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sexta-feira, 10 de maio de 2019

O CRISTÃO E O "JEITINHO BRASILEIRO": A CORRUPÇÃO NOSSA DE CADA DIA


Antes de irmos para o texto do artigo, sugiro uma reflexão. Olhe a imagem abaixo e responda com sinceridade baseado na sua consciência.
  • Você considera que essa prática pode ser chamada de corrupção?
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Conceito

O que é corrupção?


Vivemos dias difíceis. Escândalos de todos os tipos têm vindo à tona, evidenciando a corrupção. Mas o que é a corrupção, que tanto estrago causa à sociedade? Corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. 

O verbo corromper significa "tornar pútrido", tornar podre, quebrar aos pedaços, deteriorar ou perverter moralmente. A corrupção, também conhecida como corrompimento, é a conduta executada com intenção de avariar outra pessoa para se privilegiar. 

O ato é um crime, e pode trazer consequências significativas para o infrator. Quando uma pessoa pratica uma ação que tem como consequência prejudicar outra para obter algum tipo vantagem, ela está cometendo um ato de corrupção.

A corrupção nossa de cada dia


É impossível estar no Brasil ou ler sobre o país nesses dias e não se deparar com a tal palavra maldita: "corrupção". Os políticos roubam a cena (no "bom sentido", é claro) e as ruas estão lotadas de pedidos pelo fim desse mal que nos assola. É um fenômeno mundial e atravessa os tempos. E o que faz com que alguns ajam de maneira indevida para alcançar algum tipo de vantagem?

A corrupção não é praticada apenas por políticos e empresários. Toda a sociedade está sujeita a ela, cometendo as pequenas infrações do dia a dia: furar filas, pagar para se livrar de uma multa, colar na prova... Alguns fatores, embora não a justifiquem, ajudam a explicá-la. O primeiro diz respeito ao que ocorre com nossa escala de valores, o modo como as pessoas e as organizações estão se comportando e relacionando. O que aconteceu à ética, à honestidade, à justiça, à lealdade, aos valores morais?

Corrupto, eu?


Porém, há uma constatação desanimadora que deveria nos incomodar antes de sairmos para manifestações ou batermos panelas: a de que nós, brasileiros, em regra SOMOS TODOS CORRUPTOS/CORRUPTORES. Não se trata de uma justificativa para os atos ilícitos, mas de uma realidade que deve ser compreendida para que nossa pátria seja livre dessa epidemia.

Enquadrar todos nesse rol não é dizer que somos todos dotados de mau-caráter, mas admitir que há inúmeros elementos de corrupção desgraçadamente encravados em nossa cultura e que, para além de hábitos, fazem parte de nosso inconsciente coletivo. Nossa cultura contém elementos únicos e extraordinários, mas nela há máculas éticas que, em última análise, contribuem para sermos hoje um país absurdamente desigual e generalizadamente corrupto.

São muitas as razões históricas que explicam o quadro. Por hora, cabe refletir sobre uma pesquisa Vox Populi de novembro de 2012, segundo a qual praticamente um em cada quatro brasileiros não considera ato de corrupção subornar um guarda para evitar uma multa. Note que estes foram os que responderam sinceramente ao instituto.

Vamos dar mais uma pausa aqui para outra reflexão. Analise as imagens abaixo e responda com sinceridade e de acordo com sua consciência.
  • Você considera essas práticas como corrupção?

Continuando...


Topamos todos os dias em exemplos de crimes e desvirtuamentos éticos cometidos por nós mesmos: não emitir nota fiscal, pegar a contramão na saída da igreja para não ter que esperar pelos que estão à frente, receber troco errado, jogar lixo na rua, usar carteira de estudante de outra pessoa, pegar sacolas a mais no supermercado, comprar produtos falsificados, plagiar trabalhos da faculdade, avisar a outro que desvie de uma blitz, imprimir trabalhos pessoais no emprego (sem que haja o consentimento do patrão) ou mesmo levar um clipe pra casa… Ou que tal ainda ensinar um filho a fazer algo certo para que ele receba uma recompensa?

Nossa educação informal e nossas relações sociais estão comprometidas. A diferença entre quem leva 1 real de vantagem ilícita em uma esquina qualquer e um político que leva 1 milhão em propina é apenas a dimensão da oportunidade. Nossos pequenos e grandes gestos de esperteza, indecência, desvergonha, malandragem e gatunagem estão matando as esperanças de que um dia possamos ser uma pátria justa.

