ-AL (Tribunal de Justiça de Alagoas) negou a última apelação possível para reverter a decisão que inocentou os acusados e, depois de 22 anos do assassinato que abalou a República, colocou um ponto final ao caso Paulo César Farias.

Ninguém nunca foi condenado pelas mortes, mesmo após a tese de duplo homicídio ter sido apontada em perícia e reconhecida em júri popular. O caso se arrastou por quase 18 anos até que a denúncia contra os quatro policiais que faziam segurança na hora do crime foi apreciada em júri, em maio de 2013.

Os ex-seguranças Adeildo Costa dos Santos, Josemar Faustino dos Santos, José Geraldo da Silva e Reinaldo Correia de Lima Filho responderam por duplo homicídio triplamente qualificado.

Eles foram inocentados por clemência, quando os jurados reconhecem a existência dos crimes acusados, mas decidem não punir os réus. Não há argumentação, eles apenas marcam uma opção dentro de um questionário. A denúncia também não trouxe à luz nenhum mandante.

Hoje, Adeildo, Josemar e Geraldo estão aposentados pela Polícia Militar. Somente Reinaldo continua na ativa na instituição em Alagoas.

Conclusão


PC e Suzana foram exumados duas vezes. Contudo, a conclusão  foi que não houve evidências suficientes para dizer que Suzana matou PC e se matou. 
"Não temos como dizer que não houve suicídio. Mas há evidências que falam contra o suicídio"
afirma o laudo. Com a conclusão do novo inquérito, em 18 de novembro de 1999, o irmão de PC Augusto Farias e oito ex-funcionários do empresário foram indiciados por suposto envolvimento nas mortes. 

Com os anos, a casa de praia que foi palco do crime afastou-se de sua fama mórbida e foi ganhando outros fins. Ela já foi usada para casamentos de amigos e familiares do ex-tesoureiro morto.

Um sobrinho de PC casou no local e a filha dele, Ingrid, também chegou a emprestar a casa para um casal de amigos realizar um casamento. O cenário, apesar de seus fantasmas, é muito propício para casamentos por conta do local onde fica, dando acesso à uma praia deserta.

[Fonte: Terra, por jornalista Lucas Figueiredo; Uol por CARLOS MADEIRO]

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Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

terça-feira, 25 de maio de 2021

CUIDADO COM A FERRUGEM DA INGRATIDÃO

"E aconteceu que, indo Ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galileia; e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. E levantaram a voz, dizendo: 'Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!' E Ele, vendo-os, disse-lhes: 'Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.' E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 
E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: 'Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?' E disse-lhe: 'Levanta-te e vai; a tua fé te salvou'" (Lucas 17:11-19, grifos acrescentados).
Este é um dos textos bíblicos que muito me despertam a atenção. Essa narrativa do evangelho de Jesus, sob a ótica de Lucas, muitas vezes tem como seu principal eixo, a cura milagrosa desses dez homens, contudo, não que a cura como manifestação de um dos muitos milagres divinos no currículo ministerial de Jesus não seja interessante, um outro aspecto nessa passagem é também de muita relevância, não só em nosso relacionamento com Deus, mas, também em outros âmbitos relacionais: a importância da gratidão. 

É muito comum ouvir pessoas dizendo a palavra "gratidão" em vez de "obrigado", quando se sentem agradecidas por uma ajuda, um auxílio ou alguma gentileza. Na internet, a hashtag gratidão (#gratidao) é uma das mais mencionadas nos últimos anos — fato mais potencializado pela pandemia. Enquanto você lê este artigo agora, mais de 1,1 milhão de pessoas estão usando a palavra nas redes sociais, e em datas comemorativas, como o Ano-Novo, por exemplo, esse número duplica.

Entendendo o contexto


Lucas fala de Jesus no seu caminho rumo a Jerusalém, passando pela Samaria. Jesus era um peregrino e fazia desse caminho uma pedagogia, uma mística, uma profecia que o levaria a Cruz e a Ressurreição. Nesse momento da caminhada, 10 leprosos se aproximaram e pediram para serem curados.

Não fazemos ideia do que significava, na época, ser leproso — excluído, marginalizado, debochado, tendo que abandonar até suas famílias. Segundo a lei da pureza, os leprosos deviam andar nas ruas com roupa rasgada e cabelos desarrumados, gritando: "Impuro! Impuro!" (Levítico 13:45,46) para que todos fossem se afastando deles. Muitos judeus entendiam que isso era um castigo de Deus.

Não ter lepra era mérito ou graça? O fato é que Jesus pede para os leprosos se colocarem a caminho do Sacerdote de Jerusalém. Era ele quem deveria dar o "veredito" da cura (assim como orientava a lei: Lv 13). Os leprosos foram ainda cheios de lepra. Acreditaram na possibilidade da cura antes de serem curados. O Evangelho conta que no caminho todos ficaram bons e apenas um deles voltou para agradecer a Jesus. Esse que voltou era samaritano — estrangeiro, desdenhado pela cultura e religião judaica.

De onde vem aquilo que carregamos conosco? É Deus quem nos dá as doenças? É Deus que quer o mal das pessoas ou são as condições histórico-sociais e opções que a humanidade faz? A cultura judaica acreditava que tudo era mérito — "se eu tenho é porque Deus me deu. Se eu não tenho é porque Deus me castigou. Se sou rico, sou agraciado por Deus, se sou miserável é porque Deus me castigou por algum motivo".

Nesse ambiente, não cabe a necessidade de agradecer a nada, porque tudo é "eu e meu mérito". Jesus bateu e enfrentou essa consciência. Em Deus não há lugar para desgraça, não há lugar para castigo — senão amor e perdão! O samaritano, que de alguma forma não tinha essa consciência de mérito, conseguiu ter a atitude de voltar sozinho e agradecer.

Tudo é graça de Deus! Da nossa parte, cabe um coração agradecido. Não podemos perder a consciência da gratuidade. Deus não quer dinheiro, não quer nada… Ele faz porque ama. Ser ranzinza e mal agradecido é ir junto com os 9 leprosos que, mesmo experimentando a força de Deus, não tem capacidade de viver uma vida mais sóbria e agradecida. Mesmo em meio aos tumultos da nossa caminhada, sofrimentos diários, não perder a capacidade de agradecer. Tudo é graça. Tudo [embora não tenha sido de] é graça…

Os males da ingratidão


Embora o cerne da passagem que estamos analisando seja especificamente direcionada ao nosso relacionamento com Deus, não estamos presos dentro de uma bolha religiosa e, quando temos esse entendimento, fica fácil entender que os ensinamentos que o Mestre Jesus nos traz nessa impactante e confrontadora mensagem, não só pode, como deve ser estendida aos demais âmbitos de nossa vida.

O próprio Jesus já nos ensina que para que nosso relacionamento com Deus seja efetivo em sua essência, é necessário também que ele seja manifestado em nossas práticas diárias, já que, um dos nossos grandes desafios, é exatamente o que tange ao nosso testemunho pessoal.
"Portanto, tudo quanto quereis que as pessoas vos façam, assim fazei-o vós também a elas, pois esta é a Lei e os Profetas" (Mateus 7:12). 
"Respondeu Jesus: 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'" (22:37-39).
Do latim "gratitudine", a palavra gratidão, em português, significa o reconhecimento por algo benéfico que tenha acontecido com você. Aliás, reconhecer um bem recebido é uma grande qualidade da pessoa que é grata. Num contexto espiritual, gratidão se refere também a um sentimento de expressão de agradecimento a Deus, que é um tema central da Fé.

Eu devo confessar que tenho um certo problema em lidar com a ingratidão, talvez pelo fato de eu fazer da gratidão uma das premissas básicas em TODOS os meus relacionamentos. 

Minha saudosa mãezinha, em seu escopo de ensinamentos doutrinários para a vida, me ensinou desde a mais tenra idade a importância de saber agradecer e, sempre e quando possível, retribuir o bem, a ajuda recebida por outros.

Ao encontrar-me com Deus, o pilar da gratidão só se fez aprofundar em minha vida — e agora em uma base ainda mais forte —, fazendo com que eu o tenha não apenas como um mero detalhe, mas como um princípio espiritual que compõe o selo do meu caráter.

Por isso, quando sou vitimado pela ingratidão, sofro demais. E, infelizmente, bem recentemente, recebi chibatadas de ingratidão, vindas de pessoas que eu não só ajudei em tempo oportuno, quanto pelas quais eu tinha grande apreço e trazia em alta conta. Esses acontecimentos, consequentemente, alimentaram em mim enorme decepção com essas tais pessoas, fato que dinamitou completamente a confiança e a admiração que eu tinha por elas.

Expressar sentimentos é uma prática extremamente benéfica à saúde de um modo geral. Muitas das relações têm início por meio desse gesto e geralmente surpreendemos as pessoas ao demonstrar gratidão (pessoas deprimidas tendem a se beneficiar com a prática de agradecer).

O uso da palavra tem como único intuito agradecer, sem receber algo em troca. Na verdade, não existe troca! A pessoa que demonstra estar grata automaticamente sente boas energias ao ver que provocou o bem a alguém. É automático, você faz o bem e recebe o bem!

O que os dez leprosos têm a nos ensinar?


A história da Cura dos dez leprosos nos ajuda a reconhecer o Senhor Jesus como Alguém que pode melhorar a vida de nossos irmãos e nos ajudar a sermos gratos em tudo. Você já se perguntou por que esse relato está registrado na Bíblia?

Ao meditar na passagem bíblica do livro de Lucas 17:11-19, sobre o significado da cura dos dez leprosos, vemos que apenas um dos que foram curados voltou para agradecer e adorar — o que nos mostra também que a gratidão é um dos aditivos da adoração — ao Senhor Jesus, e os outros nove simplesmente foram embora, importando-se apenas com suas próprias vidas. O que esse trecho tem a nos ensinar sobre gratidão e indiferença e como podemos pregar a cura dos dez leprosos?

Embora essa pregação sobre gratidão a Deus pareça algo distante de nossa realidade, podemos observar que isso acontece da mesma forma nos dias de hoje. Reparem que, dificilmente, alguém chega à igreja por vontade própria. 

A maioria busca a Deus por conta de algum problema, na esperança de que Ele possa ajudá-las, e de fato Ele pode (observe a maioria dos "testemunhos" que são contados pelas pessoas nos programas de televisão). E não são poucos aqueles que, após receberem o que precisavam, simplesmente desaparecem!

Porém, o divisor de águas entre os que permanecem na fé até o fim e os que se perdem no meio do caminho, está justamente na reação da pessoa após alcançar o milagre.

A exemplo dos dez leprosos que apenas um voltou para agradecer, observamos que enquanto alguns continuam a enxergar o Senhor Jesus apenas como Alguém capaz de curar ou solucionar seus problemas, outros O reconhecem como seu Senhor e Salvador e passam a segui-LO.

Como praticar a gratidão no dia a dia?


Veja 6 dicas para praticar o agradecimento e para enxergar a vida com bons olhos.
  • 1. Repare na importância das coisas simples da vida — Geralmente esperamos por grandes acontecimentos que nos surpreendam, mas a nossa alegria não está apenas nas novidades. Você já viu como o céu fica extremamente azul ao meio-dia? Ou já reparou no alívio que aquele vento que entra pela janela aberta no meio de uma tarde quente te proporciona? Esses detalhes extremamente simples são pontos altos do seu dia. Imagine só uma criança sorrindo pra você com o sentimento mais puro desse mundo sem esperar nada em troca! Se permitir perceber esses pequenos momentos com certeza te fará ser grato pela simplicidade da vida.
  • 2. Plante e procure o bem — Não existe forma melhor de agradecer o bem recebido do que retribuir com o bem. É um ciclo: você recebe energias boas, emana boas vibrações e tudo segue assim. A sua energia boa produz mais positividade e tudo volta para você.
  • 3. Entenda melhor o que é a vida — Nunca se esqueça da importância e do privilégio que é estar vivo. Você acorda todos os dias, respira, faz planos e abraça as pessoas. Olhe mais para dentro de si, questione-se e sinta inteiramente cada momento que vive. Agradeça!
  • 4. Dê valor ao que você tem — Não fique apenas desejando e esperando ter o que não tem. Muitas pessoas têm muito menos do que você e são extremamente gratas. Gratidão não consiste apenas em agradecer algo que lhe é proporcionado ou dado mas sim saber fazer bom proveito de tudo o que a vida oferece.
  • 5. Tenha cuidado com a ingratidão — Antes de praticar a gratidão, é preciso cuidar dos seus pensamentos e ações para que a ingratidão não chegue te impedindo de enxergar o quanto você pode ser grato! Se não tivermos cuidado com o ego, com o stress, entre outras coisas que nos trazem sentimentos ruins, rapidamente os pensamentos bons são encobertos com a nuvem que é a ingratidão. Evite isso direcionando a sua atenção para o lado certo, busque sempre o lado positivo ou construtivo das situações. Você tem motivos o tempo todo para ser grato!
  • 6. Claro, agradeça! — Agradeça pela vida, pelo ar, por mais um dia de sol ou de chuva. Olhe para as pessoas e demonstre a gratidão com um sorriso, com palavras, com a energia boa que esse ato carrega. Faça o bem por alguém sem esperar nada em troca, pois lembre: ser grato é como um ciclo, o bem volta para você!

