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terça-feira, 16 de junho de 2015

QUAL O ESTILO MUSICAL INSPIRADO POR DEUS?


Bem, é sabido que quando toca-se no assunto sobre ritmos, estilos e gêneros, pisa-se em terreno muito delicado. É verdade que somos constantemente confrontados por alegações imprecisas, questionamentos sem fim e um sem número de afirmações ausentadas de embasamento bíblico ou científico. Com poucas dificuldades, encontramos pessoas classificando ou separando a música, suas velocidades e variações, em algumas colunas, que de certo modo, demonstram a falta de sabedoria e instrução bíblica de seus "criadores". E tome uma avalanche de equívocos e, em muitos casos, um atestado de imbecilidade.

Pensando na sinceridade, na boa vontade e na busca pela verdade, é necessário que se responda às pessoas, os questionamentos: Deve haver um estilo musical padrão para usarmos na igreja? Podemos empregar cânticos mais "acentuados"? Há estilos dos quais Deus não goste? O que as Escrituras nos dizem à respeito? Bem, estas são algumas perguntas que pessoas têm questionado frequentemente, que muitas vezes causam discussões e sem exagerar, divisões no Corpo de Cristo. 

Salmos, ritmos, estilos, gêneros


Antes de mais nada, vamos fazer um estudo do livro de Salmos, que é o chamado "cancioneiro da liturgia no Novo Testamento". Um estudo mais profundo nos leva a crer que existiam os salmos mais "agitados" e os mais "calmos", dependendo da ocasião. Evidentemente, entoar um salmo de tristeza em tempo de festa, nos parece incorreto, assim como, entoar um salmo de júbilo numa ocasião de adoração ou arrependimento, a mesma coisa. Aqui está um ponto crucial! Deve-se usar o bom senso para não haver incoerência na escolha dos cânticos. A inobservância deste aspecto pode nos levar a executar estilos musicais nas horas impróprias! Cânticos de alegria, podem e devem ser cantados em ocasiões alegres, assim como em outras situações, diferentes estilos. 

Por falar em estilos, gêneros (e subgêneros) e ritmos, há uma enorme confusão entre eles e o ritmo. Apesar de os dois atuarem juntos em uma peça musical, eles são distintos em seus significados.

Ritmo - pode ser descrito como um movimento coordenado, uma repetição de intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves, presentes na composição musical. O termo ritmo tem origem na palavra grega rhytmos, que significa qualquer movimento regular, constante, simétrico. 

Toda peça musical é composta por necessariamente três elementos: a melodia (forma como os sons se desenrolam no tempo), a harmonia (forma como os sons soam em simultâneo) e o ritmo. O ritmo é importante para determinar a duração de cada som na música e também a duração dos silêncios. Uma mesma sequencia de três notas iguais pode dar origem a três composições musicais diferentes apenas pela variação do ritmo. Os componentes básicos do ritmo são o som e o silêncio, que são combinados para formar padrões sonoros. Tais padrões sonoros são repetidos ao longo de uma melodia, dando assim, origem ao ritmo, que pode ter uma batida constante ou variável. As batidas podem ser fortes, extensas, breves ou suaves, que são aplicadas à composição musical conforme a necessidade. 

Estilo - no mundo musical está relacionado a uma série de escolhas musicais feitas pelos músicos, arranjadores e condutores. Dentro dessas escolhas pessoais estão variações de ritmo, modos de escolher ou dedilhar cordas, melodia, humor e dinâmicas. O estilo engloba um senso de individualismo e personalidade na música e faz com que certos músicos, compositores e maestros sejam reconhecidos sem que seus nomes sejam pronunciados. Na era moderna, o estilo também está relacionado a maneira como a música é vendida. 

Gênero - é a forma na qual as combinações de estilos musicais, temas, sons e instrumentação são categorizadas e sub-categorizadas para torná-las identificáveis às audiências. Por exemplo, o blues é facilmente identificado por seu conteúdo lírico, instrumentação e estilo musical. A música clássica é um pouco menos específica, pois já abrange vários séculos; mas ainda assim, ela diz a um ouvinte um pouco do que esperar do gênero. 

Subgênero - Sem dúvidas, subgênero é onde estilo e gênero se entrelaçam e onde as diferenças entre esses dois termos tornam-se difíceis de se distinguir. Gêneros são sub-categorizados para distinguir diferenças regionais e variações de temas líricos. Por exemplo, o hip-hop é um termo coletivo para a música que é composta por um rapper (ou MC) cantando por cima de uma batida produzida. No entanto, o gangsta rap é um subgênero do hip-hop, porque o conteúdo lírico e estilo musical são específicos para uma variedade de artistas e de certas regiões geográficas. Pode-se discutir que ao dar um nome próprio ou apelido a um subgênero, ele se torna específico para certos tipos de música e para certas audiências. 

