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terça-feira, 1 de outubro de 2019

TODA GENERALIZAÇÃO É BURRA, COVARDE, INJUSTA E PERIGOSA

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A idiotice não escolhe cor, sexo, conta bancária, aparência física, credo. É o que podemos constatar nessa era digital nos baseando em fatos tão inacreditáveis que diariamente são expostos pela grande mídia, nos causando um misto de indignação, comoção e consternação. A idiotice é como a loucura, simplesmente se instala. Chega como a febre. E não tem graça nenhuma como querem os poetas.

Generalização leva ao preconceito e: o "criador" se torna pior que a "criatura"


Imagine que, numa cirurgia, um determinado médico comete um erro, e isto faz com que o paciente venha a falecer. Outro médico prescreve uma medicação errada, e seu paciente morre. Depois disso, não é incomum ouvirmos: 
"Deus me livre de ir ao médico, não quero morrer". 
Desse modo, todos os médicos são tachados de "assassinos", desconsiderando-se as milhares de pessoas cujas vidas foram salvas pela intervenção oportuna de inúmeros médicos competentes e "salvadores".

Imagine também que alguém está de passagem por uma cidade e vê um bêbado na calçada. Dali a pouco, vê outro bêbado caído. Então deduz e afirma: 
"Nessa cidade só tem bêbado!" 
Ao continuar na estrada a comportados 60 quilômetros por hora, um carro passa veloz: Zuuum! Outro carro faz o mesmo: Zuuum! Daí comenta-se: 
"Os motoristas daqui são 'velozes e furiosos', uns irresponsáveis".
Alguém ouve o noticiário a respeito de alguns poucos atos de violência numa determinada cidade, e conclui: 
"Jamais irei a essa cidade, é violenta demais".
Um líder religioso comete um pecado de imoralidade, e a todos os outros são imputadas a mesma pecha de "imorais, tarados" etc. Um político é pego em corrupção, logo todos os políticos são tachados de desonestos e indignos de confiança. Dizer que as loiras são burras, ou que os advogados são espertalhões, ou que os evangélicos são antiquados, são formas de generalização que não são outra coisa senão mera expressão de preconceito.

Da mesma forma se estabelecem os preconceitos contra minorias – negros, judeus, nordestinos, homossexuais etc. Um ou dois contatos pessoais desagradáveis são transformados na condenação de todo o grupo social.

Isso tudo é resultado da capacidade de generalização comum. Só que isso pode se transformar em um grande perigo, exatamente por estabelecer preconceitos devastadores e balizar comportamentos de exclusão e indiferença, além de em nada ajudar a vivermos melhor. Antes, pelo contrário, pode minar a nossa confiança na vida, nos grupos sociais "diferentes" e, por extensão, em toda a sociedade.
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Preconceito, entre outras coisas, é isso: tirar conclusões antes de, a priori. No dicionário: 
  • sm. 1. Ideia preconcebida. 2. Suspeita, intolerância, aversão a outras raças, credos, religiões, etc.
Todos nós somos preconceituosos em maior ou menor extensão e somente a aproximação, o contato, o conhecimento pode minimizar nosso grau de preconceito para com todas as coisas. 

Recentemente, após a polêmica levantada por uma conhecida colunista social, que propôs ideias absurdas e totalmente insanas para controlar os arrastões acontecidos no Rio de Janeiro no verão – como tirar ônibus de circulação das regiões menos favorecidas e/ou cobrar a entrada nas praias – a palavra "preconceito" se tornou a grande vedete das "implacáveis" hashtags e diversas pessoas opinaram sobre o assunto. Observe o texto abaixo:
"Em um mundo onde ser 'VIP' e obter exclusividades são o ápice do prazer aristocrático, a popularização do acesso a educação, saúde, viagens e bens de consumo deve ser mesmo um horror. 
Imagine que absurdo o filho do motorista estudar na mesma faculdade que o filho do grande empresário, ou encontrar a manicure fazendo compras naquela que era a loja preferida das madames classudas. 
Ainda mais ultrajante deve ser ver a empregada jantando filé mignon e dizendo aos patrões que, de uma vez por todas, a escravidão acabou. 
Haja Lexotan para acalmar os ânimos dessa gente, tão afeita a mandar e desmandar sozinha em seus feudos imaginários. Quanto a isso, só resta uma coisa a ser dita: acostumem-se… A tendência é piorar."
Era para ser um texto anti-preconceito, certo? Era! Porque acaba sendo preconceituoso em seu contexto, também, ao generalizar, ao sugerir que pessoas mais favorecidas financeiramente pensam como algumas tantas que fazem seleção dos indivíduos baseando em sua classe social e/ou condições financeiras e isso não é verdade.

Há pessoas que não são ricas e que moram nas chamadas "áreas nobres" (mais uma nuance da generalização e do preconceito) das grandes metrópoles. E muitos dos moradores dessas áreas nunca se incomodaram com os transeuntes de outros bairros. Há sim muitas pessoas riquíssimas que não desejam nenhum tipo de segregação, fazem trabalhos voluntários maravilhosos, lutando por direitos iguais e ensinando seus filhos a tratar bem e reconhecer o valor de todas as pessoas independentemente de classe social, raça, cor, confissão religiosa, ideologia política-partidária ou orientação sexual.

Todo favelado é bandido?


Da mesma forma, é comum se afirmar que "todos os favelados são bandidos". E isso é verdade? Obviamente que NÃO! Antes, muito pelo contrário, a maioria absoluta dos moradores dos morros, favelas, vilas, comunidades e/ou aglomerados é constituída por pessoas de bem, cidadãos cumpridores dos seus deveres e não devedores de absolutamente nada à justiça.

É claro que existem sim mauricinhos (e patricinhas) desmiolados por aí, que infelizmente tem nojo de pobre, de favelados mas acreditar que toda pessoa que não é pobre, a priori, não gosta de pobre, é um erro tão grande quanto ter nojo de pobre - válido também o "vide-verso". Preconceito igual. E fomenta segregação da mesma forma. E o mesmo se enquadra aos demais tipos de preconceitos. Por exemplo: há sim evangélicos que são "homofóbicos", mas nem todo evangélico é um "homofóbico". E o que dizer então quando o assunto é posicionamento político? A guerra insana entre militantes extremistas de direita e esquerda é algo surreal.

O perigo vicioso da generalização


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Generalizar é tornar geral, tornar comum, vulgarizar. Ao fazer generalizações, estamos tornando comum a muitos indivíduos algo que diz respeito apenas a um ou a poucos. Há o ditado clássico de que 
"uma andorinha só não faz verão"
Pelo mesmo motivo, um ou dois exemplos não bastam para estabelecer uma generalização defensável.

Este tipo de raciocínio é muito comum e antigo. Aristóteles (384-322 a.C.), pensador grego denominou-o "raciocínio pelo exemplo" (ou poucos exemplos) e deu-lhe lugar de destaque entre os enganos que induzem os incautos a falsas conclusões. Os romanos chamavam-no de "secundum quid". Em suma, consiste em não contar todas as andorinhas e ir logo anunciando que é verão.

Por exemplo, durante uma discussão sobre bebida e longevidade, alguém fala de um parente que bebe desde a adolescência e está vivo, saudável e com 90 anos. A partir daí monta-se um corolário simplista que conjuga bebida alcoólica e longevidade como parceiras. Uma canção brasileira ilustra bem isso em seu refrão que é a síntese de sua composição: 
'...Eu bebo sim, estou vivendo; tem gente que não bebe, está morrendo...' ("Eu Bebo Sim", Elizeth Cardoso [✩1920/✟1990], 1972).
E o mesmo raciocínio ilógico se estende ao nocivo hábito de fumar. Os defensores do tabagismo, à despeito de todos os males causados pela nicotina, afirmam que 
"conhecem fulano de tal que fumou durante toda a vida e faleceu de velhice". 
Discussões baseadas em raciocínios dessa espécie podem prosseguir indefinidamente sem levar a nenhuma conclusão plausível ou com um mínimo de razoabilidade.

