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terça-feira, 9 de junho de 2015

TEMPO: ALIADO OU INIMIGO?

A estruturação do tempo é uma das tarefas mais importantes que podemos realizar. É estimulante saber que cabe a cada um de nós a responsabilidade de ocupar o nosso tempo de forma produtiva. Quantos talentos podem ser desenvolvidos, quantas habilidades treinadas quando nos prontificamos a usar o tempo sabiamente.

Nossa vida é um presente de Deus. Ela é eterna. Contudo, aqui na Terra, ela é passageira. Temos um tempo de vida, permitido, definido, delineado, por Deus. Não vivemos, também, por acaso. Logo, dela prestaremos contas.

Definimos tempo como duração, época, período, era. Ampliando o sentido, dizemos que tempo significa oportunidade, momento. É considerado como o limite de duração dos seres e das coisas. Estruturar  o tempo é um processo, e como tal, existem etapas importantes que não devemos ignorar: 

  • ter consciência do significado da nossa e buscar entender o plano que Deus tem para ela;
  • desenvolver uma postura responsável frente à ocupação do tempo;
  • usar a capacidade de percepção para interpretar e organizar ações que tornem o nosso existir significativo.
Existem muitas maneiras de ocuparmos o tempo, desde comportamentos extremos que vão da ociosidade total até ao estresse por excesso de atividades. Cada um deles produz satisfações diferentes. "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará", (Gl 6:7).

Deixar o tempo passar e fazer o estritamente necessário para sobreviver ou gastá-lo com futilidades significa enterrar talentos. Atitudes assim podem ser comparadas à parábola que Jesus contou no sermão profético em Mateus 25:14-30. Desgastar-se num ritmo estressante com tarefas infindáveis, causando sérios prejuízos para a saúde física, metal e emocional não é o que Deus espera de nós também, pois o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, como tal, deve ser cuidado. "Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?", 1 Co 6:19.

Ocupar o tempo com equilíbrio de forma ampla, levando em consideração o nosso compromisso com Deus e o cumprimento da tarefa que Ele nos atribuiu, deve ser a nossa meta. "Remindo o tempo, porquanto os dias são maus", Ef 5:16.

A Bíblia contem revelações práticas em relação a maneira como devemos aproveitar o tempo, Temos, ainda, exemplos de homens e mulheres que souberam se ocupar, desenvolvendo seus talentos, trazendo lições que os permitem reflexões e ações mais organizadas. No Salmo 90, Moisés fala da eternidade de Deus e da brevidade da vida humana. No versículo 12, ele deixa registrado, em forma de oração, um pedido de ajuda para utilizar o seu tempo da melhor maneira possível: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio".

Muitos anos depois, encontramos o rei Davi reconhecendo a soberania de Deus: "Os meus tempos estão nas tuas mãos", Sl 31:15a. Ocupar o tempo de qualquer modo não satisfaz a nossa proposta de fidelidade a Deus. Afinal, somo apenas administradoras do tempo que Ele nos proporciona aqui na Terra.

Salomão, filho de Deus, compôs cerca de três mil provérbios, muitos deles sobre questões práticas da vida. Através da sabedoria que recebeu como dom especial de Deus, ele nos deixou lições sobre o tempo oportuno  para realizarmos os nossos projetos: "Tudo tem o seu tempo determinado debaixo do céu", Ec 3:1. Ainda encontramos que o "o tempo e a sorte pertencem a todos", Ec 9:11b. Ou seja, uma ideia fatalista não deve ocorrer nas mentes cristãs, pois o Senhor garante a vitória em nossos empreendimentos, quando buscamos saber e priorizamos a sua vontade.

Em algumas ocasiões, passamos por situações onde nos sentimos totalmente impotentes para estruturarmos o tempo. Quantas vezes nos sentimos fracos, desanimados ou doentes? O Senhor é capaz de nos fortalecer através da oração (1 Jo 5:14, 15). Outras vezes nos sentimos pouco sábios para a tarefa. Mas na Palavra de Deus encontramos solução (Tg 1:5). Se estamos com o nosso caminho confuso, sem saber que rumo tomar, Ele está presente para desembaraçar os nossos tempos (2 Sm 22:30, 33).


Ao iniciar de cada novo ano, mês, semana, ou dia, estamos sendo agraciados com a oportunidade de novos propósitos e realizações. É o começo de um novo tempo. Valorizar o dom da vida, aproveitando as horas com sensibilidade e percebendo o que nos chega às mãos para fazer e fazê-lo com excelência é fundamental para a garantia de uma colheita abundante em seu tempo. Quando ocupamos a  mente pensando em bons propósitos e utilizamos nossas mãos para a realização dos mesmos, ganhamos saúde e satisfação (Fp 4:8).

Podemos dizer que o tempo é o nosso aliado. Se nada realizamos, ele passa a ser nosso inimigo. Frustração, auto-piedade, revolta e outros sentimentos negativos poderão, então, distorcer o real sentido da vida. "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças", Ec 9:10a.

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