Total de visualizações de página

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

SOBRE A CHACINA DE CAMPINAS

"Não tenho medo de morrer ou ficar preso, na verdade já estou preso na angustia da injustiça, além do que eu preso, vou ter 3 alimentações completas, banho de sol, salário, não precisarei acordar cedo pra ir trabalhar, vou ter representantes dos direito humanos puxando meu saco, tbm não vou perder 5 meses do meu salário em impostos. 
Morto tbm já estou, pq não posso ficar contigo, ver vc crescer, desfrutar a vida contigo por causa de um sistema feminista e umas loucas. Filho tenha certeza que não será só nos dois quem vamos nos f..., vou levar o máximo de pessoas daquela família comigo, pra isso não acontecer mais com outro trabalhador honesto. Agora vão me chamar de louco, mas quem é louco? 
Eu quem quero justiça ou ela que queria o filho só pra ela? Que ela fizesse inseminação artificial ou fosse t... com um bandido que não gosta de filho. No Brasil, crianças adquirem microcefalia e morrem por corrupção, homens babacas morrem e matam por futebol, policiais e bombeiros morrem dignamente pela profissão, jovens do bem (dois sexos) morrem por celulares, tênis, selfies e por ídolos, jornalistas morrem pelo amor à profissão, muitas pessoas pobres morrem no chão de hospitais para manter políticos na riqueza e poder! 
Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai! Na verdade somos todos loucos, depende da necessidade dela aflorar! 
A vadia foi ardilosa e inspirou outras vadias a fazer o mesmo com os filhos, agora os pais quem irão se inspirar e acabar com as famílias das vadias. As mulheres sim tem medo de morrer com pouca idade. 
Aproveitando, peço aos amigos que sabem da minha descrença, que não rezem e por mim, se fazerem orações façam por meu filho ele sim irá precisar! Quero ser enterrado com a cabeça para baixo se garante que assim posso ir pro inferno buscar a velha vadia (que era até ministra de comunhão na igreja) que morreu antes da hora. Demorei pra matar ela pq me apaixonei por um anjo lindo! (…)
Ela não merece ser chamada de mãe, mas infelizmente muitas vadias fazem de tudo que é errado para distanciar os filhos dos pais e elas conseguem, pois as leis deste paizeco são para os bandidos e bandidas. A justiça brasileira é igual ao (...) 
Se os presidentes do país são bandidos, quem será por nós? 
Filho, não sou machista e não tenho raiva das mulheres (essas de boa índole, eu amo de coração, tanto é que me apaixonei por uma mulher maravilhosa, a ...) tenho raiva das vadias que se proliferam e muito a cada dia se beneficiando da lei vadia da penha! 
Não posso dizer que todas as mulheres são vadias! Mas todas as mulheres sabem do que as vadias são capazes de fazer! 
Filho te amo muito e agora vou vingar o mal que ela nos fez! Principalmente a vc! Sei o qto ela te fez chorar em não deixar vc ficar comigo qdo eu ia te visitar. Saiba que sempre te amarei! Toda mulher tem medo de morrer nova, ela irá por minhas mãos! 
(…) eu ia matar as vadias (eu já tinha a arma e raspei a numeração pra não prejudicar quem me vendeu, ela precisava de dinheiro). Família de policial morto não recebe tantos benefícios com a família de presos. Cadê os ordinários dos direitos humanos? Estão sendo presos por ajudar bandidos né? Paizeco de b... 
Sei que me achava um frouxo em não dar uns tapas na cara dela, mas eu não podia te dizer as minhas pretensões em acabar com ela! Tinha que ser no momento certo. Quero pegar o máximo de vadias da família juntas. 
A injustiça campineira me condenou por algo que não fiz! Espero que eles sejam punidos de alguma forma.
Chega!! Ela tem que pagar pelo que fez."
No badalar das últimas horas de 2016, muitos no Brasil respiravam aliviados o encerramento de um ano péssimo, marcado por golpes que desvelaram o abismo econômico, político, cultural e moral que draga lenta e dolorosamente o país.

A chacina perpetrada em Campinas por um homem contra sua ex-companheira, seu filho e uma família inteira em plena virada de ano mostra, no entanto, que este alívio não passa de uma ilusão ou, quando muito, de um desejo latente de evadir-se de uma realidade massacrante. Um desejo que se apagou antes mesmo que a fumaça dos fogos de artifício pudesse ser dissipada no ar.

O ano que desejávamos enterrar registrou o cotidiano de barbárie que se instala na subjetividade e nas relações sociais à medida em que a crise se agudiza. O assassinato e violência cotidianos contra mulheres e crianças é uma forma particular com que se pode identificar a barbárie e sua morbidez. Nossa cultura, parafraseando Walter Benjamin 
[✰1892-✟1940, Walter Benedix Schönflies Benjamin foi um ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão], é também nossa barbárie.

