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sábado, 13 de junho de 2015

EXPERIÊNCIAS X ESCRITURAS

A Palavra de Deus, tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento, está repleta de registros das mais diversas experiências espirituais de pessoas com Deus. Há experiências pessoais e coletivas. Todas elas com propósitos específicos e resultados consequentes. Contar o que Deus fez no passado, é tão importante quanto comparado com aquilo que Deus está fazendo em nossos dias, afinal, Ele não mudou. O que me chama a atenção é que muitos atribuem a Deus as experiências místicas e sobrenaturais vividas. A pergunta mais importante de todas: Será que essas experiências são realmente de Deus ou não passam de manifestações da carne ou, o que é pior, manifestações demoníacas?

A questão todo gira em torno da Palavra de Deus versus a experiência do cristão (emoções, êxtases etc.) e é aí que mora o perigo. Quando damos atenção ao que os cristãos estão fazendo ou experimentando, acabamos colocando a experiência acima da Palavra de Deus, como se Deus não estivesse agindo, a menos que eu estivesse sentindo isso. Isso joga muitos cristãos sinceros em um mar de dúvidas, quando não conseguem experimentar coisa alguma e aí passam a duvidar de que sua fé seja genuína. Isto tem gerado um enorme exército de pessoas totalmente desmotivadas porque não falam línguas estranhas ou não têm um testemunho mirabolante para contar, como se essas coisas fossem a essência da vida cristã. Olhar para nossas experiências (mesmo que sejam genuínas) é perder de vista aquilo que deve ser realmente o foco de nosso olhar: Cristo.

Colossenses 3:1 "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com 
Cristo em Deus".

Hebreus 12:1, 2 "Portanto, também nós, uma vez 
que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus."

O cristão que vive "turbinado" por experiências místicas é como um viciado em drogas que não consegue viver feliz se não estiver mergulhado em experiências sensoriais ou assistindo algum pregador pulando em um palco, gritando palavras de ordem ou curando uma fila de supostos enfermos. Não somos chamados a viver numa êxtase da carne, mas somos exortados a nos ocuparmos com Cristo, ainda que seja na quietude de uma experiência como a de Elias, que precisou aprender que não era nas manifestações grandiosas que iria encontrar Deus, mas em um leve sussurro.

1 Reis 19:11 "E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; e, depois do terremoto, um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?" 

Algumas pregações, alguns livros podem até encher de adrenalina de alguns e ajudarem a "turbinar" por um tempo alguns cristãos que preferem viver mais por vista do que por fé; gente que não consegue se animar se não viver mergulhado em experiências místicas e sobrenaturais. Muitos são mergulhados na decepção de não conseguirem ver em suas vidas manifestações que possam experimentar, como se a vida cristã dependesse disso. A alma que se contenta com o Senhor e nada mais vai passar ao largo desse tipo de "estimulante" religioso. 

As experiências pessoais são importantes, mas não são
 fundamentais; são importantes, mas não sobrepujam a autoridade da Bíblia; são importantes, mas não substituem a mensagem do Evangelho, única capaz de gerar transformação de vidas. Enfim, as experiência pessoais – por mais “sobrenaturais” que sejam – não são o supra suma da vida cristã. O cerne da vida cristã é e sempre será Cristo, quer sintamos, vejamos algo ou não.

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