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quarta-feira, 25 de maio de 2016

ESPECIAL FAMÍLIA - PAIS CRENTES, FILHOS DESCRENTES

Todos os pais cristãos desejam que Deus lhes mostre alguma forma de garantir a salvação de seus filhos. A partir daí "nós vamos fazê-lo com toda a nossa força", pois amamos muito os nossos filhos. No entanto, Deus não fez a salvação como efeito da fé de alguma outra pessoa. 

Seu filho ou filha deve vir a Cristo por eles próprios. João nos mostra que todos os cristãos são nascidos na família de Deus "não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, [isto é, a vontade de algum outro], mas de Deus" (João 1:13).

Embora a salvação seja obra de Deus e não algo que podemos fazer por nossos filhos, ainda há esperança. Considere o seguinte:

1. A luta de oração por seu filho é um dom de Deus. 


A constante batalha pode indicar que Deus quer dar ao seu filho a vida eterna, pois a oração autêntica começa sempre com Deus. Embora não possamos estar absolutamente certos de que sabemos tudo o que Deus está fazendo, devemos ser otimistas, se a luta continua.

2. O milagre do novo nascimento não é menos possível para Deus se nosso filho está atento a ele ou se está fugindo dele. 


Seu filho é como todas as outras crianças quando se trata da graça de Deus. Ele está morto espiritualmente, se ele está na igreja ou não, se ouvia bem as verdades que você tentou ensiná-lo ou não, se ele tem algum interesse em Deus agora ou não tem nenhum. Ele pode ser convertido no chiqueiro ou no banco da igreja e nós não sabemos neste caso o que é preferido por Deus.

3. Deus ouve suas (nossas) orações. 


Embora Deus tenha nos ensinado que Ele escolhe todos os que são Seus, antes da fundação do mundo, Ele também nos ensinou que devemos orar, e não apenas orar, mas esperar resposta às nossas orações. É verdade que Deus é soberano e isso é tão verdade quanto que Ele responde às orações. Na verdade, ele não poderia responder a oração se ele não estivesse no controle de todas as coisas.

4. Podemos ter esperança por causa da eleição de Deus para aqueles que virão a ele. 


Toda criança está no seu caminho para o inferno a menos que Deus o impeça. A eleição de Deus é nosso amiga. Nós não teríamos esperança para a salvação do nosso filho sem ela, porque nenhuma criança iria se voltar para Cristo e deixar o estado de depravação (Romanos 3:9-11). Mas, devida a eleição de Deus – das pessoas para si mesmo -, podemos ser encorajados.

5. Seu filho tem algum conhecimento claro do que significa ser um verdadeiro cristão. 


O Espírito certamente pode trazer isso para levá-lo a qualquer momento, por seu método escolhido. Embora não seja menos de um milagre para uma criança experiente para ser convertida do que uma criança com pouco conhecimento, Deus sempre usa a semente do evangelho em cada conversão.

6. Sua própria desobediência no passado não acabará impedindo o seu filho de se tornar um crente. 


É inútil censurar-se por qualquer comportamento errado de sua parte, como se fosse a razão pela qual seu filho está sem Cristo. Isso não significa que nós, os pais não devamos nos arrepender e andar num caminho melhor, e até mesmo admitir o erro para nossas crianças. Mas a razão pela qual seu filho está sem Cristo está relacionada com o próprio pecado dela . Todo pai é pecador e inconsistente. Isso nunca foi uma barreira para Deus salvar seus filhos. Ilustrações abundam, de crianças que vêm de famílias sem Deus e que não deixam de ser convertidas a Cristo. Na verdade, esse pode ter sido o caso em sua própria experiência.

7. Algumas crianças podem precisar da experiência de estar longe do cuidado parental a fim de enfrentar a sua própria necessidade de Cristo. 


O sentido da necessidade de muitos pode ser descoberto apenas no contexto de dificuldades. Nós não devemos ficar surpresos se eles [nossos filhos] partem para algum voo solo antes de aprender que ele ou ela realmente precisa de Outro como seu piloto.

8. Lembre-se que existem muitas pessoas que gostam da sua própria história antes da chegada de Cristo. 


Eu não estou dizendo que essas pessoas não teriam gostado de terem sido convertidas antes, mas sim que a dor da história pré-conversão deixou-os com compaixão, compreensão, conhecimento, testemunho e um fardo que eles talvez não teriam tido em qualquer outro caminho. Eles viram a sabedoria de Deus no momento de sua conversão. Isso pode muito bem ser assim com o seu filho. Paulo disse que havia uma razão pela qual ele foi escolhido para ser convertido, para que ele, sendo um assassino, blasfemo e violento agressor – as pessoas poderiam ver e ter esperança de que Deus pode salvar qualquer um.

