Total de visualizações de página

quarta-feira, 25 de maio de 2016

ESPECIAL FAMÍLIA - CÔNJUGE NÃO-CONVERTIDO

A realidade de um matrimônio é complexa e diversa. Não sou casado, portanto, tudo o que escrevo abaixo me baseio hipoteticamente em fatos de um modo geral. Primeiro analisemos como o apóstolo Paulo se posicionou sobre o assunto, num enfoque da convivência conjugal.

"E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz" (1 Coríntios 7:13-15).

A relação conjugal em que apenas um é transformado pelo Espírito Santo deve ser tratada com bastante cautela, visto que se trata de uma aliança unida e testemunhada pelo Senhor. O apóstolo Paulo ministrou conselhos preciosos para a igreja em Corinto no que se refere à convivência matrimonial de jugo desigual. É necessário que maridos e esposas cristãos se inspirem em todas as orientações bíblicas, respaldando a fé em um posicionamento coerente e que venha a agradar a Deus.

Paulo começa o conselho ainda na esfera da convivência. Se alguma mulher cristã tem marido descrente, ímpio, e este deseja habitar (manter relação sexual com ela), a mesma não deve evitar, impedi-lo. Ou seja, a diferença na condição espiritual de ambos não deve ser empecilho para a satisfação sexual do casal. O verbo 'habitar' nesse versículo não pode ser interpretado como sendo desejo de morar, visto que a esposa cristã já tem o seu marido, ou seja, já convive com ele. Não era comum nem normal, naquele tempo, pessoas licitamente casadas aos olhos de Deus (primeiro casamento de ambos) viverem separadas fisicamente, em casas diferentes, como ocorre nos dias atuais. O casamento era um chamado à responsabilidade mútua. Responsabilidade em assumir, especialmente, a convivência familiar e outras oriundas dessa responsabilidade maior.

Na esfera dessa convivência, cabe a esposa santificar o seu marido, trazê-lo para bem mais próximo do Reino de Deus, não por meio de palavras, mas pelas atitudes sábias, em silêncio, de boca fechada. A esposa sábia é aquela que privilegia mais os bons procedimentos que as palavras e os argumentos. 

O sexo saudável é um dos caminhos importantes para a edificação do lar. O inverso disso também pode levá-lo à destruição. Paulo chega a relacionar o bom procedimento da esposa cristã a um lar abençoado, especialmente na repercussão na vida dos filhos. Em seguida, logo na introdução do versículo 15, ele considera: "Mas se o descrente quiser se apartar" (o verbo 'apartar' no sentido de separar) que a esposa aceite essa separação, não colocando barreiras nem obstáculos. 

Que triste é forçar uma convivência com alguém! Alguém conviver sem prazer, sem alegria, sem desejo algum, é o mesmo que obrigar a pessoa a comer algo que faz muito mal a ela; ou forçá-la a viver em um lugar onde apenas a desperte repugnância. Infelizmente, muitas esposas e maridos cristãos, à beira de uma separação, não aceitam, de forma alguma, a separação. Alguns até se humilham, choram, promovem cenas deploráveis, insinuando morte, suicídio e coisas parecidas, fazendo um verdadeiro jogo teatral. Isto sem contar quando a situação chega a tal descontrole que descambe para violência física e até tragédias que estampam diariamente os noticiários policiais.

A reação sábia deveria ser: "Quer ir? Então vá". Em casos específicos, o deixar ir não significa o fim do casamento. Muitos maridos e esposas opressos pelos demônios, por pena, adiam a saída de casa por alguns dias e meses. Há aqueles que ainda chantageiam com a seguinte proposta: "Eu fico, mas você terá que me aceitar com a (o) outra (o) também. Viverei lá e aqui". Não há nada mais triste do que um cristão chegar a uma realidade dessas, a essa condição espiritual deplorável. 

Isso ocorre quando ele deixa de valorizar o Deus, que nele habita, e passa a ser pisado pelos homens mundanos como um lixo irrecuperável. É dar honra a quem não merece honra alguma; é supervalorizar os demônios que agem na alma de um opresso. Não é isso que Deus quer para os Seus filhos. Filhos de Deus se valorizam porque valorizam o Espírito Santo que neles há. Filhos de Deus são a menina dos olhos do Senhor e extremamente valorizados pelo Pai. 

O apóstolo Paulo afirma que quem tentar forçar uma convivência, quando uma das partes não quer mais, vai ser submetido a maus tratos, servidão maligna. Deixam de serem servos de Deus para servirem ao mal. Antes de tudo, Deus quer que Seus filhos vivam em paz de espírito.

Há, especificamente, esposas cristãs que estão perdendo a intimidade com DEUS pela busca de uma intimidade desastrosa e maligna com os seus maridos ímpios, porque, praticamente, os obrigam a conviverem com elas. Há esposas que trocaram um cotidiano de Paz com DEUS a uma vida diária infernal, porque quiseram dar uma satisfação social de que os maridos estão dentro de casa.

Daí passamos a entender também o que escreveu o apóstolo, a mesma igreja, em uma segunda carta: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Coríntios 6:14-15).

Aprendemos com os conselhos de Paulo que é infinitamente melhor estar só, temporariamente, mas em Paz e com Deus, a estar com o cônjuge em casa e em verdadeiro inferno.

Mas, lembre-se: para Deus, o repudiado permanece casado, sem poder ter relação sexual com nenhuma outra pessoa, ainda que cristã. Jugo igual, mas dentro de uma relação ilícita, pecaminosa, adúltera, também é abominável aos olhos de Deus. Jesus afirmou e Lucas registrou: "Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também" (Lucas 16:18). Qualquer um que se unir sexualmente a uma esposa coitadinha, vítima, sem culpa na separação, tornar-se-á adúltero com ela. Aqui Deus chama atenção do Seu povo a duas coisas muito importantes: 
  1. A repudiada precisa se manter santa no corpo e no espírito diante de Deus; 
  2. Que Ele, o Senhor, é poderoso para restaurar o que está perdido.
Se o seu cônjuge é ímpio, vive entregue ao pecado, mesmo que esteja separado fisicamente de você ou divorciado pela lei dos homens, lute espiritualmente pela conversão dele. Só assim ele conseguirá entender o valor de um casamento para Deus, valorizar a família, e te amar como Cristo amou a Sua igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A função da Igreja de Cristo em todos os casos é incentivar e crer na possibilidade de uma restauração, mas, se no fim, não há mesmo o interesse de mudança por parte do outro cônjuge, que a outra parte decida o que for melhor pra si, levando sempre em conta os princípios divinos. É uma questão de âmbito pessoal que não cabe a interferência de absolutamente ninguém. 


Agora analisemos o que escreveu o apóstolo Pedro sobre o assunto, dando uma atenção especial às mulheres e entenderemos o porquê.
"Da mesma maneira, esposas, cada uma de vós, seja submissa a vosso próprio marido, com o propósito de que, se alguns deles ainda são contra a Palavra, sejam convertidos sem admoestações, mas pelo procedimento de sua esposa, testemunhando a vossa maneira de ser honesta e respeitosa. Portanto, o que vos torna belas e admiráveis não devem ser os enfeites exteriores, como as tranças do cabelo, as finas joias de ouro ou o luxo dos vestidos. Pelo contrário, esteja em vosso ser interior, que não se desvanece, toda a beleza que se revela mediante um espírito amável e cordato, o que é de grande valor na presença de Deus. Porquanto, na antiguidade, era desse modo, que as santas mulheres que esperavam em Deus costumavam adornar-se. Elas eram dóceis cada qual para com seu próprio marido,como Sara, que obedecia a Abraão e o chamava senhor. Dela sois filhas, se praticardes o bem sem qualquer espécie de receio. Exatamente, da mesma maneira, vós maridos, vivei com vossas esposas a vida cotidiana do lar, com sabedoria, proporcionando honra à mulher como parte mais frágil e co-herdeira do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as vossas orações. O estilo de vida do cristão." 1 Pedro 3:1-7 (Versão King James Atualizada)
Assim como nos dias de Pedro, hoje, muitas mulheres cristãs são casadas com maridos descrentes. Muitas dessas mulheres se converteram depois de já estarem casadas. Infelizmente, há pessoas que incentivam o divórcio nestes casos. O fato de a mulher servir ao Senhor Jesus pode gerar alguns conflitos dentro do lar. A mulher cristã não poderá mais participar dos atos pecaminosos do marido, como mentiras ou perversidades sexuais (e há muitos casais não crentes onde certas práticas sexuais inomináveis são comuns). O que fazer então? Quais são as recomendações bíblicas para as mulheres cristãs casadas com descrentes?

Mulheres crentes casadas com descrentes

a. A mulher na antiguidade


No primeiro século, a situação da mulher em geral era bem diferente da posição que ela desfruta nas modernas sociedades ocidentais. Ela não tinha alguns direitos básicos, não possuía existência independente do seu marido; não podia tomar decisões próprias; vivia debaixo dos caprichos do pai, quando era solteira, e, depois, dos caprichos do marido, quando se casava. Pai e marido tinham direito de vida e morte sobre a mulher. O marido podia abandonar (divorciar-se) sua mulher a qualquer momento e por qualquer motivo. 

Se uma mulher não cozinhasse bem, por exemplo, poderia ser mandada embora de casa. A educação das mulheres se limitava às prendas domésticas: lavar, costurar, cozinhar e cuidar dos filhos. Casar-se era uma necessidade para sobreviver. Quando maltratadas, não recebiam quase nenhum apoio. As mulheres eram consideradas, praticamente, como objetos do marido.


Catão [Catão, o Velho. Marco Pórcio Catão (234 – 149 a.C.; em latim: Marcus Porcius Cato) foi um político e escritor da gente Pórcia da República Romana eleito cônsul em 195 a.C. com Lúcio Valério Flaco], famoso político romano daquela época, disse o seguinte: "quem apanhar a sua mulher cometendo adultério pode matá-la que nada lhe acontecerá". Ele deu carta branca para os romanos assassinarem as suas mulheres se elas fossem infiéis aos seus maridos. Mas se o homem fosse infiel, nada era feito. Era nesse tipo de ambiente que viviam as mulheres cristãs quando Pedro escreveu sua primeira carta.


b. As esposas cristãs


O que representava para uma mulher casada se tornar cristã, no contexto descrito? A sua situação poderia se tornar extremamente complicada. As religiões dos gregos e romanos daquela época eram essencialmente idólatras e pagãs. Havia o culto ao imperador, as religiões de mistério e a religião tradicional dos gregos. O paganismo e a idolatria em geral eram a religião de todos eles. 

Quando uma mulher cria em Jesus Cristo e se tornar cristã, isso implicava abandonar a religião do marido, o que representava uma afronta à autoridade dele. Ela não podia fazer isso sem a permissão dele. As mulheres tinham de seguir a religião do marido. Uma mulher casada que desejasse se tornar cristã tinha que saber que estava correndo o risco de ser espancada pelo marido, ser expulsa de casa, ou até mesmo ser morta por ele. Sem cair na generalização, casos deste tipo eram muito frequentes naquela época.

Apesar de todo o possível sofrimento que pudessem enfrentar e do risco de morte, é fato que milhares de mulheres daquela época se tornaram cristãs. A situação delas era muito delicada, especialmente quando o marido não aprovava a mudança de religião ou não queria acompanhá-las na nova fé. 

Considerando essa delicada situação, talvez seja por isso que o apóstolo Pedro deu seis vezes mais espaço para falar às mulheres no texto acima do que aos homens. Aos homens eles dedica somente um versículo (7), mas para as mulheres dedica seis (1-6).