Feliz ano velho


O assassino e o filho, uma de suas vítimas
O impeachment de Dilma Rousseff foi televisionado e, entre as diversas "sessões" dos três poderes, a do Congresso Nacional em 17 de abril de 2016 – sessão que autorizou a continuidade do processo de afastamento – se converteu no símbolo acabado da dimensão sexista que acompanha a crise. 

Para uns, uma reposta tardia, mas ainda relevante para a democracia e a moralização da nação. Para outros um "golpe parlamentar" perpetrado em nome "da família" por dezenas de deputados corruptos.

Também tivemos a já antiga discussão sobre o aborto: afinal é uma minoria que neste início de 2017 se organiza para barrar a pequena vitória das mulheres brasileiras no reconhecimento pelo STF da legitimidade do aborto ou a manifestação de uma maioria absoluta que é contra tal legitimidade, independente de suas circunstâncias?

Em junho, outro exemplo. Um caso de estupro coletivo de uma jovem em uma favela do Rio de Janeiro provocou na opinião pública um intenso debate sobre o que ficou conhecido por "cultura do estupro". Contra a vítima, correntes de opinião reacionárias propagandearam o argumento de que esta havia consentido o sexo com os homens que a filmaram nua e inconsciente sob uma cama imunda enquanto manipulavam seu corpo.

Em dezembro, um vendedor ambulante é brutalmente assassinado em uma estação do metro de São Paulo ao tentar defender uma travesti moradora de rua do ataque injustificável de dois homens que seguiram afirmando sua conduta como uma "burrada" e seu caráter como "pessoas boas". 

Poucos meses antes, um vídeo de um espancamento brutal de uma travesti no Rio de Janeiro circulou nas redes sociais sem a mesma repercussão. Apesar da grande mídia seguir caracterizando as duas travestis perseguidas no metro por "homossexuais", não é preciso muito para perceber que estas possuem uma "identidade de gênero feminina". Aliás, a ideologia de gêneros também foi outra discussão massante no recém-falecido 2016. E alguém duvida que ainda continuará 2017 afora?

Apesar dos inúmeros exemplos e motivações, o feminicídio – assassinato ou tentativa de assassinato de mulheres por motivação misógina – é uma realidade que muitos preferem não admitir. Neste caso, a violência se converte em uma realidade paralela, uma miragem, algo próprio dos pesadelos dos quais se pode despertar. Em um ciclo vicioso, o feminicídio se repete, mostra sua verdade e concretude, apenas para ser negado à exaustão até que possa parecer que nunca existiu. Até a próxima morte.

O ano que queremos enterrar nos assombra, como um filme em cujo roteiro o mesmo dia se repete, os mesmos eventos, as mesmas relações, sem que se possa evitar a repetição. Já nos primeiros dias 56 detentos são brutalmente assassinados numa rebelião em Manaus. As imagens  que circulam livremente nas redes sociais são de causar espanto ao mais criativo dos roteiristas de filmes de horror: copros mutilados, decapitados, queimados, um cara segurando uma cabeça, outro com um coração na palma da mão, um carrinho de lixo cheio de pedaços de corpos...

Documento de barbárie


10 das 12 vítimas da chacina
Na chacina de Campinas, uma carta foi distribuída pelo assassino previamente. Neste documento – que reproduzi na íntegra na abertura deste artigo  –, Sidnei Ramis de Araújo, 46 anos, mostra que planejava de maneira consciente seus atos e dava a eles uma conotação não apenas pessoal – ou "passional" – mas claramente política. "Não tenho medo de morrer ou ficar preso..." – começa ele. E, de fato, impunidade sobre o assassinato de uma mulher segue uma realidade. 

Qual o motivo da indignação de Sidnei? Ele mesmo revela: o fato de que sua ex-mulher pudesse retirar dele a "liberdade" por meio da lei. O fato de que uma mulher pudesse restringir os movimentos e ações de "um pai" ao buscar ser protegida pelo Estado contra ele. Seu assassinato – do filho em comum e daqueles que com ela celebravam o ano novo, a maioria mulheres – deveria servir como símbolo da restauração desta "liberdade". Trata-se, portanto, de um documento de um crime político-pessoal.

"...Homens babacas morrem e matam por futebol (…). Eu morro por justiça, dignidade, honra e pelo meu direito de ser pai..." Este trecho da carta deixada pelo assassino de Isamara Filier e de sua família é exemplar: o assassinato é justificado em nome do "direito de ser pai". Esta expressão se liga a declarações que encontramos cotidianamente em discursos de negação e estigma do lugar dos direitos e da luta das mulheres e do movimento feminista na construção de uma sociedade mais justa e democrática no Brasil. Aqui, do direito "a ser pai" se chega ao direito do patriarca. E ao patriarcado.

Não, não defendo o feminismo. Sou pelos princípios da Palavra de Deus que define de forma inquestionavelmente justa e equilibrada o papel do homem e da mulher na constituição de uma civilização.
Nesse sentido, é fundamental interpretar a visão de mundo que estrutura esta violência, desvincular esta chacina da ideia de que foi perpetrada por um "louco". Ela é um símbolo do avanço do ideário e cultura conservadores no Brasil, bem como das consequências deste avanço para a vida das pessoas. Este assassinato é a maldição que nos encarcera no ano de 2016 e, por isso, impõe a urgência de pensar os rumos da sociedade brasileira, o combate do conservadorismo da mulher e do homem no equilíbrio igualitário da estrutura familiar e da reconstrução da subjetividade humana.

"A César o que é de César..."


Não chamem de tragédia, apenas. Foi uma tragédia, mas foi sobretudo um crime horrendo, uma chacina bárbara, cometida por um assassino que a planejou meticulosamente, desde as armas utilizadas até a data escolhida para seu cometimento. Um crime covarde porque colheu a todos de surpresa, quando uma família brindava a passagem do ano e sequer poupou o próprio filho, a quem dizia amar, em meio a essas cartas messiânicas e canalhas. Cartas publicadas sem o menor pudor pela mídia, que horror.

Não digam que o móvel do crime foi o fascismo, por favor, poupem-nos disso. O móvel do crime foi ódio misógino e machista levado a um nível absurdo, mas em que ele, o matador, um homem com idéias fascistas, com ideário fascista, com o pensamento raso dos fascistas, matou pelo mais velho e conhecido machismo. Ao final, seja por covardia, seja por soberba, rejeitando qualquer espécie de julgamento ou punição, já destruídos quem queria destruir, ele se matou.

Não digam que os culpados são os de sempre, os pastores de sempre, os que pastoreiam suas ovelhas carnívoras, os deputados canalhas de sempre, que homenageiam torturador que foi desprezado pelos torturadores de sua época. Quem invadiu a casa, quem saltou sobre o muro, quem matou criança, mulheres e seus maridos, todos desarmados, todos sem esperar a morte brutal que lhes viria, fez isso porque não suportava ter que responder a uma lei, por ele chamada de "Vadia da Penha", não admitia que sua ex-esposa pudesse representar para ele algum freio e que estivesse protegendo o menino, filho do casal, que dizia odiar o pai brutal, violento e abusador.

Não culpem a morosidade da Justiça, não culpem as restrições impostas até unilateralmente, porque quando se trata de uma tutela de proteção ante uma grave e verossímil possibilidade de abuso, as urgências se apressam ainda mais. Quem decidiu reduzir as visitas estava corretíssimo e o desenrolar pavoroso dos fatos deu razão a quem limitou as visitas do assassino ao filho que matou.

O machista não vive em uma caverna, isolado. Ele interage em sociedade, trabalha, consome, passeia, tem amigos, está nas redes sociais e é acolhido por muitos, a maioria de nós homens, como "um cara do bem, mas meio descontrolado, ciumento, que quer o melhor para sua família". A cultura que nos envolve é machista, a ponto de ele conseguir imaginar que se justificava, que representava os homens, ao "protestar" contra a Lei Maria da Penha e a crer que seu gesto teria seguidores.

Mãe e filho, vítimas da chacina
Na carta em que destila seu ódio e seu preconceito machista, estão as ideias da mulher submissa segundo seu conceito – que, não nos enganemos, é o de muitos de nós homens – do que seja essa submissão, que o decepcionou, por não ser quem ele gostaria que fosse ou por não se comportar na maneira por ele determinada.


"Vadia" é seu conceito da mulher que não atende às suas expectativas, bem ao gosto da cultura patriarcal e machista, recorrente e que – reconheçamos – assistimos a todos os dias, em nossas casas, ambientes de trabalho, escolas, bares e, sim em muitas igrejas. Ele julgou e condenou a ex-esposa, o filho e todos os que a apoiavam.

O discurso que ele escreveu não é inédito, não surpreende, não tem nenhum dado criativo pela estúpida razão de se tratar de um discurso comum, clichê. Todos já o ouvimos em pregações, de algum parente nessa comilança de fim de ano e aplaudimos, rimos, achamos graça, alguns de nós lhes demos razão, "porque antes era melhor, havia ordem e cada um sabia de seu lugar". Nesse entendimento bizarro, o homem por cima e a mulher por baixo.