Conclusão


Se uma pessoa baseia a sua fé em milagres, seu interesse está nas bênçãos e não no Abençoador, e ela não desenvolve uma vida com Deus, pois a sua fé não tem fundamento em Sua Palavra. Já aqueles que não se esquecem de onde o Senhor Jesus os tirou, conseguem enxergar além, se tornam fortes e são capazes de resistir aos dias maus.

Além de ser uma pregação sobre milagres e curas e uma verdadeira lição sobre gratidão e indiferença, a passagem dos dez leprosos também tem muito a nos ensinar sobre nós mesmos. 

A passagem dos 10 leprosos carrega um significado muito forte da importância de ser grato e ter fé. No contexto cristão, a passagem nos lembra como muitos pedem a graça e benção, mas poucos se lembram de agradecer e louvar.

A questão da energia da gratidão é que: se tudo está ruim, pratique o agradecimento, que tudo se tornará melhor. Não estou dizendo que a gratidão vai resolver os seus problemas, mas ela torna tudo mais leve e faz com que o seu campo energético seja renovado, fortalecendo o seu espírito para que os sentimentos bons façam morada, pois o reflexo do que você recebe é o que você emite. Porque, sim, é você quem faz o dia bom ou ruim!

É importante falar aqui que ser grato não tem muito a ver com otimismo, mas sim com inteligência, pois dessa forma o Universo trabalha a seu favor. Para finalizar, a síntese, é, que quem não consegue ser grato em sua prática diária de vida, jamais terá condições de ser grato a Deus. Simples assim!

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
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segunda-feira, 24 de maio de 2021

TODOS PRECISAMOS DE MILAGRES... MAS, ONDE ELES ESTÃO?

  • O texto desse artigo foi livremente inspirado pela palavra ministrada pelo pastor Revermar Oliveira, no culto realizado no domingo, 23/05/2021, no salão congregacional do Ministério Evangélico Gilgal.
Quando falamos em milagre pensamos logo em algo impossível aos olhos humanos como a cura de uma pessoa em estado terminal, acometida por uma doença como um câncer em estágio avançado ou até mesmo pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) que para a medicina não tem cura. Sim, em síntese, um milagre é realmente algo que a mente humana não consegue compreender e a ciência não é capaz de explicar.

Contudo, o conceito de "milagre" tem se tornado um tanto quanto genérico. Há pessoas que prometem o “milagre urgente” propagando-o nos diversos meios de comunicação social como se fosse um produto comercial. Até parece que essas pessoas são os proprietários da graça de Deus, e Deus o empregado manipulado que produz os milagres.

Conceituando o termo milagre


Segundo o dicionário Aurélio Milagre é 
"Fato sobrenatural oposto às leis da natureza. Portento, maravilha, prodígio". 
E de acordo com o dicionário Michaelis, dentre os significados de Milagre temos
"Fato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis da natureza".
Podemos associar com segurança a palavra Milagre à pessoa de Jesus, que enquanto Deus se fez em epifania e habitou entre nós "...se fez carne e habitou entre nós…" (João 1:14). E enquanto "Deus-Homem" operou sinais e maravilhas durante sua vida e até em sua morte. .

Nos evangelhos temos o registro de 35 milagres operados por Cristo, que segundo o entendimento teológico 
"revelam a extensão do domínio do poder de Jesus, mostrando sua autoridade sobre a morte e o inferno, sobre o diabo e seus agentes, sobre as enfermidades e a própria natureza".
Mas, será que Jesus se limitou a apenas 35 sinais e prodígios? A verdade é que Jesus realizou muito mais do que 35 milagres, é o que o apóstolo João nos diz no último versículo de seu evangelho 
"E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem" (Jo 21:25).

Entendendo o milagre de acordo com a Bíblia


Há diferentes interpretações sobre o significado do Milagre. Muitos analisam como sendo um fato prodigioso, descido do céu, uma intervenção divina nas situações humanas e nas leis da natureza.

Com base na reflexão bíblica cresce a compreensão para a função espiritual de sinal do milagre. No evangelho de João, aparece uma série de ações concretas que o autor considera como sinais: o relato de Caná (Jo 2:1-12), a cura do filho do oficial real (4:43-54) e a do paralitico no tanque de Betesda (5:1-9). Em geral todos esses fatos são também considerados como milagres.

Na visão cientifica milagre é o que não tem uma explicação natural e que é cientificamente insolúvel. O termo milagre provem de miraculum, isto é, algo de admirável, que causa admiração. Milagre é aquele fato ou realidade, admiráveis em que o homem percebe a presença de Deus que se revela. 

Na Bíblia milagres podem ser fatos comuns (por do sol, beleza da natureza...) ou fatos incomuns (curas, revivificação de um cadáver...). As palavras mais usadas na Bíblia para expressar aquilo que chamamos de milagre são: sinal, força, coisa admirável. 

As características de um milagre


A característica essencial é revelar a presença de Deus: uma força que atua provocando uma coisa admirável, por isto se torna um sinal de Deus. A reflexão bíblica considera o milagre como uma palavra que Deus fala ao homem a fim de comunicar algo. Nessa mesma perspectiva, a Bíblia vê os sinais de Deus na vida cotidiana, nas coisas comuns da existência e a história do passado.

Diante do milagre não é importante perguntar se é verdade, mas qual a mensagem que Deus quer transmitir. Os milagres realizados na Bíblia não são magia, superstição, pois também haviam deuses milagreiros entre os pagãos. Para ter fé não é preciso evidentemente de "milagrismos" e/ou de "milagreiros". 

A fé não corresponde com princípios de que são necessários milagres para crer. Não são os milagres que levam a fé, mas a fé que leva ao milagre. O caminho mais seguro para fé não são prodígios, mas um encontro pessoal com Jesus. 

