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quarta-feira, 1 de julho de 2015

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO, MUITO MAIS QUE UMA PAIXÃO

Em episódio recente, uma atriz transexual causou polêmica e consternação ao encenar a crucificação de Jesus Cristo na última edição da Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. Muitos cristãos se sentiram ofendidos com o que consideraram um desrespeito, um ataque a algo muito sagrado à fé cristã. A encenação da crucificação de Jesus em plena parada gay causou muito mal-estar entre cristãos de diversos matizes. Uns consideraram blasfêmia, outros, apenas deboche, mas a maioria entendeu como uma provocação aberta aos cristãos. 

Particularmente, não me senti nem um pouco ofendido ao ver um ativista gay pregado numa cruz. Afinal, Jesus não morreu somente por héteros. Na cruz, Ele Se identificou com os excluídos, os oprimidos, os marginalizados, e ao fazê-lo, assumiu em Si todos os nossos pecados e mazelas, sejam de que natureza forem, inclusive sexual. Não há dilema humano que não caiba na cruz. O máximo que eu consegui sentir por essa triste criatura foi um enorme dó. Coitado, não sabe com o que se meteu. Não tem a mínima noção da preciosidade de tão sublime e ímpar atitude, que só podia ter sido realizado por alguém sublime e ímpar como o nosso Senhor e Salvador. 

Médicos peritos, historiadores e arqueólogos têm examinado, em detalhes, a execução que Jesus Cristo voluntariamente suportou. Todos concordam que Ele sofreu uma das formas mais cruéis e dolorosas de pena de morte jamais imaginadas pelo homem. Eis aqui um breve resumo de algumas das coisas que sabemos da historia, da arqueologia e da medicina, acerca de suas últimas horas… 

Um sofrimento intenso, mesmo antes do início da humilhação 


Jesus tinha o peso do mundo sobre seus ombros. Mesmo antes de a crucificação começar, Ele mostrava claramente sintomas físicos de um intenso sofrimento. Na noite anterior à execução, seus discípulos dizem tê-lo visto em "agonia" no Monte das Oliveiras. Não só ficou sem dormir toda aquela noite, mas parecia também ter suado abundantemente… Tanto era o estado de tensão, que pequenos vasos sanguíneos em suas glândulas sudoríparas se rompiam, derramando gotas vermelhas tão grandes que caíam ao solo (veja Lucas 22:44). Este sintoma de profunda ansiedade é chamado hematoidrose. 

Jesus estava fisicamente exausto e em risco de sofrer um colapso caso não recebesse líquidos (o que aparentemente não aconteceu). Este é o homem a quem os soldados Romanos torturaram. 

Torturado com os açoites romanos 


Tendo sido anteriormente surrado pelos judeus, chega agora a vez dos romanos. Sabe-se que os castigos corporais dos soldados romanos eram muito sangrentos, deixando ferimentos por todo o corpo. Eles desenhavam sus açoites para cortar a carne dos corpos de suas vítimas. Estes golpes deveriam ser dolorosos ao extremo, podendo ainda causar uma concentração de líquido em redor dos pulmões. Além disso, uma coroa de espinhos foi rudemente posta em sua cabeça, a qual era capaz de irritar gravemente os nervos mais importantes da sua cabeça, causando uma dor cada vez mais intensa e bastante aguda com o passar das horas. 

No estado em que Cristo se encontrava, esses golpes poderiam tê-lo matado: seu corpo estava seriamente ferido, cortado e ensanguentado, estando sem comer há muitas horas e, tendo perdido muito líquido devido à transpiração e à hemorragia abundantes, Jesus estaria gravemente desidratado. Esta tortura brutal certamente lhe teria levado ao que os médicos chamam de colapso, e isso mata. 

Além disso, Jesus foi obrigado a carregar uma trave de madeira sobre a qual morreria. Imagine como seria carregar algo tão pesado nessas condições. 

Crucificação 


Ao ser pendurado completamente nu diante da multidão, a dor e o dano causado pela crucificação foi concebido para que fosse tão cruelmente intenso que alguém anelaria constantemente a morte, que poderia durar dias sem descanso algum. 

Segundo conceitos médico, a perfuração do nervo médio das mãos por um cravo pode causar uma dor tão incrível que nem sequer a morfina ajudaria, uma dor intensa, ardente e horrível, como relâmpagos atravessando o braço até a medula espinhal. A ruptura do nervo plantar do pé com um cravo teria um efeito horrível e semelhante. Ademais, a posição do corpo sobre uma cruz foi pensada para tornar a respiração algo extremamente difícil. 

Estudiosos descrevem o efeito torturador pretendido. Pois de fato uma morte por crucificação parece incluir tudo aquilo que a dor e a morte podem ter de horrível e assustador: vertigem, cãibras, sede, fome profunda, falta de sono, febre traumática, tétano, vergonha, zombaria diante do constrangimento da vítima, longa duração do tormento, medo do desenlace, gangrena de feridas expostas - tudo intensificado até o ponto em que pode ser suportado, mas não chegando até o ponto de dar á vítima o alívio da inconsciência. 

Alguns médicos chamam de "uma sinfonia da dor" produzida por cada movimento, com cada inspiração; mesmo uma pequena brisa na sua pele poderia causar uma dor intensa nesse momento. Assim, creem que Cristo morreu de um colapso devido à perda de sangue e líquido, mais um choque traumático por seus ferimentos; além disso de um colapso cardíaco que fez com que o coração de Cristo falhar. 

À hora nona (no instante em que um cordeiro sacrificial era sacrificado diariamente no templo judeu), Jesus clamou em alta voz, dizendo: "Eli, Eli, lamá sabactâni?" que traduzido é: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?", e expirou logo depois após ter dito “Está consumado!” Mais ou menos nessa hora se costumava tocar o chifre do cordeiro sacrificial do dia, anunciando que o sacerdote havia terminado o sacrifício do cordeiro pelos pecados de Israel. Também nesse momento, o espesso e grande véu que impedia a visão do lugar Santíssimo se rasgou de alto a baixo. Jesus, feito pecado, ou seja, absorvendo o pecado de toda a humanidade, provava a maior dor de todas a que seu físico pudesse estar sentindo: a perca da comunhão com Deus - Mateus 27:46; Marcos 15:34. 

James Thompson [Dr. James Thompson (tradutor da Bíblia de Estudos Thompson) recebeu seu Ph.D. da Vanderbilt University (EUA). É especialista em Teologia do Novo Testamento, epístolas paulinas e Epístola aos Hebreus. Docente na Abilene Christian University (EUA). Autor do livro 'Nossa Vida Juntos: Um Estudo Sobre a Fraternidade Cristã' (Vida Cristã) e editor da revista Restoration Quarterly.] acredita que Jesus não morreu de cansaço, nem dos golpes nem ainda pelas 3 horas de crucificação, mas que morreu por agonia da mente, devido ao rompimento do seu coração. Sua evidência vem do que aconteceu quando o soldado romano atravessou o lado esquerdo de Cristo. A lança liberou um corrimento repentino de sangue e água (João 19: 34). Isso não apenas prova que Jesus já havia morrido quando foi traspassado, como também o que Thompson crê, que isso é uma evidência de rompimento cardíaco. O renomado fisiólogo Samuel Houghton acredita que tão somente a combinação da crucificação com a ruptura do coração poderia efetuar esse resultado. Qualquer que fosse a causa final da morte de Cristo, no há dúvida de que foi dolorosa e indescritível. 

Perto do fim, um criminoso junto a Ele caçoou dele, dizendo: "Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós outros." Pouco sabia este pecador que o homem a quem se dirigia foi crucificado ali voluntariamente. Estava falando ao nosso criador, capaz de desencadear todo o poder do universo e mais ainda, e salvar facilmente a si mesmo. Jesus permaneceu em sua agonia e vergonha, não porque era impotente, mas por seu incrível amor pela humanidade. Ele sofreu para providenciar o caminho necessário para a sua e a minha salvação. 

Crucificação de Jesus Cristo – Seu enterro e ressurreição 


Logo após a crucificação de Jesus Cristo, José de Arimateia pediu a Pilatos pelo corpo de Jesus. Ele recebeu permissão de enterrar Jesus, então trouxe finos planos de linho, embalou o corpo, colocou Jesus no túmulo e colocou uma grande pedra na entrada. Jesus ficou no túmulo por três dias. Depois do Sábado, Maria Madalena, Maria (mãe de Jesus) e Salomé prepararam aromas para ungir o corpo de Jesus. Quando chegaram ao túmulo, a pedra já tinha sido movida! Eles entraram no túmulo, onde um anjo disse: "Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse" (Marcos 16:6-7). 

Crucificação de Jesus Cristo – Seu presente eterno 


O que a crucificação de Jesus Cristo tem a ver com você? Deus, sendo onisciente, sabia que você não podia viver a vida sem pecado necessária para entrar no céu. Então Ele decidiu oferecer a Si mesmo em seu lugar. Ele fez isso ao se tornar um homem na pessoa de Jesus Cristo, Seu único Filho. Jesus viveu uma vida sem pecado aqui na terra. 

Deus tinha dito que a punição do pecado seria a morte. Já que todos nós pecamos (Romanos 3:23, 6:23), necessitamos que alguém sem pecado morra em nosso lugar. Jesus, sendo sem pecado, morreu em nosso lugar e se tornou a graça salvadora do mundo. Ele morreu por você! Romanos 5:10 diz: "Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida". A Bíblia diz: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa" (Atos 16:31). Ir à igreja ou fazer boas obras não vão contribuir à sua salvação. Deus te salva por causa de Sua graça. 

Você pode ler sobre a morte de Cristo em Mateus, Marcos, Lucas e João - cada um desses discípulos informaram o que aconteceu, com maior ou menor detalhe, dependendo de sua ênfase particular.

Banda Actos 2, sucesso absoluto na década de 1990, cantando uma de suas tantas maravilhosas canções, "Ao Pé do Monte", sobre a crucificação de Jesus Cristo

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