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sábado, 13 de julho de 2019

VOCÊ SABE O QUE DEFINE UMA MÚSICA COMO "CRISTÃ"?

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Se tem um assunto que há tempos gera polêmicas nos círculos cristãos, em suas variadas vertentes, é a música. E tais polêmicas vão de um extremo a outro: desde posicionamentos extremamente religiosos, sem serem essencialmente espirituais, até descambar para o total relaxamento, sem a menor noção da tênue, mas contundente linha entre o que seja lícito sem, contudo, ser conveniente à prática cristã (1 Coríntios 6:12). Por isso é fundamental que em meio a esse imbróglio que mais confunde e causa divisões encontremos o necessário equilíbrio que só as Escrituras podem nos dar.

Conceito de música


A pergunta "o que é música" tem sido alvo de discussão há décadas. Alguns autores defendem que música é a combinação de sons e silêncios de uma maneira organizada. Vamos explicar com um exemplo: Um ruído de rádio emite sons, mas não de uma forma organizada, por isso não é classificado como música. Essa definição parece simples e completa, mas definir música não é algo tão óbvio assim. 

Podemos classificar um alarme de carro como música? Ele emite sons e silêncios de uma maneira organizada, mas garanto que a maioria das pessoas não chamaria esse som de música. Então, o que é música afinal? De uma maneira mais didática e abrangente, a música é composta por melodia, harmonia e ritmo.
  • Melodia - Melodia é a voz principal do som, é aquilo que pode ser cantado.
  • Harmonia - Harmonia é uma sobreposição de notas que servem de base para a melodia. Por exemplo, uma pessoa tocando violão e cantando está fazendo harmonia com os acordes no violão e melodia com a voz. Cada acorde é uma sobreposição de várias notas, como veremos adiante em outros tópicos. Por isso que os acordes fazem parte da harmonia.
Obs: Vale a pena destacar que a melodia não necessariamente é composta por uma única voz; é possível também que ela tenha duas ou mais vozes, apesar de ser menos frequente essa situação. 
Para diferenciar melodia de harmonia nesse caso, podemos fazer uma comparação com um navio no oceano. O navio representa a harmonia e as pessoas dentro do navio representam a melodia. 
Tanto o navio quanto as pessoas estão se mexendo, e as pessoas se mexem dentro do navio enquanto ele trafega pelo oceano. Repare que o navio serve de base, suporte, para as pessoas. 
Elas têm liberdade para se movimentar apenas dentro do navio. Se uma pessoa pular para fora do navio, será desastroso. Com melodia e harmonia, é a mesma coisa.
  • Ritmo - Ritmo é a marcação do tempo de uma música. Assim como o relógio marca as horas, o ritmo nos diz como acompanhar a música.
Cada um desses três assuntos precisa ser tratado à parte. Um conhecimento aprofundado permite uma manipulação ilimitada de todos os recursos que a música fornece, e é isso o que faz os "sons e silêncios" ficarem tão interessantes para nosso ouvido. Afinal, mais importante do que saber o que é música, é saber como trabalhar em cima dela. 

Como identificar uma cristã?


No texto desse artigo vou, de forma bem resumida, sem me ater aos detalhes técnicos - mesmo porque não tenho competência para tal - explicar em detalhes quais são os "filtros bíblicos" através dos quais qualquer música tem que passar antes de chamar-se "cristã" (Efésios 5:18,19; Colossenses 3:16), ou seja, de acordo com o conceito acima, a música deve que conter a correta doutrina e: 
  • (a) seus versos devem ser edificantes, orientados espiritualmente, claros, de acordo com as verdades bíblicas e apontar ou focalizar a Jesus Cristo; 
  • (b) sua partitura (o arranjo das notas musicais) não devem encobrir a mensagem conduzida pelos versos, mas devem enriquece-la e 
  • (c) seu caráter (as "atitudes" da música e seus executantes) deveriam ser consistentes com a pureza da mensagem que ele pretende conduzir (reverência, adoração, etc.).
Cada um dos filtros acima deve ser estabelecido por si mesmo; ou seja, um aspecto "bom" da natureza da música não pode santificar os outros aspectos.

