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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O CRISTÃO FRENTE AO DESAFIO DA INVERSÃO DE VALORES

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém. Todas coisas me são lícitas, não eu não me deixarei dominar por nenhuma" ( 1 Coríntios 6:12).
Neste texto Paulo fala exatamente da base para definir o que é certo. Mas, atualmente, é possível delinear o que é certo ou errado, uma vez que, a inversão de valores está cada vez mais forte nos diversos setores da sociedade? 

E neste cenário bizarro, nós, os cristãos – e/ou os que se identificam como tais -, temos um grande desafio, pois, o que é considerado politicamente correto para grande parte do arcabouço filosófico da sociedade atual, em grande extensão – a quase maioria – vai frontalmente contra tudo o que a Palavra de Deus, dita – mas nem sempre, tida – como nossa regra de fé e de prática, nos orienta sobre o certo e o errado.

O certo é certo, o errado é errado?... Só que não!


Como o Altíssimo era o alicerce, o parâmetro do apóstolo, era nEle que Paulo se apoiava para não errar, usando a sabedoria fornecida pelo Espírito Santo. Ele fala claramente, no fim do versículo, do perigo que qualquer pessoa corre de ser dominada pela má escolha acreditando que seja a correta. Ele sabia que era livre, mas que também era preciso ser sábio para desfrutar dessa liberdade.

Infelizmente, hoje em dia é comum vermos as coisas de cabeça para baixo. A inversão dos valores tem prejudicado a sociedade e a convivência entre as pessoas. O maior termômetro que temos para medir esse fenômeno são as redes sociais e/ou mídias digitais. Defeitos são festejados como qualidades. O individualismo e o egoísmo são elogiados como se fossem bons, enquanto o altruísmo e a ajuda ao próximo são vistos como tentativas de se promover. Uma pessoa que se relaciona sexualmente com qualquer um é logo tida como "bem resolvida". Quem leva vantagem de forma desonesta é "esperto".

E tem mais: quem é honesto ganha o carimbo de otário. Um ateu é visto como "evoluído", enquanto um cristão é rotulado de fundamentalista, retrógrado, alienado e intelectualmente limitado. Os filhos não respeitam os pais e estes muitas vezes, em vez de protegê-los, os torturam, violentam e até matam. As escolas viraram ambientes inseguros em que os alunos saem mais confusos do que esclarecidos. 

Casamento e fidelidade são vistos como ultrapassados, enquanto ter um relacionamento aberto virou moda. A família tradicional é vítima de ataques, resistências e oposições, enquanto as "famílias genéricas" e/ou alternativas, são as defendidas. E o que dizer da ideologia de gênero? Hoje em dia, você festejar o sexo do bebê que está por vir é motivo de críticas ("Menina veste rosa e menino veste azul"? Como assim?). Se orgulhar de sua heterossexualidade é uma afronta - quase um "crime de homofobia" - já que o orgulho em ser gay é celebrado.

Os limites ente o bem que leva a sociedade para a frente e o mal que a destrói são sutis. Só que, ultimamente essa confusão tem sido muito maior. A falta de uma base para definir o que é saudável é a principal causa dessa percepção desfocada. 

O apóstolo Paulo já sabia dessa confusão. Ele citou um cenário que retratava parte da sociedade de sua época, mas que se encaixa perfeitamente no nosso contexto atual. A Bíblia fala dos que agem com más intenções:
"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amago! (...) Dos que justificam ao ímpio por suborno, e aos justos negam a justiça" (Isaías 5:20,23).
Sim, as Escrituras advertem sobre o destino de quem toma o ruim como bom, mas também se encaixam nesse padrão os que se baseiam só em sua inteligência humana e acham que não precisam de Deus. O último versículo, inclusive, mostra como a própria justiça pode ser corrupta, quando quem está na função de defender o certo recebe subornos para favorecer o errado. Assim como foi no passado, é no presente.

Operação lava alma

"Meus heróis morreram de overdose"


Talvez muitos leitores estejam pensando como isso se encaixa em nossa sociedade atual. A Operação Lava-Jato foi organizada para investigar a corrupção entre os políticos e instituições e empresas que queriam controlar a política em benefício próprio e não da população e hoje em dia é acusada de "opressora" dos "pobres coitadinhos" que estão presos: a polícia virou vilã e o criminoso, à despeito de todos os crimes escancaradamente cometidos, virou bonzinho, e tem até um "herói" dentre eles. 

