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segunda-feira, 4 de julho de 2016

JESUS E "O BOM LADRÃO"

33 Quando chegaram a um lugar conhecido como Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à direita e o outro à sua esquerda. 34 Apesar de tudo, Jesus dizia: 'Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!' A seguir, dividiram entre si as vestes de Jesus, tirando sortes. 35 Uma grande multidão estava presente e a tudo observava, enquanto as autoridades o ridicularizavam, exclamando: 'Salvou os outros! Pois agora salve-se a si mesmo, se é de fato o Cristo de Deus, o Escolhido!' 36 Da mesma forma os soldados se aproximaram e também dele zombavam. Oferecendo a Ele vinagre. 37 E o provocavam: 'Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!' 38 Também havia sido afixada uma inscrição acima dele, onde se lia: ESTE É O REI DOS JUDEUS. 39 Um dos criminosos que ali estavam crucificados esbravejava insultos contra Ele: 'Não és tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também!' 40 Mas o outro criminoso o repreendeu, afirmando: 'Nem ao menos temes a Deus, estando sob a mesma sentença? 41 Nós, na verdade, estamos sendo executados com justiça, pois que recebemos a pena que nossos atos merecem. Porém, este homem não cometeu mal algum!' 42 Então, dirigindo-se a Jesus, rogou-lhe: 'Jesus! Lembra-te de mim quando entrardes no teu Reino'. 43 E Jesus lhe assegurou: 'Com toda a certeza te garanto: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!' - Lucas 23:33-43 (King James Atualizada
Antes de qualquer coisa quero esclarecer que simpatizo com a opinião do apóstolo Paulo (citando o Salmo 14:1b em Romanos 10:1a): "'Não há um justo, nenhum sequer' [...]" O título "bom ladrão" foi dado a um dos crucificados com Jesus para identificar aquele que se arrependeu no último momento da sua vida e reconheceu que o Reino que Cristo anunciava não é deste mundo. A resposta imediata que ele obteve do Senhor foi: "'Eu te garanto: Hoje você estará comigo no paraíso'."

Lendo esta narrativa, alguns pensamentos vêm à minha mente. Um deles diz respeito à compreensão de quem era Jesus. É interessante notar a percepção deste condenado... Nem os discípulos de Jesus tiveram uma agudeza desta, por isso eles abandonaram Jesus na hora H; entristeceram-se profundamente; voltaram às suas atividades normais depois da crucificação; duvidaram da sua ressurreição e quando o viram ressurreto ainda insistiram na pergunta: "É agora que o senhor vai restaurar o reino de Israel???" (Atos 6:1). 

Poucos tiveram a percepção deste condenado. Talvez Simeão, a mulher samaritana, Zaqueu... Mas convenhamos, na posição que aquele homem se encontrava, não dava pra ter muitas esperanças não! Imagine você no lugar dele.

Outra questão que reporta a minha mente é a preocupação de muitas pessoas com aqueles que (como eu, por exemplo...) tiveram uma vida dissoluta e um dia se convertem. É muito comum ouvir este tipo de questionamento nas tardes de evangelização, e é maravilhoso poder explicar da graça e do perdão de Deus a TODOS os homens (1 Timóteo 2:4). Foi exatamente o que aconteceu com Jesus na casa de Simão:
"40 Então, voltou-se Jesus para o fariseu e lhe propôs: 'Simão, tenho algo para dizer-te'. Ao que ele aquiesceu: 'Sim, Mestre, dize-me'. 41 'Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42 Nenhum dos dois tinha com que pagar, por isso o credor decidiu perdoar a dívida de ambos. Qual deles o amará mais?' 43 Replicou-lhe Simão: 'Imagino que aquele a quem foi perdoada a dívida maior'. Ao que Jesus o congratulou: 'Julgaste acertadamente!'" - Lucas 7:40-43 (KJA)

Trapo de imundície


Invariavelmente, todo mundo tem um senso natural de justiça própria baseado na lei do merecimento. É justo que quem peca mais (segundo o "meu padrão", lógico), deve sofrer mais. O não cristão pensa que Deus vai pesar numa balança pecadinhos e pecadões de um lado e comparar com as boas obras para ver se estamos em débito ou crédito com Ele. O incrédulo não consegue conceber nem aceitar a ideia de perdão. Mas, vejamos como Deus vê a nossa justiça: "Ora, todos nós estamos na mesma condição do impuro! Todos os nossos atos de justiça se tornaram como trapos de imundícia" (Isaías 64:6a). Segundo a tradição, a expressão "trapo de imundícia" tem a sua origem na ação de um leproso em limpar suas feridas com um pedaço de pano. 

O leproso era considerado imundo e vivia separado da comunidade e não havia ninguém interessado em cuidar dele; E na sua dor, ele se valia de um pedaço de pano e procedia a limpeza superficial de suas feridas que muitas vezes já estavam podres e cheirando mal. Após vários procedimentos o pano ficava muito sujo e já não mais prestava para a limpeza. O pedaço de pano se tornava em um "trapo de imundícia". Segundo as Escrituras Sagradas a lepra é o tipo do pecado; E que todos pecaram e separados estão da glória de Deus; E que o salário do pecado é a morte.

O homem não foi criado para morrer; E há também a segunda morte que é o passar da separação parcial de Deus para a separação eterna (Leia Romanos 6:23, Apocalipse 20.). Seguindo esse mesmo contexto o apóstolo Paulo diz: "23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus."

Lemos em Colossenses 2:14 que "[Jesus] tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz"; e João relata: "E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1 João 2:2).

Até os pecados do seu companheiro de sentença Jesus estava pagando! Aliás, dos dois... Ou melhor: os pecados de TODA humanidade foram pagos. O problema do pecado já está solucionado, de forma que ninguém será condenado por Deus porque peca mais ou peca menos (quer queiram os religiosos ou não). A pessoa é salva ou condenada pelo fato de aceitar ou não a salvação oferecida por Deus por intermédio de Jesus. É o que diz João 3:17-18: "Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus."

Conclusão


Por último, penso muito sobre quem Deus escolhe "para jogar no seu time". Note o que Paulo escreve aos coríntios:
"Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus." -  1 Coríntios 1:26-29
Gosto deste texto porque é um alívio para mim. O que aquele miserável tinha para oferecer a Jesus naquele momento senão a sua alma? Que mérito ele tinha? O que mais ele poderia fazer pendurado naquela cruz?

E nós? O que temos a oferecer para Deus? O que podemos oferecer a Deus em troca da nossa salvação? Deus amou o mundo... não porque viu em nós algo que o impressionasse. Deus nos ama porque Ele é amor e quer ver refletido em cada um de nós o Seu caráter.

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