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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A MARCA DA BESTA?

Saiu recentemente no The New York Time (NYT) que uma série de computadores “vestíveis” está sendo desenvolvida por algumas empresas e entidades de ensino, como a Universidade do Illinois, nos Estados Unidos. Os aparelhos são apresentados em forma de pequenos selos flexíveis colados diretamente na pele, ou mesmo debaixo dela, que tornariam o usuário um “terminal ambulante” com acesso à internet. Mais do que isso, a pessoa seria localizada via GPS onde quer que estivesse e seus dados sobre estado de saúde e desempenho físico seriam conhecidos. Muita gente esta vendo a novidade como normal.

Isso é mais ou menos o que já acontece com bilhões de pessoas no mundo todo que estão conectadas 24 horas por dia nos seus smartphones, embora o telefone não esteja sob a pele. Os dispositivos eletrônicos tomaram conta de nosso cotidiano de uma forma tão poderosa que quase ninguém mais pensa sobre eles. Com excesso de tecnologia e sem muita reflexão, nós é que nos tornamos uma espécie de máquina programada para checar redes sociais constantemente, acompanhar noticiário em tempo real e responder mensagens instantâneas a qualquer hora. Isso sem contar os acessos às futilidades que estão exorbitantemente disponíveis na rede.

Os tais computadores na pele que o NYT mostrou permitiriam compras e acesso a alguns lugares (marcar o ponto ao chegar ao trabalho sem o auxílio de crachás, fazer transações bancárias, compras físicas e online ou entrar no cinema passando por um simples scanner, por exemplo, em vez de mostrar o ingresso de papel). Sim, essas são atividades comuns, algumas até indispensáveis. E, justamente aí estaria o perigo: a pessoa achar que não tem escolha e aderir às marcas computadorizadas na pele.

É o Apocalipse?


Bem antes do advento dos computadores e da internet, há cerca de 2 mil anos, a Bíblia, no livro do Apocalipse, falou sobre tal “marca” na testa ou mãos, sem a qual nada poderia ser feito em sociedade. A marca, conhecida como “a marca da besta”, seria feita naquelas pessoas que não estariam exatamente do lado bom da história. Se quase todo livro tem heróis e vilões, pode ter certeza que em Apocalipse os “marcados” são os servos do vilão. E, conforme a marca terão o mesmo destino do “patrão”: o inferno.

Assim, com base na Bíblia, o avanço das tecnologias no século 21 e o surgimento de dispositivos que podem ser instalados no corpo poderiam indicar a proximidade do Fim dos Tempos.

Perda da autonomia


Não é possível ter certeza de que os computadores para colar na pele são de fato a “marca da besta”. Entretanto, ao permitir que máquinas controlem desde atividades simples até as mais complexas, o homem abriria mão, aos poucos, da sua própria autonomia. Em outras palavras, permanecer ligado o tempo inteiro à internet é uma forma de renunciar à intimidade e à individualidade. Afinal, se a tecnologia é capaz de conectar o mundo inteiro, ela também tem o poder de nos expor a este mesmo mundo. Até que ponto iremos permitir que máquinas controlem nosso cotidiano? A hora de decidir é agora.

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