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quarta-feira, 25 de março de 2015

MISERÁVEL DÍZIMO QUE DOU

Quanto vale nossa vida? Muito, com certeza. E o valor de nossa vida não pode ser avaliado por dinheiro algum. A moeda mais valorizada na economia universal não seria capaz de pagar o valor de nossa vida. Segundo as Escrituras fomos comprados. Veja o que está escrito sobre isto: 
“Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço. Deus comprou vocês por um preço. Pois vocês sabem o preço que foi pago para livrá-los da vida inútil que herdaram dos seus antepassados. Esse preço não foi uma coisa que perde o seu valor como o ouro ou a prata. Vocês foram libertados pelo precioso sangue de Cristo, que era como um cordeiro sem defeito nem mancha. Eles cantavam esta nova canção: ‘Tu és digno de pegar o livro e de quebrar os selos. Pois foste morto na cruz e, por meio da tua morte, compraste para Deus pessoas de todas as tribos, línguas, nações e raças’” (1 Co 6:19b, 20a; 7:23a; 1 Pe 1:18, 19; Ap 5: 9 - NTLH).
Ou seja, Deus pagou o resgate pelas nossas vidas com o sangue do seu filho Jesus derramado na cruz do calvário.

Sendo assim, Ele tem direito sobre nós. E não é um direito delimitado por áreas, mas um direito total, amplo e absoluto. Afinal, ele não pagou por partes, mas fez um pagamento integral. Jesus não se entregou em partes, sua entrega foi integral e absoluta. E é justamente aí que está o problema. Muitas vezes queremos barganhar com Deus a entrega de partículas de nossas vidas. Vejamos o que disse o apóstolo Paulo sobre isso:
“Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus” (Ro 12:1 – NTLH). 
Aqui entendemos que o nosso culto só será autêntico se nossa entrega ao Senhor for completa.

Pois bem, e o que fazemos? Será que nosso estilo de vida está em linha com que nos diz a Palavra? Cada um que responda por si. Temos sido consumidos pelos compromissos e responsabilidades de nosso cotidiano cada vez mais intenso e escravista. É o trabalho, são os estudos, é a academia, é a família... e tantas outras coisas tomando todos os espaços em nossa agenda diária. Sobra o quê de nós para que ofereçamos a Deus? Praticamente nada. Não há tempo – nem interesse ou disposição – em orar, em ler a Bíblia, em ser cheio do Espírito Santo, em buscar o Reino de Deus e a sua justiça. Não conseguimos, portanto, cumprir à carreira para qual por Ele fomos vocacionados. Sobre isto, vejamos o que disse Jesus: 
“Jesus respondeu: — Nesta vida os homens e as mulheres casam. Mas as pessoas que merecem alcançar a ressurreição e a vida futura não vão casar lá” (Lc 20:34, 35 – NTLH). 
Ou seja, se casar, sob esse contexto, simboliza a realização de objetivos pessoais, uma vez que o casamento indica a formação de uma nova família - na época em que Jesus proferiu essas palavras a constituição familiar era a maior realização na vida do homem, já que o regime na lei era patriarcal e, portanto, não ter família era motivo de desonra social. Jesus está dizendo que isto também é comum aos do mundo, mas que aos crentes, não devem ser tido como prioridades.

É preciso que entendamos que não há nada de errado em que façamos todas essas coisas. O problema está nas prioridades. Absolutamente nada que façamos é superior ao cumprimento da vontade (do chamado) de Deus. Nada. Sobre isto, olha só o que disse o apóstolo Paulo: 

“Para terminar: meus irmãos sejam alegres por estarem unidos com o Senhor. Não me aborreço de escrever, repetindo o que já escrevi, pois isso contribuirá para a segurança de vocês. Cuidado com os que fazem coisas más, esses cachorros, que insistem em cortar o corpo! Porque os que receberam a verdadeira circuncisão fomos nós, e não eles. Nós adoramos a Deus por meio do seu Espírito e nos alegramos na vida que temos em união com Cristo Jesus em vez de pormos a nossa confiança em cerimônias religiosas como a circuncisão. É verdade que eu também poderia pôr a minha confiança nessas coisas. Se alguém pensa que pode confiar nelas, eu tenho ainda mais motivos para pensar assim. Fui circuncidado quando tinha oito dias de vida. Sou israelita de nascimento, da tribo de Benjamim, de sangue hebreu. Quanto à prática da lei, eu era fariseu. E era tão fanático, que persegui a Igreja. Quanto ao cumprimento da vontade de Deus por meio da obediência à lei, ninguém podia me acusar de nada. 
No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor. E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com ele. Eu já não procuro mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé em Cristo que eu sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé. Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo e sentir em mim o poder da sua ressurreição. Quero também tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, com a esperança de que eu mesmo seja ressuscitado da morte para a vida” (Fp 3:1-11 – NTLH).
O apóstolo está dizendo que como um judeu, ele foi completo e isso era motivo de orgulho máximo para qualquer judeu – Paulo adquiriu o equivalente às nossas pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado -, mas, ao conhecer Cristo, priorizou sua vocação. Por isto disse à Timóteo: 
“Quanto a mim, a hora já chegou de eu ser sacrificado, e já é tempo de deixar esta vida. Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda” (2 Tm 4:6-8 – NTLH).
Priorizamos ao que reputamos por mais importante e fundamental a nós. Assim, entregamos a Deus os míseros dízimos de nossas vidas, ao passo que o que Ele quer são os 100% que são dele por direito adquirido. E o pior é que nos achamos os mais dignos de todos, como se a entrega descompromissada desses miseráveis dízimos de existência fossem grande coisa. Não são! Aliás, para Deus, tais dízimos não significam absolutamente nada. Vejamos o que dizem as Escrituras sobre isto: 
“Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro. Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? Portanto, não fiquem preocupados, perguntando: 'Onde é que vamos arranjar comida?' ou 'Onde é que vamos arranjar bebida?' ou 'Onde é que vamos arranjar roupas?' Pois os pagãos é que estão sempre procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas” (Mt 6:19-21, 24b, 25a, 31-33 – NTLH). 
É chegada a hora e este é o tempo que se chama hoje para que nos avaliemos e mudemos urgentemente essa nossa vã maneira de viver. Não nos enganemos mais na ilusão de conseguiremos enganar a Deus. É válido nos lembrar do conselho dado pelo sábio Salomão direcionado aos jovens, mas que, cuja essência deve ser absorvida por todos nós:
“De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal” (Ec 12:13, 14 – NTL)

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