Todo político é corrupto? Só os políticos são corruptos?


"Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra; e enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: 'Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não?' 
Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: 'Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E Ele diz-lhes: 'De quem é esta efígie e esta inscrição?' Dizem-lhe eles: 'De César.' Então Ele lhes disse: 'Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.' E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram" (Mateus 22:15-22).
Dados recentes revelam que os brasileiros devem à Receita Federal 1 trilhão de reais. Há quem justifique a sonegação com o argumento de que "se o país não faz nada por mim, não devo nada a ele". Esse é o mesmo individualismo que corre nas veias dos corruptos de gravata. Parece que o que importa a todos, seja nos becos esburacados ou nas avenidas asfaltadas, é saber "como se dar bem", seja matando pelo comando do tráfico ou não dando espaço para o carro ao lado passar. Este é o ciclo vicioso: não se sabe se os políticos em geral são corruptos porque o povo os legitima ou se o povo é corrupto porque os políticos são o maior exemplo.

E agora? Basta apenas trocar os políticos da situação pelos da oposição? Adiantaria varrer do poder todos os atuais políticos? Não esqueça que há supostos envolvidos no caso Petrobrás que há vinte e poucos anos estavam nas ruas berrando contra a corrupção na Era Collor. É preciso mudar nosso DNA social. Precisamos de uma revolução cultural. A começar por todos aqueles que compreendem essa necessidade.

Precisamos de pessoas que estejam dispostas a suportarem em sua própria pele o ônus de começar a mudar o Brasil. Não usando o acostamento, mesmo que se chegue atrasado no trabalho; devolvendo o troco dado a mais, mesmo precisando daquele dinheiro; juntando o papel do chão como se fosse em nossa sala, por saber que a cidade é nossa, mesmo que o papel seja de outro, pagando inteira, mesmo que a carteira de um amigo esteja disponível; não colando na prova, mesmo que isso signifique uma reprovação; rejeitando a propina, mesmo perdendo a oportunidade de incrementar a renda; respondendo com delicadeza a um ato de grosseria, mesmo que passe por "fraco" e "frouxo".

Precisamos de brasileiros dispostos a não se darem bem a qualquer custo. A serem a mudança que queremos ver em nossos políticos. Pais e mães que façam o que é correto, mesmo que apenas seus filhos estejam olhando, pois isso fará toda a diferença em nosso país daqui a poucos anos. Nessa sociedade que queremos, não haverá motivo para nossos representantes serem diferentes de como seremos. Eles serão como nós. Como são hoje, aliás.

Conclusão


O comportamento do indivíduo passa, muitas vezes, para as organizações (políticas, empresariais ou do terceiro setor), que são compostas e dirigidas por esses mesmos indivíduos, e que muitas vezes corrompem e se deixam corromper em troca de poder, vantagens ou lucros maiores. O crime de corrupção leva a outros, como tráfico de influência, subtração dos recursos públicos, sonegação, desfalques, peculato.

Está claro que a corrupção cria insegurança, principalmente quando atinge o Estado. Dependendo do grau de envolvimento dos agentes públicos e dos danos, pode gerar desconfiança de investidores, empresários e consumidores com relação às políticas governamentais, o que resultaria em crise – não apenas política, mas também econômica, como vemos agora. A solução? Está em nós mesmos, sendo necessário que cada indivíduo faça um reexame de suas práticas, criando o seu self-compliance, monitorando a si mesmo quanto aos valores e convicções.

Por isso que cada cristão está chamado a ser responsável com o dom que recebeu. Fazer parte da família de Deus é um grande dom e também uma grande responsabilidade. Um cristão não é a resposta do mundo, mas ele conhece Aquele que o é e que disse de si mesmo: 
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (João 14:6). 
O cristão reconhece essa verdade e, de alguma forma, busca que ela penetre no coração das pessoas e que elas sejam assim, reconciliados.

Jesus, em diálogo com seus discípulos, deixa claro que é de dentro do coração do homem que saem as impurezas, que podemos entender como corrupção (Mateus 15:19,20). E é esse coração que Ele veio reconciliar, para que dele volte a sair todas as coisas boas e puras para as quais foi criado. Essa é a verdadeira mudança que o mundo precisa para acabar com a corrupção, uma mudança de corações.

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religião

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