A discussão entre o pensamento racional e a fé cristã tem ganhando cada vez mais espaço na mídia. E a principal trincheira é um embate que vem sendo travado desde o século 19 - aquele que coloca campos opostos os evolucionistas e os defensores do criacionismo. Poucas vezes desde que o naturalista britânico Charles Darwin apresentou suas teses, a questão ganhou tanto fôlego quanto agora.
Na linha de frente contra a crença de que Deus criou todas as coisas, como diz o livro bíblico do Gênesis estão estudiosos como o filósofo ateu francês Michel Onfray e o zoólogo britânico Richard Dawkins, considerado o maior especialista em evolucionismo na atualidade. E eles têm tido suas ideias bastante difundidas por aqui, graças a um aparente engajamento dos veículos de comunicação contra o criacionismo.
Apesar de estarem em campos diferentes do conhecimento - Onfray na filosofia e Dawkins na ciência -, ambos não poupam ataques à fé. Para eles, as crenças religiosas são alienadoras e só podem ser combatidas por meio de uma educação que valorize o pensamento racional e descarte o sobrenatural. Darkins, com o sucesso de seus livros "O gene egoísta", "O relojoeiro cego" e o "O capelão do diabo", ele popularizou o evolucionismo. Michel Onfray, por sua vez, leciona numa universidade popular no norte da França, onde ensina uma filosofia, segundo ele, "ateia, materialista, hedonista e anarquista".
Uma ajudinha da mídia
O descrédito ao criacionismo não ocorre apenas na grande imprensa. A mídia especializada também parece não fugir do esteriótipo. Em edição no ano de agosto de 2001, a revista Galileu, publicação especializada em divulgação científica da Editora Globo, rotulou os criacionistas como fundamentalistas e pesquisadores sem qualificação acadêmica. Já a Ciência Hoje, revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi mais longe. A edição de maio publicada em maio de 2004 classificou o criacionismo como uma teoria puramente mitológica. A revista ainda definiu como "danosa à mente de jovens" a inclusão do criacionismo nas escolas públicas, além de que a teoria da criação daria margem a "fanatismo e intolerância".
A mídia aceita a versão da ciência convencional; logo, costuma retratar os evolucionistas como que cobertos de razão, e os criacionistas, como leigos. Na opinião de jornalistas criacionistas internacionais, a maior parte da imprensa brasileira trata o criacionismo como um dogma religioso importado dos Estados Unidos. Segundo eles, há uma tentativa clara de se blindar o evolucionismo e relegar o criacionismo ao nível das pseudociências, como a astrologia.
"Onde está o elo perdido?"
O físico criacionista Adauto Lourenço (Foto) - B. Sc., MSc., é formado em Física pela Bob Jones University, USA. Mestrado em Física Nuclear pela Clemson University, USA. Pesquisador responsável em Sistemas de Imagem de Estruturas Atômicas (Oak Ridge National Laboratory), é membro da American Physics Society, EUA e pesquisador em Trocas de Energia em Nível Atômico (Max Planck Institut für Stromunsgsforchung, Alemanha).
Uma das características mais marcantes de prof. Adauto Lourenço tem sido a sua habilidade em transmitir conceitos difíceis da Ciência de uma forma compreensível e agradável, para públicos de várias idades e de diferentes níveis de conhecimento. É também formado em teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida e cumpre uma rotina de viagens e palestras pelo Brasil e exterior, explicando através de argumentos científicos o que considera de vital importância: que a evolução é um engodo.
Apesar de ser evangélico - é membro da Igreja Presbiteriana -, Adauto diz que sua fé não interfere em seu posicionamento criacionista. Segundo ele "criacionismo não é religião e nada tem a ver com religião", pois baseia-se em dados científicos. Crer num criador é diferente, pois é um ato de fé. Seu principal público é o acadêmico, e suas palestras nas universidades, como na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e no Instituto Técnico da Aeronáutica (ITA) em São José do Campos (SP) costumam atrair um grande número de pessoas.
Deus e Darwin; Deus ou Darwin
O posicionamento de Lourenço é duramente criticado por seu opositores evolucionistas. Já o teólogo e físico se posiciona assim: "É estranho um físico que não lê a Bíblia, assim como é estranho um pastor que não estuda Ciências". Ou seja, para ele, ao invés de ver na Ciência uma "inimiga", a Igreja deveria tê-la como uma alidada. Essas duas questões estão relacionadas com o nosso entendimento do que é Ciência. Ciência nada mais é que uma busca por conhecimento. Nenhum cristão verdadeiro deveria temer a Ciência, ou mesmo não querer confrontá-la sabiamente, pois nós somos convidados por Deus a buscar conhecimento (Pv. 2:1-5).
Deus disse: "Dominai a terra", ou seja, saiba com funciona, conheça, estude Ciências. Infelizmente, nem tudo o que é ensinado "em nome da Ciência" é verdadeiro. E por isso muitos cristãos não se sentem motivados a estudar Ciências. A reação deveria ser exatamente a oposta. Por Deus ter nos libertado para conhecer a verdade - e conhecê-la em todas as áreas, não somente na área espiritual - é que deveríamos ter muitos cristãos envolvidos com a Ciência.
Precisamos entender que a multiforme sabedoria de Deus, como nos é dito em Efésios 3:10, expressa-se em todas as áreas do conhecimento humano, inclusive na Ciência. Essa é uma das principais razões de o mundo incrédulo achar que Deus só entende de coisas espirituais, o que é um erro muito grosseiro. Sinal de incredulidade é não querer conhecer as obras das mãos de Deus, reveladas na natureza e estudadas pela verdadeira Ciência.
Conclusão
Onde está o ele perdido eu não sei, assim também como não sei quem o perdeu. Sob o ponto de vista da Ciência, o Criacionismo procura demonstrar que leis da natureza, os processos naturais, não teriam trazido a vida à existência. Isso é mostrado em laboratório, onde estão as bases do Criacionismo científico. Os evolucionistas dizem que em bilhões de anos tudo poderia acontecer. Na verdade, evolucionistas e criacionistas possuem exatamente o mesmo dado, a mesma informação. Um fóssil, ou um raio, por exemplo. Mas as perspectivas de cada um é que darão a devida interpretação, do ponto de vista individual.
Na verdade, é impossível provar que a Criação não ocorreu como está escrito. Gênesis 1 e 2 falam da criação dos céus e da terra. Apocalipse 21 e 22 fala da criação de novos céus e nova terra. Existe uma simetria muito grande entre esses textos. Se Gênesis 1 e 2 são mentiras, então Apocalipse 21 e 22 também o são. Fomos planejados. Esta é a maior descoberta científica de todos os tempos. Enfim, a Ciência não prova que as revelações bíblicas são verdadeiras porque, se fosse assim, a Ciência seria maior que a Bíblia. Na verdade, a Ciência apenas constata a verdade bíblica. A Bíblia não precisa da Ciência para ser o que é: a irrefutável Palavra do Deus Criador.
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