Total de visualizações de página

quarta-feira, 27 de março de 2019

ESPECIAL — O CRISTÃO E A "MÚSICA SECULAR" — 3: FINAL

Cantor não convertido interpretando música cristã é uma benção?

"Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte? Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira, figos? Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce" (Tiago 3:11,12).
Quando eu e você ouvimos um(a) cantor(a) não convertido cantando e gravando música gospel (aliás, isso agora virou moda, inclusive, há muitos cantores da música gospel que convidam cantores não convertidos para participarem de suas apresentações — não vou citar nomes, mas uma pesquisa rápida no YouTube irá comprovar o que eu estou falando), nem sempre deve ser motivo para nos alegrar.

Pelo menos penso que não o é para Deus. Um dia, em uma de minhas devocionais, Deus me levou a analisar esse texto:
"Mas ao ímpio diz Deus: 'Que fazes tu em recitares os meus estatutos e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção e lanças as minhas palavras para detrás de ti?'" (Salmo 50:16,17)
Penso que até os não cristãos deveriam cantar a música cristã, cuja letra se baseia na aliança do Senhor com seu povo, mas se o fizerem apenas por diversão, entretenimento, falsa piedade ou como forma de obter lucros, o Salmo acima citado se encaixa perfeitamente ao fato.

A "música do Zaqueu" cantada pelo Régis Danese esteve na boca do povão. Não acho isso ruim — apesar de eu achar essa tal música horrível (já escrevi um artigo sobre ela ➫ aqui), porém a maioria canta mas não faz o que Zaqueu fez (muitos nem fazem a mínima ideia de quem tenha sido Zaqueu), canta para sua própria condenação. Mas o pior é quando os crentes "compram" o cantor mundano junto com a música sacra.

O imaginário do povo; algumas possibilidades


O que se pensa ao ouvir um cantor mundano, um não crente, cantando hinos ou música gospel? Eis algumas possibilidades:
  • Alguns imaginam: "Será que ele(a) se converteu?" — Pois para muitos o simples fato de se cantar uma música gospel já é conversão! Como perdeu o significado a palavra conversão não é mesmo?
  • Outros dizem: "Vejam, apesar de ímpio ele 'teme a Deus'". — O que no fundo é uma mentira, pois repito, cantar hinos ou música gospel não significa "temer" a Deus no sentido bíblico.
  • Outros pensam: "Se ele(a) está cantando essa música cristã, afinal ele(a) não é tão ímpio assim, logo posso ouvir outras canções suas". — Talvez seja isso que alguns cantores não convertidos desejam e esperam: vender seus cds para o público do segmento evangélico. Alguns artistas extremamente pecadores, bêbados, adúlteros, na cabeça de crentes ingênuos, viraram "santinhos" só porque às vezes cantam canções evangélicas.
  • E ainda outros: "Se a letra é correta, é boa. é bíblica, não importa o artista" — Será? Até o diabo disse coisas bonitinhas e certinha na Bíblia, citou textos das Escrituras e revelou a identidade de Jesus no início de seu ministério, mas sua real intenção não era melhorar ninguém. E esse argumento não se encaixa no Salmo 50:16,17.

A música mundana na boca do crente


Agora chegamos no ponto crucial dessa série de artigos.

  • Advertência: Não leia a partir daqui sem orar pelo menos uns 20 minutos de joelhos antes. O crente carnal provavelmente vai odiar o texto à partir deste parágrafo. 
Mas eu espero que com o tempo e uma ação contundente do Espírito Santo, ele perceba que estava errado. O Espírito Santo é quem nos convence. Se você não é "crente mesmo" não deveria perder tempo em continuar lendo a partir daqui.
Mas e quando se ouve uma música mundana com letrinha bonitinha que exalta valores cristãos, cantadas por crentes, que leituras podem ser passadas? Eis algumas possibilidades:

Você já pensou ou disse isso?


1. "Vejam só, essa música não tem nada a ver, essa letra é linda e quem canta é esse(a) abençoado(a) irmão(ã) [ou grupo, banda, ministério...]".


Nada a ver? Você tem certeza mesmo? Tudo a ver ver! Nada é algo neutro. Aliás essa letra não foi feita por quem teme a Deus nem para exaltar a Deus. 