I - O que as mulheres cristãs não deveriam fazer

a. Não deveriam se divorciar

Pedro não diz que aquelas mulheres deviam se separar de seus maridos. É importante salientar isso. Mas sempre existiram correntes dentro do cristianismo defendendo que mulheres cristãs casadas com maridos descrentes deveriam se separar para melhor servir a Deus, para se dedicar integralmente a Jesus Cristo e à sua igreja. O marido descrente é visto como um empecilho, um obstáculo à fé da esposa. Contudo, o casamento jamais pode ser dissolvido em nome de uma maior dedicação a Deus ou em nome de uma espiritualidade.

Aparentemente, desde cedo, na história da Igreja, mulheres cristãs tiveram questões de consciência relacionadas à permanência ao lado de um marido descrente. O apóstolo Paulo tratou de um problema assim, como vimos acima. Algumas mulheres da igreja de Corinto desejavam saber se podiam abandonar os maridos descrentes para se dedicar mais ao Senhor (cf. 1 Co 7:12-16). Podemos entender que essa era uma questão aguda e generalizada nas igrejas. As respostas de Paulo e de Pedro são semelhantes em muitos aspectos. Para os dois apóstolos, a conversão de um cônjuge a Cristo não é motivo para dissolver o casamento. A parte crente deveria permanecer fiel, firme e se conduzir de tal modo a levar o cônjuge à fé no Senhor Jesus.

Na perspectiva bíblica, o casamento é uma ordenança de Deus para a humanidade em geral. Quando Deus criou o homem e a mulher e determinou que eles vivessem juntos, o pecado ainda não havia entrado no mundo. O fato de que alguns se tornaram cristãos depois de casados não quer dizer que podem acabar com o casamento, como se a vocação cristã fosse maior que a ordenança matrimonial. Pelo contrário, é o cristianismo que vai nos dar força e graça para tornar o casamento melhor. Para a esposa cristã, o divórcio não é o caminho de Deus, mesmo que o seja para a sociedade em geral.

b. Não deveriam se revoltar


Note que no texto de Pedro não diz para aquelas mulheres: "abandonem os seus maridos, vivam o evangelho, sejam felizes e comecem uma vida nova". Não! Ele também não aconselha as mulheres a se revoltarem contra seus maridos. E o que é ainda mais interessante, Pedro nem mesmo diz àquelas mulheres para que tentem converter o marido ao cristianismo por força de palavras e discussão. 

É verdade que todas as mulheres crentes gostariam de ver seus maridos convertidos ao evangelho. Infelizmente, o que acontece, às vezes, é que as mulheres tentam converter o marido "à força", sem ter sabedoria quanto ao método, ao tempo e ao modo de fazê-lo. Inconscientemente (ou não!), querem converter o marido não cristão a qualquer custo.

II - O que as mulheres cristãs deveriam fazer


Pedro apresenta outro caminho para que as esposas ganhem os maridos descrentes. Vejamos, portanto, as instruções de Pedro quanto ao comportamento das esposas cristãs.

a. Sujeitar-se ao seu marido


"Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido" (3:1). E, 'sujeitar-se' significa 'colocar-se debaixo da autoridade de alguém'. Pedro está refletindo aqui o ensino bíblico de que Deus estabeleceu o universo seguindo uma determinada estrutura na família, na igreja e na sociedade, e que tais estruturas devem ser obedecidas. Ao homem cabe a função de liderar, orientar, proteger e se responsabilizar por sua família. À mulher cabe a função de ajudar o seu marido no desempenho de seu papel, seguir sua orientação e cooperar com ele na estrutura da família e na criação dos filhos.

Quando o casamento vai bem, marido e mulher trabalham juntos, há harmonia, consenso, e as decisões são tomadas em conjunto. No entanto, há situações em que alguém tem de tomar uma decisão. O papel que Deus deu ao marido foi de, nesses casos, assumir a liderança e a responsabilidade pela família. E é triste constatarmos que em muitos lares ditos cristãos essa ordem foi invertida: mulheres mandonas, autoritárias e homens frouxos, omissos.

