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sábado, 1 de fevereiro de 2020

ESPECIAL SAÚDE — O QUE É VERDADE E MENTIRA SOBRE A COVID 19?

Hand turns a dice and changes the expression "sars virus" to "corona virus".
Covid 19 (Co de Corona, o tipo do vírus; Vi de vírus; D de doença e 19, em referência ao ano de descoberta da patologia, 1919), este não só é o nome da nova doença que está assustando todo o mundo, mas também o maior protagonista de algo que também caracteriza uma doença social e comportamental: as Fake News.

O surgimento de uma nova doença infectocontagiosa lá no continente asiático, um novo vírus da família Corona (que tem esta nomenclatura por causa de sua forma) que já fez milhões de vítimas, algumas delas, fatais em várias partes do mundo. Nada poderia ser tão "providencial" na produção de boatos e notícias falsas.

E tudo sempre como antes, sem nenhuma variação: vídeos, fotos, áudios e mensagens, sempre em tom alarmista, sem a citação de fontes confiáveis, ou, quando citadas as fontes, são citações vagas e mentirosas, só mesmo para tentar passar credibilidade a quem as recebe, contribuindo assim, para o principal intuito das Fake News, o de desinformar, confundir e viralizar. 

Isto sem contar as armadilhas armadas por hackers e escondidas em links que, quando clicados, podem fazer o roubo de dados pessoais — como senhas, número de documentos, número de cartões, fotos íntimas, dentre outros — e/ou infectar seu dispositivo com vírus que irão comprometer o desempenho de seu dispositivo.

Mas, se as Fake News já têm suas características tão explícitas e conhecidas pela maioria das pessoas, porque então, mesmo assim, muitos insistem em compartilhá-lhas? Eu mesmo já escrevi vários artigos sobre fake news aqui no Circuito Geral (para lê-los clique ➫ aqui➫ aqui➫ aqui➫ aqui➫ aqui➫ aqui➫ aqui e ➫ aqui).

O motivo pelo qual as pessoas continuam compartilhando e, pior, acreditando, nas notícias falsas é justamente pelo teor de seu conteúdo, que vai sempre ao encontro de tudo o que o povo gosta: teorias de conspirações, teorias escatológicas (apocalipse, fim do mundo) e lendas urbanas (também escrevo uma série especial de artigos sobre este tema aqui no blog).

O problema é quando a desinformação das Fake News alcança áreas tão importantes quanto as da segurança pública e da saúde, por exemplo, os resultados podem ser ainda mais danosos e até mesmo fatais. 

Por isso, mais uma vez eu volto a apelar pelo bom senso de todos: por favor, não saiam compartilhando notícias recebidas pelo WhatsApp sem antes fazer uma checagem minuciosa da fonte e consultar os órgãos oficias de imprensa, ver se tal notícia foi divulgada por outros sites ou plataformas de comunicação (TV, rádio, jornal impresso). 

E após a confirmação de um primeiro paciente contaminado aqui no Brasil, um empresário paulista de 61 anos, que chegou recentemente de uma viagem realizada à Itália, região europeia onde a epidemia da nova doença já provocou 14 mortes e tem até o momento 528 casos confirmados, tomando, inclusive, o lugar da China como principal foco de preocupação, o alvoroço começou por aqui.

Já está sendo registrado no Brasil o aumento na procura pelas máscaras e pelo álcool gel e o Procon já está até para o caso de haver alta desenfreada nos preços desses produtos. Também já foi registrada aqui em Belo Horizonte, a ocorrência em que um motorista de aplicativo, da plataforma 99 Pop, se recusou a atender à corrida de uma senhora, pelo fato de ela estar usando uma máscara, devido ao fato de estar em tratamento após uma cirurgia cardíaca.


A importância da boa informação


No caso específico de assuntos referentes às questões de saúde, temos o site oficial do Ministério da Saúde (http://saude.gov.br/). Toda e qualquer notícia e/ou publicações referentes às questões de saúde, são obrigatoriamente divulgadas e/ou respaldadas pelo Ministério da Saúde. O que passar ou sair disso, não tenha dúvida, É MENTIRAÉ BOATOÉ FAKE!

