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domingo, 5 de junho de 2016

PAPO RETO - 13: MÚSICA CRISTÃ X MÚSICA EVANGÉLICA


"Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o SENHOR, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou. Vendo-o, pois, os discípulos dos profetas que estavam defronte, em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. Vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra" (2 Reis 2:13-15). 
"Porquanto, nada podemos fazer contra a verdade, mas somente a favor dela" (2 Coríntios 13:8).
Não é minha intenção deixar aqui uma opinião pessoal como se fosse uma "revelação divina do Deus Todo-Poderoso". É uma opinião pessoal, como a maioria das coisas que escrevo. Tudo o que nos resta quando não estamos citando diretamente as Escrituras são opiniões pessoais. Algumas opiniões pessoais são extremamente precisas sendo baseadas completamente na Palavra de Deus, com uma pequena, se alguma, sabedoria humana adicionada a ela. 

Eu faço observações e falo sinceramente a partir dessas observações. Algumas vezes não possuo todos os fatos e informações sobre um assunto, embora faça todo o esforço ao meu alcance para consegui-los antes de pregar ou escrever. Então, tenho que revisar e corrigir minhas palavras, às vezes aprofundando o assunto, outras vezes retratando-me de algo que escrevi ou falei (e farei isso sempre que necessário, uma vez que tenho a consciência de minhas limitações). 

Oro para que sempre seja humilde o suficiente para fazê-lo, e então oro mais, para não cometer erros em primeiro lugar. Palavras são poderosas e às vezes ficamos estigmatizados por algo que dissemos de forma afobada ou por ignorância. 

O meu ministério vai muito além do que escrever críticas pungentes contra as aberrações musicais (mesmo porque, não sou músico, mas apenas um ouvinte de audição bem sensível). Não quero ser conhecido como um crítico musical (Deus me livre e guarde!), mas alguém precisa ficar ao lado da verdade e se opor às mutações e perversões daquilo que é o dom sem igual de Deus para a Igreja: a música. Como resultado, tenho defendido uma posição que se contrapõe à maior parte do que é chamado de musica "cristã", dentro do amplo espectro da indústria musical "cristã". 

Em espírito e verdade ou em físico e mentira? 


Ainda que faça uma oposição ferrenha à maior parte do que é chamado hoje de música "cristã", não posso e não irei generalizar e colocar no mesmo patamar todos os músicos cristãos. Não ouço alguns estilos de música cristã por que eles, ao invés de me incitarem a adorar, excitam o corpo. Na realidade, creio que todos os estilos da música cristã foram pervertidos de alguma maneira e não consigo sentir a unção do Espírito Santo na maioria dessas músicas. 

Isto não é limitado apenas à musica. Frequentemente vejo pregadores na televisão que desfilam no púlpito, encenando e tendo a postura de um estilo peculiar de pregação, mas, novamente, sem unção. Estes ditos cujos fazem escola, pois não faltam anônimos que nos púlpitos de suas congregações suam (literalmente) as camisas num esforço absurdo em imitá-los. Assim, tome gritos ("Teeeerra!"), pulos, rodopios... Este é outro problema generalizado. 

Mas, voltemos à música. Não sou tão ingênuo assim para acreditar que as pessoas irão ouvir alguns estilos ou um estilo de música continuamente. O Gospel Bluegrass não inspirará nas pessoas o espírito de adoração nem o som áspero, nasal da música Gospel Country. Eu certamente não consigo adorar ao som do Death Metal (embora eu respeite quem diga que consegue, pois, afinal, a adoração é algo de cunho essencialmente pessoal) e a música litúrgica de órgão me deprime. 

Qual é o estilo perfeito? 


Não tenho a resposta para essa pergunta. É como a pergunta feita a um pastor negro, velho e sábio, que conhecia Deus no fundo de sua alma. Foi perguntado a ele, "Pastor, o que é a unção?" Ele respondeu, 
"Eu não posso dizer o que é a unção, mas posso dizer o que ela não é". 
Da mesma forma, não posso lhes dizer qual é o estilo perfeito, mas posso dizer o que ele não é. 

Essa parece ser uma saída conveniente, mas deixe-me explicar-lhes de maneira satisfatória a minha resposta. Creio que o manto da unção foi deixado pela última geração que possuía a unção divina em sua música. Não foi um evento repentino, que possamos apontar o dia e hora. À medida que essa geração foi gradualmente entrando no descanso, eles gradualmente deixaram o manto cair. 

