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sexta-feira, 23 de março de 2018

DEUS REALMENTE TEM SIDO PRIORIDADE EM SUA VIDA?

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5.15-16).
A Bíblia diz que somos mordomos (despenseiros) no Reino de Deus. E que tipo de mordomo é você? Que relatório dará a Deus quando tiver que lhe prestar contas?

Neste artigo, estudaremos a mordomia do tempo, em seus dife­rentes aspectos. Quero refletir com você sobre: não desperdiçar tempo; aproveitar as oportunidades; administrar seus dias com sabedoria; preparar-se para a volta de Cristo; ter as coisas de Deus como prioridade na vida. Afinal, tudo isso é fundamental para que tenhamos uma vida espiritual vitoriosa.

Sobre prioridade, afirmo sem medo de errar, que tudo aquilo que me é conveniente, ou que irá me proporcionar algum tipo de ganho, é o que priorizo em minha vida. E sei que nisso eu não estou sozinho. Portanto, se as coisas de Deus são realmente importantes para mim e se eu considero que elas me proporcionam algum ganho, pela lógica, eu deveria priorizá-las, certo? Mas, sei que isso está longe de ser uma verdade em minha vida. Então vamos lá encarar mais um confronto.

Prioridade X Urgência X Importância, ou Prioridade, Urgência e Importância?


Em se tratando de problemas, existem alguns conceitos que precisam ser usados corretamente a fim de organizar de maneira eficaz os esforços de solução. Trata-se de Prioridade, Urgência e Importância.

No linguajar trivial estes três conceitos são usados de maneira intercambiável sem prejuízo do entendimento. Seu filho fazer o dever de casa é algo importante, mas se você disser que é urgente o entendimento será o mesmo. Sua esposa pode te pedir para ir no supermercado antes de qualquer coisa (prioridade) porque é importante trazer o peixe fresco no início da manhã.

Note como esses três conceitos parecem tão similares que transmitem todos a mesma ideia. "Isto é prioritário!", "Isto é urgente!" e "Isto é importante!" têm praticamente o mesmo significado. Isso funciona em nossas vidas cotidianas e cristãs sem pensarmos muito na diferença entre eles.

Entretanto, em um ambiente profissional e também no ministerial, que exija que ações sejam efetuadas precisamente, que a energia seja focada claramente em certas ações e em uma determinada ordem, é essencial saber diferenciar cada um desses conceitos.


Prioridade


Este conceito é o mais simples. O objetivo de entender prioridade, urgência e importância visa unicamente estabelecer uma prioridade para um grupo de tarefas. Prioridade é simplesmente o que vai ser feito primeiro, o lugar onde sua energia precisa ser focalizada antes dos demais.

É impossível fazer mais que uma coisa ao mesmo tempo. Mesmo quando alguém diz que faz multitarefa, no microcosmo esta pessoa está primeiro focando na tarefa A, e rapidamente foca na tarefa B, para voltar para a tarefa A.

Mesmo se esse movimento for rápido, a prioridade é clara: primeiro fez A, depois B e retornou para A. Em nenhum momento as tarefas A e B foram feitas ao mesmo tempo, sempre uma delas estava com a prioridade.

  • Assim, o conceito de prioridade é simplesmente "o que será feito em primeiro lugar".

Urgência


Este conceito está intimamente ligado a tempo. Urgente é algo que grita por atenção porque tem um tempo limite para ser feito. Algo urge por atenção, algo urge por prioridade. Se for ultrapassado aquele tempo limite, não faz mais sentido dar prioridade a tal tarefa, por mais insignificante que ela seja.

Um telefone tocando no meio de uma reunião chama por atenção. Quem nunca parou rapidamente para checar quem estava telefonando, nem que seja para desligar o telefone e retornar depois? Pois bem, nesses poucos segundos o telefone se transformou em sua prioridade, por mais significativa que fosse a reunião onde você estava. Você inclusive parou de focar na reunião para checar o telefone. Ele era algo tão urgente que se tornou sua prioridade momentânea.

Importância


Finalmente, este conceito refere-se a impacto, ao tamanho do risco envolvido em não priorizar tal assunto. Se urgência chama por prioridade devido ao tempo limite que ele impõe, a importância chama por prioridade pelo impacto do assunto em questão.

É importante fazer exercícios regularmente, mas você pode esperar alguns dias se estiver com algum projeto atrasado. Importante mas não urgente.

Com os conceitos mais claros em mente, pode-se fazer um mapa de priorização como a seguir. Fica evidente que em linhas gerais a priorização acaba seguindo quase sempre a mesma ordem bem definida de quadrantes. A priorização começa pelo que for mais importante e urgente, e gradualmente segue até o que for não importante e não urgente.
Note que este mapa em forma de tabela 2×2 é algo bem simples, mas envolve os conceitos apresentados de forma clara e fácil de aplicar. Em sua realidade talvez faça mais sentido gradualizar mais as duas dimensões de Importância e Urgência, com escalas como "Alta, Média e Baixa", mas o resultado é similar. 

