Este artigo foi solicitado pela amada irmã em Cristo e colega de turma no Centro de Treinamento Bíblico Rhema Brasil, em Belo Horizonte - MG. Você já ouviu falar em "Cristicismo Bíblico Moderno"?
O Cristicismo Bíblico Moderno, criado por Baruch de Espinoza (24 de novembro de 1632, Amsterdã — 21 de fevereiro de 1677, Haia, acima) - foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz; nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica portuguesa -, estuda, minuciosamente, os contextos histórico e linguístico dos textos bíblicos.
Como muitos modernos, ele tinha aversão a toda religião formal. O que não surpreende, dada sua experiência de excomunhão. Spinoza recusou toda religião revelada como um “misto de credulidade e preconceitos”, um “amontoado de mistérios sem sentido”.
Encontrara o êxtase no uso livre da razão, não no texto bíblico, e, assim, tinha uma visão das Escrituras inteiramente objetiva. Dizia que se devia ler a Bíblia como se lê qualquer texto e não corno uma revelação do divino. Foi um dos primeiros a estudar a Bíblia cientificamente, examinando os antecedentes históricos, os gêneros literários e a questão da autoria.
Também a utilizou para esmiuçar suas ideias políticas. Foi um dos primeiros europeus a promover o ideal de um Estado secular e democrático que seria uma das características da modernidade ocidental. Argumentou que, quando os sacerdotes adquiriram mais poder que os reis de Israel, as leis do Estado se tornaram punitivas e restritivas.
Em sua origem, o reino de Israel era teocrático, mas a voz do povo prevalecia, pois Deus e o povo eram exatamente a mesma coisa. Quando os sacerdotes assumiram o comando, não se pôde mais ouvir a voz de Deus.
O Cristicismo Bíblico Moderno divide-se em:
1 – Alta Crítica, que aplica métodos de investigação e de análise desenvolvidos pelos historiadores, nas universidades alemãs, nos séculos XVIII e XIX, para reconstituir o passado histórico. O pessoal da Alta Crítica, utilizando esses métodos, passou a pesquisar respostas às seguintes indagações: 1 – Quais as fontes originais dos documentos bíblicos? 2 – São dignas de confiança? 3 – Qual o significado e o fundo histórico de cada um deles? Etc. e,
2 – Baixa Crítica ou Crítica Textual, que se ocupa do estudo do texto bíblico em si. Observa todos os manuscritos existentes para estabelecer qual aquele mais aproximado do original. Suas investigações têm deixado textos muito exatos e dignos de confiança.
Tanto a Alta Crítica como a crítica textual, pode lançar muita luz sobre as Escrituras, se aplicadas com reverência e erudição. Não obstante, alguns críticos alemães, da Alta Crítica, sob a influência do Racionalismo, aproximaram-se do estudo da Bíblia com certos pressupostos ou preconceitos e chegaram a conclusões que poderiam destruir toda a confiança na integridade das Escrituras. Alguns deles relegaram o Livro de Gênesis a uma “compilação de mitos cananeus, adaptados pelos hebreus”. Citam quatro supostos “documentos” ou “fontes” que teriam servido de base para a redação do Pentateuco, a saber:
1 – O Jeovista (J).
2 – O Eloísta (E).
3 – O Código Deuteronômico (D), que compreendia todo o Livro de Deuteronômio e que teria sido escrito no tempo do rei Josias, pelos sacerdotes, para provocar um despertamento religioso (II Rs 22.8). e,
4 – O Código Sacerdotal (P).
Essa especulação é conhecida como “a teoria documentária de Welhausen e Graf”. Entre outras conclusões eles afirmam que a redação final do Pentateuco foi feita por escribas do tempo de Esdras, quando o cânon da Bíblia Hebraica teria sido encerrado, embora a confirmação desse cânon só tenha sido oficializada no sínodo de Jamnia, por volta do ano 100 dC.
Embora os eruditos conservadores rejeitem essa teoria, com seus argumentos, existem muitos teólogos liberais que a aceitam no todo ou em parte em vez de crerem na doutrina da inspiração divina e na inerrância da Bíblia.
Nas palavras do Léo
Trata-se de mais um cheio de sabedoria animal e diabólica (Tiago 1:5-8) que, sem a humildade necessária para se submeter à autoridade e absolutez da Palavra de Deus escrita, a Bíblia Sagrada (2 Timóteo 2:16, 17; Hebreus 4:12), fica inventando moda. O pior de tudo é que esses ilustres ainda encontram quem os siga e os qualificam com heróis. Mas, na verdade pouca gente consegue entender a elite intelectual que propôs as filosofias secularistas da era moderna. A maioria fizera a transição para o mundo novo através da religião, que propicia alguma consoladora continuidade com o passado e insere o logos moderno em uma ordem mítica.
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