A geração seguinte falhou em pegar o manto para si; ao invés disso, confeccionaram um manto que era mais vibrante, mas completamente desprovido da unção. Tal manto, cheio de remendos mau costurados é de aparência bizarra. Em essência, o resultado foi que a música cristã se perverteu ao ser influenciada pela carne ao invés do espírito. Podemos ver esse paralelo nas igrejas da moda; a maneira como conduzem os cultos e seu ministério e a forma como moldam sua doutrina de forma a evitar qualquer comprometimento com Deus. O lance, agrade a multidão! 

Sim, mudar é preciso, entretanto... 


Geralmente há alguma mudança de estilo musical de geração para geração. Isto é esperado e as pessoas não deveriam ficar tão alarmadas quando isso acontece. Todavia o estilo tem mudado dramaticamente ao longo das últimas gerações. Embora existam alguns poucos músicos que têm escrito e executado música ungida durante esse período, creio que se passaram pelo menos duas gerações sem que o manto da unção fosse apanhado. Como resultado, a geração presente e a próxima geração estão trabalhando sob um falso manto. 

Esta é a razão pela qual não posso apontar o estilo ou estilos corretos de música para nossa geração, pois ele não foi desenvolvido. Isto é evidenciado pelo fato de que, para cada subcultura do mundo há uma subcultura correspondente no cristianismo, completa com seu próprio estilo musical e imaginário. 

O fato que cada uma dessas subculturas possua um correspondente cristão indica a influência mundana ao invés da influência divina. Não há originalidade, nem criatividade, e nenhuma distinção nas versões cristãs. São estilos musicais simplesmente emprestados, tomados a partir de padrões de um Sistema Mundial que foram projetados por satanás para o seu reino. E, por favor, não ouse subestimar o conhecimento musical de satanás! 

A cristianização desses estilos trouxe as armas que satanás criou para enganar as massas, para o próprio coração do futuro da igreja, a saber, a sua juventude. O diabo não precisou arrombar as portas da igreja para arredar os pequeninos. Ao invés disso, ele foi convidado, vestido com a mais fina pele de cordeiro, e incumbido de dirigir a casa. 

Existem pessoas genuinamente sinceras, que são genuinamente salvas, mas que são enredadas no esquema do inimigo das almas. Por que? Porque não conhecem nada melhor. Muitos foram criados na igreja ouvindo sermões mortos e vendo maus exemplos de liderança cristã. Os profetas calaram as suas bocas sobre esse assunto, preferindo profetizar sobre amenidades, no clássico espírito de Balaão. Há muitos mercenários no púlpito, que sempre dizem "sim-senhor" para a comissão da igreja, que não falam e não tem conhecimento nem autoridade para fazê-lo. 

Pregar prosperidade a qualquer custo acabou por alimentar uma geração de crentes antropocêntricos, cujo deus gravita em torno de sua circunferência umbilical. São a geração da sanguessuga e suas filhas (Provérbios 30:15)! 

Os músicos cristãos estão pelados 


Muitos músicos ungidos estão desperdiçando seus talentos por que não descobriram o manto caído. Escrevem canções que provém de corações devotados apenas para que produtores e intérpretes apostatados e seculares façam alterações na letra. Embora ocasionalmente escapem músicas com significado e unção, a maioria repousa sobre o assoalho da sala de edição, por assim dizer, ou nunca chegam à sala de edição. 

Por exemplo, se um compositor escreve uma música apelando à igreja para que ministre às almas marginalizadas e feridas, declarando-a culpada por sua frieza em não agir desta forma, corre o risco de ter sua música rejeitada, por produtores e intérpretes. A maioria deles argumentará que a música é "muito séria" e "necessita ser alterada". 

Em meio a esse paradoxal imbróglio, até mesmo os corruptos representantes do Dove Awards [O GMA Dove Awards, também conhecido como Gospel Music Association Dove Awards, ou simplesmente, Dove Awards, é um prêmio oferecido pela Gospel Music Association desde 1969, contemplando os artistas, produtores e compositores que se destacam no mercado de música cristã norte-americano, o mais importante do mundo para o setor (Wikipédia).] conseguem reconhecer uma música ungida, mesmo que frequentemente premiem músicos demoníacos e apostatados. Isso é uma prova que um grande número de professos cristãos deseja ouvir música ungida, mas os produtores e diretores de programas, carnais e muitas vezes seculares, tomam decisões que impedem que a música ungida seja comercializada. 

