Estado Islâmico divulgou um vídeo neste domingo (15) que supostamente mostra o grupo decapitando 21 cristãos coptas egípcios sequestrados na Líbia, segundo a agência Reuters. Os egípcios, vestidos em macacões laranja, teriam sido decapitados depois de serem forçados a se ajoelharem no chão. O vídeo foi publicado no Twitter de um site que apoia o Estado Islâmico. A autenticidade das imagens ainda não foi verificada.
A gravação, intitulada "Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz", assinala que é dirigida aos "seguidores da hostil Igreja egípcia", segundo a agência France Presse. Segundo a imprensa egípcia, fotos que supostamente mostram os egípcios sequestrados foram publicadas pela 7ª edição da revista Dabiq, associada ao Estado Islâmico. Imagens da revista estavam circulando nas redes sociais nos últimos dias.
O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, anunciou neste domingo a convocação urgente do Conselho de Defesa, depois do anúncio do vídeo da decapitação. O Conselho Nacional de Defesa reúne, além do chefe de Estado, o primeiro-ministro, os ministros da Defesa e do Interior e representantes de mais alta patente das Forças Armadas.
As milícias islamitas na Líbia acusaram recentemente o Egito de enviar aviões para bombardear suas posições, o que as autoridades do Cairo negaram.
Egito contra-ataca
A força aérea do Egito bombardeou alvos do Estado Islâmico na Líbia nesta segunda-feira, um dia depois de o grupo radical publicar um vídeo mostrando a decapitação de 21 egípcios no país vizinho, marcando uma escalada na batalha do Cairo contra os militantes. Foi a primeira vez que o Egito confirmou ter realizado ataques aéreos contra a facção na Líbia, o que mostra que o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, está disposto a ampliar sua luta contra a militância islamita para além das fronteiras do Egito.
Cairo declarou que a ofensiva da madrugada, da qual a força aérea líbia também participou, atingiu campos, locais de treinamento e áreas de armazenamento de armas do Estado Islâmico na Líbia, onde um conflito civil mergulhou a nação quase na anarquia.
Um comandante da força aérea líbia disse que de 40 a 50 militantes foram mortos no ataque. “Há baixas de indivíduos, munição e de centros de comunicação (do Estado Islâmico)”, afirmou Saqer al-Joroushi à televisão estatal egípcia. “Mais ataques aéreos serão realizados hoje e amanhã em coordenação com o Egito”, disse.
Os 21 egípcios mortos, que eram cristãos coptas e tinha ido à Líbia em busca de trabalho, foram levados a uma praia, forçados a se ajoelhar e decapitados no vídeo, transmitido através de um site que apoia o Estado Islâmico. Antes das execuções, um dos militantes apareceu com uma faca na mão dizendo: “A segurança é algo com que vocês, cruzados, só podem sonhar”.
Fonte: IstoÉ e Terra
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