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segunda-feira, 31 de julho de 2017

ESPECIAL SALMOS - 7) A CONFISSÃO DOS PECADOS E O PERDÃO DIVINO

"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28:13)
 Devemos vigiar e orar para não cairmos em tentação, pois, mesmo sendo perdoado, o homem não poderá escapar das terríveis consequências do pecado.
1 "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.  
2 Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. 
3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.  
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares. 
5 Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.  
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.  
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.  
8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.  
9 Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades.  
10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.  
11 Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.  
12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. 
13 Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão" 
(Salmos 51:1-13).
Por não ter vigiado, Davi caiu em pecado de adultério. Como um abismo chama outro abismo, ele ainda foi levado a mentir, enganar e a cometer um homicídio. Mas como tivesse humildade para reconhecer o seu erro diante de Deus, foi perdoado. Mas até o fim de sua vida, sofreria os efeitos daqueles minutos de prazer pecaminoso. 

O Senhor Jesus advertiu-nos a orar e a vigiar, porém a falta de vigilância tem levado muitos crentes a cair.  A não vigilância é sinônimo de desobediência, portanto, as consequências não podem e não serão agradáveis.

I. Quem era Davi


1. Um homem ungido - O jovem pastor, filho de Jessé, foi ungido rei, em lugar de Saul (1 Samuel 16:13b).

2. Um homem corajoso - Cheio do poder do Espírito Santo, foi protagonista de uma vitória considerada impossível. Venceu o gigante Golias, o campeão dos filisteus (17:50).

3. Um homem cheio do temor de Deus - Não obstante ter oportunidade de tirar a vida de seu perseguidor mortal, o desviado Saul, Davi poupou-lhe a vida por respeitar a unção de Deus que havia sido posta sobre o rei (26:8,9).

4. Um homem escolhido por Deus - No Salmo 89:3, lemos
"Fiz um concerto com meu escolhido; jurei ao meu servo Davi".

II. Os pecado de Davi


Para entender o profundo significado do Salmo 51, é indispensável meditar sobre o que ocorreu no capítulo 11 do livro de 2 Samuel. Aí, vemos que o homem que matara a Golias, foi derrotado pelo gigante da concupiscência.

1. Ociosidade - Enquanto o exército de Israel estava na batalha, Davi repousava em Jerusalém. Ao invés de orar e vigiar, pedindo a Deus que guardasse seus soldados e capitães, deixou-se vencer pela ociosidade, passeando no terraço da casa real (11:1,2).

A ociosidade gera a inércia, que gera a frieza e ambas levam a queda. É uma reação em cadeia, como um efeito dominó, que derrubou Davi e ainda derruba muitos nos dias atuais.

2. Cobiça - De repente, o rei teve a sua atenção atraída para uma mulher bonita que lhe desperta a lascívia. A cobiça da carne o domina. Ele foi
"...atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tiago 1:14),
que é desejo intenso ou apetite sexual desordenado. Se a concupiscência conceber, dá a luz o pecado (1:15a). Esta é uma luta acirrada e frequente do servo de Deus: a luta contra a carne e suas concupiscências.

3. Adultério
  • a) Tentado - Ele deu lugar à tentação. Primeiro, olhou; depois, mandou perguntar o nome da mulher; e, por fim, ordenou que fosse ela trazida até o palácio real. Nesse ponto, a concupiscência já houvera concebido.
  • b) Vencido - Naquele momento, Davi deixou de ser um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13:14) e passou a cumprir a concupiscência da carne (Gálatas 5:16b). O homem que matara um leão, um urso e um gigante, foi derrotado pelo pecado sexual. Convém lembrar que, além do sexo, o poder e o dinheiro são os outros meios mais usados para derrubar um homem e/ou uma mulher de Deus.
4. Homicídio - Já morto espiritualmente, Davi arquitetou um plano diabólico.
  • a) A astúcia - Sabedor de que a mulher estava grávida, Davi chamou Urias, e ordenou-lhe que fosse para casa a fim de se deitar com a esposa, pois assim ninguém ficaria sabendo que o filho gerado era fruto do pecado do rei (2 Sm 11:5-8).
  • b) A serviço do diabo -  O rei enviou uma carta pelas mãos do próprio Urias, endereçada a Joabe, instruindo-o a que pusesse Urias no lugar mais perigoso da batalha para que fosse morto. Como Urias era um homem servidor fiel, não violou a carta. Se o tivesse feito, teria visto que levava a própria sentença de morte (14,15).
  • c) Insensibilidade -  Ao saber a notícia da morte de Urias, o rei, cinicamente, mandou que se dissesse a Joabe:
"Não te pareça isso mal aos teus olhos; pois a espada tanto consome este como aquele" (25). 
Se não bastasse, Davi ordenou que se buscasse a viúva para ser sua esposa (27). Quando um homem de Deus chega a esse ponto, é sinal de que a sua consciência já está totalmente cauterizada (1 Timóteo 4:2). 

III. Consequências do pecado 

1. Perda da comunhão divina


Davi, que era um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13:14), perdeu, de um momento para o outro, a presença de Deus (v. 12).

2. O afastamento do Espírito


Davi experimentou quão terrível é viver afastado do Espírito Santo (v. 11). O Espírito de Deus é santo. Ele não permanece num coração que abriga o pecado.