As expressões usadas nos evangelhos para definir as obras realizadas por Jesus são: dynamis (ato de poder), ergom (obra) e semeiom (sinal). Os milagres de Jesus foram vistos pela comunidade primitiva como expressão do amor de Deus e não tanto para exaltar a sua pessoa. Jesus não faz por fazer, ou para satisfazer as curiosidades humanas, nem para se auto promover. Jesus nega a Herodes que desejava ver milagres (Lucas 23:8) e no deserto a pedido do demônio (4:3-12). 

A maioria da multidão que procurava e acompanhava Jesus desejava os milagres para crer, mas Jesus conhecendo seus corações não executa ações que levassem o povo a admirá-lo por causa dos fatos (fora de comum) realizados (Jo 6:26). Assim Jesus não faz nenhum milagre em Nazaré por causa da falta de fé. 

Jesus comunica através dos sinais a mensagem da presença amorosa de Deus no meio do povo. O critério evangélico é mudança de vida, criar uma intimidade com Deus que se revela em Jesus sendo um Pai amoroso. Cada um deve perceber em sua vida a presença de Deus de maneira pessoal. Contemplar a beleza da criação é um milagre. O ser humano tem um grande defeito de reclamar de tudo, de querer consertar as coisas do seu jeito, e se esquece de agradecer, de cuidar e amar a vida.

Os sinais não provêm de poder mágico e divino. Os milagres fazem parte de uma doação de amor livre e espontâneo de Deus ao homem. Nada melhor que a própria Sagrada Escritura para nos mostrar o verdadeiro sentido do milagre.

As motivações de Jesus para o milagre


Jesus revelou seu poder nitidamente. Desafiou a força da natureza, demonstrou que tem domínio diante das enfermidades, sobre as potestades das trevas, sobre a morte e o pecado, e também sobre o inferno, tudo isso para testificar o poder que como Deus possuía 
"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: 'É-me dado todo o poder no céu e na terra'" (Mateus 28:18). 
Jesus, enquanto Deus, demonstrou seu poder para que cressem nele e fossem salvas. O apóstolo João registrou diversos sinais que seu Mestre realizou para com isso provar que Jesus é Deus, de acordo com o que falou em João 20:31 
"Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome".
No evangelho de João vemos uma série de testemunhos de que Jesus é o Cristo, podemos citar a mulher samaritana, o paralítico que morava na cidade de Betesda e a multidão que presenciou e se fartou diante da multiplicação dos pães.

Além de mostrar seu poder para que cressem que ele foi enviado por Deus, Jesus veio para fazer a vontade do Pai 
"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:38). 
 Em momento algum Jesus queria chamar a atenção para si ou somente atrair uma multidão com seus feitos milagrosos com o fim de obter fama e dinheiro, ele curava, saciava a fome das pessoas e ressuscitou mortos porque jamais deixou de socorrer os necessitados e aflitos, pois compadecia-se deles. 

O sofrimento e a dor das pessoas que o cercava chamava-lhe a atenção, e por isso ele sentia misericórdia e agia para os socorrer. 
"E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos" (Mt 14:14).
Outro episódio que mostra como Jesus se compadecia diante do sofrimento das pessoas foi quando seu amigo Lázaro morreu. Quando Jesus chegou a cidade de Betânia, onde seus amigos Marta, Maria e Lázaro moravam, encontrou a seguinte cena: corações sem esperança e muito tristes pela morte de seu ente querido. 

Marta foi ao encontro do mestre, enquanto Maria ficou em casa se lamentando, mas Jesus manda chamá-la, está vem rapidamente e ao chegar próximo a Jesus põe-se a chorar ao lembrar possibilidade da cura de seu irmão, se Jesus tivesse chegado uns dias antes. 

Vendo Jesus que Maria estava inconsolável e que os judeus que a acompanhava também choravam, moveu-se de grande compaixão e "Jesus chorou" (Jo 11: 35). Jesus não chorou de tristeza, mas sim de compaixão e misericórdia e também pela falta de fé que demonstravam. 

Diante dessa situação, chegando ao sepulcro pede que retirem a pedra que a selava. Ainda sem crer que Jesus podia fazer o impossível, Marta declara:
"Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias" (Jo 11:39) 
e Jesus responde: 
"Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus?" (11:40). 
Obedecendo a voz do Mestre, retiram a pedra do sepulcro e puderam presenciar o poder de Jesus sobre a morte. Lázaro saiu para fora do sepulcro, à ordem de seu amigo, e este pôde ir para sua casa em companhia de suas irmãs.

Mas, devemos ressaltar que, fazer milagres não foi o motivo primordial de Jesus ao "esvaziar-se" de sua glória no céu e tornar-se servo, como diz Paulo em sua carta aos Filipenses, mas sim ser obediente ao Pai a ponto de entregar a sua própria vida em nosso favor: 
"Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:7,8).
Jesus veio a este mundo para salvar o pecador da morte eterna. Não teria proveito algum a vinda de Jesus se este curasse o corpo físico das pessoas e não salvasse a alma da condenação. Portanto, o maior milagre que Jesus opera é a salvação do pecador.

O primeiro milagre


Ressalta que Jesus aguardou até os 30 anos de idade para iniciar seu ministério. O autor apresenta dois motivos que o levou a cumprir este protocolo, sendo o primeiro o compromisso que tinha com sua família, pois segundo a tradição judaica se o pai falecesse o filho primogênito tinha o dever de cuidar da família até que cada irmão atingisse a maioridade. O segundo motivo é, que para ensinar na sinagoga e ser considerado um mestre esta era a idade permitida para tal.

Existem alguns grupos religiosos que vem disseminando um verdadeiro engodo a respeito de Cristo. Eles chagam ao extremo ao afirmar que Jesus realizou milagres em sua infância se baseando nos livros Apócrifos. Porém isso é contraposto por João 
"Este sinal miraculoso, em Caná da Galiléia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele" (Jo 2:11).
No capítulo 2 do evangelho segundo João, vemos que Jesus iniciou o seu ministério em um casamento e isso não foi por acaso, pois Jesus valoriza o matrimônio e a família, e foi isso que priorizou desde o início. Uma nova família estava surgindo, mas que já estava enfrentando um grande problema (leia o contexto em João 2:1-11). 

