Total de visualizações de página

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

JOHN GRISHAM, BOA LEITURA PARA QUEM GOSTA DE TRAMAS JUDICIAIS

Vou fazer algumas resenhas sobre os livros que eu li. Para começar, aos amantes da leitura, eu quero deixar uma recomendação. Três títulos do autor americano JOHN GRISHAM, "Jogando Por Pizza", O Rei das Fraudes" e "O Corretor" (todos editados e distribuídos pela editora Rocco). São os chamados “romances judiciais”, dos quais o autor é considerado um mestre.

Resenha


Conforme dito anteriormente, os livros de John Grisham versam muito sobre o universo dos tribunais, sobre advogados e juízes, mas dei de cara com algo completamente diverso e digo que valeu muito a pena. Em Jogando Por Pizza, Grisham escreve sobre um jogador de futebol americano que vê sua vida profissional ir pelo ralo nos Estados Unidos e com uma única chance de voltar a jogar, mas isso acontecerá apenas na Itália. Longe de todo aquele mundo jurídico (que é excelente diga-se de passagem), somos conduzidos a um enredo que trabalha com esporte, vida italiana, um certo choque cultural e mudança. 

Posso dizer que a maioria dos livros do autor já me agradavam bastante, mesmo sendo sobre um assunto que não é bem minha praia (direito), mas tenho que favorecer essa diferença de tema. Gostei muito do que vi pela frente. John escreve de forma envolvente e empolgante.
O segundo fala sobre a ascensão e queda de um advogado que, por caminhos nada ortodoxos, se "especializa" em vencer causas de supostas fraudes cometidas por grandes e importantes conglomerados empresariais americanos. Nesse livro Grisham revela o que a ganância é capaz de fazer com uma pessoa. Ela é um foguete para alçar o indivíduo à estratosfera terrestre e quando ele está quase tocando estrelas, ela, com a mesma força e rapidez, o impulsiona no caminho de volta ao mesmo lugar de onde saiu. 

Em O Rei das Fraudes, jovem e ambicioso advogado se mete com o alto escalão da política e da lei e se vê preso em uma trama muito maior do que poderia prever. Clay Carter não é muito diferente dos tantos juristas que habitam as páginas dos romances de John Grisham (essa é provavelmente a sinopse da maioria deles). Clay era um defensor público de um terno só que recebe uma oferta irrecusável: 15 milhões para oferecer acordos bastante gordos a famílias de vítimas de um remédio em testes. Esse trabalho se desdobra em muitos outros casos. Clay saiu da defensoria e abriu o próprio escritório, cuja especialidade logo ficou clara: ações coletivas. Graças a um misterioso informante de dentro da indústria farmacêutica, o jovem advogado rapidamente começa a chamar atenção por sua ascensão.

O terceiro, conta a história de Joel Backman, um homem extremamente poderoso. Conhecido como O Corretor, ele sabia apostar alto; um advogado que ganhava 10 milhões de dólares por ano e podia "abrir qualquer porta em Washington". O que era verdade até ele tentar negociar o acesso ao mais sofisticado sistema de vigilância por satélite do mundo, com quem fizesse a melhor oferta. Quando foi descoberto, Backman achou que a prisão era a única maneira que tinha de permanecer vivo e sem segurança. Seis anos depois de ter sido aprisionado, o diretor da CIA convence o presidente dos Estados Unidos a perdoar Backman, e o corretor passa a ser um homem livre - e um alvo perfeito.


Grisham nas telonas


Grisham teve alguns de seus livros adaptados para o cinema. Dentre eles, vou citar os dois que mais me chamaram a atenção: “A Firma” (1993), estrelado por Tom Cruise (“Missão Impossível”) e dirigido por Sidney Pollack (“Tootsie”), que, inclusive originou uma série de tv ambientada 10 anos após os fatos do livro e do filme, exibida aqui no Brasil pela AXN. O outro foi “O Juri” (2003), com John Cusack (“O Corvo”) Gene Hackman (“O Destino do Poseidon”), Dustin Hoffman (“Taxi Driver”) e Rachel Weiss (“A Múmia”), nos papéis principais e dirigido por Gary Fleder (“Beijos que Matam”).


Sobre Grisham


John Ray Grisham Jr. é um escritor estadunidense. É o sexto escritor mais lido nos Estados Unidos da América, segundo a Publishers Weekly. É ex-político e advogado aposentado. Nascido em Arkansas, em 1955, formado em direito pela Universidade do Mississípi, a atividade de advogado, obviamente, influenciou a temática de seus livros, que já tiveram mais de 250 milhões de exemplares vendidos e foram traduzidos para 31 idiomas (www.jgrisham.com).

Sobre as obras lidas



A revisão da editora Rocco deixa a desejar, com pontuações falhas em diversos momentos. No entanto, esse não é o principal problema dos livros. Não é preciso ser um especialista em John Grisham para logo se dar conta de seus artifícios, ora cansativos, ora simplesmente bregas. Em certo ponto da leitura das obras, você começa a se perguntar o que mais falta acontecer para a óbvia conclusão? O maior estímulo é acabar logo aquela história – não pelo desfecho, mas para partir para uma mais interessante. Entretanto, a leitura é recomendável, mas apenas para quem realmente seja um amante dos livros. Quem não é não conseguirá passar do primeiro capítulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário