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quinta-feira, 30 de abril de 2015

GERAÇÃO COPO CHEIO, CABEÇA VAZIA


Recentemente um trágico acontecimento chamou a atenção do país inteiro. O estudante universitário Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, morreu de coma alcoólico na tarde do sábado, 28/2, após participar de uma festa universitária em Bauru, no centro-oeste paulista. O rapaz era mineiro, da cidade de Passos, e estava no 4º ano de engenharia elétrica na Unesp (Universidade Estadual Júlio de Mesquita). Na ocasião, a faculdade lamentou o ocorrido e destacou que a festa ocorreu fora de suas dependências.

Outros seis estudantes da Unesp passaram mal no evento sendo internados em UTIs, em estado grave. Eles participaram da festa "open bar" - tipo de festa onde as bebidas alcoólicas são liberadas - InterReps, em uma chácara da Granja Cecília, promovida por várias repúblicas de estudantes. Com convite, bebidas eram servidas à vontade, incluindo cerveja, cachaça, vodca e energético. De acordo com a mídia local, o evento não tinha alvará nenhum para ocorrer.

Conforme a Polícia Militar, havia incentivo para saber quem eram os maiores bebedores. A divulgação do evento no Facebook previa uma disputa. Fonseca passou mal exatamente depois de participar da competição. Foi socorrido por colegas e já chegou morto ao pronto-socorro. O fato causou comoção geral.

Um país de “bebuns”


Em breve, o Brasil pode ter uma geração de jovens dependentes de bebidas alcoólicas. O alerta é da presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Ana Cecília Marques. A médica explica que o contato cada vez mais precoce com o álcool e o consumo excessivo estão mudando a realidade da juventude brasileira.

“Hoje temos jovens que já buscam tratamento contra a dependência de álcool aos 18 anos. Antes, isso só acontecia aos 40 anos.

Mudou tudo no entorno do jovem: ele tem a pressão dos amigos para beber, o preço barato do produto, a publicidade, o acesso fácil, a lei que não é cumprida, a influência de familiares e a falta de orientação”, disse a especialista em entrevista ao Jornal Folha Universal.

Dados do Ministério da Saúde mostram que 242 pessoas entre 20 e 29 anos morreram em 2012 vítimas de “transtornos por causa do uso de álcool”.

Ana Cecília destaca que o risco de desenvolver dependência de álcool é bem maior entre pessoas de até 24 anos de idade, pois o cérebro ainda não está totalmente formado nessa fase. “No início, alguns jovens ficam mais relaxados e eufóricos com a bebida. Se esse efeito for bem registrado no cérebro, ele já aciona o momento da segunda dose. Então o jovem toma outra dose e aí o cérebro vai ter o efeito real da bebida, que é anestésico. O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central.”

O álcool pode causar falta de coordenação motora, diminuição dos reflexos, confusão, aumento da confiança, lapsos de memória, vômito, instabilidade emocional e dificuldade para entender o que se passa ao redor. Por isso, muitos usuários se envolvem em situações perigosas, como dirigir alcoolizado, participar de brigas ou ser induzido a fazer sexo. Alguns entram em coma e morrem. O consumo frequente aumenta a tolerância, o que leva os usuários a beber cada vez mais.

Propaganda e consumo


Além da influência de amigos e familiares, a publicidade é outro fator que estimula o consumo de bebidas entre jovens. Isso acontece porque muitas propagandas relacionam bebidas ao sucesso profissional, à beleza, à alegria, à juventude, ao encontro entre amigos, à praia e aos esportes, além de explorar a sexualidade. “Estudos mostram que a influência da publicidade de bebidas é muito maior no público jovem, que ainda não definiu os produtos de que mais gosta.

O jovem experimenta bebidas na passagem da puberdade para a adolescência por curiosidade. E a propaganda ajuda a despertar essa curiosidade”, avalia Ana Cecília Marques, acrescentando que muitas crianças afirmam em pesquisas que vão consumir álcool no futuro.

O advogado Felipe Rudi Parize, autor do artigo Os limites para a publicidade de bebidas alcoólicas à luz do Direito contemporâneo brasileiro, aponta que o principal problema é que a propaganda de bebidas de baixo teor alcoólico – como cervejas e ices – não sofre limitação de horário para exibição no rádio e na televisão. “A Lei Murad (Lei nº 9.294/96) só definiu horário para a publicidade de bebidas com teor alcoólico maior que 13 graus Gay Lussac, ou seja, cervejas e vinhos ficam de fora.

Além dessa lei específica, o País conta com o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, que apresenta um sistema completo, mas não tem poder de coerção para as empresas que o descumprem”, avalia.

Parize explica que já existe um projeto de lei que pretende incluir as bebidas com graduação alcoólica a partir de 0,5 grau Gay Lussac nas restrições de publicidade, mas a iniciativa enfrenta pressões da indústria cervejeira. “O projeto 2.733/08 está em regime de prioridade de tramitação, há um empenho para que haja alteração.

O problema é que há um lobby muito grande da indústria para que não haja limitação de horário, porque é certo que isso vai gerar impacto no consumo. Um exemplo claro é o cigarro: a lei mais rigorosa estimulou a diminuição do número de fumantes.” 

Mais orientação


A presença do álcool em confraternizações, propagandas e dentro dos lares leva muitas pessoas a acreditar que as bebidas não representam perigo à saúde. Por isso, um dos caminhos para evitar problemas está na informação. “Os pais devem ir atrás de novos conhecimentos para orientar seus filhos e falar sobre limites.

Precisamos de uma política que envolva famílias, pediatras, escolas, universidades e o sistema de saúde. Se os pais ficarem afastados do assunto, o problema pode aparecer dentro de casa”, diz a médica Ana Cecília Marques.

Outro passo importante começa com a autoavaliação sobre os próprios hábitos. Se a busca do equilíbrio está presente em temas como alimentação, trabalho, família e lazer, o mesmo deveria ser aplicado ao consumo de bebidas alcoólicas.

Antes de ingerir mais uma dose, vale lembrar que tudo que é em excesso faz mal e pode até matar. E com o álcool não é diferente.


Nas fileiras acadêmicas


A tragédia ocorrida na Unesp alerta para a necessidade de combate à cultura de uso abusivo de álcool entre universitários. O hábito é comum entre estudantes universitários e acontece mais entre alunos que moram em república. Um levantamento nacional sobre consumo de drogas realizado em 2010 mostrou que 19% dos universitários fazem uso frequente de bebidas alcoólicas, 44% disseram ter bebido para ficar bêbado no mês anterior à pesquisa e 48,7% já experimentaram drogas ilícitas – o dobro da taxa da população brasileira.

"O álcool é a principal droga da universidade e dentro da universidade há menos abstinência que na população", indica Florence Kerr-Corrêa, professora do departamento de Neurologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Unesp Botucatu. Segundo ela, nas repúblicas o consumo médio de álcool é maior por pressão social. "Tem repúblicas com tradição de beber muito. Repúblicas em que não se pode ser abstêmio, o estudante que não bebe não pode fazer parte", diz.

As características dos estudantes que apresentaram associação estatisticamente significante com o maior consumo semanal de bebidas alcoólicas foram: ser do sexo masculino, morar na residência universitária e apresentar expectativas positivas quanto aos efeitos do álcool. Os pesquisadores concluíram que as ações preventivas com os estudantes devem ser iniciadas tão logo estes ingressem na universidade. As residências universitárias devem alterar suas políticas com relação ao consumo de bebidas alcoólicas de modo a dificultar seu consumo pelos novos estudantes.



[Com informações via Jornal Folha Universal. Fonte: Último Segundo e CISA - Centro de Informação de Saúde e Álcool]

quarta-feira, 29 de abril de 2015

PESSOA FEDORENTA... SERÁ QUE SOU UMA?

Você já esteve em algum lugar onde o mau cheiro predominava (tipo peido no elevador)? Como se sentiu estando lá? Ou então conversou com uma pessoa que tinha mau hálito? Quanto tempo você conseguiu ficar perto dela? E uma pessoa com "cecê" em um dia de calor intenso, dentro de um ônibus lotado? E aquele cheiro horrível de chulé no quarto? Tenho certeza de que foi  muito difícil aguentar o fedor e, por mais que você tenha se esforçado para permanecer, aquela situação deve ter sido difícil e tornou-se marcante.