Após a intervenção sobrenatural de Jesus, a família estava feliz novamente pois poderia servir seus convidados e continuar a festa. O interessante é que Jesus foi convidado antes mesmo do casamento acontecer e já estava lá quando surgiu o problema, e não foi chamado de última hora para resolvê-lo.

A presença de Jesus no casamento e na família é fundamental, pois quando o vinho, ou, a alegria acabar, ele estará ali para encher os corações com a sua Palavra e transformar as tristezas em alegria.

As condicionantes de um milagre


Do meu ponto de vista, a realização de milagres em nossos dias está condicionada a quatro fatores: nossa fé, obediência a Deus, renúncia a si mesmo (entregar-se por inteiro à causa do evangelho), e os propósitos divinos.

O fato é que Deus sabe o que realmente precisa ser tratado no ser humano em cada lugar, em cada época, em cada cultura diferente, e cabe a nós, seus filhos, nos dispormos para o trabalho em Seu Reino (Marcos 16:15-18; Jo 4:32-36; 20:21).

Abaixo estão alguns motivos porque não vemos milagres hoje em dia como antigamente.
  • A incredulidade impede que milagres aconteçam! — E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles (Mt 13:5).
  • Não queremos pagar o preço da renúncia para sermos capazes de realizar milagres hoje em dia — Tudo que vemos ao nosso redor hoje em dia são os anseios do ser humano por uma vida de realizações, lazer, prosperidade, qualificação profissional e conquista de bens materiais. Enquanto Jesus neste mundo em nada se importou com isto, senão em realizar a obra de Deus (Jo 4: 32-34). 
"Assim, pois, qualquer de vós que não renunciar a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo" (Lc 14:33).
Milagres acontecem com a finalidade de gerar salvação — Deus não cura as pessoas, por exemplo, por meramente curar, mas além de cura Deus tem um propósito mais importante ainda: a salvação. No texto de Lucas 4: 23-30, Jesus afirma que haviam muitas viúvas em Israel nos tempos em que não havia chuva, enquanto uma fome grave estava assolando a terra, mas Elias, o profeta, só foi enviado a uma delas, pois esta acreditou no profeta para sua salvação.
  • A murmuração/contestação impede que milagres aconteçam — Seria um milagre para os israelitas vencerem em batalha as nações que estavam ocupando Canaã nos tempos de Moisés, pois os povos eram muito mais fortes do que eles e mais preparados para guerra, tinham cidades fortificadas e eram homens grandes e fortes. Mesmo nessas circunstâncias Deus lhes daria a vitória, mas por causa da murmuração e incredulidade/dureza de coração, uma geração inteira não pôde ver os milagres desta vitória acontecendo (Números 14: 26-30).
Este tópico 4 me lembra bastante as pessoas dos supostos ateus de nossa atualidade, que vivem arrumando pretextos para se queixar contra Deus, alimentando assim sua incredulidade e a razão de que fazem jus. 
  • Os milagres de Deus tem propósitos maiores, além do que nossa mente possa imaginar, e as vezes O questionamos julgando termos razão  O fato é, quem tem que ditar as regras, Deus ou nós?
"Ai daquele que contende com seu Criador! Deixe o caco contender com os cacos da terra. Dirá o barro para aquele que o modela: O que fazes tu? Ou tua obra: Ele não tem mãos?" (Isaías 45:9)
A arrogância do ser humano tem afastado Deus de si, julgando que Deus tem a obrigação de fazer o que ele julga ser o correto. Precisamos nos colocar no nosso lugar! Não podemos tirar nenhuma conclusão precipitada ou questionar a Deus porque não estamos vendo grandes milagres nos dias de hoje. Precisamos entender, compreender e aceitar que Deus é mais sábio do que nossa mente possa alcançar (Eclesiastes 11: 5).
  • Nossa sociedade atual é muito materialista! — Por este motivo muitos acabam, de certa forma, afastando Deus de si e não acreditam em curas e milagres nos dias de hoje. As pessoas só dão crédito ao que elas podem ver e tocar, ao que está dentro de sua realidade. Milagres são coisas que fogem às leis da natureza, por isso muitos nem esperam que estes aconteçam. Se não acreditarmos em um Deus Todo poderoso, que é Jesus, não poderemos ver seus milagres também.
  • A realização de milagres também está relacionada aos dons espirituais — Embora eu acredite que qualquer crente obediente à Palavra de Deus possa realizar milagres orando, nem todos possuem tal dom para fazer isto com certa frequência (1 Coríntios 12:10,11,29).
Embora alguns problemas listados acima impeçam a realização de milagres, principalmente por não acreditarmos, Jesus afirma em João 4:48 que certas pessoas não crerão enquanto não verem um milagre acontecer. Como Tomé, que só acreditou que Jesus havia ressuscitado após vê-lo pessoalmente e tocar no corpo que havia sido crucificado.

Conclusão


Meu objetivo com esse artigo foi de trazer mais informação sobre um tema, que consideramos muito importante, para o meio acadêmico e religioso, mesmo sendo discutido há mais de séculos, pois falar os milagres e ensino de Cristo é para muitos cristãos algo novo, e por isto a escolha do mesmo, que é desafiador e ao mesmo tempo muito edificante. Objetivei, com o meu artigo, levar outros a conhecerem mais sobre Jesus, pois há muito que se fala sobre este tema e poucas pessoas conhecem mais a fundo sobre os ensinos e milagres de Jesus.

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

O DESAFIO NOSSO DE CADA DIA: COMO LIDAR COM O ESTRESSE DURANTE A PANDEMIA?

"Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. [...] Porque, mesmo quando chegamos à macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro" (2 Coríntios 4:16,17; 7:5).
Muitos dos que se dizem "cristãos", se consideram imunes e blindados dentro da bolha religiosa. 
"Estresse não é coisa de crente!
Ouvi certa feita um desses super-heróis da fé vociferando essa bravata do púlpito (o pior foi ouvir o "amém!" dos ouvintes).

Estes tais são aqueles que espiritualizam tudo, que demonizam tudo, para os quais você falar sobre a seriedade do estresse, é o mesmo que enfiar não a mão, mas a cabeça num vespeiro. Mesmo assim, eu vou arriscar cutucá-los com a Vara de Jessé e falar desse assunto que se tornou viral nesses tempos de pandemia.

Em síntese, o estresse é a reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas.

A forma que as pessoas levam a vida atualmente pode ser caracterizada como uma corrida. É uma verdadeira luta contra o relógio. As atividades profissionais se somam à vida, às necessidades pessoais e a inúmeros outros compromissos que surgem com o passar dos dias. E, em meio a tantas pressões e cobranças, o corpo reage com o estresse. Apesar de ser associado apenas ao nervosismo ou à irritabilidade, outras reações podem ocorrer.

Entendendo o conceito de estresse


De acordo com a psiquiatria, o estresse é um termo que veio da física. Vamos dizer que você pegue um material e o submeta a uma pressão até que ele seja deformado. 

Quando você tira essa pressão, a capacidade desse material de voltar ao normal significa resiliência e, quando ele tem uma capacidade mais limitada de resiliência, ele recebe a pressão e não consegue voltar ao normal, é quando acontece o estresse.

Ainda de acordo com a psiquiatria, grande parte das doenças físicas e mentais pode estar relacionada a essa condição do organismo. O estresse mexe com um eixo de hormônios que interferem no sistema imunológico, nos batimentos cardíacos, na pressão arterial e em todo o organismo. 

Doenças autoimunes, cânceres e alergias podem estar relacionadas às alterações imunológicas provocadas pelo estresse. Ele também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como colesterol, e glicemia alta, diabetes, hipertensão, enfarto, derrame e trombose, diminuindo a sobrevida desse indivíduo.

É importante ressaltar que as mudanças também podem acontecer na mente da pessoa que sofre com o estresse constantemente. Ele aumenta o risco do início de doenças psiquiátricas ou de exacerbação de doenças pre-existentes. 

Então o estresse é um fator de desestabilização do ponto de vista psiquiátrico tanto para a depressão quanto para a ansiedade, para o uso de drogas e a esquizofrenia.

Como evitar?


Infelizmente não é possível impedir que situações ruins ou repentinas aconteçam no cotidiano, mas aprender a lidar com elas é fundamental para evitar que os problemas esternos afetem a pessoa internamente.

Uma boa alimentação e atividades físicas são fatores essenciais para melhorar a qualidade de vida e estimular a liberação de hormônios que coloquem o organismo em estado de equilíbrio.

Segundo estudos, como o realizado pelo Instituto Dante Pazzanese em 2013, a relação da pessoa com a fé pode influenciar positivamente no seu bem-estar psicológico, no aumento da sua satisfação com a vida e na melhoria da sua saúde física e mental.

Dessa forma, a fé também é uma aliada na luta contra estresse. A palavra de Deus, por exemplo, promove esperança àqueles que creem, substituindo os pensamentos pessimistas e de desânimo pela motivação de viver.

Quais os sintomas do estresse?


O sintomas do estresse podem ser manifestado de duas formas, por meio de sinais psicológicos ou por meio de sinais físicos, sendo os principais sintomas:

Sintomas psicológicos — O estresse normalmente leva ao aparecimento de sintomas psicológicos bem perceptíveis, como por exemplo:
  • Ansiedade, angústia, nervosismo ou preocupação em excesso;
  • Irritação e impaciência;
  • Tontura;
  • Problemas de concentração e de memória;
  • Sensação de perda do controle;
  • Dificuldade para dormir;
  • Dificuldade em tomar decisões (procrastinação).
Além disso, a pessoa que se encontra estressada normalmente não consegue se organizar e se concentrar em atividades, o que pode fazer com que fique cada vez mais estressada.

Sintomas físicos — O estresse também pode se manifestar por meio de sintomas físicos, como por exemplo a queda de cabelo em excesso, dor de cabeça ou enxaqueca, tensão muscular, alergias, facilidade em ficar doente e alterações gastrointestinais e do coração, como aumento dos batimentos cardíacos, por exemplo.

Além disso, mãos frias e suadas e problemas de pele, como acne, por exemplo, podem ser indicativos de estresse. Na sequência, vamos nos aprofundar mais na descrição desses sintomas.

Fase de alerta — Acontece quando a pessoa se depara com uma situação estressante. Nesta fase é comum que o distúrbio se manifeste no organismo por meio de alterações físicas como mãos e/ou pés frios, boca seca, dor de estômago, suor, tensão e dor muscular e na região dos ombros, aperto da mandíbula/ranger de dentes ou roer unhas/ponta da caneta, diarreia passageira, arritmia, respiração ofegante, aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea e agitação.

Fase de resistência — O organismo tenta retomar o equilíbrio e pode se adaptar à nova situação ou eliminá-la. Entre os sintomas estão o aparecimento de prolongada, tontura e mal-estar generalizado. 

Também podem acontecer alterações cognitivas como problemas de memória, sensação de cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade excessiva, sensibilidade emocional exagerada e diminuição do desejo sexual.

Fase de exaustão — Nesta etapa é possível que os sinais do estresse evoluam para o desenvolvimento de outra enfermidade, o que afeta a saúde física, cognitiva e emocional. Alguns sinais que o indivíduo pode apresentar nesta fase são diarreias frequentes, dificuldades sexuais, insônia, hipertensão arterial, problemas de pele prolongados, mudança extrema de apetite, batimentos cardíacos acelerados, úlcera, impossibilidade de trabalhar, pesadelos, apatia, cansaço excessivo, irritabilidade, angústia e perda do senso de humor.

Quais são os tipos de estresse


Agudo — nesta modalidade o estresse deixa o organismo mais ativo. São liberados alguns hormônios, como a adrenalina, para aumentar o foco para a demanda que estamos recebendo. Um exemplo é quando se está diante de uma atividade que exige atenção. 

Neste caso, o estresse se manifesta para ativar o corpo, ou seja, o organismo entende que está precisando de mais energia no que está fazendo e são liberados alguns hormônios para que a atividade possa ser concluída. Apesar de intenso, o estresse tende a ser de curta duração.

Crônico — Este tipo de estresse ocorre quando o corpo não consegue sair do estado de alerta. Quando o organismo fica muito ativo, a tendência é que a ansiedade aumenta. 

A produtividade é reduzida e são produzidos outros hormônios, como o cortisol, que leva a outras consequências. Além de alertar o funcionamento do organismo, neste nível, o estresse influência também as relações interpessoais.

Prevenção e controle


Exercícios físicos — os especialistas são unânimes em afirmar que a adoção de hábitos de vida saudáveis é fundamental para ter uma rotina equilibrada. A atividade física é importante para lidar com o estresse, assim como fazer coisas agradáveis, ter um hobby, realizar passeios e ter um sono reparador. 

