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sábado, 4 de junho de 2016

UM DEUS DE PERSONALIDADE

"Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos" - João 17:22. 
A personalidade é aquela coisa única, peculiar e profunda que nos faz distintos de todas as demais pessoas. A nossa personalidade é complexa demais para a compreendermos bem. Uma ilha no mar pode ser apenas o cume de uma grande montanha abaixo de água. 

A personalidade é como uma ilha; não sabemos nada sobre as profundezas que existem abaixo dela e, por consequência, não somos capazes de nos poder avaliar a nós mesmos mediante o que sabemos de nós mesmos. Inicialmente, achamos que podemos, mas, acabamos por entender que só existe um Ser capaz de nos entender muito bem e é quem nos criou. 

A personalidade é uma característica do interior de todo o homem espiritual, como a individualidade é uma característica do homem exterior. Torna-se impossível para nós podermos definir o Senhor Jesus em termos de individualidade e de forma independente, mas, apenas em termos de personalidade diremos que, "Eu e o Pai somos um", João 10:30. 

A personalidade tem a propriedade de se poder vir a unir a outra; assim, cada pessoa só alcança a sua verdadeira identidade quando se une a outra. Quando o amor, ou o Espírito de Deus toca em alguém, essa pessoa transforma-se e não mais insiste em sua individualidade como sendo distinta. 

O Senhor nunca defendeu a individualidade ou um posicionamento isolado de cada indivíduo; as suas palavras eram em defesa da personalidade: "Que sejam um, como nós somos um". Se você entregar a Deus os direitos que tem sobre si mesmo, logo ali a verdadeira natureza da sua personalidade corresponder-se-á com a dEle intimamente. 

Quando é Jesus Cristo quem emancipa a personalidade, toda aquela individualidade que temos logo se transfigura; o elemento de transfiguração é o amor, a nossa devoção pessoal a Jesus Cristo em pessoa dentro de nós. O amor é o transbordar dessa personalidade em plena comunhão com a dele. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor: 1 Coríntios 1:9. Para um essencial relacionamento com é imprescindível, portanto, que conheçamos e entendamos sua personalidade (ou pessoalidade).

O Deus que a Bíblia revela é um Deus que tem personalidade. Isto significa que ele tem características de uma pessoa. Po­demos definir uma pessoa como um ente racional, consciente do próprio ser. É assim que a Bíblia retrata Deus. Ele é uma pessoa, não uma força impessoal. A Bíblia o chama de Deus vivo.

"Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno..." - Jeremias 10:10

As Escrituras atribuem características a Deus, exclusivas de uma pessoa. Figuram entre elas: 

Deus pode amar. A Bíblia diz que Deus tem a capacidade de amar.

"De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei..." - Jr 31:3. 

"Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecado­res, Cristo morreu por nós" - Romanos 5:8.

Deus é capaz de expressar ira. Deus também pode se irar.

"Disse mais o Senhor a Moisés: ...Agora, pois, deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os consuma..." - Êxodo 32:9, 10.

Deus pode ser misericordioso. As Escrituras ensinam que Deus tem a capacidade de ser misericordioso.

"Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho, e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez"- Jonas 3:10.

Deus possui vontade. A Bíblia faz menção da vontade ou desejo de Deus por certas coisas.

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se" - 2 Pedro 3:9.

Como este versículo deixa claro, o desejo ou vontade de Deus para os incrédulos é que todos eles venham a conhecê-lO. 

Deus é dotado de intelecto. A Bíblia diz que Deus possui intelecto. Ele tem uma mente para pensar. Ele a usa para instruir o seu povo sobre o que deve fazer.

"Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar" - Isaías 48:17.

Esses são alguns atributos de Deus, segundo a Bíblia. Todos são próprios de uma pessoa. Expressando-os em seu caráter, Deus mostrou que tem personalidade. 

A Bíblia também contrasta o Deus vivo e personalizado com ídolos que não ouvem nem falam. O apóstolo Paulo disse a uma multidão em Listra:

"Senhores, por que fazeis estas coisas? Nós também somos homens, de natureza semelhante à vossa, e vos anunciamos o evangelho para que destas práticas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar, e tudo quanto há neles" - Atos 14:15.

Quando escreveu à igreja de Tessalônica, Paulo salientou mais uma vez a distinção entre o Deus vivo e ídolos inanima-dos.

"Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro" - 1 Tessalonicenses 1:9.

Então, a Bíblia faz contraste entre o Deus vivo que ouve, vê, pensa, sente e age como uma pessoa, e ídolos que não passam de objetos, que não são gente. 

Resumindo: 


  • 1. A Bíblia chama Deus de "o Deus vivo". Ele é um ser racional que tem consciência da própria existência. 
  • 2. Por ser o Deus vivo, ele possui os atributos de uma pessoa. Ele pode, entre outras coisas, amar, irar-se e mostrar miseri­córdia. A Bíblia também diz que Deus tem vontade e inte­lecto. Todas estas características são próprias de uma pes­soa. 
  • 3. A Bíblia ainda põe em contraste o Deus vivo e personalizado com ídolos destituídos de personalidade que não passam de objetos. Nossa conclusão é que a Bíblia ensina claramente que Deus tem personalidade.

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