Vejam o descalabro da situação: num contexto onde a violência galopa ferozmente em uma escalada brutal, como pode alguém levantar questionamentos e se opor ao ministro que propõe e idealiza um pacote anti crime? Pois é! E a grande imprensa, com seu importante papel de informar, se torna um instrumento de manipulação da informação, distorcendo e/ou omitindo os fatos em defesa de suas conveniências ideológicas em detrimento do compromisso com a imparcialidade, a isonomia e o bem coletivo.

A própria história da humanidade está repleta de acontecimentos em que populações quase inteiras foram iludidas para não pensar e assim deixar os supostos líderes ditarem as regras. Os dominados seguiam esses direcionamentos achando que seus "salvadores" cuidariam de tudo. Porém, na verdade, eram apenas usados como “idiotas úteis” para gerar riqueza à qual não teriam acesso.

Não é mera coincidência se o presente e o passado se confundem no parágrafo acima. O Nazismo agiu exatamente dessa forma. Assim como todas as tentativas de se implantar o comunismo em sociedades que tiravam do povo os ideais de Deus, para que seus cidadãos fossem pouco mais do que gado a serviço de poucos fazendeiros. O curioso é que muitos, ainda hoje, defendem esses ideais como bons e se vangloriam disso.

Família, escola, governo e mídia


Crianças e jovens começam sua vida social em casa, entre os seus, e depois vão para a escola. Segundo muitos especialistas, esses dois ambientes devem agir juntos para educar os futuros cidadãos, mas nem sempre é o que acontece. E, no meio disso, a criança está sujeita a uma arma poderosa, tanto para quem tem intenções edificantes quanto para aqueles que a usam para "fritar" os cérebros dos pequenos: a mídia em suas mais diversas plataformas.

Educar tem sido uma missão cada vez mais difícil nos dias atuais. Essa dificuldade no ensino não é causada só pelos muitos recursos digitais e tecnológicos que parecem "roubar" a infância das crianças como pelos comportamentos expostos na mídia e em redes sociais que as hipnotizam com conteúdo que estimula o consumismo, a erotização precoce e ditam comportamentos, por mais questionáveis, contraditórios e equivocados que eles sejam. E isso facilmente constatado no "[des]nível" de grande parte das nossas classes falantes, formadores de opiniões, os famosos influenciadores (digitais, ideológicos ou intelectuais). 

O menor de idade, com o senso de discernimento ainda em desenvolvimento, é presa fácil. O celular – hoje, uma extensão corporal e mental – e a internet têm mudado a forma de se relacionar com a família, os amigos e os professores. Por exemplo, como convencer uma criança de 5, 6 anos de que determinado comportamento é errado quando ela assiste na internet adultos fazendo o mesmo como se fosse algo bom? E, pior, o tal "adulto(?)" ainda é idolatrado e muitas vezes detém boa posição social, sendo elevado ao posto de celebridade.

Conclusão


Se a pessoa toma decisões conforme seus próprios interesses, deseja vê-los refletidos na sociedade. Se esses interesses forem imorais em qualquer sentido, aos poucos a sociedade também será. Mas, se a pessoa está alinhada com a vontade de Deus – a única que é boa, perfeita e agradável –, será uma barreira para a onda de inversão de valores que tem assolado o mundo (Romanos 12:1,2). 

Diante disso, fica mais fácil entender de onde vem grande parte da inversão que confunde a sociedade e a leva cada vez mais em direção ao caos: o homem se acha independente de Deus, se coloca como seu próprio senhor. Desse modo, tenta perverter o mundo segundo suas vontades e interesses que nascem de emoções e não do bom senso e da razão.

Assim, se alguém é cristão e seus interesses estão alinhados com os do Altíssimo, isso deveria se refletir na qualidade de vida da população, na preservação dos valores e princípios e até em aspectos práticos, como na eleição de candidatos que lutem para manter a decência e não dos que têm a intenção de aumentar a bagunça que reina. 

Se os cristãos forem a maioria, como sinalizam as pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que já em 2010, data do último senso sobre religião, atestou haver cerca de 42,3 milhões de evangélicos no Brasil (22,2% da população), considerando, portanto, que a partir de 2020 o País caminhará inevitavelmente para que os evangélicos sejam a maioria entre as religiões, superando os católicos, devem usar essa condição a favor de todos, conforme a vontade divina (Filipenses 3:8-20; 4:8,9).

A Deus, toda glória. 
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