O que oficialmente já se sabe sobre o novo coronavírus


Um novo vírus que ataca o sistema respiratório e se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência internacional. Ele pertence à família dos coronavírus, um grupo que reúne desde agentes infecciosos que provocam sintomas de resfriado até outros com manifestações mais graves, como os causadores da Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).
"Falamos de uma ampla família de vírus, que acometem praticamente todas as espécies, de répteis a mamíferos",
contextualiza o infectologista Celso Granato, do Fleury Medicina e Saúde

De acordo com as investigações ainda em andamento, o novo coronavírus, que infectou mais de 8 mil pessoas e matou pelo menos 170 até o momento, pode ter origem em serpentes ou morcegos — inclusive se especula que a ingestão de um desses animais teria originado o surto (veja mais detalhes sobre isso na sequência deste artigo). Apesar de um estudo chinês ter encontrado uma relação do novo coronavírus com cobras, não existe consenso entre os cientistas sobre a origem da doença. Muitos apostam que outro animal possa estar envolvido com o início do problema na China.

O fato é que coronavírus diferentes podem sofrer mutações e se recombinar, dando origem a agentes inéditos. Pulando entre espécies animais (os hospedeiros), eles eventualmente chegam aos seres humanos. 
"É um processo que tem semelhanças com o que acontece na gripe. Na gripe suína, um porco pegou o vírus de aves e, na recombinação de vírus diferentes dentro do animal, surgiu um H1N1 que conseguiu passar para os seres humanos"
explica Granato.

Como surgiu a nova doença


Tudo leva a crer que o novo coronavírus tenha sido originalmente transmitido para o ser humano de um animal e ainda em esteja em processo de evolução e adaptação. 
"Embora a transmissão de uma pessoa para outra já tenha sido detectada, até agora não está clara a importância da transmissão interhumana"
diz a infectologista Lígia Pierrotti, do laboratório Delboni Auriemo

Seguindo o padrão dos coronavírus e a perspectiva de o agente aperfeiçoar sua propagação entre os humanos, existem algumas vias principais de transmissão. De acordo com o pneumologista Elie Fiss, professor titular da Faculdade de Medicina do ABCos coronavírus normalmente são transmitidos pelo ar, por meio de tosse ou espirro, contato pessoal próximo ou com objetos e superfícies contaminadas.

O que o novo coronavírus faz e quais seus sintomas?


Pesquisadores e autoridades de saúde estão mobilizados em entender melhor o comportamento desse agente infeccioso e evitar sua disseminação geral. Além do alerta da OMS, o Brasil e outras nações deram início a um plano de vigilância e contenção de casos suspeitos — por ora não há episódios confirmados por aqui.

Mas falamos de um vírus perigoso? O número de vítimas na China fez soar o alerta, sobretudo para o risco de pneumonia e insuficiência respiratória em pessoas mais velhas e que já tenham outras doenças.
"O novo coronavírus causa, em geral, sintomas respiratórios mais leves que os da Sars e da Mers e os sinais clínicos mais referidos são febre e tosse. Até o momento, a letalidade também é menor que a associada a Sars e Mers"
relata Lígia. 

Um estudo com uma família infectada pelo novo coronavírus sugere que é possível que ele permaneça no corpo sem manifestar sintomas. Isso dificultaria o controle, uma vez que esse agente infeccioso poderia ser transmitido por pessoas aparentemente saudáveis.

Como é feita a confirmação do diagnóstico do novo coronavírus?


Exames laboratoriais realizados por biologia molecular identificam o material genético do vírus em secreções respiratórias.

Existe um tratamento para o novo coronavírus?


Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

Como reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus?

  1. Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas;
  2. Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar;
  3. Usar lenço descartável para higiene nasal;
  4. Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  5. Evitar tocar nas mucosas dos olhos;
  6. Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  7. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  8. Manter os ambientes bem ventilados;
  9. Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Existe uma vacina para o novo coronavírus?


Como a doença é nova, não há vacina até o momento.

Tomei a vacina contra a gripe. Estou protegido contra o novo coronavírus?


Não. A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza.

Estão contraindicadas as viagens para a China e para os países com casos importados?


Com base nas informações atualmente disponíveis, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda restrição de viagens ou comércio. Devemos acompanhar as recomendações, que são dinâmicas e podem mudar de um dia para outro.

É fake!