Esta tabela é uma ferramenta muito poderosa, e pode ser interpretada adicionalmente como a seguir, onde cada quadrante recebe um rótulo que facilita a priorização de suas atividades.

Claro que todos os assuntos têm sua parcela de importância e de urgência, e intuitivamente nós sempre pesamos esses dois conceitos para estabelecer a prioridade de tudo em nossas vidas.

Tanto no meio profissional quanto no ministerial, por outro lado, deve-se ter muito claro quando algum assunto é mais urgente do que importante, ou vice-versa. Assim, pode-se priorizar de maneira ótima os recursos para executar qualquer tarefa.

Essa diferenciação de conceitos é aplicável a qualquer assunto, inclusive aos contatos que sua empresa recebe. Entretanto, quando o assunto são contatos de Problema isso é especialmente necessário.

Para um problema ser resolvido é necessário alocar recursos, destinar tempo, energia e atenção ao mesmo. Isso tudo custa caro, portanto é essencial que tenha sido escolhido o alvo certo para focar a energia da empresa naquele momento, que tenha sido priorizado de maneira eficaz.

Mordomos (despenseiros) de Deus


Agora vamos focar essencialmente no âmbito ministerial. Nós somos despenseiros de Deus. Despenseiro é aquele que administra os negócios de outros. Nada do que o despenseiro cuida é dele. Ele cuida das coisas do seu senhor. Tudo o que nós temos pertence ao Senhor e é dEle que rece­bemos todas as coisas: vida, dons, talentos, bens, tempo. Nem mesmo nosso corpo nos pertence (1 Coríntios 6:19,20). E os nossos filhos? São herança do Senhor (Salmo 127:3).

Nós somos administradores de Deus, e tudo precisa ser administrado da maneira mais sábia, de acordo com Sua vontade e prioridades (Romanos 11:36). Tudo deve ser feito para a glorificação dEle. A administração infiel traz resultados desastrosos (Mateus 25:30). O sábio investimento de nossos bens, talentos, tempo, traz bênçãos incontáveis (25:21).

Somente quando o despenseiro entrega toda a sua vida ao Senhor, sem restrições, é que consegue ser bem-sucedido na administração dos recursos materiais, intelectuais, sociais e espirituais que lhe foram confiados. O apóstolo Paulo entregou-se inteira­mente nas mãos do Senhor. Diz ele em Filipenses 1:21:
"Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro". 
Essa é a mordomia pessoal: a rendição total da vida a Deus. Sem dúvida, essa é a melhor mordomia.

1. Meus momentos sejam só em Teu louvor


Cada momento de nossa vida é sumamente valioso e, por isso, temos o dever de ser cuidadosos no uso do tempo que Deus nos dá (Efésios 5:15,16).
  • a) Remir o tempo
"Remir o tempo" significa aproveitar, com sabedoria, cada momento da vida. Horace Mann, nos Estados Unidos, publicou um interessante anúncio: 
"Perderam-se duas horas cravejadas de sessenta brilhantes cada uma. Não se dá recompensa a quem as entregar, porque essas joias não se tornam a encontrar jamais".
Um minuto que se perde está perdido para sempre. Não há como recuperá-lo.

Talvez seja esta – a mordomia do tempo – a mais difícil de ser praticada. A todo ins­tante, o tempo está nos escapando "pelos vãos dos dedos". Paulo recomenda o uso disciplinado do tempo – pede aos crentes de Éfeso que tirem o maior proveito do tempo, pois é assim que fazem as pessoas sábias. Os ignorantes, diz Paulo, desper­diçam seu tempo, aplicando-o sem nenhum retorno proveitoso, e quase sempre em prejuízo próprio. 

Os néscios aplicam seu tempo nas coisas do mundo, satisfazendo aos desejos da carne (2:1-3). Quantos gastam seu tempo embriagando-se, jogando, em frente à televisão, assistindo programas sem nenhum proveito. Há aqueles que ficam nos telefones, nas portas e calçadas, criticando a vida alheia. Hoje as redes/mídias sociais são as grandes vilãs de muitos cristãos. Muitos irmãos não encontram tempo para investir em orações, em consagração, mas perdem horas à fios na frente de dispositivos eletrônicos. Que perda de tempo!

Nós somos cidadãos da pátria celestial (Fp 3:20). Pesa sobre nós a grande res­ponsabilidade quanto à aplicação que fazemos das coisas boas que nosso Pai, o Criador, nos dá. O tempo que recebemos Dele é muito precioso. Precisamos ser fiéis na administração de cada momento de nossa existência.
Paulo recomenda aos colossenses que não percam nenhuma oportunidade de dar bom testemunho, a fim de ganhar os incrédulos. Todos os momentos, todas as conversas, deveriam ser usados da maneira mais proveitosa possível.

Aplicação 


Você tem sido sensível às oportunidades que Deus lhe dá para falar de Jesus a quem não O conhece? Certas oportunidades podem ser únicas.

