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sábado, 24 de junho de 2017

ESCRITO NAS ESTRELAS - ALBERT EINSTEN

Há 112 anos, um jovem físico, trabalhando como técnico de terceira classe em um escritório de patentes em Berna (Suíça), publicou cinco trabalhos. Todos de excelente qualidade. Dois deles mostrariam, com base em teorias simples e elegantes, como poderia ser demonstrada experimentalmente a realidade física de átomos e moléculas, assunto ainda controverso no início do século passado. 

Poucos anos depois, graças a essas ideias, a teoria atômica receberia sua consagração final, suplantando as dúvidas de seus mais ferrenhos opositores. Os três artigos restantes alteraram profundamente a face da física moderna. No primeiro a ser concluído naquele ano (1905), o jovem rebelde e contestador propôs o que mais tarde ele classificaria como a ideia mais revolucionária de sua vida: a luz, sob certos aspectos, apresenta uma natureza granular. 

Em junho e setembro, concluiu os dois últimos artigos de 1905 e aos quais seu nome estaria associado para sempre. Eles, em conjunto, dariam origem à teoria da relatividade, que destruiria o caráter absoluto atribuído, durante séculos, ao tempo e ao espaço. Seu nome: Albert Einstein.

O Einsten "desconhecido"


Einstein por volta de 1905, no escritório de
patentes em Berna (Suíça)
É irônico que o nome Einstein invoque a visão de um velho bonachão e excêntrico, de cabelos brancos despenteados, rosto enrugado e olhos melancólicos, completamente diferente do jovem de 26 anos determinado a deixar sua marca na ciência. 

Este é o Einstein que nos interessa neste artigo, amante de longas discussões em bares com amigos, entusiasta da música, charmoso e bem-apessoado, rebelde e irreverente. Uma das características da personalidade de Einstein era sua aversão à autoridade imposta. Um de seus professores de ensino médio previu que 
"Herr Einstein não vai dar em nada". 
Coitado desse professor...


Sua formação


Einstein recebeu seu diploma pelo Instituto de Tecnologia de Zurique em 1900 e apenas em 1902 conseguiu sua posição como examinador de patentes. Durante noites mal-dormidas e intervalos em seu trabalho, Einstein iria arquitetar a nova física do século 20. 

Se a atitude iconoclasta prejudicou sua busca por uma posição acadêmica, foi imprescindível para a sua ciência: o jovem Einstein estava determinado a injetar sangue novo na física, mesmo que isso significasse criticar a venerável estrutura da ciência de seus dias.

A reviravolta


Berna (Suíça), meados de maio de 1905. Após uma noite de reflexões intensas, um empregado de terceira classe do escritório de patentes, que mal completara 26 anos, agradece a seu amigo Michele Besso (1873-1955): 
"Obrigado! Resolvi completamente o problema. Uma análise do conceito de tempo é a solução." 
No dia anterior, Albert Einstein (1879-1955) tinha discutido com Besso cada detalhe de uma questão que o perseguia há tempos. Seis semanas depois, enviaria um manuscrito para a prestigiosa revista Annalen der Physik, estabelecendo a relatividade especial e unificando duas áreas da física: a mecânica e a eletrodinâmica. Em setembro, como conseqüência da nova teoria, deduziu a expressão E = mc2. Com essa fórmula ‐ talvez a mais famosa da ciência ‐, fundiu as leis da conservação da massa e da energia. Meses antes, em março, havia proposto uma hipótese radical, que levaria quase duas décadas para ser aceita: a luz exibe um comportamento corpuscular, ou seja, granular. 

É impressionante que apenas um cientista, em poucos meses, tenha dado contribuições tão importantes para a ciência e que alteraram profundamente nossas concepções sobre o espaço e o tempo, bem como sobre a estrutura da radiação. Outra revolução, mais silenciosa e que se estendeu por séculos, receberia um impulso essencial de Einstein no mesmo ano: a teoria atômica da matéria. Em abril, com sua tese de doutoramento sobre as dimensões moleculares e, em maio, com sua análise do movimento browniano, ele possibilitou a confirmação experimental definitiva da existência de átomos e moléculas. 

Não é à toa que 1905 foi designado o annus mirabilis ‐ em latim, ano miraculoso, maravilhoso, admirável ‐ de Einstein. Entre março e setembro, produziu cinco trabalhos extraordinários que mudariam a face da ciência moderna e que o tornariam o cientista mais famoso do século passado. 

Uma das mais importantes e intrigantes cartas da história da ciência, de Einstein para seu amigo Conrad Habicht (1876-1958), em maio de 1905, registrou esse momento: 
"Eu lhe prometi quatro trabalhos. O primeiro trata da radiação e das propriedades energéticas da luz e é muito revolucionário como você verá. O segundo é uma determinação dos tamanhos reais dos átomos a partir da difusão e da viscosidade de soluções diluídas de substâncias neutras. O terceiro prova que, baseado na hipótese da teoria molecular do calor, corpos da ordem de 1/1.000 mm, suspensos em líquidos, devem executar um movimento aleatório observável, que é produzido pelo movimento térmico; de fato, os fisiologistas observaram movimentos de pequenos corpos em suspensão, inanimados, os quais chamam de 'movimento browniano'. O quarto artigo, neste momento apenas um rascunho grosseiro, é uma eletrodinâmica de corpos em movimento, que utiliza uma modificação da teoria do espaço e do tempo." 

Conclusão


O respeito adquirido pela importância da sua produção intelectual transformaram-no, em menos de cinco anos, de jovem marginalizado pela intelligentsia, em scholar disputado para proferir conferências em eventos de prestígio e para trabalhar em renomados centros de pesquisa. 


Seu legado

  • Em 1909 recebe o primeiro doutoramento honoris causa, pela Universidade de Genebra (nos anos seguintes Einstein recebeu dezenas de honrarias semelhantes). Neste mesmo ano é nomeado Professor Assistente na Universidade de Zurique. 
  • Em 1911 o imperador Francis Joseph assina um decreto nomeando Einstein Professor Catedrático na Universidade Karl-Ferdinand, em Praga. 
  • Em 1912 transfere-se para a ETH. 
  • Em 1913, aos 34 anos, Einstein recebe, talvez, sua primeira grande consagração. Planck visita-o em Zurique para fazer um convite irrecusável: ser membro da Real Academia de Ciências da Prússia, e diretor do departamento de pesquisa do Instituto Kaiser Wilhelm em Berlim. 
  • Logo depois, em 1916, publica o artigo "Grundlage der allgemeinen Relativitätstheorie" (Fundamentos da teoria da relatividade geral), e; 
  • em 1921 ganha o Prêmio Nobel de física. 
Qualquer um desses resultados traria glória imortal ao seu autor. Que tenham sido propostos no mesmo ano pela mesma pessoa é mesmo algo meio miraculoso. Einstein redirecionou a física de sua época.

[Fonte – Sites pesquisados: Educação Publica - http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/; Folha Ciência - http://www.folha.uol.com.br/; Instituto de Física da UFRJ - http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/1905-ildeu.pdf]

A Deus toda glória.
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