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quinta-feira, 11 de junho de 2015

VOCÊ É PENTECOSTAL?

Tem muito crente por aí se dizendo "pentecostal". Aliás, no meio evangélico, "ser pentecostal" significa ser um "crente quente", "fogo-puro" e "não ser pentecostal" significa ser um "crente frio", "carne-pura".

Assim, o crente "pentecostal" se caracteriza pelo tipo de roupa que usa, o corte de cabelo (para os varões, cabeças raspadas; para as varoas, cabelos [véus] bem compridos), os jargões ("Terra!", "Oh, glória!"), o tamanho da Bíblia que carrega debaixo do sovaco, pelos "retetés" e pela empostação (e altura) da voz ao orar. Os hinos dos "pentecostais" também são diferenciados. São os chamados "hinos (e/ou corinhos) de fogo".

Quer saber como é o crente "não-pentecostal"? Encontre o inverso de tudo isso que listei e terá a figura de um. Mas, será que essas pessoas sabem mesmo o que é o verdadeiro Pentecoste à luz das Escrituras? Teria mesmo a ver as manifestações carismáticas (chamadas de "moveres do Espírito", o famoso "reteté", já citado anteriormente) com o Pentecoste?

O Pentecostes Vero-testamentário


Para os judeus Pentecostes é uma festa de grande alegria, pois é a festa das colheitas (Êxodo 23:15, 16). Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo junto com eles os pagãos amigos e prosélitos. Assim eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. A festança durava 50 dias!

A festa também era conhecida como a festa das setes semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da Páscoa, no quinquagésimo dia. Daí surgiu o nome Pentecostes, que vem do grego pentekosté e significa “quinquagésimo dia”.

O Pentecostes Neo-testamentário


No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo: todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas. 

As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino (Atos 2, conforme Joel 2:29-34). Daí a associação das manifestações espirituais com o pentecostes. 

Mas é uma associação um tanto quanto sem sentido, pois NÃO FOI o pentecoste que ocorreu em função do derramamento do Espírito. O derramamento do Espírito foi quem ocorreu DURANTE o pentecoste.

Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os Apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo. No Cenáculo, desde a fundação, a comunidade cristã se reúne, para ser conduzida pelo Sopro Inspirador, compartilhando o amor de Cristo. Ou seja, absolutamente nada a ver com o cenário preconceituoso e segregador que temos nos "arraias pentecostais" contemporâneos.

Então...


Na verdade a maioria das Igrejas evangélicas é pentecostal. Em outras palavras pentecostais são grupos religiosos cristãos, tendo origem no protestantismo fixados na presença do Espírito Santo na vida dos seus membros através de sinais, chamados dons do Espírito Santo. Estes dons são de falar em línguas estranhas (glossolalia), das curas de doenças e enfermidades, milagres de vontade divina, visões (revelações) etc.

Como e onde se originou os Pentecostais na contemporaneidade?


O início do movimento pentecostal para a maioria dos estudiosos deste fenômeno esta no ano 1906 em Los Angeles nos Estados Unidos na Rua Azuza, onde aconteceu o "batismo com o Espírito Santo" o recebimento dos dons do Espírito (glossolalia, curas milagrosas, profecias, interpretação de línguas e discernimento de espíritos).

Com apoio da mídia americana, o fenômeno da Rua Azuza cresceu e, pessoas do mundo queriam conhecer o movimento. As reuniões na Rua Azuza aconteciam em um velho galpão onde as pessoas se reuniam para orar e compartilhar suas experiências lideradas pelo pastor William Seymour (✰1870/✞1922). 

Em muitos lugares dos EUA, cresceu o movimento e passa a denominar-se Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza. Mais tarde duas linhas de pensamento surgem dando origem a Igreja Pentecostal Unida (unicista) e as Assembleias de Deus (trinitária).

Chegada do Pentecostalismo no Brasil


No Brasil o Pentecostalismo chegou em 1910-1911 com o americano Louis Francescon, originando a Congregação Cristã no Brasil e Daniel Berg e Gunnar Vingren as Assembleias de Deus.

Os três momentos importantes do Pentecostalismo


Primeiro momento chamado pentecostalismo clássico, de 1910 a 1950 e vai da sua implantação no país, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembleia de Deus, até sua difusão pelo território nacional. Caracteriza-se pelo anticatolicismo, pela ênfase na crença no Espírito Santo, por um sectarismo radical e por um ascetismo pela vida moral.

Definições


Sempre é preciso diferenciar o que realmente é ser pentecostal. Não se deve confundir pentecostalismo clássico com deuteropentecostalismo ou com o neopentecostalismo. Veja as diferenças entre o grupos protestantes presentes no Brasil:
  • Históricos — Surgiram no Brasil no século XIX e começo do século XX. A ênfase é diversa, depende da denominação.
  • Pentecostalismo Clássico — Surgiu em 1910 e 1911. A ênfase recai na doutrina da salvação e no Batismo no Espírito Santo, com o exercício dos dons espirituais.
  • Deuteropentecostalismo — Surgiu nas décadas de 50 e 60. A ênfase recai na cura divina e na expulsão de demônios.
  • Neopentecostalismo — Surgiu na década de 70. A ênfase recai na prosperidade financeira, cura divina e exorcismos.
Mediante a apresentação dessas definições, verifica-se que há grandes diferenças entre o modelo clássico com o atual estado do pentecostalismo.

Conclusão


Uma coisa eu sei e com ela fico, não estou submisso ou subjugado à rótulos, conceitos ou classificações genéricas ou categóricas. A Bíblia diz que eu sou:
"Porém, vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, cujo propósito é proclamar as grandezas daquele que vos convocou das trevas para sua maravilhosa luz. Vós, sim, que antes não éreis sequer povo; mas agora, sois o Povo de Deus; não tínheis recebido a misericórdia, contudo agora a recebestes. Deveres do Povo de Deus" (1 Pedro 2:9, 10).
[Fonte: CPAD  Casa Publicadora das Assembleias de Deus; CPAC  Centro de Pesquisas Apologéticas e Cristãs]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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