2. Meus dias sejam só em Teu louvor



A vida nos oferece muitas oportunidades, mas alguns fatos tornam-se inevitáveis.

A morte é um fato inevitável. Na Bíblia há diversas passagens que tratam da transi­toriedade da vida.
Tiago comparou a vida à neblina que se levanta pela manhã, mas com o apare­cimento do sol, logo se dissipa (Tg 4.14).

Moisés, escrevendo o Salmo 90, diz que a vida é como o dia de ontem que se foi; alguns vivem até setenta anos, outros até oitenta, mas
"...tudo passa rapidamente, e nós voamos" (90:4-6, 9,10).
O que fazer ante essa realidade? Tiago nos recomenda que a incerteza da vida deve nos lembrar quanto dependemos de Deus (4:15). Moisés nos aconselha que, diante da brevidade da vida, devemos pedir a Deus que nos ensine a administrar os nossos dias de tal forma que alcancemos coração sábio (Sl 90:12). Davi, no Salmo 54, afirma: 
"… o Senhor é quem me sustenta a vida".
Diante disso, diz o salmista: 
"...louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom" (4, 6).
Outro fato inevitável, que aguardamos a qualquer momento, com ansiedade, é a volta do Senhor Jesus. No Seu discurso de despedida, Ele conforta os apóstolos e anuncia a Sua volta: 
"E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei…" (João 14:3). 
Jesus, que pro­meteu voltar, é fiel para cumprir Sua Palavra (Hebreus 10:23). Esta é a bendita esperança da igreja. É a sua esperança também? Você deseja a volta de Cristo?
No sermão apocalíptico, pronunciado por Jesus (Mt 2425) – Ele prediz a Sua volta, menciona alguns fatos que precederão esse acontecimento e exorta à vigilância, pois ela será repentina e inesperada. Ninguém sabe o dia, nem a hora, em que Cristo voltará.

Na parábola do servo fiel e dos servos iníquos (24:45-51), Jesus desejava re­preender os líderes religiosos e toda a nação judaica, pela má administração dos dons da graça de Deus, mas também alertar cada crente a ser fiel no cumprimento de seus deveres, usando corretamente os dons recebidos, porque cada um terá que prestar contas a Deus de seu serviço.

Na parábola das dez minas (Lucas 19:11-27), Jesus recomenda: 
"Negociai até que eu volte" (v. 13). 
O evangelista João nos exorta a fazer a obra enquanto é dia (9:4). Não podemos perder tempo! Temos que aproveitar cada momento, que o Pai nos dá, para testemunhar de Jesus: saudando um vizinho, confortando um aflito, visitando um doente, alimentando um faminto, vestindo um descamisado, apresentando o plano de salvação a um descrente. Essa é a forma de passarmos os nossos dias louvando ao Senhor: 
"Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim" (Mt 24:46).

Aplicação


Você é bem aventurado? Está pronto para encontrar-se com o Mestre? Tudo nos leva a crer, cada dia mais, que a Sua volta está muito próxima.

Estas duas verdades: a incerteza da vida e a volta de Cristo devem inspirar e motivar o crente a levar uma vida de prontidão santa e produtiva na seara do Mestre.

3. Importante ou Urgente?


Diante da incerteza da vida e da volta iminente de Jesus, a prudência nos adverte: Prioridade e urgência. Prioridade é aquilo que é mais importante; aquilo que ocupa o primeiro lugar. Urgência é aquilo que urge; aquilo que é iminente.

Aplicação


Qual a prioridade máxima de sua vida? O que é urgente para você?


No nosso dia a dia, temos a tendência de colocar a urgência antes da prioridade. Atribui-se a Eisenhower a frase: 
"O que é urgente raras vezes é importante, e o que é importante raras vezes é urgente". 
A nossa vida é controlada pela urgência dos nossos interesses. Deixamos de lado as prioridades para atendermos o urgente.

Jesus, no Sermão do Monte, recomenda: 
"...buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6:33). 
Temos aqui a teologia das prioridades: o reino de Deus, a justiça de Deus, o tempo de Deus.

Conclusão


Vamos dar primazia às coisas de Deus. Vamos investir o tempo, que Ele nos dá, nas coisas mais importantes, que, muitas vezes, temos negligenciado em favor da urgência dos nossos interesses. Mas o tempo urge! 
"Cristo mui breve do céu virá, pois prometeu e jamais faltará"
diz um clássico hino. Vamos priorizar a obra de Cristo, pois ela é urgente, 
"a noite vem, quando ninguém pode trabalhar".
 Que os momentos de nossa vida, os dias que Deus nos dá aqui na Terra sejam, todos eles, oferecidos para louvor do Senhor.

Aplicação


Você está pronto? É prioridade! É importante! É urgente!

[Fonte; Zapata Consultoria; Revista Ultimato, por Odila Braga de Oliveira (revista Tudo Entregarei - Ed. Cristã)]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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