Tudo isso nos ajuda a lidar com as pressões externas e internas. Os exercícios são capazes de melhorar as funções cardiovasculares e respiratórias, além de estimular a produção de hormônios, como endorfina e serotonina, que se contrapõem ao do estresse.

Alimentação — A alimentação equilibrada é considerada um fator essencial par aliviar o estresse. Pensar corretamente nos alimentos é importante porque os nutrientes deles tornam possível a liberação de alguns transmissores que atuam no organismo de forma protetiva. 
O bom relacionamento com os familiares e uma rotina definida de trabalho, com intervalos para descanso, também são importantes para manter o equilíbrio.

Paz interior — Jesus se oferece a eles, com seu testemunho de esperança e reconciliação. Mateus menciona aquele convite: 
"Vinde a mim todos vós que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28). 
O Senhor manifesta que Deus está compartilhando nossa vida. Ele nos fala enviando seu Filho amado! 
"Deus não pode padecer, mas pode compadecer-se", 
afirmava Bernardo de Claraval (em francês: Bernard de Clairvaux; ✰ castelo de Fontaine-lès-Dijon, 1090 — ✞ Ville-sous-la-Ferté, 20 de agosto de 1153).

O apóstolo Paulo indicava como ideal a obtenção da paz interior, que contrastava com a confusão e o autoengano, favorecedores da ansiedade. Assim, para o Apóstolo, era claro que Deus deseja que as pessoas vivam em paz (1 Co 14:33).

Mas, como grande conhecedor do espírito humano, Paulo entendia muito bem suas contradições, razão pela qual insta os cristãos a trabalhar para obter a paz da alma, que está em sintonia com a salvação (Romanos 15:13).

Esta paz, fundada na abnegação, na virtude e na entrega generosa, contém a renúncia à discórdia. Nesse sentido, em concreto, a rejeição das controvérsias inúteis que ofuscam o coração e obscurecem a verdade (2 Timóteo 2:23). Ao contrário, Paulo favorece a escuta, a compaixão e a oração.

Conclusão

Com a palavra os especialistas


Não podemos esquecer que o estresse é um sintoma e, como todo sintoma emocional, é um alerta de que algo não vai bem. Sendo assim, se ouvir é a melhor maneira de saber que alguma coisa está fora do lugar.

Uma maneira de evitar doenças é cuidar do seu corpo, sua mente e sua alma. Olhar para dentro e se ouvir são formas de conquistar o equilíbrio. Além disso, se for preciso busque ajuda, não há vergonha alguma nisso.

Dependendo do grau e da intensidade do estresse, mudança de hábitos e uma prática diária de autorreflexão podem ser suficientes para diminuí-lo. Mas quando sintomas físicos associados ou psicológicos começam a surgir, é o momento de procurar ajuda.

Dessa maneira, um psicólogo pode avaliar os próximos passos, que variam caso a caso. Pode-se buscar ajuda espiritual também? Claro, não só pode, como deve, entretanto, a ajuda espiritual, sob nenhuma hipótese — ou um pseudo discurso de fé — substitui e/ou elimina a importância de procurar ajuda profissional. Não é uma questão de fé (ou de falta dela), é uma questão de bom senso.

[Fonte: Folha Universal, por Cíntia Cardoso; Ministério da Saúde e os médicos Eduardo Perin e Luis Orlandini Júnior; Tua Saúde]

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quarta-feira, 12 de maio de 2021

PAPO RETO — O CONGELAMENTO DO AMOR

"Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: 'Violência!' e não salvarás?" (Habacuque 1:2).
➊ Caso Henry Borel — padastro mata criança por espancamento, mãe sabe das agressões e se omite! 

Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morava num apartamento na Barra da Tijuca (RJ), com a mãe, a professora Monique Medeiros, e o padrasto, o médico e vereador Dr. Jairinho, desde que o casal decidiu ficar junto, no fim do ano passado. 

O padrasto assassino, com histórico de psicopatia, era um defensor da família tradicional, considerado um "boa praça" por quem o conhecia e até recebido como "servo de Deus" em alguns círculos evangélicos.

❷  Caso Sol — O jovem Guilherme Alves Costa, 18 anos, que confessou ter matado a gamer Ingrid Sol (19), era tido como comportado e obediente à mãe. Considerado um "jovem pacato" e o "xodó" das sobrinhas pequenas, foi ele quem ajudou a mãe no período em que um de seus irmãos teve problemas com drogas. 

Ele também tentou ajudar o irmão, mas não teve jeito. Dois anos atrás, ocorreu uma tragédia. O rapaz teve uma overdose em casa e morreu na frente de Guilherme.

O episódio teria sido o gatilho para que o jovem perdesse a fé e se decepcionasse com a igreja. 

Antes de o irmão falecer, ele tinha até feito um curso de teologia de um ano. De lá para cá, ficou cada vez mais fechado, mas ainda dizia que seu melhor amigo era Deus.

➌ Caso Saudade — Fabiano Kipper Mai, 18 anos, um jovem com poucos amigos, introspectivo e fechado até mesmo com a família. Aluno do 3° ano do ensino médio, em uma escola pública de Santa Catarina. 

De acordo com seus professores, era um aluno normal, quieto, nunca teve problemas de disciplina. 

Ele tinha alguns registros de deficiência de aprendizagem, tinha certa dificuldade nisso. Mas nunca se percebeu nada mais que pudesse indicar a atrocidade cometida por ele na manhã do dia último dia 4, quando invadiu uma creche e assassinou brutalmente 5 pessoas.

As vítimas fatais foram a professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos; a agente educadora Mirla Amanda Renner Costa, 20 anos; além dos bebês Sarah Luiza Mahle Sehn, de um ano e sete meses; Anna Bela Fernandes de Barros, de um ano e oito meses; e Murilo Massing, de um ano e nove meses. 

Todas foram golpeadas até a morte por uma espada tipo ninja dentro da creche na manhã de terça-feira passada, dia 4.

➍ Caso Gael — A mãe do menino Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, encontrado morto e com sinais de espancamento na última segunda-feira (11), em um apartamento na região da Bela Vista, área nobre de São Paulo, havia ficado indignada com o caso do menino Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março, em um apartamento de luxo do Rio de Janeiro, em circunstâncias semelhantes. 

O menino Gael morreu com sinais de agressão na última segunda-feira (10). A mãe — que, de acordo com as investigações em curso, apresentava sinais de problemas mentais — foi presa em flagrante e é a principal suspeita pelo crime. O caso ocorreu na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, na Bela Vista, durante o período da manhã. A Polícia Militar foi acionada por volta das 12h.
"A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha, Sarom se tornou como um deserto, Basã e Carmelo foram sacudidos" (Isaías 33:9). 

O que está acontecendo?


Estamos vivendo dias em que a humanidade vive perplexa com o aquecimento global, violência, pandemias, desajuste familiar, crianças, adolescentes e jovens com comportamento fora do normal. 

Do outro lado os estudiosos das Sagradas Escrituras veem as profecias se cumprindo de forma nunca vista, no que diz respeito a volta de Jesus para buscar a Sua Igreja. 

Nestes últimos dias, a Igreja — e aqui me refiro ao organismo vivo e não à organização, à instituição, ao sistema religioso — tem de se mostrar sempre vigilante e alicerçada na Bíblia Sagrada para combater, eficazmente, as forças do mal que se levantam contra o evangelho de Cristo. 

Como sal da terra e luz do mundo conforme consta no evangelho segundo Mateus 5:13-16, é dever da Igreja através dos seus membros cumprir o seu papel de arauto do Reino de Deus neste mundo que se encontra cego, surdo e mudo.

A ação malévola do homem promove o aquecimento global que tanto prejudica o planeta tornando-o em um lixão, composto dos mais prejudicais resíduos orgânicos, comerciais, industriais, hospitalares e atômicos. Causando inclusive, escassez de água potável, luz, alimentação saudável para o consumo, bem como, ar puro para se respirar. 

Vemos as grandes metrópoles cobertas de fumaça, fuligem tóxicas e fogo por todos os cantos queimando de forma criminosa o restinho da vegetação que sobrevive às intempéries por entre as brechas das ressequidas erosões, desaparecendo com tudo que coopera para que os seres vivos consigam respirar. Em todas essas coisas entendemos o mover de Deus entre as nações do mundo advertindo os salvos que prestes está a volta do Senhor.

O esfriamento de muitos

"E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará (...) Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Mateus 24:12; Romanos 8:22).
A iniquidade da qual falaram alguns dos profetas, bem como, o próprio Senhor Jesus, e alguns dos Seus discípulos tem provocado um esfriamento avassalador até mesmo entre muitos que já foram fervorosos na Fé.

A maioria dos pregadores desconhecem a homilia de Jesus. Suas preleções constituem simplesmente em assuntos que nada têm a ver com o Reino de Deus. São voltados para as coisas materiais, desconhecem os dons espirituais, a doutrina dos evangelhos e o que é Fruto do Espírito. 

Santo e profanos se misturam comungando os mesmos costumes. As línguas estranhas, a cura divina, a profecia, as revelações da parte de Deus através da Sua Palavra não constam do sermonário desses pregadores, e nem as músicas dos hinários dos cantores, que se tornaram em efêmeros astros e estrelas da música gospel. Ressalvando, todavia as raras exceções.

Desprezaram a instituição do matrimônio, mas, acentuaram a sexualidade precoce e promiscua. Para a Igreja, a única esperança é a volta de Jesus e nada mais. A Igreja do Senhor tem testemunhado muitos casos de apostasia entre os santos. 

À medida que se aproxima a vinda de Jesus, o número de apóstatas aumenta preocupantemente. O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Filipenses 1:29), de renunciar ao pecado (Rm 8:13), de sacrificar-se pelo Reino de Deus e de renunciar a si mesmo, vem sofrendo constantes e impiedosos ataques (Mt 24:12; 2 Timóteo 3:1-5; 4:3). 

A Bíblia afirma que, nos dias que antecedem a manifestação do anticristo, ocorrerá uma grande onda de apostasias (2 Tessalonicenses 2:3,4). É hora de redobrar a vigilância.

Sensibilidade congelada


Não precisa ser crente para se indignar, ficar perplexo ou até mesmo revoltado ao se ter contato com esses tipos de ocorrências que listei na abertura deste artigo. Basta ainda ter um resquício de sensibilidade.

Mas, aí está o X da questão: onde foi parar a tal sensibilidade? Alguém sabe onde ela está? Alguém tem notícias dela? Alguém a viu?

A resposta está em Deus!


É certo que muitas vezes ficamos indignados pelas circunstâncias que estamos passando ou que presenciamos! 

Mas precisamos entender, compreender, aceitar e obedecer o tempo de Deus para as nossas vidas e necessidades, precisamos entender que Ele faz no momento certo, na hora exata, ainda que as vezes fiquemos indignados pela suposta  'demora', pois Ele só tem, como está no controle de todas as coisas! 

Precisamos sim, clamar e confiar que Ele escuta e no tempo certo salva e livra, pois a palavra de Deus nos garante que seu anjo acampa ao nosso redor e nos livra (Salmo 46)! 

Confiemos pois no Senhor! Esperemos no Senhor! Ele a seu tempo fará o que lhE apraz, contudo, não percamos a sensibilidade, pois mais que um aditivo emocional, ela é uma das ferramentas que nos levará a cumprir como Igreja nossos papéis de intercessores e pregadores da Palavra de Deus.

Conclusão

Tudo nos mostra


Em nada Jesus nos deixa viver às cegas, desorientados. Não, de jeito nenhum! Ele é a Luz do mundo. Como servos do Senhor, temos Luz. Não vivemos mais na escuridão, tateando aqui e ali em busca do que Jesus já nos deu de graça no Calvário. 

Nesses tempos trabalhosos, precisamos vigiar e orar com mais seriedade, com ais frequência e com mais sinceridade, para que não sejamos tragados pela onda de apostasia e insensibilidade espiritual. 

Somente com um profundo quebrantamento espiritual, e uma vida sempre renovada no Espírito (2 Co 4:16), poderemos estar em condições de aguardar a vinda de Jesus de modo santo e de conformidade com a sua Palavra.

Nessa redenção não veio e nem vem de baixo, da Terra, de promessas evasivas. Jesus mesmo disse em Lucas 21:28:
"Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima."
Nossa redenção vem do céu, vem de Deus, vem por [através de] Jesus (At 4:12). Na verdade, nossa redenção já veio, através da graça que foi manifestada a todos, através do Filho do Homem, lá no Gólgota (Tito 2:11). Todos os que tiveram suas almas lavadas no sangue do Cordeiro já estão redimidos! Aleluia!

A Deus toda glória.
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