a) Os versos 


Nossos cânticos espirituais devem ser suficientemente claros, de forma a comunicar a verdade de forma distinta e devem ser coerentes com a revelação bíblica (a sã doutrina) - as palavras devem estar centralizadas no Senhor Jesus Cristo e deverão encorajar a submissão prática aos mandamentos de Deus em todas as nossas atividades pessoais. 

A maior parte da música contemporânea cristã pode ser rejeitada apenas com base nos versos – mesmo quando os versos são claramente audíveis, a preeminência das falsas doutrinas e/ou a visão pouco profunda da pessoa e da obra de Jesus Cristo é, para dizer pouco, terrível.

b) A melodia e o arranjo 


O significado etimológico da palavra Salmo designava, originalmente um beliscar ou golpear com os dedos (nas cordas de um instrumento); somente mais tarde assumiu o significado de canção sacra, cantada com acompanhamento musical. Nossos salmos, ou os arranjos das notas musicais, são ingredientes vitais daquilo que, em termos gerais, chamamos de "música". 

Isto acontece porque esta é a área na qual geralmente somos mais ignorantes. A pesquisa médica apóia claramente a argumentação que os tons musicais e os ritmos por si mesmos (ou seja, sem a letra), podem causar reações físicas e "emocionais", sobre as quais o ouvinte tem pouco ou nenhum controle. 

Como os arranjos da música cristã contemporânea, com seus tempos sincopados e suas notas indistintas, são virtualmente impossíveis de ser diferenciados da "música secular", devemos nos perguntar se a espiritualidade está sendo corrompida, e a carnalidade sendo propagada. As pessoas deveriam sempre se perguntar isto, quando está para escutar uma música cristã: estimula a "carne" (o ego, o eu ou qualquer outra concupiscência), à mera  "diversão" ou estimula o espírito - não a alma, ou seja, a emoção - a louvar ao Senhor?

c) O caráter


Em nossos hinos, o caráter da música é o componente mais obscuro. O caráter de muito daquilo que é chamado de música "cristã", ou, mais popularmente, como "gospel", pode ser definido como carismático, irreverente, universalista, idealista de uma utopia social, egocêntrica, capitalista, superficialmente espiritual, neo-evangélico, expressionista, ostentoso, e em muitos outros contextos. (por exemplo, qual é o caráter da música em uma apresentação "cristã", onde qualquer mensagem que seja apresentada vem pontuada por instrumentos estridentes, bombas de fumaça e uma atmosfera geral de frivolidade?). 

E como o caráter da música nem sempre é prontamente aparente ao ouvinte, ela pode ter um efeito ainda mais insidioso sobre um crente, ou seja, a tolerância ou a aceitação das falsas doutrinas pode surgir pela exposição contínua às atitudes deficientes e impróprias na música. O caráter da música "cristã" é facilmente assimilado pelos ouvintes e isto pode atrai-los para longe da sólida base da Palavra. A música digna do nome de "cristã" deve, ao contrário, estimular e simular as emoções compatíveis com a verdadeira espiritualidade, a resposta apropriada a Deus e à Sua Palavra.

Conclusão


A erosão dos padrões musicais entre os cristãos de hoje é paralela à erosão das convicções e práticas em outras áreas da cristandade. Ela denota um espírito de compromisso com o mundo que deve ser fortemente denunciado e ao qual devem se opor todos os líderes cristãos conscientes. Como em todas as outras coisas da vida, os crentes devem seguir as advertências de Paulo: 
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1 Coríntios 10:31).
[Fonte: Apostila Teoria MusicalVinés Expository Dictionary of New Testament Words]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso. 

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