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domingo, 24 de março de 2019

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "DANCING QUEEN", ABBA

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Difícil alguém ter sido criança, adolescente ou jovem durante as décadas de 1950, 1960, 1970 ou 1980 e não ter forte na lembrança a música popular nelas produzida. Dos anos 1990 em diante o mundo da música parece ter entrado num período de reciclagem ainda em vigor. Nada se compara à criatividade e inovação das décadas anteriores.

Estamos falando da música popular ocidental urbana do pós-guerra, hegemonizada pela produção cultural de língua inglesa, com origem norteamericana e britânica e fenômeno possibilitado pelo avanço tecnológico sem precedentes dos meios de comunicação de massa globais e de mídias como o disco de vinil.

A icônica e clássica canção 'Dancing Queen', do grupo sueco Abba, é apenas um episódio em todo esse processo. Vamos conhecer um pouco da história dessa canção que desde seu lançamento, há mais de quatro décadas, vem embalando de pistas das discotecas, bailinhos temáticos às atuais baladas. Antes, porém, vamos à letra.

"Dancing Queen"


'Ooh

You can dance
You can 'jive'
Having the time of your life
Ooh, see that girl
Watch that scene
Dig in the dancing queen

Friday night and the lights are low
Looking out for a place to go
Where they play the right music
Getting in the 'swing'
You come to look for a king

Anybody could be that guy
Night is young and the music's high
With a bit of rock music
Everything is fine
You're in the mood for a dance
And when you get the chance

Chorus

You are the dancing queen
Young and sweet
Only seventeen
Dancing queen
Feel the beat from the tambourine, oh yeah

You can dance
You can 'jive'
Having the time of your life
Ooh, see that girl
Watch that scene
Dig in the dancing queen

You're a teaser, you turn 'em on
Leave 'em burning and then you're gone
Looking out…'

Tradução


"Rainha da Dança"

'Você pode dançar, você pode dançar um 'jive'
Tendo o tempo de sua vida
Veja aquela garota, observe aquela cena
Veja a rainha da dança

Noite de sexta e as luzes estão fracas
Procurando um lugar para ir
Onde toquem a música certa, entrando no 'swing'
Você vem para procurar um rei
Qualquer um poderia ser este garoto
A noite está começando e a música está alta
Com um pouco de rock, tudo está bom
Você está pronta para uma dança
E quando tem a chance

Refrão

Você é a rainha da dança, jovem e doce
Apenas 17 anos
Rainha da dança, sinta a batida do tamborim
Você pode dançar, você pode dançar um 'jive'
Tendo o tempo de sua vida
Veja aquela garota, observe aquela cena
Veja a rainha da dança

Você é uma caso complicado, você os deixa ligados
Deixá-os em chamas e então se vai
Procurando por outro, qualquer um
Você está pronta para uma dança
E quando tem a chance…'

Conhecendo a história


No dia 06 de agosto de 2016, fez 40 anos que ela foi lançada na Inglaterra, sendo o maior hit da carreira do Abba, a canção deles "que marcou e ficou" (não que eles não tenham deixado outras canções marcantes, mas esta é especial). E, com certeza não por mera coincidência, 'Dancing Queen' é um trabalho da fase áurea da criatividade do grupo, gravado em seu quarto Long Play.

Quando 'Dancing Queen' foi lançada na Inglaterra como "single" (disco pequeno de vinil, com uma canção em cada lado, o "compacto"), o Abba já era um grupo conhecido e famoso na Europa e América do Norte e, particularmente, na Austrália. 

Incluída no LP "Arrival" (1976), 'Dancing Queen' inicialmente foi chamada de 'Boogaloo' por Benny e Björn, quando do início de sua produção em estúdio, no final de 1975, inspirados no LP Rock Your Baby, de George McCrea, sucesso nos EUA e no Reino Unido no ano anterior.

Ainda somente com a melodia e a harmonia compostas, Stig Anderson a ouviu e lhe deu o nome pelo qual é hoje conhecida. Após isso, Björn escreveu a letra. No início de 1976 a canção estava pronta, aguardando o seu lançamento como single e o respectivo clip para a TV, realizado pelo diretor sueco Lasse Hallström.

God, save the Dancing Queen


18 de Junho de 1976, véspera do casamento do rei Carl Gustaf com a jovem Sílvia Sommerlath. Orgulho nacional e então no auge da popularidade, os Abba são convidados para tomar parte nas longas comemorações. Na ópera de Estocolmo, numa gala repleta de estrelas oferecida pelo parlamento sueco, decidem não jogar pela consagração fácil, tocar um hit e vir embora.

Naquela primavera, já a tinham testado uma vez na Alemanha e outra no Japão, mas nada com esta escala. E embora só a venham a lançar oficialmente dali a dois meses, aproveitam a ocasião para apresentar 'Dancing Queen', que se estreava assim na televisão sueca.

Diz quem sabe que, nestas coisas, nunca se consegue prever o que será ou não um sucesso. Mas Björn, Benny, Agnetha e Anni-Frid contam que este caso foi especial: desde o primeiro momento, tinham a certeza de que seguravam nas mãos o bilhete premiado. O disco sound estava na moda e decidiram surfar essa onda. Foi um dos tiros mais certeiros da história da música pop.

Transmitida em direto pela televisão e com a Suécia parada, colada ao ecrã, a atuação fez do tema um êxito instantâneo. Em Agosto seguinte, quando chegou, finalmente, às lojas como single de avanço para Arrival, quarto álbum da banda, saiu que nem pãezinhos quentes (na verdade, nunca assistimos a uma histeria assim tão grande por causa de pãezinhos quentes, mas, enfim… está a ver o que queremos dizer).

Sozinho, vendeu três milhões de cópias, liderou as vendas na Suécia durante mais de três meses, esteve quase um ano no top 10 norueguês e foi número um em mais de uma dúzia de países — da Irlanda à África do Sul, do México à Nova Zelândia, de Espanha ao Zimbabué, do Reino Unido ao Brasil. Foi o único tema dos Abba a chegar a número um nos Estados Unidos e, certamente, uma das pouquíssimas canções da história a liderar tabelas nos cinco continentes.

'Dancing Queen', o single, ficou em primeiro lugar nas paradas de treze países, incluindo USA e Inglaterra, os maiores mercados da música pop. Também aqui no Brasil é uma das canções mais conhecidas do Abba, junto com 'SOS', 'Fernando', 'Chiquitita', 'I Have A Dream' (1979) e 'The Winner Takes It All' (1980 — esta, inclusive, entrou na trilha sonora internacional da novela "Coração Alado", escrita por Janete Clair — 1925/1983 — e exibida no horário nobre, entre 1980 e 1981, pela Rede Globo).

O quarteto sueco encerrou suas atividades no final de 1982, na esteira das separações dos casais componentes (e nem tudo eram flores no relacionamento do quarteto como o registro de uma cotovelada que a Frida dá em Agnetha, durante uma apresentação ao vivo veja aqui). 

Na verdade, deram um tempo no trabalho do grupo e nunca mais se reuniram novamente. Em 1989 Stig Anderson vendeu a Polar Music para a Polygram que, em 1992, lançou o CD "ABBA Gold" (escrevi artigo especial sobre este disco aqui), com 19 sucessos do grupo.

Até o ano de 2008, 'Gold' havia vendido cerca de 25 milhões de cópias no mundo todo. Ele reascendeu o interesse do público pelo Abba durante as décadas de 1990 e 2000. Em 1992, a dupla britânica Erasure gravou um EP com quatro canções do Abba, inclusive parodiando alguns de seus clipes, como 'Take A Chance On Me' (veja aqui a versão do Erasure). Em março de 2008, 'Dancing Queen' foi eleita em votação popular a canção mais gay da história, em concurso realizado por um site australiano em comemoração ao aniversário de 30 anos da Parada Gay de Sidney.

Conclusão


'Dancing Queen' ainda é presença certa na programação de emissoras de rádio da linha vintage, como a rede Antena 1, por exemplo. Uma obra prima, portanto. Uma rainha dançante há 40 anos pelas pistas e ondas sonoras da música pop. Não é pouca coisa, principalmente para um quarteto vindo lá da distante Suécia, que entrou para a história da música pop como uma usina de hits da década de 1970.

'Dancing Queen' faz agora mais de 40 anos. Ninguém lhos dá, mas também ninguém lhos tira. Tem espalhada por todo o lado aquela neblina dos anos 70, mas é igualmente verdade que, por qualquer sortilégio, nos faz sentir a todos contemporâneos dela. Leva-nos para um tempo que não precisamos ter vivido para lá ter estado. Tem aquela qualidade misteriosa que só possui meia dúzia de grandes canções pop e que as torna estranhamente heterodoxas e atemporais.

E recentemente ao recebermos a notícia de uma reunião dos quatro músicos, num hotel em Estocolmo, sem qualquer tipo de aviso, ficamos sempre com a pergunta: será que isto pode acontecer outra vez? Se sim ou se não, uma coisa é certa, 'Dancing Queen' continua a ser a canção perfeita para meia dúzia de situações da vida. Foi em qual na sua?

[Fonte: Recanto das Letras, por João Adolfo Guerreiro; GGN (crédito da tradução); Observador, por Alexandre Borges]

A Deus, o Pai, toda glória.
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