Quando as pessoas mais próximas apontam seus defeitos, é preciso ficar atento


Assim, como nesses exemplos, muitas pessoas estão exalando um péssimo odor por meio de suas atitudes e, com isso, têm distanciado pessoas que as amam. Vivem reclamando aos quatro cantos de tudo e de todos. São explosivos e tratam os colegas no trabalho e as pessoas que os cercam com rispidez e indiferença. E assim se mostram incompletos, infelizes e insatisfeitos.

Quem aguenta conviver com uma pessoa que tem os comportamentos citados acima e outros piores? Ninguém. Tanto que aqueles que estão ao redor de uma pessoa assim agem como se estivessem em um ambiente fedido: se afastam.

Se sentindo ainda mais incompreendido, algumas pessoas, às vezes, nem percebem o porquê têm distanciado as pessoas. Existem comportamentos que denigrem a nossa imagem, mas muitas vezes não nos damos conta. Somente pessoas que nos amam e se importam conosco se dão ao trabalho de nos dizer uma verdades.

O dever de exalar o bom perfume


Quando as pessoas mais próximas comentam alguns defeitos nossos tenha certeza de que estamos exalando uma essência ruim por meio de nossos comportamentos. Geralmente as outras pessoas com as quais convivemos mostram - seja verbalmente, seja por sinais - o que as tem afastado. Ficar arrumando justificativa ou causadores para os nossos atos não resolve a situação nem fará com que nos tornemos uma pessoa completa.

Segundo um estudo feito pela Escola de Psicologia no Centro Interdisciplinar (IDC, na sigla em inglês) em Herzliya, Israel, a gentileza é um dos principais pontos de atração para as pessoas. Devemos ser mais carinhosos e preocupados com os outros. Será que temos sido gentis? Ou o tempo e os problemas nos levaram a ser uma pessoa amarga? Não podemos esperar que os outros mudem para que melhoremos nossas reações. Se tivermos um bom perfume, todos vão querer estar perto de nós e saber o que nos faz ser tão agradáveis.

No dos outros...


Então, paremos e analisemos que comportamentos ruins têm nos prejudicado e as pessoas ao nosso redor. Que tal, à partir de agora, tirar um tempinho para fazer uma lista de comportamentos que achamos feio nos outros? Ao fazer esta listinha, iremos começar a observar o que nós mesmos andamos fazendo e vamos começar a trabalhar nisso e ficar mais alerta.

A partir disso, perceberemos o que precisa transformar para que nos tornemos uma pessoa agradável. Será que é o nervosismo, a impaciência, a timidez, a arrogância, a inconveniência? Não sei o que é, mas sempre há o que melhorar. É claro que há coisas que não mudam de uma hora para outra, mas precisamos ficar praticando, nos policiando, até que o novo comportamento se torne parte de nossa natureza de uma vez por todas.

BÍBLIAS DE ESTUDO


Estudar a Bíblia está na moda. Nunca houve tantas e tão equipadas versões dos Textos Sagrados à disposição dos crentes. Há opções para quem gosta de doutrina, para aqueles que preferem assuntos temáticos ou mesmo para os que desejam apenas informações complementares. Mulheres, homens de negócios, pastores, ministros de louvor, professores, famílias inteiras, adolescentes, crianças, pregadores. Independente do chamado ou da ocupação da pessoa, do interesse em conhecer de forma sistemática as principais profecias ou apenas ter amparo em seus momentos devocionais, cada uma pode ter voltada para sua área e preferência. As Bíblias de Estudo, que há muito tempo são uma tendência mundo afora, ganharam de vez as prateleiras e estantes de livrarias e casas nacionais. Em um único volume, eles substituem os tradicionais comentários bíblicos e estão cada vez mais parecidas com enciclopédias.

Em todas as edições da ExpoCristã - feira de exposição de empreendimentos voltados ao público evangélico -, as Bíblias de Estudos foram um destaque à parte. Apesar de antigas - acredita-se que a mais velha versão tenha surgido a partir dos estudos produzidos pelos reformadores calvinistas em Genenbra, na Suíça -, as primeiras Bíblias de Estudo ganharam o Brasil nos anos 1960 e 70. Mas a partir da década de 90 é que houve o boom dessas publicações por aqui. Tradicionalmente, os especialistas as classificam em três tipos: as doutrinárias, as temáticas e aquelas que possuem informações complementares ao texto. Porém, na prática, o conceito de Bíblia de Estudo se tornou tão amplo nos últimos anos que deu margem para que versões repletas de estudos profundos e outras com alguns poucos quadros devocionais entrassem no mesmo balaio.

Assim, é possível encontrar entre os textos de estudo, a Bíblia da Mulher, a Bíblia da Liderança Cristã, a Bíblia da Família Cristã, a Bíblia Anotada, a Bíblia de Batalha Espiritual e Vitória Financeira, a Bíblia dos Atletas de Cristo, a Bíblia disso e daquilo outro... Essa enorme variedade de versões tornou-se possível graças às novas tecnologias, algo bastante atual mesmo. Já cheguei a encontrar uma tal de Bíblia de Estudos do Sujeito (???). Aquilo me chamou a atenção e fui olhar as notas e comentários, mas só encontrei espaços em branco. Foi aí que me explicaram que eram reservados para o próprio leitor pudesse fazer seus apontamentos e produzir um material personalíssimo. As Bíblias de Estudo atravessam seu auge. Não acredito que crescerão muito mais no mundo, onde já foram uma tendência, mas ainda há muito material inédito parra ser publicado no Brasil.

A SBB (Sociedade Bíblica do Brasil) é uma das campeãs nesse tipo de publicação. Recentemente, lançou mais três dessas Bíblias. A Avivamento e Renovação Espiritual traz 421 quadros sobre despertamento e observações escritas pelo centenário pastor batista Eneas Tognini. Apesar da grande variedade e de recursos - hoje é possível encontrar muitas Bíblias de Estudo em todas as plataformas tecnológicas - que parecem quase infinitos, é preciso muita atenção na hora de escolher a versão. São obras muito úteis se forem bem utilizadas. Mas é preciso entender que o valor de seus comentários não equivale ao dos próprios textos inspirados. Além do mais, são geralmente indicadas para líderes, estudiosos e pastores. Para os iniciantes, recomendo os bons e velhos textos mais simples, mas igualmente ricos e ilimitados em seus recursos pelo poder de Deus.

Relação de algumas Bíblias de Estudo disponíveis no mercado:


B. E. Pentecostal - CPAD
B. E. Vida Nova - SBB
B. E. Plenitude - SBB
B. E. Dake - CPAD
B. E. Scofield - Holy Bible
B. E. Shedd - SBB
B. E. King James - BV Books
B. E. Thompson - SBB
B. E. de Genebra - SBB
B. E. Vida Plena - Atos


FALHA EM DISPOSITIVOS MÓVEIS COLOCA USUÁRIOS EM VULNERABILIDADE

Esta notícia é de interesse dos muitos que são usuários em níveis mais avançados dos dispositivos móveis. Por melhores tecnologias, marcas, sofisticação e caro que forem, estas engenhocas não merecem total confiança na segurança que dizem oferecer.

A empresa SourceDNA, especializada em análise e monitoramento de aplicativos (apps) para plataformas móveis, alertou na sexta-feira (24) sobre a existência de uma falha que deixa vulneráveis 25 mil apps para iOS, inclusive programas de instituições financeiras do Brasil. A brecha está localizada em uma biblioteca de código chamada AFNetworking, que deixa aplicativos vulneráveis a ataques de interceptação de dados.

O AFNetworking facilita a inclusão de funções de rede em aplicativos para iOS. Ou seja, esse código é instalado junto de outros apps e não diretamente pelo usuário. Como ele é reaproveitado por vários desenvolvedores, uma brecha nesse código impacta os milhares de apps que o utilizam.

A falha está na validação de certificados digitais para sites seguros (SSL). O SSL é a tecnologia que mostra o “cadeado” de segurança em sites de internet. O cadeado só pode ser exibido quando um site possui um certificado digital válido e se esse certificado corresponde ao site visitado. Dessa maneira, um criminoso não pode usar um certificado obtido para outro site para criar uma página clonada de um endereço seguro.

