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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A SÃ DOUTRINA - A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

A disputa e distorção acerca da Doutrina da Justificação pela Fé não é algo novo. Não é algo iniciado e propagado pelo Movimento da Fé e suas igrejas neopentecostais. Na verdade, essa doutrina tem sido atacada e distorcida ao longo dos anos, e esse ataque não é, em essência, uma agressão contra personagens evangélicos que defendem tal doutrina. Antes, é um ataque direto contra o coração do próprio Evangelho de Cristo. 

Com isso, podemos afirmar que o correto entendimento e aplicação dessa doutrina é fundamental para a correta compreensão sobre a salvação. Muito embora vivamos em um país que se orgulha pelo fato da comunidade evangélica estar crescendo, ao mesmo tempo, boa parte dessa mesma comunidade nunca ouviu falar sobre essa doutrina e outro tanto tem um entendimento distorcido ou inadequado da mesma.

Talvez pelo fato de considerável parte da igreja estar afastada da Escritura é que esta doutrina seja atacada, incompreendida e esquecida. E por essa razão, Deus não tem sido glorificado como deveria na obra da salvação.

Se lembrarmos que a fé é um dom de Deus (Romanos 12:3,6) e o conceito de Graça é de um presente dado sem o merecimento de quem recebe (Efésios 2:8,9), perceberemos que tanto a fé como a graça, essenciais e imprescindíveis à salvação, são dádivas de Deus e por isso só o Senhor é merecedor de glória pela salvação humana. Porém, como o homem é orgulhoso por natureza, sempre busca criar novos meios e fórmulas religiosas para se chegar à salvação.

O conceito de justificação, apresentado no livro aos Romanos, é diferente do conceito popular de justificação. Na ideia popular, justificado é alguém que esteve diante de um tribunal e foi considerado inocente pelo fato de não haver cometido crime. Então, tal pessoa é inocentada porque é inocente. Todavia, o conceito de bíblico de justificação traz, em si, a ideia de "ser declarado justo". E ser declarado justo é diferente de ser justo. Aqui, encontramos a ideia de uma declaração, e não de uma mudança interior. A mudança interior é o segundo passo que o Senhor trata de resolver, e a isto chama-se de santificação posicional.

Deus, em Sua graça, declara justo o pecador. Então, não é uma mudança do estado interno, mas uma declaração da parte de Deus.

Em Romanos, podemos utilizar duas passagens para ilustrar o sentido de justificação. São elas Romanos 4:25 e 5:16,18:

  • Justificação, vindicação, absolvição que traz vida


A culpa do pecado do homem gerada pela herança de Adão, que lhe proporcionou uma natureza caída, recai em forma de castigo sobre Jesus (Isaías 53). A isso chamamos de morte substitutiva ou vicária (Rm 4:25; Ef 5:2).

  • Rm 5:16-21 - Justificação, veredito de inocência


A justificação é declarada por meio da transferência da culpa para Cristo e pela consumação da justificação realizada pelo próprio Jesus, ao ressuscitar incorruptível (Rm 3:21-25).

É importante destacar, mais uma vez, que a justificação não ocorre por meio de boas obras, mas é um dom gratuito de Deus (Efésios 2:8,9). Por isso, afirma-se que a justiça do salvo é imputada (atribuída a ele) mediante a declaração de Deus (justificação).

Primeiro o Senhor nos declara justos (justificação) e depois Ele nos torna justos (santificação).

Conclusão

  • O que a Epístola aos Romanos nos Ensina


 "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (3:24). 
"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (3:28). 
"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (5:1). 
 "Porquanto quem morreu está justificado do pecado"(6:7). 
"Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica " (8:33).

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