A questão é: um exemplo típico prova uma suposta verdade ou apenas a ilustra? Pergunta-se então: até que ponto a miséria, os conflitos e as perseguições existentes no mundo, hoje, não derivam desse malfazejo vício da generalização?

Algumas generalizações são meras extrapolações. Pegam-se poucos dados, faz-se um gráfico, traça-se uma curva que os una e continua-se para além dos dados. Uma pessoa incauta, ao seguir essa curva, pode perder-se para sempre num preconceito sideral.

Todo político é corrupto?


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Tomemos o exemplo do que tem ocorrido costumeiramente no cenário político nacional. A impressão que se tem, ao ouvir certas pessoas, é que o Congresso Nacional está tomado por bandidos do colarinho branco. Isto porque está mais comum ouvirmos a respeito de quebra de decoro parlamentar e problemas com desvios de dinheiro público. Ouve-se a respeito de um servidor público corrupto, então o julgamento é que 
"no governo só tem ladrão". 
De fato, é preciso separar as coisas. Uma única andorinha não faz verão, mas é necessário saber contar as andorinhas. A verdade maior é que a imprensa tem divulgado alguns casos reais de corrupção e a sociedade tem se posicionado para puni-los, não o contrário.

Todo pastor é ladrão?


Sim, de fato existem muitos ditos "pastores" que fazem da manipulação da fé de seus fiéis uma moeda de troca e favorecimentos ilícitos. Mas isso quer dizer que todo pastor tenha esse tipo de conduta reprovável? Obviamente que NÃO! Inclusive, não se deve nem falar em "maioria", como vaticinam os que gostam de generalizar, pelo simples fato de não conhecerem a maioria. Há sim, indiscutivelmente, muitos homens e mulheres sérios, tementes a Deus e que vivem no exercício irrepreensível de seus chamados ministeriais.

Indivíduos com caráter deformado, com a probabilidade de desvios morais e de condutas podem ser encontrados em todas as classes, em todos os segmentos da sociedade, mas em absoluto perfazem a maioria ou são os representantes dessas respectivas classes e segmentos.

Conclusão



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Estou pessoalmente convencido de que o Brasil tem jeito, de que há homens sérios no cenário político nacional, assim também como estou certo de que há corrupção e muitos problemas a serem enfrentados e vencidos, especialmente agora pela assepsia cívica levada a efeito pela Operação Lava-Jato. 

Mas daí a julgar, generalizando que está tudo errado, que ninguém presta, apenas por causa de alguns exemplos, é uma temeridade que beira a ignorância. E tal ignorância está fadada a repetir os mesmos erros na hora de escolher, através do voto, os nossos "políticos" representantes.

Jesus ensinou: 
"Não julgueis segundo a aparência, e, sim, pela reta justiça" (João 7:24). 
Por isso, devemos aprender a fazer um raciocínio seguro. Julgar retamente depende de dados em número suficiente para uma generalização racional e, em um estágio ulterior, de novos fatos para verificá-la. Só assim a mente humana pode adquirir conhecimentos úteis e julgar com retidão.

Se assim procedermos, talvez possamos nos alegrar de que nem tudo está perdido, que ainda existem pessoas de bem, que o mal pode ser vencido e que não nos esforçamos inutilmente para tornar a vida melhor e mais densa de sentido.

A generalização, no final das contas, pode ser mais perigosa e danosa do que o preconceito. Porque o preconceito, sendo "pré", pode ser mudado com conhecimento de causa; a generalização, não. A generalização leva a crenças absolutas e absolutismos sempre acabam em... "ditaduras", "holocaustos", "torres gêmeas" e "je suis Charlie".

[Fonte: Obvius, por Mônica Montone]

A Deus toda glória. 
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