Utilidade de gênero - A categorização da música em gênero é discutível, pois muitos artistas gostam de alternar entre variados gêneros em vez de ficar em um só. No segmento isso é muito comum. Além disso, a música clássica é considerada um gênero, mas como ela possui centenas de anos, o termo é vago e inútil para aqueles que procuram encontrar um tipo específico de música clássica. 

Onde Deus entra nos imbróglios musicais? 


Não entra. A nossa ojeriza quanto a alguns estilos musicais podem nos levar a tomar certas atitudes bobas e impensadas. Meditem comigo: é muito fácil a gente dizer que uma coisa é maligna quando a gente não gosta ou não concorda com ela. Seguindo a mesma ideia, é muito fácil uma pessoa dizer que o rock não é de Deus, quando ela não gosta de rock (durante bom tempo o rock foi o "grande vilão", hoje ele perdeu o posto para o funk). Mas aí você pergunta: "Porque que o rock não é Deus?", aí o irmão "sabiamente" responde: "Não sei! Só sei que não é de Deus!", ou, pior: "Porque o diabo é o pai do rock". (Sinceramente, não sei qual dessas respostas é a pior.) É um problema sério quando os irmãos não sabem discernir o "não gostar do ‘estilo ([que na verdade não se trata de estilo e sim de gênero"]' que varia de pessoa para pessoa), do gênero "diabólico" (como costumam tachar)! 

É necessário ressaltar que na Bíblia, NÃO há qualquer referência sobre ritmo, estilo ou gênero "diabólico" ou que Deus não se agrade. Ela nem mesmo contém alguma história onde algum desses elementos musicais foi consagrado ao diabo ou utilizado apenas no paganismo. Na verdade, ela não esclarece este assunto em nenhum momento. Por mais que se force algum texto, por mais que se isole passagens ou versículos de seus contextos. Creio que Deus dá mais importância a outros aspectos (como a mensagem que a música trás, por exemplo) do que o ritmo, gênero e/ou estilo em si. E aqui devemos relevar a inocência desses elementos. Ele são apenas um conjunto de batidas, ou a volta periódica de tempos fortes e fracos, que podemos executar até com nossas próprias palmas. Você já imaginou alguém dizer que você está executando um ritmo "diabólico" com suas palmas??? Isto demonstraria um ato de infantilidade, de ingenuidade e de certo modo, engraçado! 

Qual o "estilo" da sua igreja? 


A questão da diferença de ritmos/estilos/gêneros entre as igrejas também deve ser tratada neste artigo, porque aqui mora um perigo. Muitos irmãos que acham que apenas os ritmos utilizados em suas igrejas são os corretos. São irmãos orgulhosos que muitas vezes acabam magoando outras pessoas, para defender seus gostos musicais, mesmo sem ter o menor embasamento bíblico. Há irmãos que afirmam (sabe-se lá baseados em quê) que só os hinos da harpa foram inspirados por Deus, o restante não. 

Veja a que ponto chegamos!!! Há igrejas que defendem o ritmo sertanejo, há outras que defendem o reggae, há outras que defendem o rock, outros já defendem o pagode, o samba e há outras que dizem que devemos entoar unicamente os cânticos que têm persistido por alguns séculos, como Aleluia, Foi na Cruz, etc. Muitos pensam que apenas estes gêneros são os certos, ou apropriados para usar na igreja. Mas todos devem saber que nos tempos bíblicos estes ritmos nem existiam... tudo era totalmente diferente do que temos hoje. Se formos fazer o "correto" deveríamos imitar a Davi que entoava cânticos em versos poéticos ou igual ao povo de Israel, onde os cantores faziam declarações de louvor e o povo respondia logo após (declaração e resposta), ou finalmente seguirmos a liturgia do Novo Testamento, cantando apenas os salmos, sem a presença de instrumentos musicais!!! 

Não existe um ritmo certo para se louvar a Deus!!! 


Ele nos permitiu ter toda essa variedade de batidas - que, inclusive, há relevância o contexto cultural - assim como a liberdade de escolher os ritmos mais apropriados para determinadas ocasiões: quebrantamento, júbilo, guerra... Pode ter certeza que nenhuma igreja possui o estilo rítmico mais correto perante Deus e pode ter certeza de que isto não é uma das Suas grandes preocupações! 

Meu querido irmão, antes de terminar este artigo te peço que, se você tem alguma dúvida com relação aos ritmos, estilos ou gênero que você utiliza em sua igreja, peça direção a Deus e espere a Sua resposta. E acrescento, se você não tem o mesmo gosto musical que o teu outro irmãozinho tem, não entre em discussões sem fim, mas tenha paciência e aceite-o como ele é, pondo o amor de Cristo e o respeito acima de todas as diferenças que nós temos, inclusive as musicais!!! O amor que une em Cristo Jesus é incomparavelmente maior e mais forte do que nossas tantas diferenças, inclusive os gostos musicais. Louvado seja Deus e que seja no ritmo que você quiser!!! 

[Fonte (conceitos musicais): InfoEscola]



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