9. Você não pode salvar o seu filho, não importa o que você faça. Você está em uma posição de confiança. 


Isso é bom porque é a única forma de agradar a Deus (Hebreus 11:6). Seu descanso em Deus e, simultaneamente, orando ao Deus que responde às orações, será um incentivo para os outros na mesma situação, e igualmente ajudará a responder a seu filho de forma mais positiva, e vai tornar sua vida muito mais alegre do que a sua ansiedade jamais poderia .

10. Finalmente, lembre-se que Deus tem um propósito em tudo que Ele faz. 


Um dia nós vamos nos alegrar vendo que Deus faz um trabalho perfeito ao governar o universo. Quando reconhecemos isso e colocamos Deus acima de nossas crianças, vamos realmente mostrar aos nossos filhos o caminho cristão para a vida.


"Ele converterá o coração dos pais e o coração dos filhos a seus pais"… (Malaquias 4:6)

O profeta Malaquias conclui seu livro falando sobre a conversão do coração dos pais aos filhos e da conversão do coração dos filhos aos pais. Essa é uma necessidade vital da família. O que faz um lar feliz não é tanto o lugar onde moramos, mas como vivemos dentro de casa. Relacionamento é mais importante do que coisas. Nenhum sucesso profissional compensa a perda dos filhos. Mas como os pais podem converter seu coração ao de seus filhos?

1 – Tenha tempo para seus filhos (Deuteronômio 6:6-9) – Quem ama, tem tempo para a pessoa amada. Os filhos precisam vir antes dos amigos. Os pais precisam agendar tempo para estar com os filhos: estudos, namoro, conflitos, anseios, frustrações, sonhos e desafios. Os pais precisam aprender a ouvir e a falar com os filhos. Presentes não substituem presença. A maior necessidade dos filhos não é de coisas materiais, mas dos próprios pais. 

2 – Seja exemplo para seus filhos (Provérbios 22:6) – Os pais são espelhos para os filhos. Os pais ensinam mais pela vida do que pelas palavras. Um exemplo vale mais do que mil discursos. Os pais ensinam aos filhos não o caminho, mas no caminho (Pv 22:6). Os pais precisam falar não apenas aos ouvidos de seus filhos, mas também aos olhos. Quando os pais desobedecem a Deus, geram filhos para o cativeiro (Dt 28:41); no entanto, quando os pais consagram-se a Deus e também colocam seus filhos no altar de Deus, as brechas são restauradas, e a nação é abençoada (Isaías 58:12). 

3 – Seja intercessor de seus filhos (Jó 1:5) – Antes de falar de Deus a nossos filhos, precisamos falar de nossos filhos a Deus. Orar pelos filhos é uma sublime missão que os pais precisam abraçar. Nossos filhos precisam mais de Deus do que de conforto. A Bíblia diz que Jó intercedia por todos os seus filhos diariamente pelas madrugadas (Jó 1:5). 

Mesmo sendo um homem rico e com a agenda congestionada, ele dedicava o melhor do seu tempo parar orar por seus filhos. Não abra mão de ver seus filhos no altar de Deus. Seus filhos são herança de Deus (Salmos 127:3). Eles são filhos da promessa. Você não gerou filhos para o cativeiro. Lute pelos seus filhos, chore por eles, ore e jejue por eles, até que sejam coroas de glória nas mãos do Senhor (Is 62:3).

4 – Não tenha predileção por um filho em detrimento de outro (Gn 25:28) – Muitos pais cometem esse grave erro de dar mais valor a um filho do que a outro e elogiar mais um filho do que o outro. Essa atitude gera ciúmes e mágoas; produz revolta e amargura. Isaque e Rebeca cometeram esse erro. Isaque amava mais a Esaú, enquanto Rebeca tinha predileção por Jacó. Os pais que agem com sabedoria criam pontes de amizades entre os filhos em vez de cavar abismos.

Os filhos são diferentes, têm aptidões diferentes, talentos diferentes e temperamentos diferentes. Saber lidar com cada um de acordo com sua personalidade é uma arte que os pais precisam cultivar. Os pais podem até exigir dos filhos o mesmo esforço, mas não podem exigir deles o mesmo desempenho. Eles são diferentes e devem ser tratados à luz dessa diferença.

5 – Perdoe os seus filhos (Lucas 15:20-24) – Um dos melhores presentes de Deus para as os pais são os filhos. Há grande alegria nos filhos. O propósito de Deus é que os filhos sejam fontes de bênçãos. Herança do Senhor são os filhos, fruto do ventre o seu galardão (Sl 127:3).

Quanto à responsabilidade dos pais


É responsabilidade dos pais ensinar e educar seus filhos no caminho do Senhor. Um relacionamento sadio entre pais e filhos é indispensável para o progresso espiritual destes.

1 – Os filhos são a alegria enviada por Deus – O nascimento de um filho trás alegria aos pais. O Senhor faz que até “a mulher estéril seja alegre mãe de filhos” – (Sl 113:9).

2 – Os Filhos são abençoados – Deus deu-nos os filhos como bênçãos. Nunca os pais devem encarar os filhos como um empecilho, escória ou coisa semelhante. Eles são a herança do Senhor (Sl 127:3).

Tenho visto pais crentes tratarem seus filhos como verdadeiros tropeços em suas vidas. Culpam os filhos por tudo de errado que acontece. Os filhos por sua vez se sentem um lixo, e aí começa a tragédia familiar.

No Salmo 128:3b os filhos aparecem com a seguinte comparação: 
  • São comparados a Plantas de oliveiras:
a) dão fruto: Ver Gálatas 5:22-23; 
b) dão azeite (unção do Espírito Santo); 
c) dão sombra (amparo, abrigo contra o desconforto);

As plantas precisam ser regadas, cuidadas: amor, cuidado, afeto, tempo, diálogo.

3 – Ensinando a criança no Caminho (Pv 22:6) – O conselho do sábio Salomão é: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" (grifo meu). Um grande erro de alguns pais hoje é querer ensinar o caminho do céu para seus filhos. A Bíblia não manda ensinar "'o' caminho", mas ensinar "'no' caminho". Parece não ter diferença, mas é muito distinto. Pode se ensinar o caminho sem se estar nele. Aí a criança vai observar o exemplo dos pais. Não adianta ensinar o caminho do céu, do temor do Senhor, da obediência a Palavra, se não andamos nesse caminho.
  • Ensinar "no caminho" é:
1) Andar junto com os filhos – A maneira mais eficaz de ensinar nossos filhos a andar no caminho santo é andar juntamente com eles. À medida que ensinamos vamos aprendendo também. Assim eles se sentirão motivados a caminhar tendo a companhia dos pais.

2) Dar bom exemplo aos filhos – Não cabe dúvida de que o testemunho fala mais alto do que qualquer ação. Se quisermos ver nossos filhos como bons servos de Deus, teremos que ser bons servos de Deus primeiro. Eles nos observarão e seguirão nosso exemplo. Aqui vale o exemplo de Jesus; tudo o que ele ensinou aos discípulos, Ele fazia antes.

3) O culto doméstico – No culto doméstico a criança aprende que não é só na igreja que somos crentes. Quando o dia começa com uma reunião familiar para se ler a Bíblia, cantar uns "corinhos", orar e meditar na Palavra de Deus a criança recebe uma motivação maior para refletir em suas ações e compromissos. Assim ela dedicará menos tempo à televisão, ao vídeo game e outras coisas que não edificam e em compensação gastam mais tempo no devocional onde ela aprenderá mais do Senhor e de Sua Palavra.

4 – O Amor aos filhos – O amor, o afeto e a dedicação são traços marcantes que moldam o caráter dos filhos. Os filhos precisam se sentir amados, protegidos e queridos.
  • 1) Demonstração de amor em público – Vejo muitos pais, principalmente na igreja, abraçar, beijar elogiar as crianças dos outros. Mas nunca fazem isso com seus próprios filhos. Sempre são ríspidos com os filhos, chamam-lhes a atenção em público e alguns até surram seus filhos na presença de outras pessoas. Isso deixa os filhos revoltados e eles imaginam que são piores que todas as crianças. Que não merecem carinho e amor.

  • 2) Sendo amigo dos filhos – Não obstante sermos pais precisamos ser amigos de nossos filhos. Quando o filho não vê em seu pai ou mãe um amigo, ele vai procurar em outra pessoa aquilo que não encontra em nós. Aí entram em cena os homossexuais, viciados em drogas, marginais, etc.

Conclusão


Os filhos são herança, bênção e alegria, mas também eles são uma responsabilidade para os pais. Eles têm o dever de instruí-los no caminho certo para que ao crescerem não desviem jamais. Que Deus dê graça e sabedoria a todos os pais e mães para saberem criar seus filhos como verdadeiros servos de Deus!
[Fonte: Christian Communicators (Tradução: Victor Bimbato), Via: Reforma 21]

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