Essa prática pode virar um costume e abre portas para outras músicas que a princípio "não tem nada a ver". O cantor, compositor e poeta Renato Russo (★1960/✞1996) citou trechos de 1 Coríntios 13 em uma de suas famosas canções para sua banda Legião Urbana.

"Monte Castelo" é sem dúvida uma belíssima canção, assim como Renato Russo era um talentosíssimo artista. Não questiono isso em absoluto. Entretanto, ter simplesmente cantado o texto bíblico o "transformou" em um convertido? 

Que me perdoem os fãs do moço, mas os fatos — ou melhor, os frutos — me dão base para dizer que não. Devo salientar que não estou aqui fazendo juízo de valores sobre o moço, mas me valendo dos fatos e contra fatos não há argumentos.

2. "Toda verdade é verdade de Deus", afirmam outros.


Essa é outra máxima muito usada por aí. Se não pensarmos um pouco logo a aceitamos como absoluta. Sim toda verdade é verdade de Deus se:
  • Usada para os fins de Deus — ou seja, adorá-lO, glorificá-lO e expandir o Seu Reino,
  • Se usada no contexto correto, com a motivação e o propósitos corretos.
E outros "ses" correlatos…

Sou radicalmente contra que a música mundana mesmo de letra "correta" entre em nossas searas pelas razões acima. Com a música vem o sentimento, a emoção, o hábito e vem também o músico, seu pacote, seu estilo de vida, suas práticas, suas crenças, seus conceitos, suas outras músicas, suas obras... é um terreno perigoso demais.

Não nego que existam letras seculares bonitas, profundas, emocionantes, tocantes, interessantes, belas poesias..., mas não é só isso. Nessa panela, nesse pacote, tem fermento. Fermento este, que às vezes demora-se um pouco para levedar, mas certamente irá levedar toda a massa (Gálatas 5:8,9).

Conclusão

O gás fatal que não tem cheiro


Na Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), em determinada área existe um gás mortífero que não possui cor nem cheiro. Os metalúrgicos colocam pombos na área e observam, se o bicho ficar tonto e cair, eles logo fogem. Nem tudo o que mata cheira mal. Às vezes nem tem cheiro.

Penso que cristãos transformados deveriam cantar canções que exaltem valores cristãos, como o verdadeiro amor, a família, o valor de ser humano, da natureza, civismo, etc. E que isso viesse de fontes saudáveis de vidas que sejam referências para as nossas crianças, adolescentes e jovens.
"Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas" (Jeremias 2:13).
Louvo a Deus pois alguns cantores(as), grupos, bandas, ministérios... cristãos já realizam com compromisso, temor e tremor esse trabalho. 

O poder da diferença cristã


Penso que a Igreja conquistará o mundo pela diferença cristã — aliás, não sou eu quem penso assim, Jesus foi quem disse que assim é que deve ser (Mateus 5:14-16) — e não se fazendo igual ao mundo. Não quero é claro dizer que esta diferença seja tão somente na aparência ou notada pelo fanatismo de alguns, mas na mensagem passada pela vida, pregação, arte etc.

É tempo de Radicalizar


Billy Graham pregou um sermão nos anos 70 em Nova York com este tema: "Sejamos Radicais". É claro que existem zonas, áreas de diálogo para os cristãos, mas existem zonas, áreas e temas inegociáveis – à saber: convicção, unção, chamado, princípios e fé. Também não escrevo este texto para julgar ninguém.

Não julgo pessoas, julgo profecias, comportamentos, motivações, intenções, atitudes, ideologias e mensagens, e é claro a luz das Escrituras. Nem pretendo ser o dono da verdade. Porém é tempo de estabelecer limites e fronteiras no campo cultural, musical e artístico. Pensar mais antes de fazer a aliança (Provérbios 20:25).

Concluo aqui esta série de artigos sem assumir o compromisso de agradar a ninguém além dAquele que me chamou. Se eu conseguir isso, estou com minha vida ganha. Por hora me contento se conseguir fazer você que leu até aqui ao menos pensar um pouco mais sobre o assunto. Eu também continuarei estudando o tema e se preciso for, volto a escrever sobre ele. 

Por fim, sugiro uma reflexão: muitos dizem que música é apenas expressão artística e só, sem haver, por isso, a importância de seus rótulos. Mas, será mesmo? Sugiro que faça uma análise contextual do Salmo 137 e tire suas próprias conclusões. Shalom!
A Deus, o Pai, toda glória!

E nem 1% religioso.

Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário