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quinta-feira, 2 de maio de 2019

ESCRITO NAS ESTRELAS - LEONARDO DA VINCI, 500 ANOS DE ETERNIDADE

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Um dos quadros mais conhecidos e populares da história da arte, a Mona Lisa, pintada por Leonardo da Vinci no início dos anos 1500, ainda impressiona pelos mistérios e simbolismos que o rosto da mulher expõe, além, é claro, da própria beleza da pintura  (Foto: Reprodução)

Embora maior parte da sua vida decorra no século XV, Leonardo (✰1452-✞1519) é, contudo, homem típico do Renascimento, pela genialidade dos projetos em que se empenhou, pela diversidade das suas áreas de interesse, pela sua personalidade multifacetada. Esta caracteriza-se pela inquietude e irrequietude que o levam a mudar continuamente de projetos (tantos e diversos são os seus interesses e a sua ânsia do novo), a deixá-los inacabados, e, enfim, pela sua exigência, senão mesmo obsessão, de perfeição. 

Um homem, um gênio


Leonardo da Vinci é, sobretudo, um homem radicalmente interessado em todos os campos do saber e do conhecimento. E se fundamentalmente é conhecido como pintor - um dos maiores pintores de todos os tempos - e, por isso, tem um lugar garantido e de destaque numa história de arte - é igualmente verdade que, neste campo, também se dedicou à escultura (embora todas as suas obras de escultura se tenham perdido) e à arquitetura.

Igualmente se interessou pela engenharia, designadamente pela engenharia militar, campo no qual inventa uma enorme quantidade de maquinaria, desde as famosa máquinas voadoras, cujos desenhos todos conhecemos, aos carros de assalto e aos submersíveis.

A sua obra científica é espantosa e imensa. Faz estudos de matemática, de física - sobretudo nas áreas da hidráulica e da ótica - e de anatomia, cujos desenhos são famosos e revelam conhecimentos com um século de avanço. Ainda hoje, as suas notas, desenhos e ilustrações nestes domínios podem ser consultados no chamado Codex Atlanticus na Biblioteca Ambrosiana de Milão.

O seu interesse vital parece ter sido, portanto, a investigação científica. Por esta diversificação de áreas de interesse e pela sua genialidade em todas elas, Leonardo transcende em muito os limites de uma história da arte para poder ser considerado uma figura pertencente à história da cultura, à história do espírito humano e das suas realizações ou, pelo menos, das suas ambições.

Leonardo e o seu tempo


Filho ilegítimo de um notário e de uma jovem camponesa, Leonardo veio à luz do dia em 15 de abril de 1452 em Vinci, uma pequena cidade a 30 km de Florença. Aprende com o mestre Verrocchio, a partir de 1470, o desenho, a pintura, a matemática, a perspectiva, a escultura, a arquitetura. 

Em 1472, torna-se membro da corporação dos pintores de Florença. Pinta seu primeiro quadro, A Madona com um Cravo (Neue Pinakothek, Munique) em 1476, último ano que passa no ateliê de Verrocchio. 

Inicia sua carreira solo pintando retratos e cenas religiosas a pedido de nobres e mosteiros da região. Pinta, em 1481, A Adoração dos Magos para Laurêncio de Médicis, o Magnífico. Da Vinci busca então um mecenas para cobrir suas necessidades. Soube que o Duque de Milão, Ludovico Sforza, desejava erigir uma estátua equestre em homenagem ao seu pai. Parte para lá em 1482 e se dedica à criação dessa obra por 16 anos. Construiu um modelo, mas, por falta de bronze, não pôde concretizá-la. 

Já designado "Mestre das Artes" pelo duque, pinta a Última Ceia sobre o muro do refeitório do convento Santa Maria das Graças. O retrato de Cecília Gallerani, a amante do duque, A Dama com o Arminho (Museu de Cracóvia) e A Virgem aos Rochedos (Museu do Louvre) são as telas do final de seu período milanês. A queda de Sforza leva Da Vinci a deixar Milão. Viaja a Veneza e depois a Mântua, onde pinta o perfil da Duquesa Isabel d’Este (Museu do Louvre). É nessa época que pinta seu mais célebre quadro: o retrato de Mona Lisa ou A Gioconda. 

Curiosidades sobre o gênio


"O Homem Vitruviano", de Leonardo da Vinci (Foto: Reprodução)
  • Ele era polímata
Polímatas são pessoas que têm conhecimento em vários assuntos, e da Vinci era uma delas. Entre as funções exercidas por ele, estão a de pintor, escultor, cientista, engenheiro, anatomista, matemático, escritor e arquiteto.
  • O sobrenome da Vinci é derivado da cidade onde ele foi criado
Nascido na comuna de Vinci, na Toscana, o renascentista era filho ilegítimo de uma camponesa com um tabelião. Pouco se sabe sobre a mãe dele, Caterina. Da Vinci foi criado pelo pai, Piero, com quem se mudou para Florença quando tinha 12 anos. Foi lá que começou a se desenvolver nas artes e na engenharia, guiado pelo artista florentino Andrea del Verrocchio, com quem trabalhou por cerca de uma década até mudar de cidade.
  • Ele foi preso
Aos 24 anos, enquanto ainda trabalhava com Verrocchio, da Vinci foi preso e acusado de sodomia com um aprendiz de ourives de 17 anos. Na época, a homossexualidade era considerada crime em Florença. O italiano passou pouco tempo na prisão e foi inocentado, mas precisou pagar multa e aguentar a humilhação pública.
  • A Última Ceia levou três anos para ser finalizada
Com quase 9 metros de largura e 4,6 metros de altura, A Última Ceia foi pintada entre 1495 e 1498. A obra retrata Jesus ao lado dos 12 apóstolos e atualmente está exposta na igreja Santa Maria delle Grazie, em Milão.
  • Mona Lisa representa a esposa de um comerciante de Florença
Lisa del Giocondo, mulher de um comerciante de seda, é a modelo por trás da pintura Mona Lisa. É por isso que, em italiano, a obra é mais conhecida como La Gioconda. Para o resto do mundo, o "mona" do nome foi escolhido por derivar de "madonna", semelhante a madame ou senhora.

A obra foi modificada várias vezes por da Vinci ao longo dos anos e vendida ao rei Francisco I da França, onde ficou até a Revolução Francesa. Ela chegou a ser roubada por um italiano que defendia o retorno da obra à Itália. Mona Lisa tem 77 centímetros de altura e 53 centímetros de largura e pode ser vista no Museu do Louvre, em Paris.
  • Michelangelo detestava da Vinci
A técnica da pintura não era a única diferença entre os dois artistas italianos. Mal-humorado, trabalhador e celibatário, Michelangelo, tido como um dos maiores artistas do Ocidente e arquiteto da Basílica de São Pedro (sede da Igreja Católica em Roma), detestava da Vinci. Certa vez, chegou a xingar e provocar da Vinci ao vê-lo na rua. Acredita-se que as vestes e maneiras suntuosas do autor de Mona Lisa, assim como sua suposta homossexualidade, possam ter irritado Michelangelo.
  • Ele era ambidestro
Recentemente, um estudo conduzido pela Galleria degli Uffizi, em Florença, descobriu que da Vinci era ambidestro. Até então, acreditava-se que o pintor era canhoto. O estudo teve como base um desenho feito por da Vinci em 1473, quando tinha 21 anos. Uma análise das duas frases escritas no desenho levou pesquisadores a concluírem que ele era capaz de escrever com as duas mãos. A historiadora de arte Cecilia Frosinini disse em entrevista à agência de notícias Reuters que o artista "nasceu canhoto, mas foi ensinado a escrever com a mão direita desde muito jovem."

Conclusão


No dia 2 de maio de 1519 morria, em Amboise, na França, Leonardo di ser Piero da Vinci, artista florentino. Devido a suas inúmeras contribuições em praticamente todos os campos do conhecimento humano, Leonardo da Vinci é apontado com um dos homens mais brilhantes da história. 

Após sua morte, é enterrado na capela Santo Humberto, na muralha do Castelo de Amboise. Artista em permanente ebulição, deixou numerosas obras inacabadas. Sobre a pintura, costumava dizer: 
"O bom pintor tem essencialmente duas coisas a representar: o personagem e seu estado d'alma".
[Opera Mundi; Galileu]

A Deus toda glória.
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