Por causa da vulnerabilidade, o AFNetworking não verifica se o certificado digital corresponde ao site visitado. Com isso, um criminoso pode criar um site clonado e redirecionar o tráfego do app para esse site, usando qualquer certificado digital válido. Certificados digitais válidos podem ser obtidos gratuitamente pelos golpistas.

O ataque é mais fácil de ser realizado em redes Wi-Fi públicas. Nessas redes, um criminoso presente no local poderia redirecionar o site acessado pelo app para interceptar o tráfego e obter todos os dados, inclusive as senhas, que foram transmitidas pelo app de forma supostamente segura.

A brecha no AFNetworking já foi corrigida. Desenvolvedores podem integrar a versão mais nova do código e atualizar o app para eliminar a vulnerabilidade. Mas isso precisa ser feito para cada aplicativo.

A SourceDNA disponibilizou uma página de consulta para verificar se um app está ou não vulnerável. O site G1 pesquisou por apps de cinco dos maiores bancos brasileiros: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander. Apps do Bradesco e do Itaú apareceram na lista como vulneráveis.

O G1 solicitou um posicionamento do Bradesco e do Itaú para saber se os apps estavam mesmo vulneráveis e quais medidas seriam tomadas. As instituições também foram questionadas se os apps tinham algum recurso de segurança extra que impediria a falha de ser explorada na prática.

Leia abaixo a resposta do Bradesco:


O Bradesco esclarece que está atualizando todas as versões dos apps que utilizam AFNetworking. É importante ressaltar que essa API somente é utilizada no ambiente institucional, sem acesso a dados sigilosos. O ambiente transacional de seus apps é seguro e não é vulnerável. O acesso à conta e a realização de transações ocorrem em ambiente seguro. As transações realizadas nos Canais Digitais do banco, além de utilizar senha, são autenticadas pela Chave de Segurança Bradesco ou pela Biometria da palma da mão, de acordo com o canal utilizado. 
No caso dos smartphones, o M-Token, que gera as Chaves de Segurança, está integrado aos aplicativos. Estas chaves são dinâmicas e aleatórias, mudando em segundos. Informamos ainda que o banco trabalha em um processo contínuo de aprimoramento dos produtos e serviços disponíveis aos clientes. Na questão de segurança, por exemplo, possui sistemas de monitoramento, que analisam as transações em tempo real.

Leia a resposta do Itaú:


O Itaú esclarece que seus aplicativos móveis não são vulneráveis a esse risco. O banco investe constantemente em tecnologia e segurança com objetivo não somente de proteger os dados dos clientes, mas também de oferecer serviços cada vez mais ágeis e inovadores.

[Fonte: G1, via Verdade Gospel]

terça-feira, 28 de abril de 2015

PAPO SÉRIO: ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A imprensa nacional destacou. Mais da metade das vítimas de estupro no Brasil são menores de 13 anos, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Elas representam 50,7% do total. Os adolescentes (14 a 17 anos), representam 19,4% das vítimas e os adultos (18 anos ou mais), 29,9%. 


O levantamento é baseado em dados de 2011 do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde e leva em conta dados repassados por 2.113 municípios com centros de saúde, que atendem a 74,6% da população brasileira. 

Em 2011, houve 12.087 notificações de casos de estupro no Brasil pelo Sinan. O número equivale a cerca de 23% do total registrado na polícia em 2012, segundo o Anuário 2013 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 

Segundo a pesquisa, 88,5% das vítimas eram do sexo feminino, 51% de cor preta ou parda e 46% não possuíam o ensino fundamental completo (considerando as vítimas de escolaridade conhecida, o índice sobe para 67%). 

O perigo das armadilhas virtuais 


O número de prisões por pornografia infantil vem crescendo no País nos últimos anos. Em 2013, 134 pessoas foram presas em flagrante, revelando um aumento de 127% em relação ao ano de 2012, quando 59 foram penalizadas. A exposição de crianças e adolescentes fica ainda mais fácil em tempos de redes sociais. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de publicar fotos de filhos e familiares na internet. 

O levantamento foi realizado pela Polícia Federal e pela Safernet Brasil, organização que faz o monitoramento da violação dos direitos humanos pela rede mundial de computadores. A pornografia infantil é uma forma de violência sexual, que ocorre com a produção, venda ou divulgação de fotos, filmagens ou registros de nudez com apelo sexual envolvendo menores de idade. Não se trata obrigatoriamente de expor o ato sexual. Expor cenas de nudez pornográfica já se configura como crime. 

No Brasil, só no ano passado, foram feitas 80.195 denúncias contra mais de 24 mil sites diferentes. O número é crescente e revela o perigo no mundo virtual. 

A exposição de crianças e adolescentes nas mídias sociais é comum, mas é preciso ter cuidado, pois isso pode chamar atenção de exploradores sexuais. Nos dias de hoje, muitas informações pessoais como endereço, telefone e e-mails podem ser encontradas por pessoas de má índole. 

Os pais devem ficar sempre atentos. Deixar o filho navegar sozinho na internet é como deixá-lo em um local público sem vigilância. Explique a ele os perigos e o oriente a como utilizar a rede com segurança. Não se pode negar que a internet é uma ótima ferramenta para educação e aprendizagem, mas guarda tantos perigos quanto o mundo real. 


Vida real 


Fora do mundo virtual os casos de exploração sexual também requerem atenção por parte de pais e/ou responsáveis legais de crianças e adolescentes. Esses são crimes ocorrem em todo o país e são cometidos pelos mais variados personagens. É claro que, em certos locais, a exploração sexual está ligada à pobreza. No Vale do Jequitinhonha (MG), crianças fazem programas em troca de 50 centavos. 

No Rio de Janeiro, temos casos em que meninas chegam a ganhar 500 dólares, ou R$ 1,99. A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Congresso que investiga redes de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil descobriu que o tráfico interestadual de crianças para fins sexuais é comum e que os crimes nas regiões de fronteiras são uma realidade. Outro ponto é que muitos líderes religiosos (quer sejam da Igreja Católica, Evangélica ou de religiões afro-descendentes e outras) usam seu poder para explorar crianças sexualmente. 

Também há os casos onde os abusos são praticados por parentes (avôs, pais, tios), pessoas próximas (primos, padastros, vizinhos) que têm um relacionamento de intimidade e confiança com a família da vítima. Ou seja, qualquer indivíduo torna-se um suspeito em potencial. E se engana quem pensa que os exploradores são encontrados só na classe média. Entre eles estão juízes, policiais, jornalistas, advogados, médicos e engenheiros. 

Devido à prostituição infantil que ainda é uma triste realidade nas estradas brasileiras, é grande o número de caminhoneiros que são exploradores sexuais de menores. 

Enfim, é imprescindível que todos fiquemos atentos e vigilantes, pois o adversário está ao derredor, bramando feito um leão, buscando a quem possa tragar. A violência sexual deixa sequelas profundas que vão além da esfera física. Ela atinge a alma e, para uma cura completa, só através de Jesus Cristo e com a operação do Espírito Santo de Deus.

SOLTEIRO E COMPLETO, GRAÇAS A DEUS

Falarei aqui de algo com conhecimento de causa: "solteirice crônica". Desde a criação de Eva, a partir de uma das costelas de Adão - conforme descrito em Gênesis 2:21-23 -, homens e mulheres estão em busca de companheiros idôneos. O desejo de encontrar alguém para dividir alegrias e tristezas sempre fez parte da vida de [quase] todo ser humano. 

Apesar disso, o sonho de encontrar a pessoa amada e a ela juntar-se por meio do casamento tem sido adiado, ou mesmo deixado de lado, por muitos brasileiros na atualidade. Pelo menos é o que mostra uma pesquisa do IBOPE Mídia, realizada em 2011 (a mais recente), nas regiões metropolitanas e no interior do Sul e Sudeste do país. De acordo com o levantamento, um entre dois adultos ouvidos pela pesquisa é solteiro. A maioria deles (31%) nunca se casou, 15% são divorciados e 3% viúvos. Eles têm, em média, 31 anos de idade, salário de cerca de 1.000 reais e disposição para continuar estudando e crescendo profissionalmente.

