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sábado, 30 de abril de 2016

FELIZ DIA DO TRABALHADOR (?)


"Observa a formiga, ó preguiçoso, reflete sobre o trabalho que ela realiza e sê sábio! Mesmo não tendo um chefe, nem supervisor, nem comandante, armazena suas provisões no verão, e na época da colheita ajunta seu alimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás da tua sonolência? Tirando uma pestana, cochilando um pouco, cruzando os braços para descansar, tua iminente pobreza te aterrorizará, e tua necessidade te assaltará como um ladrão armado. (...) Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer com que sua alma goze bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus." - Provérbios 6:6-11 [Versão King James Atualizada]; Eclesiastes 2:24

A Bíblia apresenta o trabalho como fruto da vontade de Deus. Desde o início Ele desejou que o ser humano trabalhasse e em Salmos 104,19-24; Isaías 28,23-29 se diz que o trabalho é uma instituição da sabedoria divina. O terceiro mandamento também mostra o trabalho como parte constituitiva do plano divino para a humanidade.

O pecado muda a perspectiva do trabalho e sobretudo as suas condições. Depois do pecado o trabalho não é mais alegria, mas fatiga (veja Gênesis 3:16-19); é um peso e não uma bênção. Parece quase que perdeu, depois do pecado, o seu valor, mesmo se em si não é um mal. Tornou-se ocasião de pecado e, quando é finalizado em si mesmo, pode tornar-se até mesmo uma idolatria (Ec 2:4,11:20-23; Lucas 12:16-22). Em alguns casos transforma-se em instrumento de exploração e opressão (Êxodo 1:11-14; 2:23; Juízes 5:4).

Com Cristo, graças à redenção, o trabalho é restabelecido como uma benção divina, realização da pessoa na comunidade humana, um 'fazer' que imita o 'fazer criativo' de Deus.

A história da data


O Dia do Trabalho, Dia do Trabalhador ou Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. 

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas. 

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano. 

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes. 

Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil


  • Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer). 
  • Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores. 
Até o início da Era Vargas (1930-1945) eram comuns nas grandes cidades brasileiras certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris (o que não constituía, no entanto, um grupo político muito forte, dada a pouca industrialização do país). 

Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo (uma espécie de "ideologia" que não está interessada na desconstrução do capital, mas em sua colaboração com o trabalho). 

O trabalhismo foi usado pela propaganda do regime varguista como um instrumento de controle das massas urbanas: isto se vê refletido na forma como o trabalho é visto cada vez mais como um valor. 

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalho. 

Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia, até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalho passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. 

Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PTB) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casas próprias e similares. 

Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalho, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. 

Feliz Dia do Trabalhador, desempregado


O 1º de Maio é uma data reconhecidamente histórica para os trabalhadores do país. Mas neste ano chega num momento em que os brasileiros estão mais preocupados com a crise política e econômica, e especialmente com o desemprego, do que em festejar.

Mas a preocupação não atinge apenas os trabalhadores assalariados, mas os mais diversos segmentos da sociedade. O número de empresas que fecham e geram desemprego cresce a cada dia. A crise atinge também outras áreas, como a educação. As diretorias de algumas universidades federais mostram-se preocupadas com a falta de recursos, que já ameaçam parar obras, reduzir o número de pesquisas e causar transtornos com a suspensão de serviços básicos. E outra preocupação também é manifestada pelos servidores, com a possibilidade da crise atingir os próximos reajustes salariais.

Ainda na área federal, também e motivo de preocupação a recomendação do colegiado do Dnit em parar todas as obras em rodovias federais do país. Com isso, a histórica duplicação da BR 381 (mais conhecida como "rodovia da morte") – que foi uma das promessas na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff –, que andava muito devagar, parou. 

O pior é que a situação econômica do Brasil é caótica e a tendência é piorar. O mais grave é que não existe perspectiva de melhorar em curto prazo.

Conclusão


Mas a esperança de que a crise seja superada o mais rapidamente possível persiste. Os fatores responsáveis pelo prolongado transtorno que impede o crescimento do país já estão identificados. Agora, são necessárias ações concretas para que se retome o crescimento.

E o melhor presente que qualquer um espera, neste Dia do Trabalho, é um emprego. E estes somente vão aparecer no momento em que os empresários sentirem que o momento é de confiança para investir e gerar novos empregos. Porque até agora os números do desemprego são os que mais crescem. E com eles, todos os segmentos da sociedade sofrem.

É importante lembrar como a Bíblia condena a preguiça, a ausência de trabalho (1 Tessalonicenses 4:11; Efésios 4:28; 1 Timóteo 5:13). O próprio Jesus trabalhou como carpinteiro. Paulo era orgulhoso de dizer que se sustentava trabalhando com as suas mãos, até mesmo para servir como exemplo (Atos 18:3). É célebre o que ele diz em 2 Tessalonecenses 3:10: "Quem não quer trabalhar, não coma". Com isso o apóstolo das nações quer afirmar um princípio de igualdade e de respeito do ser humano e da sua dignidade. A este propósito também em Lucas 10:7 está escrito: "O operário merece o seu salário."

[Fonte: InfoHistória]

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