Precisamos falar mais disso, nós, homens machistas, sexistas, provedores patriarcais, nós, que acessamos os sites pornográficos para ver a bunda da celebridade, precisamos falar sobre isso quando decidimos que filha nossa não pode sair vestida feito puta, que não suportamos nossas mulheres quando bebem, mas adoramos ver nossas colegas de trabalho bêbadas para se sobre alguma chance de terminar o happy-hour num sórdido motel. Que não aceitamos a ideia de ver nossas mães, irmãs, namoradas, noivas e esposas sendo cobiçadas na rua mas que não exitamos em dar cantadas aqui impublicáveis nas mulheres com as cruzamos pelas ruas. Que nos damos o direito de tirar proveito das mulheres dentro dos lotados transportes coletivos.

Precisamos falar mais sobre as vadias, precisamos nos aproximar da vadia que há de existir em nossas mães, esposas e filhas, precisamos falar e falar, até perder o medo de reconhecer que precisamos matar urgentemente essa cultura devastadora. Precisamos falar, precisamos reconhecer: essas mulheres e seus maridos, a criança – uma criança! – , morreram porque os braços estúpidos que os mataram encontraram espaço para crescer nessa cultura machista, misógina, racista, que nos deixa furiosos, purificadores autocentrados, em nome de um deus de quem quero distância, pois, certamente não é o Deus da Bíblia.

Precisamos tratar a igualdade de gênero e de raça como questões de sobrevivência, de única forma de sobrevivermos com um mínimo possível de dignidade, como única maneira de dividirmos o espaço terreno entre irmãos e irmãs. Enquanto a pauta de direitos humanos no Brasil pertencer a um segmento, à esquerda, esses homicídios se repetirão, transgêneros ou quem os proteja serão chacinados, mulheres e crianças serão mortas em nome de um justiçamento que muito se aproxima de toras de intolerância jogadas contra um pequeno bote.

Que se inclua na pauta das escolas, nos sermões cristãos e anti-cristãos, nas torcidas organizadas, nos sindicatos, nos clubes, nas reuniões burguesas, em qualquer lugar.

Nenhum governo poderia ser composto com representantes do sexo feminino, todavia, com divisão de igualdade e dignidade. Nenhum seminário de estudos em qualquer ramo do saber científico poderia se instalar se não houvesse igualdade real e efetiva de gênero e raça; se formos convidados, deveremos verificar. De minha parte, farei isso.

Em Ruanda, depois do massacre que matou, em poucos meses, mais de 800.000 pessoas, uma lei passou a proibir, sob pena de prisão, que se pergunte às pessoas a qual etnia pertence. A dor do massacre ensinou o caminho e as ferramentas para a igualdade.

O machismo não morrerá de morte morrida, tampouco pela evolução. Já evoluímos em tudo e nunca demos um passo de importância para sairmos desse atoleiro preconceituoso e genocida em que nos metemos, porque fomos cavando e abrindo vielas para um machismo líquido e que passa imperceptível, muitas vezes.

O assassino se matou e não haverá punições.

Mas, não se preocupem, muitos iguais a ele estão por aqui, bebendo e comendo conosco, trabalhando conosco, recebendo nosso abraço todos os dias – quiçá, congregando conosco, tomando Ceia e empunhando Bíblias. Nós fortalecemos esses assassinos, até conseguimos explicar o mal terrível que causam; quando indefensável, dizemos que se trata de um doente.

Machismo não é doença. É falha de caráter, de caráter coletivo. É um fruto bichado de uma sociedade carcomida pela arrogância, pela hipocrisia e pelo cinismo.


Conclusão


Não é acaso. Não é coincidência. A carta do assassino da chacina de Campinas caracteriza de maneira individual e coletiva as mulheres contra as quais se levanta: as vadias. Quem são as vadias? São as mulheres que lutam por seus direitos e de suas crianças, que fazem valer a Lei Maria da Penha. As mulheres que "têm medo de morrer" porque têm algo para viver por. Mulheres "com pouca idade", e não se trata aqui meramente de idade biológica. Trata-se de um ataque frontal às mulheres jovens, politizadas e que inspiram as demais.

A carta de Sidnei é assustadoramente reveladora do ressentimento com que as lutas das mulheres por seus direitos é tratada em tempos de crise. E mais. O documento evidencia, por um lado, um apoio emergente (ou ao menos potencial) na própria sociedade civil ao desmonte dos direitos que estas lutas foram capazes de conquistar. E, por outro, um contorno possível que a marcha pela restauração da plena "liberdade" misógina anterior pode adquirir na prática.

Além de uma tragédia humana, a chacina de Campinas pode representar, neste sentido, um marco simbólico de inflexão na já difícil correlação de forças enfrentada pelo movimento feminista brasileiro. Para tal, o inominável assassino produziu seu documento próprio mas, como na vida das mulheres não poderia ser diferente, este documento veio assinado à sangue. E viva a involução!
"...E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo" (Mateus 24:12,13).

Nenhum comentário:

Postar um comentário