3. Escândalos


Quando a prática do pecado resulta em escândalos, ele (o pecado) reveste-se de maior gravidade. Por isso, Jesus afirmou:
"Ai do mundo por causa dos escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Mateus 18:7).

IV. A intervenção de Deus

1. Deus envia o profeta para repreender a Davi


Natã foi enviado ao rei com uma mensagem em forma de parábola. O profeta narrou a Davi um fato revoltante, envolvendo uma grande injustiça (2 Sm 12:1-5). O rei, ao ouvir atentamente o profeta, ficou furioso, dizendo:
"Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso" (5).

2. A coragem do profeta


O homem de Deus porém replicou-lhe com firmeza:
"Tu és este homem. Assim diz o Senhor, Deus de Israel... A Urias, o heteu, feriste à espada dos filhos de Amom" (7, 9). 

3. A sentença divina


Ali mesmo, sem burocracia nem protelações, o profeta proferiu a sentença de Deus contra o rei:
  • a) "Não se apartará a espada jamais de tua casa" (12:10a). - Foi o que realmente aconteceu. O filho que nascera daquele adultério morreu (12:14). Mas as desgraças não pararam por aí. Amnon foi assassinado por Absalão (13:28,29). Absalão foi morto por ter se rebelado contra o pai (18:9-17). E, tempos depois, já no final do reinado de Davi, Adonias também seria morto à espada (1 Reis 2:24,25).
  • b) "Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti..." (2 Sm 12:11a) - Absalão, filho predileto de Davi, adulterou com as mulheres do pai em plena praça pública num festival de orgia sexual (16:21,22). Como se não bastasse, a filha do rei foi estuprada por um de seus irmãos (13:10-15).

V. Oração do pecador arrependido


Repreendido por Natã devido ao gravíssimo pecado, Davi não se fez de inocente. De imediato, confessou:
"Pequei contra o Senhor" (12:13a).
1. A súplica - No Salmo 51, Davi começa por suplicar a Deus por misericórdia. Ele não procura desculpa alguma para justificar o seu ato. Antes: roga ao Senhor que lhe apague as transgressões, segundo a benignidade e a misericórdia divinas. Ele ainda implora que o Senhor lhe lave da terrível iniquidade e o purifique do horrendo pecado (v. 2).

2. A confissão (vs 3,4) - Amargurado, Davi confessa reconhecer as suas transgressões, pois o seu pecado está continuamente diante de si. Ele reconhece e confessa:
"Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que aos teus olhos é mau" (v. 4a).
O que concluímos desta passagem? Quando alguém peca, peca contra Deus. E Deus jamais terá o culpado por inocente (Naum 1:3).

3. O clamor pela restauração - Davi não conhecia o poder purificador do sangue de Jesus. Mas sabia que, quando alguém era considerado imundo, por ter tocado num cadáver (Números 19:6) ou num leproso (Levíticos 14:4), precisava, de acordo com a Lei, passar pela cerimônia de purificação, na qual o sacerdote tomava um molho de hissopo, molhava-o na "água da separação", e a espargia sobre o transgressor. Assim, Davi considerava-se tão imundo, que precisava passar por esse processo. Hoje, na Nova Aliança,
"o sangue da aspersão" (Hb 12:24),
ou seja: o sangue de Cristo, purifica as nossas consciências das obras mortas (9:14) e de todo o pecado (1 João 1:7).
  • a) "Cria em mim, ó Deus, um coração puro" (v. 10) - Davi anelava por uma purificação interior e por um espírito reto. Somente aquele que reconhece o pecado é que consegue sentir a sujeira deste na alma. Por isso, Davi arrepende-se de sua transgressão e a confessa. Sim, o verdadeiro arrependimento faz que aborreçamos o pecado.
  • b) "Não me lances fora da tua presença..." (v. 11) - Ele sentia falta da presença do Senhor, e por isso clamava:
"Não retires de mim o teu Espírito Santo". 
Sem a presença do Espírito Santo, deixamos de ser espirituais, e passamos à condição de meras criaturas.
  • c) "Torna a dar-me a alegria da salvação..." (v. 12) - Como Davi havia perdido a alegria da salvação, agora clama ao Senhor para que lhe restitua a bênção perdida.

VI. O compromisso diante do perdão


Após sentir-se perdoado, Davi promete a Deus fazer algo que ficara impedido de realizar por causa da sua transgressão.

1. Ensinar aos transgressores (V. 13): "Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos." - Tendo experimentado o que é transgredir a lei divina, o salmista assume o compromisso de levar os transgressores a aprender os caminhos do Senhor, e a se converterem de seus pecados.

2. Um parêntese de temor (v. 14) - Atingido pelo medo de voltar a pecar, Davi abre um parêntese na sua oração, e pede a Deus que o livre dos crimes de sangue. De certo, a morte de Urias continuava a ferir-lhe a consciência.

3. Louvor a Deus (v. 15) - Davi pediu a Deus que abrisse os seus lábios para que a sua boca pudesse entoar louvores ao Senhor.

Conclusão


Quando um servo de Deus cai, principalmente em se tratando de um líder, o diabo e seus demônios se alegram. Entretanto, quando o filho de Deus arrepende-se sinceramente, o Senhor estende sobre ele o manto do perdão. Há alegria no céu.

[Fonte: CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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