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quinta-feira, 1 de março de 2018

VOCÊ TEM CUMPRIDO SEUS DEVERES SEXUAIS NO CASAMENTO?

"O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento" (1 Coríntios 7:3-6).
Primeiramente, é importante mencionar que a pergunta feita no título deste artigo poderia destinar-se aos esposos cristãos, até porque alguns deles podem apresentar problemas neste sentido, porém, creio que a dificuldade em praticar esta ordenança seja mais comum para as mulheres. 

Muitos homens ao lerem
"Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente" (Provérbios 5:18-19),
talvez pensem: 
"Ah, como eu gostaria que fosse assim!" De um modo geral, os versículos citados, não parecem trazer grandes desafios para os homens, afinal, eles têm uma disposição mais intensa para tais coisas; já para as mulheres, normalmente mais emotivas do que eles, muitas vezes tais versículos são bastante desafiadores.

O cansaço devido a agitação do dia, as dificuldades com os filhos pequenos, a tristeza ou o mau humor, o fato de não sentir-se [mais tão] bonita/atraente, podem levá-la a negar ao marido o que lhe é devido e preferir esquecer que, conforme diz a Escritura, o seu corpo pertence ao cônjuge.

Mas, por qual razão Paulo deixa tal advertência em 1 Coríntios 7:5, 
"(...) para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência"? 
Porque ele sabe que 
"Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis" (Gálatas 5:17); 
por saber que o adultério e a impureza são frutos da carne (5:19), com os quais o cristão ainda luta - 
"(...) porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1 Pedro 5:8). 
Mulher, se você não concede sexo ao seu cônjuge, você está deixando-o desprotegido e as lutas travadas no coração dele serão mais árduas sem a sua ajuda. Ao observar com mais atenção os versículos citados, chegamos a conclusão de que Paulo afirma, em outras palavras, "pratiquem bastante sexo".

Quanto mais sexo, melhor!


A escritora Martha Peace tem um capítulo destinado apenas a este assunto em seu livro "Esposa Excelente - Uma Perspectiva Bíblica" (Ed. Fiel), e ela afirma: 
"(...) Contudo, uma vez que os desejos do homem tendem a ser mais fortes, pode ser difícil para os homens pensarem em outra coisa que não seja sexo, quando experimentam anseio físico. Sendo assim, Deus instruiu a esposa a suprir as necessidades físicas de seu marido. A esposa também experimenta anseio físico. 
Por isso, Deus instruiu o marido a satisfazer as necessidades físicas de sua esposa. De outo modo, o marido e a esposa podem ser tentados a nutrir pensamentos e ações imorais. De fato, o marido deve ser tão satisfeito, que, embora outra mulher o seduza, ele não será tentado. (…)" [p.137]. 
Ela ainda comenta: 
"Se uma esposa pensa: 'Como posso dar prazer ao meu marido?', ela está demonstrando amor. Ao dar prazer ao marido, a esposa possivelmente começará a experimentar mais prazer do que imaginava. (...)" [p.141].
O problema (o pecado - sim, senhora: PECADO!) de negar a prática do sexo pode persistir e gerar dificuldades ainda maiores, pois mais e mais pecados serão cometidos tanto por parte da esposa como do marido; a desunião entre o casal se intensificará, o marido poderá vir a acessar sites de pornografias, a esposa já não admirará tanto o marido e perderá a confiança nele e, em alguns casos, pode ocorrer o adultério, normalmente por parte do esposo. 

Lembro-me, aqui, de uma história relatada por Dave Harvey em seu livro "Quando Pecadores Dizem SIM", em que um casal cristão, ambos orgulhosos, travavam uma disputa entre si e tal desunião resultou em um adultério por parte do homem. Graças a Deus, este casal reconciliou-se, perdoando-se mutuamente e renovando seu compromisso para com Cristo. 

Mas o que chamou grandemente minha atenção nesta história, foi o fato da esposa deste homem admitir sua parcela de responsabilidade neste adultério. Quando o esposo cai em tentações na área sexual, tendo uma mulher que não lhe cuida devidamente, sem, aqui, querer diminuir a responsabilidade/pecado do homem, a esposa tem uma parcela de culpa nesta situação. 

É verdade, também, que há momentos difíceis na vida do homem e da mulher, em que não há "clima" algum para a prática do sexo (ou seja, falta tesão!), devido a traumas emocionais intensos (como a morte de alguém querido, por exemplo), uma depressão grave, uma doença física, entre outros. 

Estes momentos devem ser discernidos pelo marido ou esposa, que tem o dever de serem compreensíveis com seu cônjuge, demonstrando apoio e carinho. Porém, que voltem assim que possível a praticar o que lhes é de direito/dever. É fato, queridão e queridona: aquilo que um ou outro não tiver em casa, vai procurar (e, decerto, encontrar) na rua!

Jejum sexual: entendendo biblicamente essa prática tão distorcida por muitos


Paulo destaca a completa mutualidade dos direito conjugais (1 Co 7:3,4). Paulo vivia em uma sociedade de profunda influência machista, mas ele quebra esses paradigmas da cultura prevalecente e afirma a igualdade dos direitos conjugais. Diz Paulo: 
"O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido" (v. 3). 
O imperativo presente "conceda" indica o dever habitual. Paulo está falando do relacionamento sexual. A mesma Bíblia que condena o sexo antes do casamento, o pecado da fornicação, e também o sexo fora do casamento, o pecado do adultério, está dizendo que a ausência de sexo no casamento é pecado. 

O marido deve conceder à esposa o que lhe é devido e semelhantemente à esposa ao seu marido. Ambos, marido e mulher, têm direitos assegurados por Deus de desfrutarem a plenitude da satisfação sexual no contexto sacrossanto do matrimônio.

Paulo ainda prossegue: 
"A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu corpo, e sim a mulher" (v. 4). 
Paulo define que o sexo é um direito do cônjuge, um direito legítimo. A satisfação sexual é um direito legítimo do marido e um direito legítimo da mulher. A chantagem sexual no casamento é um pecado. O marido não tem poder sobre o seu corpo nem a mulher tem poder sobre o seu corpo. O corpo de um pertence ao outro. Usar o sexo como uma arma para chantagear o cônjuge está em desacordo com o ensino da Palavra de Deus.

Paulo se torna ainda mais enfático, quando escreve: 
"Não vos priveis um ao outro..." (v. 5a). 
A prática do sexo no casamento é uma ordem apostólica. A ausência da relação sexual no casamento é um pecado. Dentro da normalidade do casamento, a relação sexual precisa existir. E um direito sagrado do cônjuge!

Paulo afirma a capacidade dos casais se absterem temporariamente das relações sexuais (v. 5b). Quando é que um casal pode se abster do sexo? Quando ambos estão em total harmonia e sintonia a respeito da decisão. O homem não pode chegar para a esposa e dizer-lhe:  "Esta semana ou este mês eu não estou disponível para a relação sexual". Nem a mulher pode comunicar ao seu marido que ela está indisponível para ele. Se há de se tomar essa decisão, os dois precisam estar em absoluto acordo

Às vezes, muitos casais cometem erros gravíssimos quando começam a dar desculpas infundadas para fugir da relação sexual, alegando cansaço, dor de cabeça e outras desculpas descabidas, inclusive o da consagração ou jejum. A Bíblia diz que essa atitude de boicote sexual no casamento é um pecado. E uma desobediência a um mandamento bíblico.

Mas a abstinência sexual entre o casal não deve ser por um longo tempo. Paulo esclarece: 
"Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo…" (v. 5a). 
Essa palavra tempo é kairós e não kronos. Um casal sábio não delimita tempo cronológico para se privar da relação, mas apenas se priva da relação por um momento específico, por uma necessidade específica, seja pessoal, seja familiar, seja na igreja, seja no seu país.

Há legitimidade bíblica do jejum sexual entre os cônjuges (NUNCA sem mútuo consentimento)

Paulo ensina que a abstinência do sexo no casamento tem de ter a intenção expressa de se dedicar à oração. Paulo pontua: 
"(…) para vos dedicardes à oração…" (v. 5). 
A abstinência sexual não pode ser por qualquer motivo. Tem de ser por uma razão espiritual. Não pode ser por cansaço nem pode ser por muito trabalho. Não pode ser por dor de cabeça ou indisposição emocional. A questão é por uma razão espiritual. É interessante que Paulo não recomenda um longo período de oração nesse caso. Ele diz: 
"(…) e, novamente, vos ajuntardes..." (v. 5). 
Há pessoas que se escondem atrás de uma pretensa espiritualidade, de uma falsa santidade para sonegar ao cônjuge a satisfação sexual. Isso está em desacordo com o ensino bíblico.

Paulo diz que só pode existir abstinência no casamento quando houver o compromisso deliberado de retornar à relação sexual, quando o kairós tiver passado. Por que Paulo é tão enfático nessa questão da relação sexual entre marido e mulher? E porque se o casal abrir brecha nessa área, satanás vai entrar em campo com sua perversa atividade. Onde há chantagem sexual no casamento, satanás entra em ação. Paulo conclui, dizendo: 
"(…) para que satanás não vos tente por causa da incontinência" (v. 5). 
Quando um casal brinca com essa arma do sexo no casamento e chantageia o cônjuge, privando-o da satisfação a que tem direito, satanás entra nessa história para colocar uma terceira pessoa na jogada e arrebentar com o casamento. 

Cabe aqui alertar sobre uma grande ameaça à vida sexual dos casais: a pornografia! A Palavra de Deus determina que o leito conjugal deve ser sem mácula (Hebreus 13:4). Há muitos homens, mesmo cristãos, que estão se tornando viciados em pornografia. São prisioneiros de um vício avassalador. Alimentam suas mentes com o lixo nauseabundo que sai dos esgotos pútridos dessa indústria pornográfica que destrói vidas e arrebenta famílias. Há muitos homens que, adoecidos por esse vício degradante, ainda aviltam sua mulher querendo importar para o leito conjugal essas práticas aviltantes. 

Li certa feita que houve uma greve dos garis e Nova York, a capital mundial do consumo. Depois de vários dias sem o recolhimento do lixo, a cidade ficou suja e emporcalhada. Um homem teve uma ideia para se desvencilhar do lixo da sua casa. Colocou todo o lixo dentro de uma caixa, cobriu-a com um belo papel de presente, e estrategicamente, deixou a caixa dentro do porta-malas aberto do seu carro numa ruma movimentada. 

Várias pessoas passavam e olhavam para a caixa com cobiça. Até que chegou um espertalhão e pegou a caixa e saiu correndo com ela, levando-a para casa. Quando abriu a caixa, ela estava cheia de lixo. Há muitas pessoas levando lixo para dentro de casa. Lixo cheira mal e deixa o ambiente desagradável. Lixo produz doenças. A Bíblia diz que o sexo é bom e prazeroso, mas também diz que ele precisa ser puro e santo!

Conclusão


Por fim, talvez você esteja passando por isso no seu casamento e fica, então, a pergunta: por qual razão isto vem acontecendo, isto é, por que você não tem sentido vontade de praticar sexo e/ou por que estou com dificuldades em minha intimidade conjugal? Para ajudar neste quesito, busque realizar alguma atividade física, como caminhadas frequentes, por exemplo. Se a dificuldade persistir, talvez seja necessário que o esposo e a esposa procurem a ajuda de um médico de confiança ou mesmo aprendam a forma de fazer o outro feliz nestas ocasiões íntimas. Queridão e queridona, aquilo que a oração não resolver, um bom especialista na área resolve! E, pode crer, tem coisa que não é para ser resolvida com a oração. Tirar a pedra, desatar o morto ressuscitado e deixá-lo ir é uma função que deve ser feita por nós (João 11:39a, 41a, 44b).

Sabemos que este é um assunto sério e, infelizmente - por mais incrível que possa parecer -, ainda cheio de tabus nos círculos cristãos, mas que precisar ser levantado. Senhores cônjuges, vocês não podem se esquecer que quando descumprem as ordenanças referentes ao sexo, estão não apenas pecando contra o cônjuge, mas contra Deus, primeiramente. Por isso é necessário confessar este pecado e pedir perdão ao Senhor, bem como rogar por ajuda para cumprir esta ordenança e, novamente, quando for necessário, recorra a ajuda da medicina que está muito evoluída também nessa área. 

Senhor ilustre varão, deixa de tolice, quando sentir que for necessário, corra até a drogaria mais próxima e compre uma cartela de estimulante sexual, os famosos "azuizinhos". 

Orar diariamente a Deus, ler/meditar nas Escrituras são atitudes fundamentais. Pedir perdão ao cônjuge, bem como perdoá-lo(a) por suas falhas, pedir a ajuda dele(a), incentivá-lo(a) a afirmar diariamente seu amor, que o(a) acha belo(a) e atraente e trazer algum presente de vez em quando, igualmente são atitudes muito importantes e que podem ajudar a dar uma temperada na relação. Arroz e feijão são triviais, mas um completo no cardápio não faz mal a ninguém!

Sou solteiro por convicção e por opção. Sei bem os desafios que essa decisão me impõe e tenho vencido todas elas debaixo da graça de Deus que há mim é o bastante, contudo, sei bem que isso não é uma doutrina que devo impor aos outros. É algo de cunho pessoal. Portanto, se você é casado(a), trate de cumprir com suas obrigações sexuais. Que Deus nos ajude e fale ao nosso coração acerca deste assunto tão desafiador para nós, homens e mulheres!

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

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