O ponto de Pedro é que as esposas devem se sujeitar a seus maridos, mesmo que eles sejam descrentes. É preciso ressaltar, que a submissão aqui referida por Pedro não significa que a mulher cristã deve fazer tudo o que o seu marido deseja. Em última análise, a mulher cristã obedece a Cristo. Portanto, o que Pedro está ensinando é que as mulheres casadas com maridos descrentes deveriam se despojar voluntariamente do seu eu, fazer morrer o seu orgulho e servir com alegria ao seu marido, por amor a Jesus Cristo.

b. Ter uma conduta honesta e respeitosa


"…seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor" (3:1b, 2). Com as palavras 'honesta' e 'respeitosa', o apóstolo resume o padrão de conduta que as mulheres cristãs casadas deveriam ter. 

Desde o início da carta, Pedro está ensinando sobre como viver em meio a uma sociedade hostil com os cristãos (cf. 1 Pe 1:15; 2:12; 3:11,16). Da mesma maneira, as mulheres cristãs casadas com incrédulos deveriam se conduzir com prudência, cuidado e sabedoria. Um comportamento honesto significa uma conduta moral irrepreensível. Uma esposa honesta é moralmente pura. Ela é fiel ao seu marido em todos os sentidos. Ao mesmo tempo, a esposa cristã dever ser 'respeitosa', isto é, ter um comportamento cheio de temor em relação ao marido. Isso, é claro, não significa viver com medo do marido, mas tratá-lo com consideração e respeito. Esposas cristãs podem discordar de seu marido, ter opiniões diferentes, mas sempre com atitude de respeito e dignidade. Eis aqui um grande testemunho.

c. Exibir a verdadeira beleza feminina


"Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração" (3, 4a). Elas não deveriam procurar ficar bonitas somente na aparência, usando enfeites, penteados exagerados, joias e vestidos caros. Ao contrário, deveriam cultivar a verdadeira beleza, que estava no coração. 

É importante ressaltar que Pedro não está proibindo as esposas cristãs de cuidar de sua aparência. Ele está dizendo que elas não deveriam ficar bonitas somente ou exclusivamente na aparência exterior, mas dar atenção especial e principalmente à beleza interior. Certa vez, Jesus acusou os fariseus por sua preocupação quanto ao exterior e a negligência quanto ao interior (Mateus 23:25-26; cf. Ef 3:16).

d. Ter um espírito manso e tranquilo


"…unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus" (4b). Um grande testemunho que uma esposa cristã pode dar ao seu marido descrente é ser mansa e tranquila no lidar. Qual é o marido que não fica impactado com esse tipo de conduta?

Na sequência do texto, Pedro ilustra esse ponto citando o exemplo de Sara, esposa de Abraão: "Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas ao seu próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma" (5, 6). Pedro exorta as esposas cristãs a se tornarem "filhas de Sara", praticando o bem e não temendo mal algum. Os exemplos de mulheres piedosas da Bíblia servem de padrão para as mulheres cristãs de hoje.

Conclusão


As mulheres cristãs sofriam muito na antiguidade, especialmente aquelas que criam e confessavam Jesus Cristo. Foi por essa razão que Pedro escreveu o capítulo 3 de sua carta. As orientações de Pedro - e, de maneira geral, as de Paulo - são para que as mulheres cristãs, casadas com maridos incrédulos, não se divorciem nem se revoltem contra. O apóstolo as exorta a se sujeitar aos seus maridos, ser honestas e respeitosas, exibir a verdadeira beleza feminina, que é interior, do coração, e demonstrar um espírito manso e tranquilo dentro do lar.

As instruções dadas por Pedro servem para todas as mulheres, mais especialmente àquelas que são casadas com maridos descrentes. Busque força e graça em Jesus para conviver bem e feliz com seu marido incrédulo. Que atitudes uma mulher nessa situação poderia tomar no dia a dia, para influenciar positivamente o marido? Você conhece alguma esposa cristã nessa situação? Como a aconselharia? Eis o desafio - e a responsabilidade - da liderança evangélica se deparar com estas questões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário