- Antes de qualquer consideração, quero deixar expresso aqui meu mais profundo sentimento de pesar, respeito e minhas condolências à família da menina Ágatha Vitória Sales Félix, cuja morte trágica atinge e causa dor a todas as famílias brasileiras. Compartilho do luto, da tristeza e da indignação da família dessa pequena inocente, vítima da violência endêmica que há tempos grassa em um descontrolado galope Brasil afora. Que o Espírito Santo de Deus, o nosso Consolador, leve o conforto necessário aos pais, amigos e familiares nesse momento de tristeza e consternação.
Esse horrível acontecimento - infelizmente, mais um a se acrescentar na hedionda lista de casos semelhantes, à saber:
Sofia Lara Braga, de dois anos e sete meses - RJ, ✟2017; Maria Eduarda Alves da Conceição, 13 - RJ, ✟2018; Fernanda Adriana Caparica Pinheiro, 7 - RJ, ✟2018; Paulo Henrique de Morais, 13 - RJ, ✟2018; Vanessa Vitória dos Santos, 11 - RJ, ✟2018; o bebê Arthur Cosme de Melo (atingido por uma bala perdida ainda no útero da mãe) - RJ, ✟2018; Renan dos Santos Macedo, 8 - RJ, ✟2018; Caíque Lucas Correa, 13 - ✟RJ, 2018; Vitor Gabriel Leite Matheus, 3 - ✟RJ, 2019; Eduardo Henrique de Carvalho, 10 - RJ, ✟2018; Emilly Sofia Neves, 3 - RJ ✟2018 e Jeremias Moraes, 13 - RJ, ✟2018 -,
me leva à seguinte reflexão: As redes sociais estão nos tornando pessoas melhores ou piores? Há controvérsias, mas a julgar pela reação à morte da menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos, durante uma operação policial no morro do Alemão, arrisco dizer que estamos ficando piores como seres humanos. Agatha foi morta com um tiro de fuzil durante confronto entre a polícia e traficantes que controlam o morro.
A revolta é legítima, a indignação de muitos foi sincera. Mas nada justifica o uso político oportunista que tantos fizeram da tragédia, ignorando o mais importante naquele momento: o respeito à dor dos familiares.
O desequilíbrio dos extremos
Imediatamente a coisa virou uma disputa entre os defensores da política de endurecimento no combate ao crime, pregada por Bolsonaro e por Witzel, e aqueles que condenam essa postura, tratando a polícia como a maior ameaça, como sistematicamente fascista.
Inúmeros progressistas - e seus replicadores das redes sociais - acusaram o governador do Rio ou o presidente da República de "assassinos", e aproveitaram para condenar o projeto anticrime do ministro Sérgio Moro, enquanto outros, que defendem seu "mito" acima de tudo, partiram para uma reação igualmente insana, tentando de tudo para relativizar o ocorrido ou sustentar a narrativa da importância desse endurecimento, numa disputa para ver qual vida vale mais, a da menina ou a do policial que também morreu (e de cuja morte, não se fala com tanta ênfase, diga-se de passagem). Enquanto isso, o cadáver da pobre garotinha nem tinha esfriado.
A morte da bela pequena Agatha na noite da última sexta-feira no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ), deu motivos para a esquerda fazer o que sempre foi de seu feitio: proselitismo político sobre um cadáver.
As circunstâncias da morte estão sendo investigadas pela polícia civil. No entanto, antes de qualquer conclusão das investigações, a esquerda e seus porta-vozes na grande imprensa já decidiram que os traficantes estão isentos de qualquer responsabilidade e que a culpa pela tragédia é da polícia.
Trata-se da repetição de um padrão de conduta que a esquerda e a imprensa adotam há décadas. O padrão que consiste em culpabilizar a priori as forças de segurança pelo violência e criminalidade, principalmente quando as vítimas são inocentes, ignorando o fato de que essa violência tem sua origem justamente no crime organizado.
A oportunista manipulação da imprensa
Efeito manada
Uma jornalista da Folha de São Paulo endossou enfaticamente - ignorando completamente o detalhe ignorável de que o caso ainda requer as devidas investigações e apurações - a versão apresentada pelo pai da criança de que "um único tiro foi disparado, pela polícia", à despeito do fato de que o crime organizado impõe aos moradores das regiões que controlam a obrigação de sempre culpar a polícia por tragédias dessa natureza, sob o risco de esses próprios moradores serem eles as próximas vítimas da ação dos criminosos.
A morte da menina Agatha está sendo usada também como "fato político", para atacar as medidas de combate à criminalidade e à corrupção apresentadas pelo Governo Bolsonaro por meio do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro.
O oportunismo político e a culpabilização a priori da polícia constituem-se numa radiografia do estado de delinquência moral que os governos anteriores implantaram no País ao longo de décadas. Uma delinquência moral que confere à nossas classes falantes - quer de extrema direita ou esquerda -, e aos seus porta-vozes na grande imprensa, a liberdade para fazer proselitismo político sobre uma tragédia familiar, como se está fazendo agora. Até parece que esse foi ou será o primeiro, único e último caso.
Em especial, no caso da esquerda que sempre protegeu e defendeu criminosos, demonizou o trabalho das polícias e permitiu que porções do território nacional passassem a ser controladas pelo crime organizado - e aqui me valho dos fatos e não apenas de especulações ou "socos no vento" -, procura agora culpar as forças da lei e da ordem por uma tragédia cujo único responsável é a própria esquerda, por conta de sua histórica bandidolatria.
Conclusão
Você pode condenar operações desse tipo, apesar de ser fundamental, num debate sério, apresentar alternativas concretas para como combater fortalezas do crime dominadas por bandidos. Você pode apoiar operações desse tipo, entendendo que estamos numa guerra contra marginais altamente armados, entrincheirados, e que acidentes serão inevitáveis nesses confrontos. Ambas são posições aceitáveis.
O que não é aceitável é atropelar o sofrimento dessa família, fazendo espetacularização midiática com o protagonismo de celebridades que se aproveitam de qualquer situação, mesmo sendo uma tão triste como essa, para atrair ainda mais os focos dos holofotes, tendo como plateia replicante os "especialistas" das redes sociais com suas inúteis "#'s" e sambar em cima do corpo da menina morta, utilizando-o apenas como um trampolim para suas pautas ideológicas e políticas.
Isso é abjeto, asqueroso, desumano. Não podemos perder nossa humanidade, aquilo que nos une, independentemente do viés político ou ideológico. Sem esse elo, somos apenas bárbaros numa guerra tribal. Aos que estão politizando e espetacularizando a tragédia, espero que possam refletir sobre a importância da decência humana. Não é hora de fazer uso oportunista disso.
Isso é abjeto, asqueroso, desumano. Não podemos perder nossa humanidade, aquilo que nos une, independentemente do viés político ou ideológico. Sem esse elo, somos apenas bárbaros numa guerra tribal. Aos que estão politizando e espetacularizando a tragédia, espero que possam refletir sobre a importância da decência humana. Não é hora de fazer uso oportunista disso.
A Deus toda glória.
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