  • A foto acima não é de uma cena real da China. Na verdade, ela é um registro fotográfico, feito em 2014 em Frankfurt, na Alemanha, de um projeto artístico para lembrar as 528 vítimas do campo de concentração nazista "Katzbach".
  • De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) não existe nenhuma comprovação científica de que "sopa de morcego" tenha sido a responsável pela disseminação do novo coronavírus na China. Além disso, de acordo com o site boatos.org, as fotos e vídeos que estão sendo compartilhados com essa mensagem são de uma influenciadora digital, que fez o registro em 2016, ou seja, há 04 anos, antes de qualquer manifestação do novo coronavírus na China. Ou seja, isso é Fake News! Não compartilhe.
falso    
  • Circula pelas redes sociais a informação de que as autoridades chinesas têm escondido dados sobre o total de infectados pelo novo coronavírus (2019-nCoV). Segundo o post (foto acima), o país asiático mantém 30 milhões de pessoas em quarentena. Haveria também 2,8 milhões de infectados e 112 mil mortos. A fonte dos números seria o programa de rádio de Hal Turner, um radialista e blogueiro norte-americano que diz ter trabalhado por 15 anos no FBI. A informação é falsa e foi desmentida no dia 24 de janeiro de 2020 pela plataforma Lead Stories, dos Estados Unidos. O site integra a coalizão formada para verificar notícias e frases sobre o novo coronavírus criada pela International Fact-Checking Network (IFCN). Até esta segunda-feira (27), o total de mortos havia chegado a 81 pessoas e o número de infectados somou 2.840 casos confirmados, segundo o jornal estatal Global Times. A Organização Mundial de Saúde (OMS) mudou a classificação de risco do 2019-nCoV para elevado nesta segunda-feira (27).

Conclusão


Para concluir, é importante que saibamos que as autoridades em saúde já estão sim prevendo a possibilidade de que essa nova doença possa chegar ao Brasil, principalmente agora, no período de Carnaval, onde o número de turistas estrangeiros aumenta em mais de 100%. 

Portanto, o Governo Federal já instaurou um gabinete de crise, um tipo de força tarefa, especialmente para tratar do assunto. Em meio ao receio de uma nova pandemia global, o ministro da Saúde em exercício e ex-secretário do Rio Grande do Sul, João Gabbardo, garante que portos e aeroportos brasileiros estão em alerta, instruídos a orientar viajantes. 

Aeroportos, em específico, devem começar a orientar passageiros por alto-falante. Ele destacou que todas as transmissões da doença até agora ocorreram em Wuhan, entre chineses ou a viajantes que visitaram a cidade, e não fora do município.

Gabbardo afirma que o governo brasileiro, por enquanto, não tomará medidas de fiscalização rígidas (como scanners de temperaturas ou saída exclusiva de turistas em aeroportos) porque não há caso detectado no país e porque inexistem voos diretos entre China e Brasil.

O governo federal implementou, na quarta-feira (22), um centro de operações de emergência, formado por especialistas, para monitorar possíveis casos do novo coronavírus no Brasil e direcionar profissionais da saúde. Essa espécie de gabinete de crise foi criada também na epidemia de febre amarela e após o desastre ambiental de Brumadinho.

Existem pessoas contaminadas no Brasil?


O grupo está no alerta nível um em escala que vai até quatro, o que indica atenção inicial para preparar o Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que haja reuniões diárias para acompanhamento da situação. 

No mês passado, cinco possíveis casos de coronavírus no Brasil foram informados por governos estaduais, mas descartados pelo governo federal, que segue regras da Organização Mundial da Saúde (OMS). O primeiro caso só foi confirmado agora e o paciente segue fazendo o tratamento sem internação, isolado em casa, de acordo com as orientações da OMS. 

Contudo, não é preciso alarde e nem desespero, basta apenas que pratiquemos os hábitos de higiene pessoal  como a lavagem das mãos, a desinfecção com o uso de álcool gel , que devem ser contumazes, independentes de quaisquer perigo eminente, para que possamos nos manter seguros dos riscos de contágios.

Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61)99289-4640.
[Fonte: Revista Saúde, por Diogo Sponchiato, André Biernath; Agência Lupa; GaúchaZH - Saúde]

A Deus, toda glória.
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