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segunda-feira, 25 de março de 2019

PAPO RETO - 12: AFINAL, O CRISTÃO PODE OU NÃO JULGAR OS OUTROS?


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Bem, é difícil começar um artigo com o título acima, visto sermos alvos de críticas dos sectários e (infelizmente) dos cristãos também. Jesus disse: 
"Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1). 
Este versículo é citado isoladamente - ou seja, sem uma análise contextual - por muitas pessoas (até por não crentes) para condenar qualquer pessoa que critica as doutrinas ou práticas religiosas de outros, assim como práticas e atos. Ironicamente, as pessoas que assim usam o texto não percebem que estão julgando a outra pessoa culpada de desobedecer esta proibição! É pecado julgar? Como é que devemos entender essas palavras de Jesus?

Análise contextual


É de notória compreensão que Jesus, no Evangelho de Mateus, capítulo 7 e versículos 1-5 mostra que devemos evitar certo tipo de julgamento, mas qual é esse tipo? E mais, existem "tipos" de julgamento? Sim, existem "tipos" de julgamento e quero tratar neste artigo de dois tipos:

1º) O Julgamento farisaico inferior


Denomino este julgamento assim, baseado nas palavras do próprio Cristo que disse: 
"Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, dizendo: 'Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los'" (23:1-4).
Nas palavras acima, eternizadas pelo Verbo Divino, percebe-se que os fariseus (que são hoje, todos aqueles que torcem e deturpam a Palavra de Deus [2 Timóteo 4:3,4; 2 Pedro 3:16]) possuam um comportamento/caráter paradoxalmente contrário às suas palavras. 

Em vez de executarem um juízo correto, baseado na Lei de Moisés (contextualmente falando) que mostra o pecado humano (Romanos 3:20), usavam de astúcia maléfica e condenavam os outros que não cumpriam sua compreensão poluída da lei mosaica. É deste "tipo" de julgamento que Cristo condena não só nos versículos supracitados, mas também em Mateus 7:1-5, pois nos mesmos, Jesus enfatiza (vide versículos) que uma pessoa não poderia condenar outra estando na mesma prática pecaminosa.

O Apóstolo Paulo reitera e condena esse mesmo "tipo" em Romanos 2:1-3, se não vejamos: 
"Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?" (grifo meu).
Observamos aqui uma hipocrisia sem tamanho por parte dos fariseus, pois condenavam sem praticar retidão. Isso também é confirmado em 2:21-24 (vide versículos). Ora, é certo que somos pecadores, mas condenar outros baseado em premissas (leia-se "achologia") próprias é totalmente absurdo visto ser o julgamento humano distorcido e egoísta (Jeremias 17:9; Marcos 7:20-23).

Quando Jesus Cristo proíbe esse julgamento em Mateus apenas refere-se àqueles que o fazem estando no MESMO pecado. Se não é assim, como fica Sua afirmativa do "juiz" possuir um argueiro no seu olho em comparação com a trave no olho do próximo? O Mestre também chama de hipócrita os que olham com misericórdia para seus atos e lançam no inferno seus semelhantes que praticam os mesmo atos. Isso sim é hipocrisia!

2º) O julgamento bíblico é incomparável


Esse é o julgamento aprovado por Jesus, pois está alicerçado em Suas Palavras: 
"Não julgueis segundo a aparência, mas JULGAI segundo a reta justiça" (João 7:24, ênfase e grifo meus).
Nessa frase imortal, Cristo categoricamente assevera que podemos julgar e/ou possuímos (leia-se os cristãos) uma base de julgamento incomparável que é a Sua Palavra!

É ordem do Senhor que analisemos tudo com o firme propósito de discernir o mal do bem (Mateus 10:16). Paulo reforça essa diretriz mostrando que devemos ser 
"sábios no bem, mas simples no mal" (Rm 16:19), "meninos na malícia, e adultos no entendimento" (1 Coríntios 14:20). 
e, por fim, 
"examinar tudo e reter o bem" ( I Tessalonicenses 5:21). 
O Autor da Epístola aos Hebreus mostra que os perfeitos (leia-se experientes) na fé cristã têm a capacidade de discernir tanto o bem como o mal (5:14). Porque podemos julgar? Porque o ser humano, quando criado pelo ETERNO, foi dotado de raciocínio, mente, intelecto, conhecimento, sabedoria, entendimento, etc. E por existir tanto mal no mundo faz-se absolutamente necessário uma mente centrada na Palavra de Deus.

Isso Paulo afirma em Colossenses 3:1-3, Filipenses 4:8, etc., justamente mostrando que precisamos ter um norte, uma direção, e a melhor de todas é a Palavra de Deus (2 Tm 3:15-17; 4:1,2). 

Finalizando esta análise, deixo uma palavra aos sectários e opositores da fé cristã e até mesmo aos cristãos, que de meninos que são (1 Coríntios 3:1-3; Hb 5:12,13) preferem um cristianismo "politicamente correto"
(que na verdade é mundanismo mesmo):
  • Podemos sim julgar mas segundo a diretriz excelente, a Bíblia. Meu propósito não é ofender pelo simples prazer vingativo de ver os sectários perdidos e nós salvos, muito menos sair por aí ditando sentenças aleatoriamente, como se fosse juiz sobre os outros. Não, meu propósito é, usado por Deus, humilde à Sua Palavra, não ir além do que está escrito (1 Co 4:6) e procurar com diligência, "lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim" (Atos 26:18).

Deus, o justo Juiz


Jesus condena o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar o ponto. Uma pessoa está sofrendo por causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros. Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais graves.

Jesus condena a atitude negativa do censor. Algumas pessoas vivem para criticar, sempre procurando e destacando as falhas dos outros. Tais pessoas convidam outros a ser críticos, também. Quando condenamos as pequenas falhas de outros, eles terão motivo para nos condenar (considere o exemplo do servo que não perdoou o outro, Mateus 18:23-35).

Jesus não condena a avaliação dos outros. Mateus 7 mostra claramente que Jesus não está condenando a avaliação dos outros. Temos que discernir entre o certo e o errado, e entre as pessoas que praticam as coisas de Deus e as que andam no erro. No versículo 6, Jesus exige o julgamento de pessoas que ouvem o evangelho, e a rejeição dos "porcos" e "cães". Do versículo 15 ao 20, ele ensina sobre o julgamento de professores pelos frutos (veja 16:6;11,12).

Paulo exige o julgamento


Não é o bastante dizer que o servo de Cristo pode julgar. O discípulo de Jesus é obrigado a julgar! Às vezes, alguém na igreja terá que julgar outros irmãos para resolver problemas (1 Co 6:1-5). Em geral, todos nós temos que julgar todas as coisas, retendo o bem e rejeitando o mal (1 Ts 5:21,22). Para discernir entre essas coisas, é necessário crescer espiritualmente (Hb 5:12-14). As pessoas incapazes de julgar continuam como crianças, como pessoas carnais (1 Co 3:1).

Conclusão


O propósito do julgamento que Deus exige de nós não é para condenar ninguém ao castigo, nem nos posicionarmos como superiores e infalíveis, mas para evitar o pecado e ajudar outros, também, ficarem livres do mal.

A Deus, o Pai, toda glória! 
E nem 1% religioso.

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