São diversos os fatores que têm levado os brasileiros a não se casarem ou a adiarem o matrimônio e, dentre eles está, exatamente, essa busca por melhores posições no mercado de trabalho. O fenômeno – obviamente – se reflete nas igrejas, que não parecem muito preparadas para lidar com essa realidade. Um levantamento realizado em 2006 pelo Ministério Apoio, em pareceria com a organização evangélica Servindo aos Pastores e Líderes (SEPAL), mostrou o perfil dos solteiros evangélicos. A pesquisa atestou, por exemplo, que 73% dos entrevistados se queixavam de não haver qualquer trabalho para eles suas igrejas e 40% reclamavam da solidão.

Até bem pouco tempo, as pessoas se casavam para serem ordenadas ao ministério pastoral. Ser casado era – e, em muitas denominações ainda é – condição primordial para tal e sinônimo de ser uma pessoa do bem. Esses mesmos casais que foram “apertados” para não terem um namoro longo (e com o risco de “cair em pecado”), anos mais tarde viram-se em uma situação vergonhosa, de exposição pública, quando houve o divórcio. 

O solteiro e o preconceito das igrejas


Velado ou escancarado, o preconceito contra os solteiros na igreja evangélica é fato incontestável (principalmente se esse solteiro tenha um "passado negro"). Não raramente ocorrem os absurdos extremos, como o de os solteiros terem sua sexualidade questionada ("Será que ele(a) é?!"). Há determinadas denominações – algumas, clássicas – que não consagram solteiros ao pastorado. Como base para a essa postura, usam o texto de 1 Timóteo, no capítulo 3 (que trata especificamente do assunto, obviamente, sob um contexto também específico). 

Mas, que dizer do apóstolo Paulo – LÍDER do solteiro e jovem pastor Timóteo, e autor do referido texto citado – que recomendou aos solteiros que assim permanecessem, a fim de melhor servirem ao Senhor (1Co 7:8, 26-35)? Certamente Paulo e Timóteo não “serviriam” para serem pastores nessas tais denominações. Seriam rejeitados ao ministério.

O pastor britânico anglicano John [Robert Walmsley] Stott (27 de abril de 1921 – 27 de julho de 2011), deixou um legado de mais de 40 mil livros escritos e um exemplo de vida que o fez capelão da família britânica por mais de 30 anos, tendo sido eleito, pela revista norte-americana Time como uma das cem personalidades mais influentes do mundo. Stott era visto como grande arauto do Evangelho, sendo vivendo seus 90 anos solteiro e celibatário. Stott, caso fosse membro de alguma dessas denominações que não consagram solteiros ao ministério, estaria “condenado” a ficar por 90 anos “no banco”, independente de seu currículo.

Solteiro até que morte me alcance


Permanecer solteiro e sem crises em relação a esse estado civil é um desafio. Há sempre alguém “te cobrando” uma namorada ou, pior, tentando “te empurrar” alguma. As pessoas não respeitam o seu direito - Sim, senhor: DIREITO! - de escolher ficar solteiro. Há os solteiros que, por muitas vezes sentiu-se esquecido pelo Senhor e pela Igreja. Há também os que desejam [urgentemente, e por “n” motivos, 13%, por causa das tentações sexuais] casar-se (84%, dados percentuais segundo a pesquisa citada anteriormente). 

Entretanto, há os que estão completamente confortáveis e bem resolvidos em sua solteirice (faço parte dessa minoria, graças a Deus) e que precisam ser respeitados. Não questiono que o casamento seja uma benção - casamento é um projeto de Deus para formação de famílias -, entretanto, dessa benção eu estou abrindo mão e o faço consciente. Não há na Bíblia um único versículo que me impeça ou me condene por querer permanecer solteiro. Sendo assim, sigo eu cá, solteiro, feliz e pleno, graças a Deus!

"FOFOCA SANTA"

Sabe da última? Responda rápido: quem é mais fofoqueiro? O homem ou a mulher? Por muito tempo a fama foi delas, das mulheres! Agora estudos feitos por especialistas em comportamento, na Inglaterra, comprovam que não é bem assim: os homens assumem a liderança. 

Na pesquisa eles disseram se sentir mais enturmados quando fofocam e com maior autoestima — quando o assunto são mulheres e conquistas, principalmente. Já as mulheres afirmaram que fofocam mais para passar o tempo. 

Com números isso fica interessante: em 22 dias de pesquisa, os homens fofocaram 9 horas a mais que as mulheres. Os assuntos preferidos? Eles preferem falar de mulheres, salários, relembrar histórias, transas, espalhar boatos e contar sobre as bebedeiras dos amigos. 

Elas adoram criticar outras mulheres, falar do relacionamento dos outros, sobre peso, celebridades, vida sexual e problemas nos relacionamentos.

O fenômeno da fofoca


A audiência dos famigerados, incultos, fúteis, essencialmente desnecessários e dispensáveis programas tipo reality show, a expressiva tiragem das revistas que “mexericam” a vida das celebridades e a popularização dos blogs e das redes sociais não deixam dúvidas: o ser humano tem imenso prazer em saber e comentar a respeito da vida alheia. 

Muito antes que existisse imprensa, TV ou Internet, já era assim, como mostra Lucas no livro de Atos, no capítulo 17, verso 21, quando diz que os atenienses de seu tempo “de nenhuma outra coisa se ocupavam senão de dizer e ouvir alguma novidade”. O apóstolo Paulo se valeu disso para anunciar-lhes o Evangelho, mas recomendou que Timóteo tivesse cuidado com esse hábito terrível, observado em mulheres “paroleiras e curiosas”, que andavam de casa em casa,“falando o que não convém” (1Tm 5:13).

Assim, fica a pergunta: falar da vida alheia faz parte dos instintos naturais humanos ou é apenas um hábito adquirido ao longo da vida? Entendamos que o termo “fofoca”, propriamente dito, não diz respeito, necessariamente, a todo e qualquer comentário sobre a vida alheia, mas, sim, ao falatório maldoso, que dissemina histórias verídicas ou não a respeito de outrem. O falatório maldoso é um comportamento destrutivo, porque leva temas privados ao domínio público, expondo, deliberadamente – e sem qualquer propósito positivo -, a intimidade de alguém.

A “arte” de fofocar é a expressão de vazio existencial


Segundo o escritor norte-americano Joseph Epstein (em entrevista concedida à revista Época em 2013), autor do livro “Gossip” (Fofoca, em inglês, acho que a obra ainda não tem tradução no Brasil...), falar dos outros é uma inclinação natural do ser humano. Sob esse prisma, não há assunto mais interessante que a vida dos outros. 

Analisar erros, pretensões, hipocrisias, defeitos nos outros é uma delícia. É muito difícil evitar a fofoca e os temas relacionados à questão sexual são os principais tópicos das fofocas. Temos uma grande dificuldade de lidar com a sexualidade, pois esse tema traz toda uma carga de repressão e culpa, e falar do eu é proibido tem um tempero especial. 

Falar da vida alheia é prazeroso, sim, mas como qualquer outra coisa que nos dá prazer. É uma prática tão prazerosa que a fofoca expressada em todas as plataformas midiáticas ganha milhões, porque têm um público que consome esse tipo de notícia. Até o segmento gospel ganhou seu “legítimo” representante: o site “O Fuxico Gospel”! Crente fazendo "fofoca santa"!

Inveja e fofoca comem no mesmo prato


A inveja é um grande motor para a fofoca – todo fofoqueiro é invejoso –, pois gera no indivíduo a motivação para falar do outro. Jesus Se irritava com os fariseus nesse quesito. Quando ouviram o Mestre que Ele era o Cristo, tentaram desmoralizá-lO; como não deu certo, buscaram matá-lO. O fofoqueiro age carnalmente sob a influência de satanás com a intenção – direta ou indireta – de destruir a outra pessoa por vingança, ódio e falta de amor. 

A web é uma grande ferramenta para a disseminação de informações a respeito de si e da vida alheia. O fofoqueiro é alguém vazio e sem sentido na vida, que busca no outro a satisfação que não encontra na própria existência. É fato que, em todos os segmentos da sociedade, existem aqueles que gastam seu tempo para cuidar da vida dos outros e se sentem queridos e importantes por saberem da vida de todos, mas quero crer que muitos têm caminhado com Cristo e entendido que isso é um jeito triste, miserável e mesquinho de viver. 

O falatório maldoso é um comportamento destrutivo, porque expõe pessoas ao levar à público assuntos de cunho estritamente íntimo e isso com propósitos maldosos. Não há absolutamente nada de bom em nenhuma fofoca. A fofoca é uma arma letal na destruição da comunhão e da unidade no ceio da Igreja.

Ao fofoqueiro o que é do fofoqueiro


Fofoca É PECADO (Pv 6:16-19). As consequências desse comportamento pecaminoso certamente virão. Não podemos nos esquecer da lei física e espiritual da semeadura: se falo dos outros, um dia alguém falará de mim. E, obviamente, a colheita será em espécie da semente semeada (Lucas 6:36-38 e, conforme Romanos 2:1).

Esse fenômeno social do “disse me disse”, vendo-o como natural, é simplesmente ficar indiferente à moral e à ética. Somos da geração dos modernos reality shows, em que nossa juventude cresce sendo convidada a “dar uma espiadinha” em criaturas que vivem em casas (ou “fazendas”) de vidro, cercados por câmeras em diversos ângulos, onde a fofoca, inveja, disputa, traição, vulgaridade e promiscuidade andam de mãos atreladas. 

Fofoca, obviamente, é uma conversa de dois interlocutores: quem fala e quem ouve (e comenta, espalha, compartilha, curte) o disse me disse, e na maioria esmagadora dos casos, não consulta a fonte. Assim, a maneira mais fácil de lidar com o mexerico seja não dar ouvidos ao fofoqueiro.

Como consequência direta da queda, o hábito de falar acerca da vida alheia faz parte da história da humanidade desde tempos imemoriais e, assim como qualquer pecado, precisa ser evitado pelo cristão, como exorta a Palavra de Deus em 1 Pedro 3:8-11, conforme Tiago 3.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

"FILHOS DO FUNK", FRUTOS DA PROMISCUIDADE

Os apreciadores do movimento funk o defendem como uma cultura e, sim, o funk é uma cultura. Detalho o aspecto cultural do funk em artigo anterior: http://circuitogeral2015.blogspot.com.br/2015/02/cultura-funk.html. Mas as polêmicas acerca desse movimento pipocam pelas mídias sociais. Infelizmente o que se tem enfatizado é todo o aspecto negativo que permeia e/ou que caracteriza o funk. Vai desde menores - crianças até, como os casos da Mc Melody e o do Mc Brinquedo - cantando "músicas" cujas "letras" fazem explícita apologia ao sexo, às drogas e à violência. 


Justiça seja feita


O Ministério Público de São Paulo abriu na quinta-feira (23) um inquérito para
investigação sobre "forte conteúdo erótico e de apelos sexuais" em músicas e coreografias de crianças e adolescentes músicos. A cantora de funk conhecida como MC Melody, de oito anos, é um dos alvos da investigação, que suspeita de "violação ao direito ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes". O caso está sendo investigado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da Capital.

Segundo uma das representações publicadas no inquérito, Mc Melody "canta músicas obscenas, com alto teor sexual e faz poses extremamente sensuais, bem como trabalha como vocalista musical em carreira solo, dirigida por seu genitor". Além dela, músicas e videoclipes de outros funkeiros-mirins como MCs Princesa e Plebéia, MC 2K, Mc Bin Laden, Mc Brinquedo e Mc Pikachu também são alvo da investigação do Ministério Público paulista.

Mas há também os que se posicionam favoráveis, como o jornalista musical André Forastieri que publicou o texto em seu blog no site R7 "Chega de preconceito contra o funk. Deixa MC Melody ser funkeira e rebolar - mesmo que tenha 8 anos de idade", onde afirma que "vinte anos atrás as menininhas dançavam na boquinha da garrafa ou queriam ser Paquitas" (Leia na íntegra http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2015/04/23/chega-de-preconceito-contra-o-funk-deixa-mc-melody-ser-funkeira-e-rebolar-mesmo-que-tenha-8-anos-de-idade/).

Só que não é sobre isso que eu quero falar e sim sobre outra polêmica do funk: a dos chamados "filhos do funk".

Os filhos do funk


No ano de 2009 os defensores do funk se movimentaram na tentativa de revogar uma Lei Estadual do Rio de Janeiro 5.265/08, que estabeleceu normas para a realização das chamadas festas raves - onde, normalmente, os integrantes das classes média e alta consomem, para não dizer comem, drogas - e os bailes funks, realizados principalmente em morros e favelas da cidade, onde os traficantes exibem seu poderio bélico, e aumentam sobremaneira seu faturamento.

À época argumentaram os defensores desses eventos que a lei criou obstáculos intransponíveis para a realização das festas e dos bailes, tais como a existência de banheiros químicos, detectores de metais nos acessos, e filmagem através de CITV, além de ambulâncias, tratamento acústico do local, e segurança devidamente exercida por empresa autorizada pela Policia Federal.

A galera dos defensores receberam apoio dos integrantes da CPMPC (Corrente Para Manipulação do Pensamento Coletivo), a fim de aniquilar de vez a lei que regulamentou estes eventos. Seu foco principal foi a Polícia Militar, principal instituição de segurança encarregada de dar cumprimento à lei 5.265/08. Surpreendem os argumentos utilizados na defesa da existência de festas raves e bailes funk, sem normas. "Não se pode proibir manifestação cultural", vociferaram.

A Apafunk, Associação dos Profissionais e amigos do Funk, através de seu presidente, Leonardo Mota, afirmou que a proibir seria rasgar a Constituição. Observem que ninguém, exceto a PMERJ, disse que não haver proibição, apenas normas para se cumprir quando da realização das festas raves e dos bailes funks. Os defensores e os integrantes da CPMPC só não falaram da bagunça que gira em torno de tão inocente manifestação cultural. Pelo contrário, argumentos altamente positivos, como o perigo de desemprego para as milhares de pessoas que vivem do funk, foram o destaque.

Espertamente, como convém aos manipuladores, nada foi dito sobre tiros de fuzil para o alto, a fim de comemorar o desempenho dos DJs; músicas (chamo assim com muito boa vontade), elogiando ações criminosas e os integrantes das quadrilhas; letras pejorativas em relação às mulheres; e o consumo exacerbado de drogas por menores, além da prática de sexo ao ar livre. Nos morros e favelas cariocas começou a se falar em "filhos do funk", crianças com 5, 6 anos e recém-nascidas, cujas mães adolescentes não sabem quem são os pais, pois foram gerados no paredão do batidão.

Nada mudou 


Este era o cenário já em 2009. Hoje, seis anos depois nada mudou. Aliás, piorou. Recentemente o Jornal do SBT apresentou em uma série especial a triste realidade do que acontece nesses bailes funk. É algo estarrecedor. Veja vídeo na íntegra https://www.facebook.com/RachelSheherazade01/videos/687048498066409/. Sabem o que é isto? Nos bailes funk, as adolescentes são colocadas contra uma parede, e, muitas vezes entorpecidas por drogas e/ou bebidas alcoólicas, fazem sexo com vários rapazes. O negócio é tão sério, que conforme a reportagem, despertou a atenção de autoridades da saúde pública. Daí o adjetivo: "filhos do funk".

"Se prepara, vagabunda, vai começar a put...", diz uma letra que era hit do funk em lá nos idos de 2009. Agora veja uma das atuais infâmias cantada pelo inqualificável funkeiro Mr. Catra, ídolo máximo dos adoradores do funk: "...Segundo mandamento nunca faça o mal; Nunca faça o mal, sempre faça o bem; Uma mamada e um copo de água não se nega a ninguém". E o que dizer de Tati Quebrabarraco? "...69 Frango Assado; De ladinho a gente gosta; Se tu não tá aguentando; Para um pouquinho; Tá ardendo assopra!!!..."
"As novinha não me quer (sic) só porque eu vim da roça... Roça, roça, roça o p... que ela gosta...", "versos" entoados por Mc Brinquedo, um garoto de 11 anos!

Isto é só que é mais ou menos publicável das "pérolas", essa é a trilha sonora dos bailes funk. Aqui, foquei o funk carioca, mas nada é diferente em outros estados, inclusive aqui, em Minas Gerais. Muda-se o sotaque e a localização geográfica, mas prevalece o cenário bizarro.Mas, enfim, tudo isto seria imaginação? Preconceito com o funk? "Perseguição" à manifestação cultural das massas? Má vontade com a expressão cultural da periferia? Tenho certeza de que não, pois o saudoso Tim Lopes [O jornalista Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, de 51 anos, foi torturado e morto por traficantes na favela da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, em 02 junho de 2002, quando fazia uma reportagem investigativa sobre bailes funk financiados pelo tráfico no Complexo do Alemão, subúrbio carioca. A morte do repórter da TV Globo foi ordenada por um dos líderes da facção Comando Vermelho, o traficante Elias Maluco. Ele e outros seis homens foram condenados por envolvimento no crime.] foi barbaramente assassinado no Complexo do Alemão quando investigava justamente isto, ou seja, meninas consumindo drogas e praticando sexo nos bailes funk. O que podem dizer os defensores do funk sobre este terrível episódio que marcou a história do jornalismo nacional? 

Infelizmente para os defensores do funk, hoje em dia podemos tomar conhecimento rapidamente do que acontece em outros lugares. O funk e suas letras apelativas, pejorativas, indecentes mesmo, tanto aqui, quanto em outros lugares do mundo não é reconhecido como manifestação cultural. No mesmo ano de 2009, circulou na internet um vídeo onde o comediante americano Cris Rock, dizia que é impossível defender este tipo de música. De forma hilária ele as desclassificou como manifestação cultural, reputando-as apenas como lixo.

Minha esperança é que o funk - quer seja ele do mal ou do bem (e aqui eu incluo o famigerado funk gospel), com ou sem ostentação - seja só mais uma febre (e essa já estourou o termômetro do suportável) e que, pelo amor de Deus, não demore mais a passar. Suas sequelas e seus frutos, certa e infelizmente ficarão, mas que ela, a febre, ou ele, o funk, vá para o diabo que o carregue e seja para onde for, que de lá não retorne nunca mais.

OS "ENIGMAS" DE ENOQUE, MOISÉS E ELIAS; AFINAL, PARA ONDE FORAM, ONDE ESTÃO?

Alguns "enigmas" registrados na Bíblia dão pano para mangas nas rodas de discussões dos crentes de todas as denominações. Cada grupo interpreta tais supostos enigmas conforme suas conveniências e contextos doutrinários. Assim, costuram uma enorme - e interminável - colcha de retalhos que causam a maior confusão, alimentam o proselitismo e causam divisão na Igreja. O que falta na verdade é estudo das Escrituras Sagradas. Uma análise mais apurada dos textos bíblicos revelam detalhes que impediriam tanta confusão, pois o grande problema é a interpretação dos textos. 

O que fazem? Espiritualizam tudo e ignoram fatos naturais que são em muitos casos, o cerne para o entendimento do que se lê. É exatamente nos casos que listarei abaixo. Por anos a fio ouvimos - e, pior, acreditamos - em narrativas e pregações que na verdade nada tem de verdade nessas passagens, que, ao serem extraídas de seus contextos e sem se atentar aos detalhes, alimentam uma avalanche de equívocos teológicos.

A "trasladação" de Enoque


Vamos ver a história de Enoque desde seu nascimento.

"Jarede tinha cento e sessenta e dois anos quando o seu filho Enoque nasceu.  
Depois disso Jarede viveu mais oitocentos anos. Ele foi pai de outros filhos e filhas e morreu com novecentos e sessenta e dois anos de idade 
Quando Enoque tinha sessenta e cinco anos, o seu filho Matusalém nasceu.   
Depois disso Enoque viveu em comunhão com Deus durante trezentos anos e foi pai de outros filhos e filhas 
Enoque viveu trezentos e sessenta e cinco anos. 
Ele viveu sempre em comunhão com Deus e um dia desapareceu, pois Deus o levou."  
Gênesis 5:18-24 [NTLH]
Onde está está escrito que Enoque estava vivo quando Deus "o levou" (ou "o tomou para si", em outras traduções)? Onde está a suposta trasladação? Em lugar nenhum! Como outros na Bíblia que andaram em comunhão com Deus, Enoque... também MORREU!!! E está na Bíblia. São os "detalhes" aos quais sempre chamo a atenção.  "tomar para si" aqui é uma das formas de linguagem para morte. Entretanto... 


"Foi pela fé que Enoque escapou da morte. Ele foi levado para Deus, e ninguém o encontrou porque Deus mesmo o havia levado. As Escrituras Sagradas dizem que antes disso ele já havia agradado a Deus." 
Hebreus 11:5 [NTLH]


"-E agora, sr. Leonardo, saia dessa! Explique essa controvérsia aí." É relativamente fácil de sair dessa e me explicar, caríssimo leitor. Observe que o capítulo 11 da epístola aos hebreus é a chamada Galeria da Fé, onde estão listados os homens e mulheres que por sua fidelidade e comunhão com Deus alcançaram por meio da fé a salvação eterna que foi conquistada pelo sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do calvário. Se todos os outros morreram, porque com Enoque seria diferente? Não foi diferente. Vamos ao detalhe? Veja:  "...Enoque viveu em comunhão com Deus durante trezentos anos; Ele viveu sempre em comunhão com Deus e um dia desapareceu, pois Deus o levou... ele foi levado para Deus (...), As Escrituras Sagradas dizem que antes disso ele já havia agradado a Deus. " O detalhe aqui foi o fato de Enoque ter tido comunhão com Deus, ou seja, de não ter cedido à corrupção que algum tempo depois culminou no dilúvio, no qual os destaques foram Noé e sua família. 

Não que Enoque tenha sido levado ao Senhor especificamente para ser salvo do dilúvio. Não é nada disso. A morte da qual Enoque escapou não foi a morte física e sim a morte espiritual, pois é essa quem separa o homem de Deus por toda a eternidade. O texto está afirmando que Enoque tinha garantida a sua salvação futura. Por mais espiritual que possa ser a interpretação de Enoque ter sido levado vivo "para o céu", ela vai contra todo o contexto bíblico da salvação e da ressurreição.

Para terminar, veja o versículo 13 de Hebreus 11: 


"Todos esses [Esses quem? Abel, Enoque, Noé, Abrão, Sara, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os santos profetas, citados anteriormente.] morreram cheios de fé. Não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas. E declararam que eram estrangeiros e refugiados, de passagem por este mundo." [NTLH]

A "ressurreição" de MOISÉS 


Vamos ver o que está escrito: 

"Assim Moisés, servo do Senhor Deus, morreu na terra de Moabe, conforme o Senhor tinha dito. Deus o sepultou ali, num vale que fica em frente da cidade de Bete-Peor. Até hoje ninguém sabe onde ele foi sepultado. Moisés tinha cento e vinte anos quando morreu, mas ainda enxergava bem e tinha boa saúde. Ali nas planícies de Moabe os israelitas choraram a morte de Moisés trinta dias, até terminar o tempo de luto." Deuteronômio 34:5, 6 [NTLH]
Bem, que Moisés morreu é fato. O problema está no fato de ninguém "até os dias de hoje" saberem onde ele foi sepultado. Pois bem, vamos aos detalhes. Todo o capítulo 34 de Deuteronômio sobre a morte de Moisés e seu legado espiritual deixando claro o quanto ele viveu segundo os propósitos traçados por Deus em relação a ele. O que não passar desapercebido de jeito algum é que, se houve luto por parte do povo (v 6) é porque a morte foi constatada. 

Entretanto, o versículo 5 diz que foi o próprio Deus que sepultou o corpo de Moisés em algum lugar lá no vale da cidade de Bete-Peor. Se há algum enigma é o lugar onde ele foi sepultado, que até hoje ninguém descobriu e, certamente, não encontrará, pois, a exemplo de Enoque, "Deus o tomou para si."



Mais adiante, em Josué 1:2, Deus disse: “Moisés, meu servo, é morto.” O próprio Deus confirma a morte de Moisés e,  ao que eu saiba, nenhuma passagem bíblica afirma a ressurreição de Moisés. Se para você é importante saber onde estão os restos mortais dele, pergunte a Deus. Foi ele o "coveiro", só Ele então sabe onde está a cova. E, caso você descubra, não precisa me contar, pois eu não estou nem um pouco interessado em saber.

"Redemoinho air lines"



E a inusitada viagem aérea de Elias com destino ao céu é outra história há tempos sustentada por um sem número de crentes. Contudo, Elias nunca - Isto mesmo, nunca! - foi para o céu como se prega e como muitos acreditam e. se isso realmente aconteceu, Jesus seria um baita mentiroso, pois foi Ele mesmo quem disse que nenhum homem foi ao céu:

"Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu." João 3:13 [NTLH]. 
Pois bem, voltemos ao Elias. Segundo as Escrituras Sagradas, todos os homens devem morrer: "Cada pessoa tem de [= 'deve', indicando uma condição para] morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus." Hebreus 9:27 [NTLH]. Assim, o profeta Elias não poderia ser uma exceção à regra - nem Jesus foi!. Precisamos entender exatamente o que aconteceu quando houve a separação entre Elias e Eliseu. Vamos lá então:

"E assim foram andando e conversando. De repente, um carro de fogo puxado por cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias foi levado para o céu num redemoinho." 2 Reis 2:11 [NTLH]
Vamos aos detalhes:

1) Elias não subiu num carro de fogo, conforme também já foi ensinado. O objetivo do carro de fogo foi apenas separar Elias de Eliseu. Foi um mover sobrenatural concernente com o contexto espiritual do profeta. Elias foi transportado "para o céu" [para os ares], num redemoinho. Mas, para o céu espiritual? É certo que não! Caso fosse, repito, Jesus mentiu pra nós!

2) O redemoinho é formado por deslocamento de ar. É lógico, portanto, que Elias não saiu da atmosfera terrestre, pois fora desta, não há ar, e muito menos, redemoinho. E aqui não há como espiritualizar. É usar a lógica mesmo. O que houve foi uma combinação de um agir sobrenatural do Senhor - o carro de fogo, tendo como agente ativo um fenômeno natural - o redemoinho. Afinal, se Deus quisesse "levar" Elias para o céu, não precisaria usar um redemoinho para isso. Conclui-se que o profeta Elias simplesmente foi transportado pelo redemoinho do lugar onde se encontrava para um outro lugar, AINDA no planeta terra.

Tanto é que, depois que Elias foi arrebatado pelo redemoinho, os filhos dos profetas vieram a Eliseu e sugeriram fazer uma busca na região a fim de encontrá-lo. Uma iniciativa como esta revela-nos que eles não acreditavam e nem ensinavam que poderia haver uma trasladação “espiritual” ao céu, apesar de Eliseu ter visto Elias sendo transportado por um redemoinho. Para uma análise cuidadosa, preciso transcrever o texto bíblico deste episódio, que está em 2 Reis 2:15-17:

"Os cinquenta profetas de Jericó viram isso e disseram:
— O poder de Elias está com Eliseu!
Então foram encontrar-se com ele, ajoelharam-se diante dele e disseram:
— Nós que estamos aqui somos cinquenta homens fortes. Deixe que vamos procurar o seu mestre. Talvez o Espírito do Senhor Deus o tenha carregado e deixado em alguma montanha ou em algum vale. — Não! Vocês não devem ir! — respondeu Eliseu. Mas eles insistiram, até que ele mudou de ideia e deixou que fossem. Os cinquenta foram e durante três dias procuraram Elias por toda parte, porém não o acharam.Então voltaram a Jericó, onde Eliseu estava esperando. Eliseu disse:
— Eu não falei para vocês não irem?" [NTLH]

Esses cinquenta caras devem ser iguais a muitos hoje em dia que, não se contentando apenas com o que está escrito, ficam atrás de "mistérios", de "enigmas"... Eliseu sabia que houve um mover sobrenatural e o narrou segundo o que viu. E o que ele viu? O carro de fogo separando Elias e o redemoinho o elevando às alturas (que indica posicionamento espiritual). No entanto, a Bíblia confirma que Elias NÃO subiu ao céu, pois cerca de 10 anos depois de seu "arrebatamento", ele enviou uma carta a Jeorão, rei de Judá. Isto prova que ele estava vivo no planeta terra e estava acompanhando o desenrolar dos fatos. Ao detalhe aqui vou eu:
"Aí o profeta Elias escreveu a Jeorão uma carta, na qual dizia o seguinte: 'É isto o que diz o Senhor, o Deus do seu antepassado Davi: Você não seguiu o bom exemplo do seu pai, o rei Josafá, nem do seu avô, o rei Asa...'" 2 Crônicas 21.12 [NTLH]
Quando Elias foi trasladado, Josafá era rei de Judá (2 Reis 3:7). Quando Elias escreveu a carta, o rei de Judá era Jeorão, filho de Josafá. Pergunto: onde estava Elias quando mandou a carta? No céu? Claro que não! Ele estava em algum lugar, aqui na terra, sendo protegido por Deus. Para nós, está claro que o tempo de seu ministério havia findado e que ele estava farto das perseguições, razão porque Deus passou o trabalho dele para Eliseu. Elias apenas saiu de cena por meio deste traslado, o que passa longe de ter ido pro céu e viver lá, hoje. Isso não estaria em linha com o contexto das Escrituras

Na transfiguração, Moisés e Elias estiveram lá com Jesus?



Cerca de uma semana depois de Jesus claramente dizer aos Seus discípulos que iria sofrer, ser morto e ressuscitar de volta à vida (Lucas 9:22), Ele levou Pedro, Tiago e João a um monte para orar. Enquanto orava, Sua aparência pessoal foi transformada em uma forma glorificada, e as suas vestes tornaram-se brancas deslumbrantes. Moisés e Elias apareceram e falaram com Jesus sobre a Sua morte que aconteceria em breve. Pedro, sem saber o que estava dizendo e sendo muito medroso, ofereceu-se para organizar três abrigos para eles. 


Sem dúvida isso é uma referência aos estandes utilizados para celebrar a Festa dos Tabernáculos, quando os israelitas habitavam em cabanas por sete dias (Levítico 23:34-42). Pedro estava expressando um desejo de permanecer naquele lugar. Quando uma nuvem os envolveu, uma voz disse: "Este é o meu Filho, o Escolhido; ouçam a ele!". A nuvem se levantou, Moisés e Elias tinham desaparecido e Jesus estava sozinho com os discípulos que ainda estavam com muito medo. Jesus advertiu-lhes a não contarem a ninguém o que tinham visto, pelo menos até depois de sua ressurreição. As três narrativas deste evento são encontradas em Mateus 17:1-8, Marcos 9:2-8 e Lucas 9:28-36.


Sem dúvida, o propósito da transfiguração de Cristo em pelo menos uma parte de Sua glória celeste foi para que o "círculo íntimo" dos discípulos adquirisse uma maior compreensão de quem era Jesus. Cristo sofreu uma mudança drástica na aparência a fim de que os discípulos pudessem vê-lo em Sua glória. Os discípulos, que só o conheciam em Seu corpo humano, tinham agora uma maior percepção da divindade de Cristo, embora não pudessem entendê-la completamente. Isso lhes deu a garantia de que precisavam após ouvir a notícia chocante de Sua morte próxima.

Vamos aos detalhes. Simbolicamente, o aparecimento de Moisés e Elias representava a Lei e os Profetas, únicas referências espirituais que os discípulos tinham. Entretanto, a voz de Deus do céu - "Ouçam a Ele!" - mostrou claramente que a Lei e os Profetas deviam dar lugar a Jesus. Aquele que é o novo e vivo caminho está substituindo o antigo; Ele é o cumprimento da Lei e das inúmeras profecias no Antigo Testamento. Além disso, em Sua forma glorificada eles tiveram uma breve visualização da Sua glorificação e entronização vindoura como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Os discípulos nunca esqueceram o que acontecera naquele dia na montanha e sem dúvida essa era a intenção. João escreveu em seu evangelho: "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Pedro também escreveu: “De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: ‘Este é o meu filho amado, em quem me agrado’. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo" (2 Pedro 1:16-18). Aqueles que testemunharam a transfiguração deram o seu testemunho aos outros discípulos e incontáveis milhões através dos séculos.


Conclusão



"Jesus respondendo disse:
— Como vocês estão errados, não conhecendo nem as Escrituras Sagradas nem o poder de Deus! " Mateus 22-29 [NTLH]

domingo, 26 de abril de 2015

PELO DIREITO DE MORRER OU... DE VIVER

O governo da Indonésia informou a família do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, neste sábado (25), que ele será executado. A execução ainda não tem data marcada, mas, se de fato acontecer, Gularte será o segundo brasileiro a ser executado por pena de morte no exterior. Em janeiro deste ano, a Indonésia negou todos os pedidos de clemência feitos pela presidenta Dilma Rousseff e executou o brasileiro Marcos Archer, também condenado por tráfico de drogas. Na época, Dilma se disse "consternada e indignada" e chamou de volta o embaixador brasileiro em Jacarta, o que gerou um desconforto diplomático entre os dois países. Agora, tudo indica que a mesma situação se repetirá.

A lei indonésia prevê que os presos sejam informados sobre sua execução com 72 horas de antecedência, o que foi feito neste sábado, conforme informou a BBC. Com isso, a execução poderia ocorrer já nesta terça-feira. Preso ao tentar entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe, em 2004, Gularte aguarda pela clemência do governo indonésio desde 2005, ano em que foi condenado à morte. Desde então, familiares e ONGs têm se mobilizado para evitar sua execução, contudo, sem sucesso. 

Sob a presidência de Joko Widodo, que assumiu em 2014, a Indonésia endureceu o combate às drogas e estabeleceu uma das leis anti-drogas mais rígidas do mundo. Hoje, condenados por tráficos de drogas podem ser condenados à pena de morte por fuzilamento e raramente têm seus pedidos de clemência atendidos. Para o presidente Widodo, as drogas geraram uma situação de "emergência" na Indonésia. No entanto, até o momento, não há estatísticas confiáveis que relacionem o fortalecimento da repressão com a queda do tráfico e do consumo de drogas no país. 

Diante disso, a família de Gularte tenta convencer o governo indonésio a reverter a pena do brasileiro após ele ter sido diagnosticado com esquizofrenia. Segundo a BBC, uma equipe médica reavaliou o brasileiro na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado. Diplomatas brasileiros se encontrariam com Gularte na prisão ainda neste sábado para informá-lo da execução. Atualmente, mais de 130 presos estão no corredor da morte, sendo 57 por tráfico de drogas, informa a agência Associated Press. Entre os presos estão cidadãos de Austrália, França e Nigéria, além do brasileiro.

[Com informações da Carta Capital]

Pena de morte no Brasil?


Os fatos ocorridos na Indonésia arrefeceram uma polêmica no Brasil, onde a violência grassa velozmente rumo ao incontrolável e número de menores de idade envolvidos na criminalidade cresce na mesma proporção. Além do mais, pesquisas revelam que a maior parte das mortes - tanto de criminosos, quanto de vítimas - envolvendo menores são em decorrência do envolvimento deles com o as drogas - quer no consumo, quer no tráfico.

A redução da menor idade penal já está em pauta no Congresso Nacional, mas, ainda há entre leigos e especialista, os que acreditam que a pena de morte seria a solução para o problema da escalada da violência. A execução do brasileiro Marcos Archer em janeiro causo uma verdadeira "febre" de pessoas apoiando a atitude do país oriental e dizendo que "devia ser assim no Brasil também". 

Especialistas em comportamento e mídias digitais e sociais, dizem que os extremistas vão sempre querer se impor, é característica deles, eles querem ser ouvidos. Como recorte, portanto, os comentários não necessariamente correspondem à realidade. No texto perde-se entonação, por exemplo. Você também não se escuta quando está escrevendo. A caixa de comentários do Facebook ou dos sites de notícias permite que se comece e termine um comentário sem interrupção ou questionamento, é uma lógica despersonalizada. Pessoalmente, no olho no olho, o comentário negativo é mais difícil, mais ponderado. Ou seja, a gente perde um pouco a humanidade atrás de uma tela de computador.

Mas, enfim, será que a pena de morte daria certo aqui no Brasil?

Pelo direito de viver... ou de morrer


A pena de morte é uma punição extrema, degradante e desumana. Viola o direito à vida. Qualquer que seja o método de execução utilizado – eletrocussão, enforcamento, câmara de gás, decapitação, apedrejamento ou injeção letal – a pena de morte constitui-se como uma forma de punição violenta que não deveria ter lugar no sistema de justiça atual.
E no entanto persiste.

Em muitos países, os governos justificam a utilização da pena de morte alegando que esta previne a criminalidade. Contudo, não existe qualquer prova de que este método seja mais eficaz na redução do crime do que outras punições severas. A pena de morte é discriminatória. É frequentemente utilizada de forma desproporcionada contra pobres, minorias, certas etnias, raças e membros de grupos religiosos. É imposta e levada a cabo de forma arbitrária. Nalguns países é utilizada como um meio de repressão – uma forma brutal de silenciar a oposição política.

A pena de morte é irrevogável e, tendo em conta que o sistema de justiça está sujeito ao preconceito e ao erro humano, o risco de se executar uma pessoa inocente está sempre presente. Esse tipo de erro não é reversível. A Anistia Internacional opõe-se à aplicação da pena de morte, sejam quais forem as circunstâncias e trabalha no sentido da sua abolição em todos os países.

Uma violação dos direitos humanos


A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia-geral da Nações Unidas em Dezembro de 1948, reconhece a cada pessoa o direito à vida (artigo 3º) e afirma categoricamente que “Ninguém deverá ser submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes” (artigo 5º).

As Nações Unidas reafirmaram a sua posição contra a aplicação da pena de morte em Dezembro de 2007, quando a Assembleia-geral aprovou uma resolução na qual se pedia formalmente aos estados-membros que estabelecessem uma moratória para as execuções “tendo em vista a abolição da pena de morte”.

Um sintoma, não uma solução


Acabar com a pena de morte é reconhecer que esta faz parte de uma política pública destrutiva que não é consistente com os valores universalmente aceites. Promove uma resposta simplista em relação a problemas humanos complexos e acaba por evitar que sejam tomadas medidas eficazes contra a criminalidade. 

A pena de morte dá uma resposta superficial ao sofrimento das famílias das vítimas de homicídio e estende esse sofrimento aos entes queridos do prisioneiro condenado. Para além disso, desperdiça recursos que poderiam ser melhor aproveitados na luta contra o crime violento e na assistência aos que dele foram vítimas. A pena de morte é um sintoma de uma cultura de violência, não uma solução para a mesma. É uma afronta à dignidade humana e devia ser abolida.

O mundo tem vindo a abandonar a aplicação da pena de morte. Desde 1979, mais de 70 países aboliram a pena de morte para todos os crimes ou pelo menos para os crimes comuns. Mais de 130 nações eliminaram a pena de morte da sua legislação ou então não a aplicam, sendo que apenas uns quantos governos levam a cabo execuções a cada ano.

A Anistia Internacional pretende:


° Um adiamento nas execuções a nível mundial. 

° A abolição da pena de morte para todos os crimes. Uma ratificação universal dos tratados que preveem a abolição da pena de morte, incluindo o Segundo Protocolo do Pacto ° Internacional dos Direitos Civis e Políticos, tendo por objetivo a abolição da pena de morte.

° Que todos os países que ainda aplicam a pena de morte não a apliquem a crianças, em concordância com as suas obrigações internacionais.

Conclusão


A pena capital ainda é aplicada em muitos países, inclusive em nações consideradas desenvolvidas, mas que não encontraram uma forma de compreender e tratar questões de delitos praticados pelos seus cidadãos de forma menos cruel e desumana.

O fato é que até hoje não se comprovou que a pena de morte tenha provocado diminuição considerável dos delitos vinculados, nem que tenha impedido a atuação de pessoas na prática dos crimes cominados com essa pena capital.

No Brasil, a pena máxima para todo e qualquer delito é de 30(trinta) anos de reclusão, conforme prevê a nossa legislação, não havendo permissão para implantação da pena de morte, em única exceção nos períodos de guerras, de acordo com ao artigo 5º Inciso XLVII da Constituição Federal: -não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX. ,

Neste aspecto, assim disciplina o artigo 84 Inciso XIX, para que efetivamente seja declarada guerra:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
É importante ressaltar que o artigo citado não pode ser modificado, para criar a possibilidade de implantação da pena de morte, por se tratar de item constitucional contido dentro da temática dos direitos fundamentais, que são consideradas cláusulas pétreas da Carta Magna.