Qual é a solução? 


Obviamente, a solução é tomar posse do manto deixado, mas primeiro essa geração precisará achá-lo. Eles não encontrarão o manto nos átrios de suas companhias de música secular ou nas companhias de música cristã que foram vendidas às mesmas corporações que vendem sexo e violência na televisão e filmes. 

A onda atual de músicos cristãos terá que descobrir o manto com os joelhos dobrados, em total submissão a Deus de seus talentos e futuro. O resultado será um novo estilo musical ou estilos que não parecerão com a satânica música mundana (e aqui não me refiro ao que comumente classificamos genericamente de "música secular", mas à sim música essencialmente comprometida com o sistema mundano e, nesse entendimento, eu incluo um monte do que é chamado de gospel). Será um cristianismo distinto, ungido e poderosamente convincente. Mais do que uma reforma, será uma revolução. 

Conclusão 


Alguns poderão dizer que o mundo não ouvirá esse tipo de música. Responderei dizendo que o mundo não assiste a filmes cristãos nem se interessa em coisa alguma que a igreja faz. Não podemos simplesmente ficar inventando coisas que o mundo gosta para chamar-lhes a atenção. A distinção entre "mundo" e "igreja" não sou eu quem faço, é a Bíblia e isto, do Gênesis ao Apocalipse! 

O que faremos, inventaremos a pornografia "cristã" (Já inventaram!) para atrair os pornográficos para a igreja? Onde terminará tal processo? Digo que falhará todas as vezes, com o custo de apostatar a igreja. Creio que não temos dado suficiente crédito a Deus em Sua habilidade para provar a confiabilidade de Suas próprias obras. Ele não precisa de nossas adaptações carnais de seu plano. Agindo dessa maneira apenas diluiremos sua eficácia. 

Quando Deus envia um homem, este homem é genuinamente cristão, separado e ungido. Ele nos deixou o Seu Livro e ele é genuinamente cristão, separado e ungido. A Sua música costumava ter as mesmas características (sugiro uma leitura atenta do Salmo 137). 

Hoje é difícil encontrar um homem de Deus, genuinamente cristão, separado e ungido. Não é anormal encontrar Sua palavra sendo pregada misturada com elementos da Nova Era e da psicologia-filosofia pop. Até a Bíblia impressa está misturada com a doutrina de homens que imprimem seu nome na capa (Argh!). Não conheço qualquer outro livro cujo autor é substituído por nomes de pessoas que não tiveram nenhuma participação na autoria do livro. Hoje a música perdeu toda sua distinção e se tornou um híbrido com o espírito do mundo. 

Não gosto de escrever críticas sobre a indústria de música cristã e os que nela participam e certamente não odeio a qualquer um deles. Ainda assim, críticas severas são necessárias quando as pessoas endurecem seus corações e mentes ao Espírito Santo ou são atraídas para o engano. 

Sem querer ser pretensioso, Deus está falando através de mim e de outros para denunciar a mutação na música e ao mesmo tempo conclamando homens e mulheres corajosos para que procurem e tomem posse do manto caído (Onde está ele?). O resultado será uma música nova, revigorada e ungida que juntamente com a palavra irá reavivar o reino de Deus, se é que deverá haver outro reavivamento antes da volta de Cristo. Isso será impossível sem a purificação da igreja atual; entretanto, os jovens já desafiaram a mornidão de seus anciãos anteriormente e isto poderá ocorrer novamente. 

Que Deus possa me perdoar se ultrapassei as fronteiras de Seu amor em meu zelo para que Sua santidade e pureza voltem à sua igreja. Conheço meu coração (Sim e Deus também o conhece!), contudo compreendo que outros talvez não entendam de onde venho. Quando lerem estas palavras escritas, que não podem refletir de maneira real o espírito de minha alma, oro para que os seus olhos vejam, além daquilo que possa ter lhes ofendido, a verdade nessas palavras falíveis que ofereço.

A Deus, o Pai, toda glória! 
E nem 1% religioso.

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