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quinta-feira, 23 de maio de 2019

TENHO O PRIVILÉGIO DE TER FEITO PARTE DA "GERAÇÃO MORAL E CÍVICA"




A Educação Moral e Cívica (EMC), enquanto disciplina específica da cultura escolar, recebeu maior notoriedade no Brasil durante os anos da Ditadura Civil-Militar (1964-1985), sendo os seus livros didáticos significativos veículos de disseminação de controles e valores a serem interiorizados pela nova geração brasileira. 

Como resultado o homem civilizado deveria (auto)controlar seus impulsos considerando os códigos de comportamentos e sentimentos morais, religiosos, patrióticos e cívicos, particularmente nos conteúdos sobre a formação da personalidade do indivíduo (valores, virtudes, direitos, deveres, hábitos e costumes) e sobre a constituição de configurações sociais (família, escola, igreja, forças armadas, estado nacional). 

A Família era compreendida como a base da sociedade, um dos principais alicerces sociais, logo ela era imprescindível para a formação do considerado homem civilizado que se guiaria pelos exemplos das pessoas mais velhas de seu clã.

A importância da moral e cívica


Excetuando-se o viés - e os excessos - dos rigores das imposições militares contextuais à minha época, é de grande importância, entendo, levarmos aos jovens brasileiros a importância de valores morais e éticos a conduzi-los em todos os momentos de suas vidas. 

A propósito desses valores li uma notícia que me causou grande emoção: um professor brasileiro, fazendo intercâmbio na Europa, entrou numa estação de metrô em Estocolmo, capital sueca, e notou a existência de muitas catracas comuns; notou, porém, entre essas, uma destinada a passagem grátis; quem por ela passava, nada pagava. 

Curioso, esse professor questionou a vendedora de bilhetes indagando-lhe porque aquela catraca ficava permanentemente liberada e sem nenhuma segurança por perto. E ela lhe explicou: aquela catraca era destinada às pessoas que, por qualquer motivo, não tivessem dinheiro para comprar o bilhete para a viagem do metrô. E o professor brasileiro perguntou: 
"e se a pessoa tiver dinheiro e simplesmente não quiser pagar?" 
E ela respondeu-lhe, singelamente: 
"mas por que essa pessoa faria isso?" 

Isso dá um exemplo real de como são os conceitos éticos e morais num país efetivamente civilizado. Se no Brasil usássemos esse sistema seriam poucas ou muitas as pessoas a burlarem a passagem no metrô optando pela catraca livre se ninguém estivesse fiscalizando? 

Vejam o exemplo deplorável do que acontece dentro dos ônibus, aqui em Belo Horizonte e região metropolitana, onde, na ausência da figura do agente de bordo (e até mesmo com a presença desse profissional), o número absurdo de usuários que entram nos veículos e, numa total falta de respeito com os condutores - que são a figura da autoridade dentro ônibus - e os demais usuários pagantes, saltam a catraca, entram pela porta traseira, ou descem pela dianteira, se recusando a cumprir seu dever que é o devido pagamento da passagem. E muitos desses são aqueles que de maneira controversa reclamam quando há o aumento no valor das tarifas.

É uma questão, claro, de foro íntimo: se a pessoa tem moral, ética, princípios religiosos, não praticará um ato imoral, ilegal, porque ela tem um fiscal dentro de si: sua própria consciência! 

O imediatismo egoísta da "Geração Y" X a noção cidadã da "Geração M & C"


Isso, infelizmente, hoje está faltando. Estamos criando uma geração, com exceções, é claro, sem uma conduta correta e, em todos os momentos, acontecem fatos a nos deixarem profundamente preocupados com a violência e a corrupção. 

Onde está o discernimento dessas pessoas? A consciência do certo e do errado? Nas famílias muitos pais, ocupados na luta diuturna pela sobrevivência, chegam em casa cansados e não têm tempo para transmitir valores morais, éticos e espirituais aos seus filhos. Também muitas igrejas, contaminadas pelo espírito capitalista em detrimento - e em casos extremos, até mesmo em substituição aos espirituais - negligenciam esse papel e muitos brasileiros sequer vão a alguma igreja. 

Nas escolas, mal e mal, ensina-se o português, a matemática e outras matérias, mas falta a educação moral e cívica. Diante disto, criamos uma geração comprometida com uma lei diferente, a lei vigorante no Brasil de hoje: a de levar vantagem em tudo, custe o que custar. É o ego no altar e o universo gravitando em torno da circunferência umbilical.

Conclusão


A educação moral e cívica foi parte do currículo obrigatório das escolas brasileiras durante o regime militar, com o decreto-lei número 869, de 1969, durante o governo do general Costa e Silva. O período é considerado um dos mais rígidos do regime, notadamente pela criação do AI-5, o Ato Institucional que garantia poder de exceção aos governantes. 

Na sua configuração original, o ensino de moral e cívica ocorria em duas etapas. A primeira, no ensino primário, ensinava a ética cristã e os valores tradicionais da família brasileira. A segunda etapa, ensinada no ensino secundário, trabalhava conceitos históricos, geográficos, políticos e jurídicos. 

A disciplina se tornou optativa em 1992, sete anos após o fim do regime militar. Em 1993, o presidente Itamar Franco (★1930/✞2011) revogou o decreto-lei, acabando com a existência de uma disciplina específica e passando a incluir os conteúdos nas áreas de Ciências Humanas e Sociais. Recentemente houve a ideia de se voltar com a disciplina no currículo escolar - o que gerou, obviamente, uma incoerente, mas já esperada, resistência por parte de alguns militantes e ideólogos de esquerda. Mas, independente de posicionamentos e ideologias, eu me orgulho de feito parte da "Geração M & C" e de ter absorvido o principal e mais importante dela: sua essência, no qual equilibro os pilares de meus conceitos éticos e das minhas convicções.

[Fonte: Jus Brasil]

Ao Deus, toda glória. 
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E nem 1% religião

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